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angela eva @loucaporvet angela eva @loucaporvet Tecidos conjuntivos São tecidos que têm como características principais a presença abundante ME separando nitidamente suas células, e uma grande diversidade de aspecto morfológico e atividade funcional. A riqueza em material intercelular é uma de suas características mais importantes. Na porção fibrosa, existem dois tipo de fibras contendo a proteína colágeno, distintas pela sua espessura: as fibras de colágeno, mais grossas e adaptadas para revestirem à fortes tensões, presentes na derme da pele e bastante desenvolvidas nos tendões; e as fibras reticulares, muito mais finas que as colágenas e, que de espaço em espaço se associam, formando uma rede tridimensional - daí o seu nome de reticular. Está presente nos tecidos que sofrem modificações de forma, como músculos, artérias, vasos, nervos, etc. O terceiro tipo de fibra é formada pela proteína elastina - fibras elásticas. Todos os tecidos conjuntivos derivam do mesmo folheto embrionário - o mesoderma. De acordo com a qualidade e quantidade de seus componentes celulares e da sua matriz extracelular, são subdivididos em vários tipos. Os principais são o tecido adiposo. tecido conjuntivo propriamente dito, tecido cartilaginoso e tecido ósso. Tecido Adiposo Este tecido é constituído por células - os adipócitos - que acumulam gordura no seu interior. Estas células são envoltas por uma delgada camada de fibras reticulares, pouco visíveis no microscópico óptico. É o único tecido conjuntivo no qual a matriz não é visível em grande quantidade, separando as células. Existem 2 tipos de tecido adiposo. O mais comum apresenta em seu interior, uma grande e única gota de gordura. É o tecido adiposo unilocular, que contitui os depósitos de gordura do corpo. Esta gordura serve como depósito de energia, e também como almofada para resistir a pressões, como ocorre as nádegas. O tecido adiposo multilocular apresenta inúmeras mitocôndrias e gotículas de gordura no seu citoplasma. Ele é de distribuição muito menor no organismo e tem como função a termorregulação, pois pode transformar sua gordura em calor, aquecendo o sangue de partes do organismo. É um tecido mais desenvolvido nos animaishibernantes, que vivem em clima frio e dormem durante o inverno, baixando sensivelmente a sua temperatura corporal. Na primavera, o seu tecido adiposo multilocular funciona aquecendo o seu sangue interrompendo, assim, a hibernação. angela eva @loucaporvet angela eva @loucaporvet Tecido Conjuntivo Propriamente Dito Encontra-se principalmente na camada profunda da pele (derme), nas aponeuroses, no tecido muscular e nervoso, envolvendo músculos e nervos. Este tecido apresenta 3 células principais: os fibroblastos, os macrófagos e os mastócitos . Os fibroblastos são células alongadas com prolongamentos que se dispõe entre os componentes da matriz. Tais prolongamentos são muito finos e pouco evidentes no microscópio óptico, aparecendo bem somente os seus núcleos alongados. Os fibroblastos produzem os componentes fibrosos e amorfos da ME deste tecido. Os macrófagos são células especializadas em fagocitar partículas e digeri-las dentro do citoplasma. Quando ocorre uma lesão no tecido conjuntivo, os macrófagos agem limpando inicialmente os resíduos celulares e da matriz. Em seguida, ocorre a atividade fibroblástica e regenerar os componentes normais do tecido - a cicatrização. Os mastócitos são células cujo citoplasma apresenta-se repleto de grânulos bem visíveis que se cortam fortemente. São responsáveis pelos processos alérgicos que são frequentes na patologia animal. De acordo com a posição em quantidade de suas células e dos componentes da ME. Este tecido assume vários aspectos . Quando suas células e fibras da ME se dispõem em uma rede desordenada como ocorre na derme, temos o tecido conjuntivo frouxo, constituído principalmente por muitas fibras de colágeno e menor quantidade de fibras elásticas. É este tecido que permite o deslizamento da pele sobre a musculatura subjacente e também envolve vasos sanguíneos e linfáticos. O tecido conjuntivo frouxo é de consistência delicada, flexível e pouco resistente às trações. Quando ocorre a necessidade de um tecido apresentar maior resistência à tensões e células se condensam formando o tecido conjuntivo denso. Neste tecido a predominância acentuada de fibras colágenas, sendo portanto, menos flexível e mais resistente em comparação ao frouxo quando as fibras colágenas se dispõem em feixes arranjados sem orientação fixa, um tecido chama-se denso não modelado, como exemplo na derme profunda quando os feixes colágenas se orientam, seguindo uma organização fixa temos o tecido conjuntivo denso modelado. É o que acontece nos tendões que ligam os músculos aos ossos. angela eva @loucaporvet angela eva @loucaporvet Este tecido encontra-se principalmente recobrindo as extremidades ósseas das articulações móveis, e em regiões do corpo que são semi rígidas e imóveis, como nas orelhas, nariz e epiglote. O que caracteriza este tecido é o fato de apresentar abundante ME de aspecto amorfo separando grupos de células arredondadas, os condrócitos. Este aspecto amorfo da ME resulta da presença de grande quantidade de matriz amorfa (proteoglicanas), que mascaram a presença das fibrilas de colágeno e elastina, existentes neste tecido. Existem dois tipos principais de tecido cartilaginoso: o hialino e o elástico. No tecido conjuntivo cartilaginoso hialino, a matriz amor foi constituída principalmente por proteoglicanas associadas à colágeno sob a forma não polimerizada (agregada) de fibrilas, invisíveis ao microscópio óptico. Este tecido, presente nas extremidades dos ossos longos, tem a capacidade de se embeber em água como ocorre em uma esponja. Quando sofre pressão cede a água, voltando ao normal quando cessa a pressão. Funciona como uma mola biológica nas articulações móveis, protegendo os ossos de fortes pressões periódicas. Como as cartilagens não se regeneram facilmente, esta situação explica o porquê dos animais obesos terem problemas - as artroses - causadas pelo desgaste das cartilagens de seus membros inferiores. No tecido conjuntivo cartilaginoso elástico, as cartilagens são parecidas com as meninas apresentando, porém, na sua composição, grande quantidade de fibras elásticas associadas às de colágeno. A matriz das cartilagens é produzida por células com intensa atividade de síntese de proteínas chamadas de condroblastos se principalmente na camada profunda da pele (derme), nas aponeuroses, no tecido Tecido Cartilaginoso angela eva @loucaporvet angela eva @loucaporvet Este tecido é constituído principalmente por fibras de colágeno, sobre as quais se deposita grande quantidade de sais de cálcio principalmente fosfato de cálcio, que explica a dureza e rigidez dos ossos. Consequentemente, se deixarmos os ossos de uma galinha no vinagre durante uma semana, ele dissolve os sais de cálcio e o osso fica flexível. Estas fibras de colágeno se dispõe em círculos ao redor dos vasos sanguíneos do tecido ósseo, como se fossem as camadas de uma cebola. Tecido Ósseo Entre as camadas de fibras de colágeno encontram-se os osteócitos, células que têm forma especial, apresentando um grande número de prolongamentos dispostos perpendicularmente ao seu citoplasma e, que se ligam nas suas pontas, aos prolongamentos das células vizinhas. Estes prolongamentos são muito importantes porque por eles circulam a água e alimento proveniente dos vasos sanguíneos, nutrindo os osteócitos. O colágeno do tecido ósseo é produzido por células chamadas de osteoblastos, uma vez produzidas as fibras de colágeno dos ossos, numa etapa seguinte, os sais de cálcio são depositados sobre elas, tornando o osso rígido. Referências: Aulas de CHE - Profª Dora Uemura AARESTRUP, B.J. Histologia Essencial. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2012. COMARCK, David H. Fundamentos de Histologia. 2ª ed. Guanabara Koogan, 2003. JUNQUEIRA, Luiz C.;CARNEIRO, José. Histologia Básica - Texto & Atlas. 13ª edição. Guanabara Koogan, 2017. JUNQUEIRA, L.C.; CARNEIRO, J. Histologia Básica - Texto & Atlas. 13ª edição. Guanabara Koogan, 2008. KIERSZENBAUM, B. L. Histologia e biologia celular: uma introdução à patologia. 2º Ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2008. ROSS, M.H.; WOJCIECH, P. Histologia. Texto e Atlas. 7ª edição. Guanabara Koogan, 2017.
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