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Íris Salles - 101 Pri���p�i� P���lo���� do E��� Hi��tála�� H��ófise Ad�e��l Glân�u�� Ad���al: ➔ Estrutura piramidal, situada logo acima do rim, na sua superfície póstero-medial. ➔ Composta por duas partes distintas: ◆ Córtex: secreta mineralocorticóides, corticoesteróides e androgênios. ◆ Medula: funcionalmente relacionada com o sistema nervoso simpático. Secreta os hormônios epinefrina e norepinefrina e dopamina. ➔ Zonas da glândula adrenal: ◆ Zona Glomerulosa: funcionamento do sistema renina angiotensina aldosterona -> produção dos mineralocorticóides. ◆ Zona Fasciculada: ACTH -> produção de corticosteróides. ◆ Zona Reticular: ACTH -> produção de androgênios. Es�e���do�êne��: Temos vias distintas para a produção de cada um dos hormônios, porém, temos o mesmo ponto inicial, que é o colesterol. S�A� -> Ação d� A���s�e��n�: ➔ O angiotensinogênio é metabolizado em Angiotensina I por ação da renina que é convertida em Angiotensina II, a qual além de causar vasoconstrição estimula a liberação de Aldosterona pelas adrenais. ➔ A aldosterona leva à reabsorção de Na e água e eliminação de K+ -> aumento da volemia -> aumento da PA. Ação d�� H��môni�� A�r��a��: ➔ Metabolismo energético: ◆ Aumento da disponibilidade energética ◆ Quebra de proteínas para serem transformadas em glicose no fígado ◆ Quebra de gordura corporal -> disponibilização de energia para o corpo. ◆ Basicamente, o que precisamos entender é que os hormônios da suprarrenal irão preparar o corpo para o estresse através do aumento do fornecimento de energia. ➔ Balanço Hídrico: ◆ Aumenta a reabsorção de sódio e água pelos rins, atua em sinergismo com a aldosterona. ➔ Manutenção do tônus muscular dos vasos sanguíneos: ◆ Melhor circulação sanguínea. ◆ Ocorre vasoconstrição -> “joga” o sangue para onde eu preciso mais naquele momento. ➔ Sistema Imunológico: ◆ De uma forma aguda: melhora da imunidade Íris Salles - 101 ◆ De uma forma crônica: bloqueia a produção de anticorpos. Mec����mo �� F��a �� Lut� �� Re�p���� a� Es���s�e: ➔ Se eu me exponho à uma situação de estresse, tenho duas alternativas: ou eu fujo, ou luto. Para qualquer uma dessas duas, preciso principalmente de disponibilização de energia. ➔ Os hormônios da suprarrenal são contra-regulatórios, pois eles irão proteger o organismo contra o déficit de energia. ➔ Eventos: ◆ Aumento do tônus vascular ◆ Aumento da PA ◆ Mobilização de energia armazenada para o músculo, estimula a gliconeogênese e lipólise ◆ Melhoria transitória da imunidade ◆ Inibição de processos de “custo energético” e de longo prazo, como crescimento e reprodução. Por exemplo: se estou com uma doença grave que demanda muito do meu corpo, não tenho que “me preocupar” com crescer e com me reproduzir, e sim com combater a doença. Do�nças A���n�i�: ➔ Incidentaloma Adrenal ➔ Hiperfunção (síndrome de cushing, hiperaldosteronismo primário e feocromocitoma) ➔ Hipofunção (insuficiência adrenal) ➔ Hiperplasia adrenal congênita In�i��n���om� A���na� O incidentaloma se caracteriza por lesão em alguma glândula endócrina descoberta em exame de imagem solicitado por motivo não relacionado com a mesma. Têm prevalência elevada devido ao fato de existir uma solicitação indiscriminada de exames de imagem. Defin�ção: ➔ Massas adrenais (> ou = 1 cm) descobertas ao acaso por meio de exames de imagem, na investigação de sintomas não relacionados. ➔ Excluídos os pacientes com neoplasia já identificada. Epi����ol���a � Et�o����a: ➔ Maior incidência nos indivíduos do sexo masculino. ➔ 63% são adenomas não funcionantes, outros são: SAC, feocromocitoma (produção de catecolamina), etc. Qu�s�ões E���n��a��: ➔ Precisamos sempre definir se a massa encontrada é funcionante ou não-funcionante e se é benigna ou maligna. ➔ FUNCIONANTE X NÃO FUNCIONANTE: ◆ Se encontrarmos incidentaloma adrenal, é obrigatório pesquisarmos em todos os pacientes: secreção autônoma de cortisol e feocromocitoma. ◆ Devemos pesquisar hiperaldosteronismo primário ao encontrarmos incidentaloma adrenal apenas nos pacientes com HAS. ➔ BENIGNO X MALIGNO: ◆ Exame de imagem: TC ou RNM (já tínhamos antes, pois foi através dele que foi encontrado o incidentaloma). ◆ Tamanho do incidentaloma e chance de ser carcinoma adrenal primário: ● Menor que 4cm = menos de 2% de chances de ser um carcinoma. ● Entre 4 e 6 cm = 6% são carcinomas ● Maior que 6 cm = 25% são carcinomas. ◆ Densidade na TC: ● A atenuação na TC é mensurada em Unidades Hounsfield (HU). Íris Salles - 101 ● Lesões ricas em lipídios têm baixa atenuação (baixo HU): lesões ricas em lipídios são normalmente benignas. Cir����a �� Não? ➔ Se o incidentaloma for funcionante, deve ser realizada cirurgia. ➔ Nos casos de não funcionante: ◆ Maior que 4cm -> cirurgia ◆ Menor que 4 cm -> avaliar a densidade na TC ● Menor que 10 UH -> é rico em gordura -> continuar observando ● Maior que 10 UH -> suspeita para malignidade -> cirurgia Hip����r�i��l���o - Sec��ção A�tôno�� �� Cor����l: ➔ Causa mais comum de adenoma funcionante (5-24% dos hipercortisolismos) ➔ Correlação com síndrome metabólica e risco cardiovascular: normalmente ocorre hiperglicemia e aumento do tecido adiposo, afetando diretamente o risco cardiovascular. ➔ Aumento da mortalidade ➔ Raramente evolui para Cushing manifesto. ➔ Sempre devemos pesquisar hiperprodução de cortisol em massa em glândula adrenal. Sín��om� �� Cu�h��� Em relação ao caso clínico acima, podemos destacar algumas coisas: Causa das estrias e da pletora na face é que o cortisol é proteolítico, deixa a pele mais fina, maior exposição da vascularização, causando a vermelhidão. Defin�ção: ➔ Estado clínico decorrente da secreção e/ou exposição aumentada, persistente e inapropriada de cortisol. ➔ Independente da etiologia, é uma produção aumentada de cortisol. ➔ Mortalidade em 5 anos é de 50%: ◆ Ação glicorreguladora: aumenta a glicemia, causando DM. ◆ O cortisol, apesar de não ser um mineralocorticóide (aldosterona), também tem ação mineralocorticóide -> aumento da PA -> HAS. ◆ Doença cardiovascular (por causa da HAS) ◆ Fenômenos tromboembólicos ◆ Suscetibilidade a infecções graves: o cortisol, a longo prazo, é um supressor da imunidade. Man����tações C�íni���: ➔ Distúrbios emocionais Íris Salles - 101 ➔ Aumento da sela túrcica ➔ Fácies em lua cheia ➔ Osteoporose (osso tem matriz proteica que é degradada pela ação do cortisol, que é proteolítico) ➔ HAS ➔ Giba (gordura na parte de trás do pescoço) ➔ Obesidade centrípeta ➔ Tumor ou hiperplasia adrenal ➔ Pele fina ➔ Estrias violáceas abdominais (sempre maiores que 1cm) ➔ Amenorréia ➔ Fraqueza muscular ➔ Púrpura ➔ Úlceras de extremidades ➔ Acantose nigricans: manchas escurecidas em regiões de dobras (comum no pescoço) causadas pela hiperglicemia. ➔ Acne ➔ Hirsutismo ➔ Sinais mais específicos: ◆ Equimoses espontâneas ou em pequenos traumas ◆ Miopatia proximal, principalmente em MMII ◆ Estrias violáceas ou purpúricas mais largas do que 1 cm ◆ Osteoporose em jovem obeso (não é comum jovem com osteoporose) Man����tações L����at���a��: ➔ Intolerância glicídica e DM (30-60% dos portadores de Síndrome de Cushing apresentam) ➔ Hipocalemia (ocorre pois o hormônio causa retenção de Na+ e H2O e excreção de K+) ➔ Dislipidemia ➔ Anemia de doença crônica ➔ Leucocitose com eosinopenia Eti����i�: ➔ A etiologia mais comum é a exógena: tratamento com corticóide -> uso exagerado da substância acaba levando à síndrome de cushing. ➔ Endógena: ◆ ACTH dependente (70% dos casos de SC endógena): hiperprodução do cortisol causada por hiperprodução de ACTH, pode estar ocorrendo na hipófise ou fora dela. Essa produção de ACTH aumentada estimula a suprarrenal e ela produz cortisol. ◆ ACTH independente (30%): produção autônoma do cortisol sem necessidade do ACTH. Íris Salles - 101 ➔ Diferenciar do Pseudo-Cushing (patologias fora do eixo que levam ao aumento do cortisol) Sín��om� �� Cu�h��� Exóge�� (Iat���êni��): ➔ Uso crônico de glicocorticóides -> causa mais comum de síndrome de cushing. ➔ Pode ocorrer pelo uso prolongado de preparaçõesde uso local: nasal, colírios, pomadas… ➔ Alterações Laboratoriais: ◆ Cortisol e ACTH suprimidos pelo uso exógeno. ◆ Exceção: uso de hidrocortisona -> interfere no ensaio laboratorial da dosagem de cortisol. O ensaio procura o corticóide, só se vê o que é corticóide. A hidrocortisona, particularmente, tem uma molécula muito parecida com a do cortisol, podendo aparecer no ensaio como cortisol. Sín��om� �� Cu�h��� En�óge�� AC�� Dep����n�e: ➔ Adenoma Hipofisário Secretor de ACTH: ◆ É doença de cushing, não síndrome de cushing. A doença é o adenoma produtor de acth, enquanto a síndrome é qualquer coisa que cause aumento do cortisol. ◆ 90% dos casos de SC endógena acth dependente ◆ Na maioria dos casos é um microadenoma ➔ Secreção ectópica de ACTH (10% dos casos) ➔ Secreção ectópica de CRH é raro. Sín��om� �� Cu�h��� En�óge�� AC�� �n�e��n���te: ➔ Adenoma Adrenal: 60% dos casos, geralmente são menores que 3 cm. ➔ Carcinoma Adrenal: 38% dos casos, geralmente são maiores que 6 cm. ◆ Tendem a secretar andrógenos além do cortisol -> podem levar a virilização e puberdade precoce. ➔ Doença Adrenal Nodular Primária Pigmentada: nódulos menores que 5mm e pigmentados, grande parte associado à síndrome de carney. ➔ Hiperplasia macronodular adrenal. Di�g�ós�i�� D�fe���c�a�: ➔ Estados de Pseudo-Cushing: ◆ Principais causas: ● Depressão ● Alcoolismo ● Obesidade ◆ Hipersecreção do CRH (hiperatividade do eixo Hipotálamo-Hipófise-Adrenal) ◆ Fenótipo clínico é típico da Síndrome de Cushing ◆ Hipercortisolismo leve a moderado. ◆ Ou seja, doenças que levam a uma hiperfunção do eixo, diferente da hiperprodução de cortisol autônoma. Exa��� L�bo����ri��� �ar� C��fi�mação D��g�ós�i��: ➔ Para confirmar a SC, precisamos de 2 testes. ➔ Teste de Supressão Noturna com Dexametasona em Dose Baixa (1mg noturno) ou teste Liddle (0,5 mg de dexametasona 6/6yh por 48h) ◆ Devemos verificar se há perda do mecanismo de feedback. ◆ Se eu faço cortisol para o paciente e ele não tem autonomia na produção, o eixo será inibido (eixo funcionando corretamente)!!! ➔ Cortisol plasmático ou Cortisol salivar à meia-noite: verifica se há perda no ritmo circadiano. O cortisol, em condições normais, se encontra mais baixo nesse horário. ➔ Cortisol Livre Urinário (CLU): 3 amostras de urina em 24h para verificar se há excesso de cortisol. ➔ Sempre descartar o uso de glicocorticóides antes de realizar estes testes. Confi���ção d� D�a��ós�i�� D�fe���c�a� �� Et�o����a: ➔ ACTH Plasmático (descobrir se é ACTH dependente ou independente) Íris Salles - 101 ◆ Primeiro exame a ser solicitado no diagnóstico diferencial da etiologia da síndrome de cushing. ◆ Valores: ● ACTH baixo (menor que 5 pg/mL): ACTH independente. ● ACTH alto ou normal (maior que 10 pg/mL): ACTH dependente Confi���ção d� E��o��g�a �� Sín��om� �� Cu�h��� AC�� Dep����n�e: ➔ Causas possíveis: Adenoma hipofisário, tumor produtor de acth/crh ectópico? ➔ Exames que devemos solicitar: ◆ Padrão Ouro -> cateterismo bilateral e simultâneo dos seios petrosos inferiores. ◆ RNM de sela turca ◆ TC de abdome/tórax/cervical ◆ Octreoscan Confi���ção d� E��o��g�a �� Sín��om� �� Cu�h��� AC�� �n�e��n���te): ➔ Causas possíveis: Adenoma adrenal, carcinoma adrenal (menos comuns: hiperplasia adrenal micronodular pigmentada, hiperplasia adrenal macronodular) ➔ TC de adrenais visualiza quase 100% dos tumores adrenais. Tra����n�o: ➔ Cirúrgico: cirurgia transesfenoidal/adrenalectomia. ➔ Tratamento 2a linha: 2a cirurgia, radioterapia, adrenalectomia bilateral, medicamentoso (cetoconazol), pasireotide. Hip����ção Ad����l - In�ufi��ên�i� A�r��a�: Defin�ção: ➔ Síndrome clínica decorrente da deficiência de glicocorticóides e/ou mineralocorticóides. ➔ Pode ser primária ou secundária, aguda ou crônica. Ca�s�� �e I� Pri�ári� � I� Sec���ári�: ➔ IA Primária: ◆ A principal causa é a destruição bilateral do córtex adrenal. ◆ Defeito ou inibição da esteroidogênese adrenal (defeitos nas enzimas que participam do processo).. ◆ Insensibilidade dos córtices adrenais ao ACTH (o ACTH vem mas a suprarrenal não responde à presença do hormônio) ◆ Adrenalectomia bilateral ➔ IA Secundária: ◆ Distúrbio hipofisário -> produção deficiente de ACTH. ◆ Distúrbio hipotalâmico -> produção deficiente de CRH. In�ufi��ên�i� A�r��a� Pr��ári� (Do�nça d� A���so�): ➔ Rara ➔ Predomina em mulheres ➔ Habitualmente diagnosticada entre a 3a e 5a décadas de vida ➔ Patologia potencialmente fatal ➔ Sintomas inespecíficos ➔ Destruição de mais de 90% do córtex adrenal. ➔ Causas: ◆ Autoimune: pode se apresentar isolada ou associada a outras doenças autoimunes (causa mais comum de doença de addison!! Geralmente associada a outras doenças autoimunes). ◆ Doenças Infecciosas (Paracoccidioidomicose, BK, CMV, HIV, criptococose, blastomicose, histoplasmose, coccidioidomicose…) Íris Salles - 101 ◆ Outras causas: destruição/infiltração da glândula, hemorragia ou trombose por sepse, medicamentos, hiperplasia adrenal congênita, adrenoleucodistrofia ligada ao X… In�ufi��ên�i� A�r��a� S�c���ári�: ➔ Glicocorticóide exógeno. ◆ O uso de glicocorticóide causa tanto Síndrome de Cushing quanto Insuficiência Adrenal. Isso ocorre pois ele inibe o eixo -> produção endógena fica suspensa por um tempo (importante fazer desmame correto de corticóide por isso) ◆ A prevalência da IA secundária ao uso de corticóides é desconhecida, entretanto é estimada em torno de 30%, independente da forma de administração. ◆ Muitos sinais e sintomas são inespecíficos e frequentemente ocorrem de forma insidiosa.. ➔ Idiopática. ➔ Parahipopituitarismo: ◆ Apoplexia hipofisária (IA AGUDA), Síndrome de Sheehan (comum no pós parto) ◆ Tumor hipotálamo-hipofisário, irradiação pituitária/cirurgia/trauma ◆ Doenças granulomatosas (sarcoidose, BK) ◆ Hipofisite linfocitária ➔ Causas Congênitas: ◆ Mutações dos fatores de transcrição envolvidos nos estágios iniciais do desenvolvimento hipofisário. ◆ Síndrome de Prader-Willi: síndrome que a deficiência de ACTH associada com retardo mental, microcefalia, alterações faciais, hipospadia e perda da audição. Qu�d�� C�íni��: ➔ Sintomas: ◆ Fraqueza, astenia e anorexia ◆ Náuseas, vômitos, constipação intestinal, dor abdominal, diarréia, amenorreia, avidez por sal ◆ Mialgia ou artralgia ◆ Sintomas psiquiátricos comuns ➔ Sinais: ◆ Perda de peso ◆ Hiperpigmentação ◆ Hipotensão (PA sistólica < 10 mmHg) ◆ Vitiligo ◆ Calcificação auricular ◆ Redução da libido e da pilificação axilar e pubiana nas mulheres Qual a hipótese diagnóstica para o Sr José da Silva? Insuficiência adrenal secundária à infecção pelo paracoco (o problema está na suprarrenal). Ac�a��s L��o��t��i��� na I�: ➔ Hiponatremia: ocorre na IA primária (deficiência de aldosterona) e na IA secundária (aumento do ADH). Íris Salles - 101 ➔ Hipercalemia (ocorre em 60% dos casos de IA primária) ➔ Hipoglicemia ➔ Eosinofilia Di�g�ós�i��: ➔ Exames Laboratoriais: ◆ Dosagem de cortisol basal (baixo na IA) ◆ Teste de estímulo rápido com ACTH (na suprarrenal funcionando normalmente, o teste de estímulo rápido com ACTH causará um pico de cortisol). ◆ Teste de hiperglicemia induzida pela insulina ◆ Teste do glucagon ◆ Dosagem de ACTH plasmático ➔ Exames de Imagem: ◆ RX de tórax ◆ RNM/TC de abdome (IA primária) ◆ RNM/TC de sela turca (IA secundária) Cri�� A�r��a� - In�ufi��ên�i� A�r��a� Ag���: ➔ A crise adrenal é uma condição potencialmente fatal que requer tratamento imediato e adequado. ➔ Se uma pessoa não tem a adrenal funcionando, num momento de estresse, não ocorrerá o mecanismo de fuga ou luta -> não haverá aumento da PA, da glicemia, etc (essas situações de hipotensão e hipoglicemia podem ser incompatíveis com a vida). ➔ Diante de uma forte suspeita clínica, não se deve, portanto, protelar o tratamento para a realização de testes de diagnóstico. Primeiro tratamos, depois fazemos o diagnóstico!!! ➔ O objetivo inicial da terapia é reverter a hipotensão e corrigir a desidratação, a hipoglicemia e os distúrbios eletrolíticos. ➔ O fator desencadeante da crise adrenal deve serpesquisado e tratado. ➔ Tratamento: ◆ Hidratação com solução salina ◆ Hidrocortisona 100 mg IV, seguida de 25-50 mg IV 6/6h (150 mg/doa) ◆ Correção de distúrbios hidroeletrolíticos e hipoglicemia ◆ Tratamento da causa precipitante ◆ Redução da dose de hidrocortisona progressivamente ◆ Uso de mineralocorticóides só é necessário quando a dose de hidrocortisona for menor que 50 mg/dia. Tra����n�o �� I� Crôni��: ➔ Reposição de glicocorticóides (prednisona 5 mg pela manhã e 2.5 mg às 16h) ➔ Monitoramento da reposição: ◆ Atentar para sinais e sintomas de hipercortisolismo ◆ Observar se há sintomas de IA ◆ Monitorar com densitometria óssea ➔ Entregar ao paciente carte de IA, com orientações. Em caso de intercorrência aguda de pequeno corte, devemos triplicar a dose por 3 dias ou até a resolução do quadro. Hip���l��i� A�r��a� C�n�êni�� Defin�ção: ➔ Doença autossômica recessiva com deficiência enzimática na cascata da esteroidogênese adrenal, que resulta na diminuição da síntese de cortisol e aumento da síntese de ACTH estimulando hiperplasia e hipertrofia das células adrenais. ➔ A principal consequência da deficiência enzimática é a diminuição do cortisol. ◆ A queda dos níveis de cortisol causa desregulação do sistema de feedback, levando ao aumento da secreção de CRH e ACTH. ◆ Pela diminuição do meu produto final (cortisol), a minha hipófise irá estimular a suprarrenal, que está funcionando mal, produzindo pouco. O estímulo da suprarrenal pelo ACTH faz com que a glândula aumente de tamanho (aumento na vascularização, no volume e no número de células adrenais -> hiperplasia). Íris Salles - 101 ● Ocorre igual no bócio por hipotireoidismo: muito TSH tentando estimular a tireóide a produzir HT. ◆ A hiperplasia adrenal causará secreção aumentada dos esteróides precursores (acima do bloqueio enzimático) -> SÍNDROME ADRENOGENITAL (enzimas comuns da esteroidogênese adrenal e gonadal alteram a identidade sexual). ➔ Resumindo: a HAC compreende um grupo de distúrbios autossômicos recessivos causados por biossíntese anormal dos produtos, corticosteróides adrenais, cuja expressão clínicolaboratorial depende da enzima envolvida. Ou seja, a doença propriamente dita se manifesta de formas diferentes, dependendo de qual enzima que está deficiente. Hip����do���r��i�m� P���ári� ➔ Tumor funcionante menos frequente (2%) ➔ HAS quase sempre presente nos portadores ➔ Hipocalemia ocorre em 50% dos casos. ➔ Complicações mais comuns: ◆ AVC (HAS secundária ao excesso de Na e líquido) ◆ IAM não fatal (HAS secundária ao excesso de Na e líquido) ◆ Fibrilação atrial: causada por distúrbio hidroeletrolítico que é provocado pela aldosterona (aumento da excreção de K+ -> hipocalemia -> interferência no eixo elétrico) ➔ Pesquisar em incidentaloma adrenal em pacientes hipertensos. Hip����n�ão Ar����al S����dári�: ➔ Hipertensão severa ou refratária ➔ Aumento repentina de PA controlada ➔ Hipertensão em indivíduos jovens: ◆ Menores que 30 anos ◆ Não obesos ◆ Não negros ◆ HFamiliar negativa ◆ Hipertensão maligna Hip����do���r��i�m� P���ári�: ➔ Causas mais comuns: ◆ Hiperaldosteronismo idiopático (HAI): 60-70% ◆ Adenoma produtor de aldosterona (APA e APA-RA): 30-35% ➔ Produção excessiva de aldosterona independente do SRAA. ➔ Diagnóstico: ◆ Testes de screening ◆ Testes confirmatórios ◆ Diferenciação dos subtipos ➔ A confirmação do diagnóstico se torna desnecessária quando temos: ◆ Aldosterona > 20 ◆ Hipocalemia ◆ Renina baixa Fe�c���oc����a ➔ Tumor armazenador, metabolizador e produtor de catecolaminas (adrenalina, dopamina, noradrenalina). São derivados das células cromafins de origem em crista neural. ➔ Mortalidade aumentada (até 4x a população normal) ➔ Síndrome clássica: ◆ Pico Hipertensivo + Hiperidrose + Palpitações + Rubor Facial ➔ Localização: ◆ Medula adrenal (90%) ◆ Extradrenais (10%): os que estão localizados fora da adrenal são chamados de paragangliomas. 90% dos paragangliomas estão no abdome e geralmente não são produtores. ➔ Manifestações clínicas: Íris Salles - 101 ◆ HAS sustentada ou paroxística presente em 85-90% dos casos. ◆ Paroxismos (50-75%): crise com cefaleia, palpitação, sudorese. ● São espontâneos ou precipitados (precipitados por estresse, aumento da pressão abdominal, procedimentos, medicações e certos alimentos). ● Ocorre por algum estímulo à massa que gera liberação de catecolaminas. ◆ Pode se associar a tremores, palidez ou rubor, dor torácica, abdominal, náuseas, dispnéia, taquipnéia, hipermetabolismo, hiperglicemia, raramente se associa à hipotensão. ➔ Diagnóstico do FEO: ◆ Em função da heterogeneidade do padrão secretório dos FEO, é mandatória a combinação de, no mínimo, dois testes para se obter a maior acurácia diagnóstica. ◆ Por causa da possibilidade de secreção episódica de catecolaminas pelos tumores, devemos dosá-las em pelo menos duas ocasiões. ● O ideal mesmo era dosar durante as crises, pois nelas temos certeza de que o tumor está secretando catecolaminas. ◆ Solicitar: ● Metanefrinas plasmáticas ● Catecolaminas plasmáticas ● Metanefrinas urinárias ● Catecolaminas urinárias
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