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Câncer de Colo de Útero Colo do Útero O útero é um órgão do aparelho reprodutor feminino que está situado no abdome inferior, por trás da bexiga e na frente do reto e é dividido em corpo e colo. Endocérvice, que é revestido por uma camada única de células cilíndricas produtoras de muco – epitélio colunar simples. Ectocérvice é revestida por um tecido de várias camadas de células planas – epitélio escamoso e estratificado. Câncer de Colo de Útero Caracterizado pela replicação desordenada do epitélio de revestimento do órgão, comprometendo o tecido subjacente (estroma) e podendo invadir estruturas e órgãos contíguos ou a distância. Categorias de carcinomas invasores: →Carcinoma epidermoide o Epitélio escamoso – 80% dos casos → Adenocarcinoma o Epitélio glandular Fatores de Risco HPV. Início precoce da atividade sexual. Multiplicidade de parceiros sexuais. Tabagismo. → É na zona de transformação que se localização mais de 90% das lesões precursoras ou malignas do colo de útero. Câncer de Colo de Útero Baixa condição socioeconômica. Imunossupressão. Uso prolongado de contraceptivos orais. Manifestações Clínicas Doença de crescimento lento e silencioso; Fase pré-clínica, sem sintomas, com transformações intraepiteliais progressivas importantes; A detecção de possíveis lesões precursoras ocorre por meio do exame preventivo; Progride lentamente, durante anos, antes de atingir o estágio invasor da doença, quando a cura se torna mais difícil, se não impossível; Nessa fase, os principais sintomas são sangramento vaginal, corrimento e dor. Sintomas do estágio invasor: → sangramento vaginal (espontâneo, depois do coito ou de esforço); → dor pélvica; → leucorreia; → podem estar associados a queixas urinárias ou intestinais nos casos mais avançados. Prevenção Primária Uso de preservativo Vacina HPV: → Meninas: 9 a 14 anos → Meninos: 11 a 14 anos → 0,5 ml – IM, 2 doses → Quadrivalente: 6,11,16,18. → Imunodeprimido: - 3 doses - mulheres: 9 a 45 anos - homens: 9 a 26 anos Prevenção Secundária Rastreamento → Recrutamento da população-alvo; → Recrutamento das mulheres em falta com o rastreamento; →Educação e comunicação; → Adoção de recomendações baseadas em evidências científicas; → Garantia da abordagem necessária para as mulheres com exames alterados; → Garantia de qualidade dos procedimentos realizados em todos os níveis do cuidado. Diagnóstico precoce Câncer de Colo de Útero Como deve acontecer o rastreamento Situações especiais para o rastreamento Gestantes: → Pode ser feita em qualquer período da gestação, preferencialmente até o 7º mês; → A coleta deve ser feita com a espátula de Ayre; → Em regra, não se deve usar escova de coleta endocervical. Pós-menopausa: → Mulheres no climatério devem ser rastreadas de acordo com as orientações para as demais mulheres. → Em casos de amostras com atrofia, deve-se proceder à estrogenização local ou sistêmica. Histerectomizadas: → Mulheres submetidas à histerectomia total por lesões benignas, sem história prévia de diagnóstico ou tratamento de lesões cervicais de alto grau, podem ser excluídas do rastreamento, desde que apresentem exames anteriores normais. → Em casos de histerectomia por lesão precursora ou câncer do colo do útero, a mulher deverá ser acompanhada de acordo com a lesão tratada. Sem atividade sexual: → Não há indicação para rastreamento do câncer do colo do útero e seus precursores nesse grupo de mulheres. O Protocolo da Atenção Básica: Saúde das Mulheres (2016) trouxe uma exceção para coleta da região da endocervical em gestante; mulheres com vínculo frágil ao serviço e/ou não aderentes ao programa de rastreamento, o momento da gestação se mostra como valiosa oportunidade para a coleta do exame, devendo, portanto, ser completa. Câncer de Colo de Útero Imunossuprimidas: → Mulheres infectadas pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV), mulheres imunossuprimidas por transplante de órgãos sólidos, em tratamentos de câncer e usuárias crônicas de corticosteroides. Recomendações previas antes do exame Evitar uso de lubrificantes, espermicidas ou medicamentos vaginais por 48 horas antes da coleta, pois essas substâncias recobrem os elementos celulares dificultando a avaliação microscópica, prejudicando a qualidade da amostra para o exame citopatológico; Evitar exame de USG vaginal nas 48 horas antes da coleta devido ao conteúdo do gel para introduzir o transdutor; O exame não deve ser feito no período menstrual, pois a presença de sangue pode prejudicar o diagnóstico citopatológico. Deve-se aguardar o 5º dia após o término da menstruação. Porém, o Protocolo da Atenção Básica: Saúde das Mulheres (2016) informa que se for a única oportunidade deve ser colhido e aplicar ácido acético. Material utilizado na coleta Espéculo descartáveis Balde com solução desincrostante em caso de instrumental não descartável. Lâminas de vidro com extremidade fosca. Espátula de Ayre. Escova endocervical. Par de luvas descartáveis. Pinça de Cherron. Solução fixadora, álcool a 96% ou spray de polietilenoglicol. Gaze.
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