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BOVINOCULTURA E BUBALINOCULTURA DE LEITE

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Apostila de Manejo de Vaca Leiteira 
(BOVINO/BUBALINO) 
 
SISTEMA DE PRODUÇÃO E CRIAÇÃO 
Sistema de criação: 
LANDAIS (1987), conjunto de elementos em interações, dinâmicas organizadas pelo homem para valorizar 
recursos pelo intermédio de animais domésticos. 
 
Elementos 
O produtor: é o centro de decisão, caracteriza-se pelos seus projetos e objetivos de produção. A organização 
social da família, a historia e a mão de obra disponível são elementos importantes. 
O território: é o espaço disponível para o sistema de criação. Caracteriza-se pelo conjunto de recursos naturais 
(pastos, água) e recursos – produzidos (forragem, subprodutos) na fazenda para os animais. Os recursos estão ligados a 
estrutura da propriedade, a produtividade das pastagens e a disponibilidade de subprodutos. 
O rebanho: é o conjunto de animais. Cada rebanho é caracterizado por espécie, raça e número de animais. A 
composição de um rebanho, a sua dinâmica e o seu valor econômico é importante para definir o sistema de criação. 
 
Fluxo de criação 
O sistema de criação como qualquer sistema, pode se caracterizar pelos diferentes fluxos entre o sistema e o meio 
exterior. 
 
Fluxos de matéria: produtos produzidos e consumidos pelo homem. 
Fluxos de dinheiro: é o dinheiro consumido para funcionamento do sistema e os recursos produzidos. 
Fluxos de energia: são as diferentes energias usadas para fazer funcionar o sistema e também que sai do sistema. 
Fluxos de informação: são fluxos que permitem informar ao criador das condições fixadas pelos fatores exteriores do 
sistema de criação e que o ajudam para elaboração de decisões. 
 
 
ZOOTECNIA: (zoon = animal, tekhne= arte) 
 
(Landais, 1987) é a ciência que se preocupa com as técnicas e as praticas de criação. 
 
Parâmetros zootécnicos: Há numerosos parâmetros zootécnicos em função do tipo de sistema de criação. 
1. Parâmetros demográficos: pirâmides das idades 
2. Parâmetros de reprodução: IP, IPC 
3. Parâmetros de crescimento: GMD 
 
Parâmetros de Produtividade: 
Fatores que influenciam na produtividade 
▪ Composição do rebanho 
▪ Reprodução das fêmeas 
▪ Sanidade dos animais 
▪ Crescimento dos animais 
▪ Valorização das produções 
 
 
 
PRODUTIVIDADE = F(composição, reprodução, crescimento, sanidade, valor ) 
 
 
Cálculo da produtividade 
PN= Produtividade numérica 
PNN= produtividade numérica ao nascimento = fecundidade 
PNN= número de nascidos vivos / N° de vacas 
PN 3 meses- produtividade numérica aos 3 meses 
PN 3 meses = N° de nascidos vivos a 3 meses / N° de vacas 
PND- produtividade numérica ao desmame 
PND = N° dos vivos ao desmame / N° de vacas 
 
Produtividade Ponderal (PP) 
A produtividade ponderal de um rebanho durante uma unidade de tempo é a soma dos ganhos de peso das 
diferentes categorias de animais durante essa unidade de tempo dividida pelo número das unidades de produção. 
A produtividade ponderal é em função do tipo de exploração. 
 
Para um rebanho de reprodutores 
PP = peso dos produtos vivos / N° de matrizes 
 
Para um rebanho de bovinos reprodutores e de cria 
PP = (ganho dos bezerros + ganhos dos novilhos + ganho na engorda) / N° de vacas 
 
Produtividade econômica (PE): A produtividade econômica é o produto da produtividade numérica ou da 
ponderal pelo valor econômico da unidade. 
 
Para o rebanho de leite 
PE = (preço de 1 litro de leite) x (PN) 
 
Para o rebanho de corte 
PE = (valor de 1 kg de carne) x (PP) 
 
BOVINOCULTURA DE LEITE: ALGUMAS RAÇAS, APTIDÕES, PRODUÇÃO LEITEIRA, TEOR DE GORDURA E PARTICULARIDADES. 
 
RAÇA ORIGEM APTIDÕES PROD. 
LEITE 
TEOR DE 
GORD 
PARTICULARIDADES 
Holandesa Européia Leite 4000- 
6000 L 
4% Raça européia mais difundida para produção de leite. São exigentes quanto a 
alimentação e manejo, formam hoje o maior rebanho de gado europeu do país. 
Pelagem malhada de preta e branca e malhada de vermelha. 
Jersey Européia Leite 3000 L 4,5% Apresentam alto teor de gordura no leite. Animais de pequeno porte. Pelagem 
parda ou amarelada. 
Girolanda Brasil Leite 3000 L 3,5% 5/8 holandês e 3/8 Gir ganhando produtividade e rusticidade. Pelagem preta, 
castanha ou vermelha uniforme com manchas brancas. 
Flamenga Européia Leite 3000 L 3,8 % Pelagem vermelha clara a escura chegando a ser quase negra nos machos. 
Dinamarquesa Européia C x L 4000 L 4% Pelagem vermelha 
Simental Européia C x L Pelagem varia do amarelo claro ao vermelho amarronzado. 
Guernsey Européia Leite 2500 L 5% Pelagem vermelha 
Pitangueiras Brasil Leite 3000 L 4,2% Pelagem variando do vermelho claro ao escuro. 
 
 
CLASSIFICAÇÃO ZOOLOGICA 
BOVINOS BUBALINOS 
 
Classe: Mammalia 
Ordem: Artiodactyla 
Sub-ordem: Ruminantia 
Família:Bovidae 
Sub-família: Bovinae 
 
Classe: Mammalia 
Ordem: Artiodactyla 
Sub-ordem: Ruminantia 
Família:Bovidae 
Sub-família: Bovinae 
 
GRUPO GÊNERO ESPÉCIE VARIEDADES NOME COMUM 
 
1 – Taurino 
 
 
2 - Bubalino 
 
Bos 
 
 
 
Bubalus 
 
Bos taurus 
Bos indicus 
 
 
Bubalus bubalis 
 
_ 
_ 
 
 
bubalis 
kerebau (rosilho) 
fulvus 
 
Boi europeu 
Zebu 
 
búfalo indiano 
selvagem 
 
Bos taurus Bos indicus 
 
 
 
 
 
Bubalus bubalis 
 
 
ALGUNS ASPECTOS DIFERENCIADORES ENTRE BOVINOS E BUBALINOS 
 
 Aspectos físicos: cor da pele e pêlos, chifres, corpo, mugido, cheiro, hábitos e outros. 
 
 Número de cromossos: 
 
 
Domésticos: 
Bovinos 2n=60 
 
Búfalos: Pretos ou de rios (Murrah, Mediterâneo, Jafarabadi 2n=50) 
e Rosilho ou de Pântano Carabau (2n=48). 
 
• Bos taurus : taurinos (europeu) 
 
•Animais de corpo maciço e cilíndrico, com o tronco, porção posterior, bem avantajado; 
•Ambos os sexos -cornos pequenos em relação o corpo, lisos e de forma cilíndrica, existem mochos; 
•Peso variando em 400 a 1200kg, altura 1,20 a 1,80 (Raça), pelos longos com várias tonalidades; 
•Período de gestação: 283dias 
•Puberdade: M- 18 meses e F- podem apresentar até mais cedo 
 
 
Bos indicus: zebuínos 
•Principal característica: região cervical-bossa, giba ou cupim, pescoço curto e estreito, com uma grande pregas 
chamada de barbela. 
•Animais rústicos, peso(200 a 1200kg), altura 0,80 a 1,80) conseqüência da raça; 
•Pele escura, pêlos curtos, costelas pouco arqueadas e ancas estreitas e caídas; 
•Período de Gestação: 294 dias; 
•Vida reprodutiva: por volta do 18 meses. 
 
 
BOVINOCULTURA E BUBALINOCULTURA LEITE 
MANEJO PRODUTIVO E REPRODUTIVO 
▪ A gestação de um bovino é de aproximadamente 280 dias (9 meses) e do bubalino são de 305 dias (10meses) 
▪ O momento ideal para cobertura ou IA é entre 60-90 dias após o parto. 
▪ Teoricamente a vaca estará 3 meses vazia e 9 meses em gestação. 
▪ Terá uma fase de lactação de 10 meses (305 dia) e uma fase seca 2 meses (60 dias). 
 
1a FASE: Parição / início da lactação 
Identificar a hora do parto 
▪ É importante controlar a data de cobertura ou IA 
▪ O produtor deve ter o cuidado de manter um pasto limpo, baixo e sem poças de lama. 
▪ O trabalho de parto dura poucas horas. 
▪ O colostro é produzido durante os 3 primeiros dias. 
2a FASE: Cobertura / IA 
Dois meses após o parto deve ocorrer a cobertura ou IA. 
 
▪ A forma mais simples é deixar as vacas paridas a mais de 2 meses em piquete separado com o touro. Entretanto, este 
método não permite detectar a data exata da cobertura. 
 
▪ A forma mais segura é detectar o cio e então levar a fêmea para o piquete com o macho, ou inseminá-la 
artificialmente. Esse é o manejo mais recomendado tecnicamente. 
 
Detectar o cio 
▪ Este dura apenas 18hs e repete-se a cada 21 dias. 
▪ Reflexo de monta. 
▪ Aparecimento de secreção ou corrimento vaginal. 
▪ O uso de um rufião é mais recomendável. 
▪ Algumas doenças fazem com que o animal não entre em cio, além de carências minerais. 
▪ A causa mais freqüente de repetição do cio é a inflamação do útero(matrite). 
 
FASE 3 : Gestação / lactação 
▪ Em um bom manejo, a vaca passará boa parte de sua vida em gestação e lactação ao mesmo tempo.Por causa disso, 
os animais ficam sobrecarregados e com maiores exigências nutricionais. 
▪ O sal mineral deve ser de boa qualidade e a vontade no cocho. 
▪ Deve ser feito um bom manejo das pastagens (limpas, sem plantas tóxicas). 
 
FASE 4: Fase seca/ final da gestação 
▪ Se a cobertura da matriz foi feita no período adequado, o fim do período seco coincidirá com o final da gestação. 
▪ A secagem garante a mãe e a glândula mamária um período de repouso até a próxima lactação. 
▪ Para secar um animal basta parar de ordenhá-la no caso de menores produções de leite, e em caso de maiores 
produções deve-se diminuir a alimentação. 
▪ A higiene é fundamental na secagem dos animais. A vaca deve ter acesso a boas pastagens para melhor recuperação. 
 
Cuidado ao nascer: 
a) Respiração: observar se a respiração está normal, se necessário retirar muco e restos de membranas fetais das 
narinas para evitar a morte por asfixia. 
 
 
b) Corte do cordão umbilical: cortar i cordão umbilical, deixando-o com um comprimento de aproximadamente 3 
cm. O cordão não deve ser amarrado. 
c) Abrigos: torna-se necessário a construção de bezerreiros. O local deve ser limpo e desinfetado. De preferência 
deixar os animais ao lado da mãe. 
d) Colostro: deve-se mamar o colostro. Este auxilia nas funções digestivas e fornece anticorpos ao bezerro. 
e) Registrar e marca o animal: ficha de registro. 
f) Eliminação do mecônio: observar se o animal elimina o mecônio (1a s fezes). Se isso não acontecer administrar 
via oral 50 cc de óleo de ricínio. 
g) Estresse: os bezerros não devem ser estressados com excesso de sol e movimentações. 
h) Quantidade de leite fornecida ao bezerro: deve ser proporcional ao seu peso. (1/10) do PV do animal. Para 
animais com 30 kg deve ser administrado 3 kg de leite ao dia em 2 ou 3 vezes. 
▪ Outros cuidados 
▪ Separar os animais destinados ao abate e reprodução. 
▪ Colocar os bezerros em pastagem logo no 1o mês, pois assim dará inicio as atividades ruminais. 
▪ Controlar mensalmente o peso dos animais destinados a reprodução. 
▪ Extirpar tetas suplementares. 
▪ Não colocar os bezerros em pastagens alagadas ou em águas poluídas. 
▪ Evitar pastagens muito altas para bezerros novos. 
▪ Isolar os animais doentes 
▪ Mineralização adequada 
 
▪ Castração (para machos): pode ser feita logo após nos primeiros dias com animais destinados ao abate, ou entre o 
12o e 18o mês, logo após a seleção dos possíveis reprodutores. Os principais métodos são: incisão da bolsa escrotal e 
esmagamento do cordão espermático. 
 
▪ Descorna: é a remoção dos chifres nos bovinos adultos ou dos botões nos recém nascidos. 
 
VANTAGENS Desvantagens da descorna em animais 
adultos 
▪ Facilita o manejo 
▪ Evita que os animais se machuquem 
▪ Evita doença nos chifres. 
▪ Morte causada por hemorragia ou 
infecções 
▪ Pode enfraquecer o animal 
▪ Intervenção cirúrgica trabalhosa. 
 
Métodos utilizados 
▪ Uso de produtos químicos: indicado para bezerro entre 4 e 10 dias de idade. É utilizado o hidróxido de potássio. 
Corta-se os pelos em volta do botão protegendo a pele para evitar queimaduras. Finalmente queima-se o botão em 
pomada ou bastão previamente umedecido em água. 
▪ Uso de ferro candente: utilizado somente para bezerros com idade entre 4 e 10 dias. 
 
 
ÉPOCA DA DESMAMA 
▪ Nas explorações leiteiras o bezerro é desmamado logo nos primeiros dias de vida, sendo alimentado artificialmente 
(balde ou mamadeira) 
▪ Há explorações leiteiras em que o desmame é efetuado num período que varia de 3 a 5 meses. 
▪ O importante durante a desmama é oferecer pastagem de boa qualidade e nutritivas. 
▪ No caso de animais destinados a reprodução pode-se prolongar o período de aleitamento, pois necessitam de cuidados 
alimentares especiais. 
 
 
 
 
FIGURA 13 
PRINCIPAIS PARAMETROS ZOOTÉCNICOS 
DA REPRODUÇÃO DOS ANIMAIS DOMESTICOS 
Espécie 
animais 
Tempo do 
ciclo 
Tempo do 
estrus 
Tempo da 
gestação 
Prolificidade estrus pós- 
parto 
I.P.P I.E.P Relação 
Mac.-Fem. 
Desmame 
 (dias) (dias) (meses) Nascid./part. (dias) (m.) (m.) (Meses) 
Vaca 20-23 0,5 –1,5 8,5 – 9,5 1 45 36 – 60 12 – 24 1/30 – 50 6 – 7 
Égua 21 6 11 1 12 36 – 60 14 – 24 1/50 – 80 7 – 8 
Ovelha 14--19 1 – 2 5 1,15 45 10 – 15 7 – 12 1/70 – 80 3 – 4 
Cabra 15-20 2 - 3 5 1,25 45 10 – 15 7 – 12 1/70 – 80 3 – 4 
Porca 21 3 4 7 – 12 7 - 12 10 - 16 5 – 10 1/30 – 40 1,5 – 2 
Coelha 16 provocado 1 5 – 8 3 - 5 1,5 - 3 1/10 - 12 1 
 
I.P.P – Idade ao Primeiro Parto 
I.E.P – Intervalo Entre Partos 
 
 
PARAMETROS POTENCIAIS MEDIOS DE CRESCIMENTO E DE LACTAÇÃO 
 
Bovinos 
Sexo Peso Nasc. GMD/ 0-1 a Peso 1ano GMD / 1-2 a Peso 2 anos Peso Adulto Lactação 
Machos 
Vacas 
30-40 kg 
25-30 kg 
400-700 g 
300-600 g 
150-350 kg 
120-300 kg 
350-500 g 
250-450 g 
300-450 kg 
220-350 kg 
400-800 kg 
350-600 kg 
1000-5000 kg 
7-10 meses 
Suínos 
Sexo Peso Nasc. GMD / 0-2m Peso 2m GMD / 2-6m Peso 6m Peso adulto Lactação 
Porco.T 
Porco.S 
Porca.T 
Porco.S 
0,8 – 1 kg 
1-1,5 kg 
--id-- 
--id-- 
150-200 g 
200-300 g 
--id-- 
--id-- 
8-15 kg 
15-20 kg 
--id-- 
--id-- 
200-350 g 
300-700 g 
--id-- 
--id-- 
40-55 kg 
80-110 kg 
35-40 kg 
70-95 kg 
110-125 kg 
280-520 kg 
70-110 kg 
250-400 kg 
 
 
150-400 l 
45-60 dias 
Ovinos 
Sexo Peso Nasc GMD / 0-3m Peso 3m GMD / 3-6m Peso 6m Peso Adulto Lactação 
Carn.T 
Carn. S 
Ovelha.T 
Ovelha. S 
2-2,5 kg 
3-4,5 kg 
--id-- 
--id-- 
100-150 g 
300-400 g 
--id-- 
--id-- 
10-15 kg 
25-35 kg 
--id-- 
--id-- 
50-150 g 
200-300 g 
--id-- 
--id-- 
15-25 kg 
40-50 kg 
--id-- 
--id-- 
30-60 kg 
70-120 kg 
25-45 kg 
45-65 kg 
 
90 dias 
100-150 l 
150-300 l 
Caprinos 
Sexo Peso Nasc. GMD / 0-3m Peso 3m GMD / 3-6m Peso 6m Peso Adulto Lactação 
Bode 
cabra 
1,5 – 2 kg 
--id-- 
75-110 g 
--id-- 
9-12 kg 
--id-- 
40-100 g 
--id-- 
15-20 kg 
--id-- 
25-35 kg 
--id-- 
300-600 l 
3-5 meses 
 
 
a- ano/ m-mês/ l-litro/ T- tradicional/ S- selecional/ GMD- Ganho Médio Diário 
 
 
 
Definição: 
REPRODUÇÃO 
 
Ação ou efeito de reproduzir, ou seja, produzir um novo ser. 
 
Objetivo do Estudo da Reprodução: 
 
Aperfeiçoar as habilidades genéticas de cada animal produtor. 
 
# No gado leiteiro visa aumentar a produtividade por vaca, o que viabiliza economicamente a Prod. de leite 
# Na exploração do gado de corte não admiti-se que o acasalamento ocorra ao acaso, fora de um programa 
previamente estabelecido. 
# Num sistema de exploração, seja leite ou carne há a necessidade de práticas de manejo reprodutivo e obedeça a 
um esquema de planejamento. 
 
“A partir do controle do acasalamento dos animais e o aproveitamento máximo do potencial genético e 
reprodutivo, obtemos maior rapidez na evolução qualitativa e quantitativa do rebanho”. 
 
É Importante Saber!!!!! 
 
 Deverão ser evitados problemas de cobertura precoce de animais que ainda não apresente desenvolvimento suficiente 
para conceber, o que somente ocorre quando as fêmeas atingem: 
 
# Raças de grande porte 300 a 350kg ( 18 a 26 meses); 
# Raças de menor porte 200 a 250kg . 
 
OBS: Nas regiões de clima quente, como a nossa, as novilhas de raças leiteiras devem entrar em reprodução 
aproximadamente aos 2 anos e as zebuínas um pouco mais tarde. 
 
 Outra falha no manejo reprodutivo é o de que, por acidente ou descuido, um ou mais touros venham a cobrir 
indevidamente vacas do rebanho de cria, fugindo ao esquema de acasalamento previsto. 
 
Como medida prudente, aos seis meses de idade os bovinos ou bubalinos de sexos diferentes devem ser separados, a 
fim de evitar fecundações indesejáveis. Muito precoces. 
 
Touro esta pronto depois da idade de 12 meses e, com 15 meses não devem realizar + de duas coberturas/semana. 
 
APARELHO REPRODUTIVO 
 
# Os processos reprodutivos são complexos, portanto, antes de definir o que fazer para a melhoria da qualidade 
reprodutiva do rebanho, o indivíduo precisa Ter alguns conhecimentos básicos sobre aanatomia e funcionamento do 
aparelho reprodutivo de seus animais. 
 
Puberdade: Época da vida em que o indivíduo está apto para a procriação. 
 
Machos: 
# Primeira produção de espermatozóides (aproximadamente dos 7,5 a 8,5 meses de idade). 
# Grande variação (influência) raciais e individuais. 
# Alimentação – um animal que é mal alimentado tem atraso no desenvolvimento corporal, o que também retarda 
o desenvolvimento sexual. 
 
 
Fêmea: 
# A média de idade para novilhas em condições corporais favoráveis situa-se entre 300 a 360 dias, para fêmeas 
leiteiras (novilhas com 340kg (raças grandes) e 240kg (raças pequenas) de peso vivo e com 13 a 17 meses já podem, 
supostamente, conceber a primeira cria). 
# Geralmente estas fêmeas apresentam os cios subsequentes ao primeiro, normais e regulares. 
 
Aparelho Reprodutivo Masculino 
 
 
 
Os principais órgãos genitais masculinos compreendem os testículos, que se localiza na parte externa do corpo do 
animal e dentro de uma bolsa que os sustenta, denominado escroto ou saco escrotal. 
Secundários: compreendem os ductos (ou vasos) eferentes e deferentes, epidídimo e o pênis. 
Órgãos acessórios: glândulas prostáticas ou próstata, vesículas seminais e glândulas bulbouretais ou de Cowper 
 
Aparelho Reprodutivo Femenino 
 
Consta de Ovário, Ovidutos, Útero, Cervix uterina, Vagina e Genitária externa(vulva). 
 
 
 
CICLO SEXUAL 
 
 
Quando a fêmea já atingiu a puberdade, manifestando cios ovulatórios regulares e desenvolvimento corporal 
proporcional e satisfatórios a sua raça, já podemos considerá-lá madura sexualmente e apta à reprodução 
 
# Denomina-se de ciclo estral o período de 21 dias entre um cio e o outro, que compreende 4 fases distintas: 
 
Cio ou estro – duração média de 15 a 18 horas 
Metaestro – duração média de 2 a 3 dias 
Diestro – duração média de 14 dias 
Proestro – duração média de 3 dias 
 
OBS: Em geral, a duração do ciclo completo é de 21 dias(20 nas novilhas), podendo variar de 17 a 24 dias. 
 
 
CIO ou Estro: Período imediatamente após a fêmea deixar-se montar por outro animal (fêmea ou macho), ou seja, 
momento em que ela tolera a cópula. 
 
Fatores que influenciam o cio: 
*Tipo de manejo,Raça, Clima; 
*Estado nutricional; 
*Saúde do animal. 
 
Sinais de identificação de Cio 
• Mungido e inquietude; 
• Olhares vivos e tentativa de subir nas outras; 
• Os lábios vaginais apresentam-se intumescidos úmidos, avermelhados e presença de muco claro e abundante; 
• Decréscimo da ingestão de alimentos 
• Reflexo de tolerância positivo 
• Redução da produção de leite; 
• A Fêmea deixa-se montar por outros. 
Duração do Cio: 
Em média, a duração do Cio é de aproximadamente 18 h, e termina de 10 a 12 h antes da ovulação. 
 
OVULAÇÃO: 
# Nos bovinos em geral ocorre de 28 a 32 h após o início do cio, ou 10 a 12 h a partir de seu termino. 
METAESTRO 
# Inicia-se logo após cessarem as manifestações de cio. Pode surgir um sangramento junto com o muco, 
proveniente do útero (um ou dois dias após a ovulação). 
DIESTRO 
# Corresponde ao período de repouso sexual da fêmea. 
#Tem duração de 14 dias. 
# Caracteriza-se pela falta de interesse sexual. 
PROESTRO 
# Período antes do estro. 
# Primeiros sinais são a inquietude e a tentativa de montar sobre os outros. No final encontra-se o muco. 
# Tem duração em média de 3 dias e é seguido pelo Cio. 
 
OBS: Em vacas, o cio se manifesta regularmente durante o ano todo, e a influência estacional é pequena. A fertilidade, 
porém, pode variar, conforme as alterações de luminosidade durante o ano. 
 
Recomenda-se: !!!!!!!!!!! 
As vacas sejam servidas no terço final do cio, ou seja, no mínimo 18h após a contestação do cio. 
 
 
IDADE ao PRIMEIRO PARTO (IPP) 
# Depende, principalmente da idade, do equilíbrio nutricional e desenvolvimento corporal. 
# Que seja a partir dos dois anos. 
 
GESTAÇÃO 
# A duração da gestação compreende o momento da concepção (fecundação) até o parto. 
 
# Este período varia em função da espécie, influenciado por vários fatores: 
• A idade da fêmea- novilhas que concebem jovens 
• O número de fetos- gêmeos reduzem o tempo Gest 
• O sexo do feto- machos levam de 1 a 2 dois dias p/ nascerem. 
• Tamanho e as influências hormonais do feto também alteram a gestação. 
• Pequenas variações na duração da gestação entre raças são atribuídas a efeitos genéticos, estacionais ou 
locais. 
 
PROCESSO REPRODUTIVO 
 
 O óvulo liberado pelo folículo do ovário é captado pela trompa, local em que ele se encontra com os 
espermatozóides e ocorre a fecundação. 
 Desta fusão, óvulo-espermatozóide, resulta o ovo que permanece na trompa por 4 dias em média, descendo 
depois para o interior do útero, onde permanecerá livre por alguns dias até aderir à parede do órgão 
(implantação do ovo), quando inicia o processo de formação da placenta. 
 Geralmente cinco dias após o rompimento do folículo e conseqüente ovulação, forma-se no mesmo local 
uma estrutura denominada de corpo lúteo(corpo amarelo), que produz progesterona, hormônio responsável 
pela manutenção da gestação. 
 
OBS: O crescimento fetal é mais acentuado no terço final da gestação, aumenta mais da metade do peso fetal neste 
período. 
 
Período de ovo: fertilização até 15o dia 
P. embrionário: do 15o dia ao 45o gest. 
P. fetal: 45odia até o nascimento. (OVO FETO) 
 
CUIDADOS A SEREM TOMADOS EM RELAÇÃO AO PARTO 
# O auxilio ao parto se faz necessário quando: 
 O atraso da ruptura das bolsas fetais for superior a 6 horas; 
 Ocorrer a morte e decomposição fetal; 
 Houver dilatação do colo uterino, vagina e vulva, mas não ocorrer a dilatação óssea (abertura da bacia); 
# Quando se fizer necessário a interferência humana, esta deve ser efetuada seguindo alguns cuidados: 
 .Higiene rigorosa; 
 Evitar traumatismos, tanto na vaca quanto no bezerro; 
 Realizar a intervenção somente quando for realmente necessária; 
 Não utilizar força superior a três pessoas, nuca aplicar outro tipo de força que não seja a do homem, alternar 
a tração entre os membros do bezerro p/ facilitar o deslocamento do mesmo pela via fetal da fêmea. Não 
puxá-lo c/ objeto cortante; 
 Tracioná-lo c/ a certeza q/ esta bem posicionado. 
Evolução da 
Gestação 
 
 
PRINCIPAIS PARÂMERTOS ZOOTÉCNICOS DA REPRODUÇÃO 
PROCESSOS REPRODUTIVOS 
 
1. Monta Natural 
2. Monta Controlada 
3. Inseminação Artificial 
4. Transferência de Embrião 
 
 
GLÂNDULA MAMÁRIA: ANATOMIA E FISIOLOGIA DO ÚBERE 
 
Para compreender a formação e secreção do leite, dever-se conhecer a estrutura anatômica e a 
constituição do úbere. 
Úbere: è a uma glândula mamária formada por quatro quartos independente: 
 
A divisão do úbere: membrana longitudinal, duas metades, uma direita e a outra esquerda. 
# Cada metade é dividida por uma membrana transversal. 
# Estas membranas são responsáveis pela boa sustentação do úbere. 
# Cada quarto do úbere tem sua própria glândula e teta. 
 
 
 
 
 
Internamente, o úbere é constituído por um tecido glandular, que contém células produtoras de leite – 
ALVÉOLOS ou ÁCINOS. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Finíssimos canais que fazem a ligação a outros, e estes a outros, progressivamente maiores, 
desembocando nos canais galactóforos que, por sua vez, terminam numa cavidade maior acima da teta, 
conhecida como cisterna. 
Outra cavidade é a do teto uma extensão que vai do úbere ao canal do esfíncter, ocupando a parte interna 
do teto. 
Esta cisterna comunica-se com o exterior por um canal. 
Entre uma e outra ordenha o canal mantém-se fechado pela ação de um músculo circular chamado 
esfíncter, que impede a saída do leite. 
As paredes internas da cisterna estão revestidas por uma mucosa muito sensível, que pode sofrer sérios 
danos se a ordenha não for bem feita. 
Toda vez que os alvéolos secretam o leite, preenchendo os capilares e, depois destes, os ductos e canais, 
enchendo o úbere, aumenta a pressão. Quando o úbereestiver cheio e não houver retirado o leite, a pressão 
interna paralisa o processo de fabricação do leite por compressão sobre os alvéolos. 
Num úbere cheio, pouco antes da ordenha, estima-se 70% do leite encontra-se na região dos Alvéolos e 
30% na região das cisternas. 
O leite que se encontra nas cisternas pode ser extraído, vencendo-se a resistência do esfíncter. 
Para extrair-se o leite que se encontra na região dos alvéolos, é necessário à participação ativa da 
vaca, através da liberação do hormônio ocitocina. 
 
FISIOLOGIA DO ÚBERE 
 
O úbere é servido por uma abundante rede de artérias e veias. 
Este vasto sistema de vasos traz o sangue arterial, rico em nutrientes, do coração ao úbere, onde se 
distribui por canais cada vez mais finos, até a rede de capilares que circulam os alvéolos. 
Estima-se que passe pelo úbere de 400 a 800L de sangue para formar 1L de leite. 
 
 
Produção dos constituintes de leite ocorre nas células alveolares, passando destas para as cavidades dos 
alvéolos, num processo contínuo e numa velocidade constante, mas muito lentamente. Da cavidade alveolar, o 
leite é expelido para os condutos até chegar à cisterna. Dos canais galactóforos maiores e das cisternas, o leite é 
facilmente retirado pelo terneiro ou pela ação do homem na ordenha. 
Para extrair-se o leite que se encontra na região alveolar, é necessária a contração das fibras musculares 
do úbere, que são atingidos pela ação do hormônio. 
Hipófise → glândula endócrina situada abaixo do encéfalo e que produz numerosos hormônios. 
Encéfalo→ conjunto dos centros nervosos (cérebro, cerebelo, bulbo, raquiano) contidos na caixa 
craniana dos vertebrados. 
 
Hormônios: Crescimento: 
Reprodução: 
Produção: 
 
Ocitocina→ corrente sanguínea e chega a glândula mamária  células mioepiteliais (circulam os alvéolos) 
forçando a decida do leite 
Involuntário independe do controle do 
animal. 
O efeito da ocitocina  atuar 1” após o inicio de preparação do úbere e dura de 4 a 8 minutos (cessa o 
processo da ocitocina). 
 
Quando a vaca esta condicionada, o leite já desse facilmente - por isso recomenda-se colocar as vacas na 
sala de ordenha somente na hora da ordenha. 
Os resíduos estranhos e as mudanças na rotina da ordenha provocam a retenção do leite nos alvéolos, a 
Ocitocina é inibida pela adrenalina. Neste caso, aconselha-se espera 20 a 30” para reiniciar a preparação para 
ordenha. 
 
OBS: o esvaziamento total do úbere é impossível, pois a formação do leite, como visto anteriormente é um 
processo contínuo. Tentar retira-lo, aumentando o tempo da ordenha, só prejudicará o animal e irritará os 
tecidos do úbere. 
 
Pode-se reduzir sensivelmente a qualidade de leite residual através de uma preparação e ordenha bem 
feita. 
 
 
MANEJO CORRETO DA ORDENHA MANUAL 
 
A ordenha é uma atividade que exige cuidado e atenção devido a sua influência na produção de leite, na sua qualidade e 
na saúde dos animais. Os cuidados tomados durante a ordenha envolvem a higiene do local, dos animais, dos utensílios e 
ordenhador. 
 
 
 
Local de ordenha 
 
Deve ser limpo, seco, arejado e distante de esterqueiras, chiqueiros, galinheiros e fossas, que favorecem a 
proliferação de moscas. O leite absorve mau cheiro proveniente de alimentos, meio ambiente, utensílios e 
microorganismos. 
Para manter a sala de ordenha em condições adequadas, recomenda-se: 
 
Diariamente 
✓ Remover o esterco e lavar a sala de ordenha com água corrente. 
✓ Lavar é desinfetar os baldes e latões ao final da ordenha, mantendo-os de boca para baixo, em local limpo e seco. 
 
Mensalmente 
✓ Desinfetar as instalações com produtos à base de cresóis, na concentração de 1% ou com cal queimada. 
 
Sanitização de vasilhames 
✓ Utilizar água quente e um detergente (biodegradável) e/ou desinfetante apropriado. Bom resultado de desinfecção se 
consegue com uma solução de 50 a 100 ppm de cloro ativo (1 ml de hipoclorito de sódio + 1 litro de água fervida ou 
filtrada), durante 10 minutos de contato com o vasilhame. 
✓ A higiene de uma ordenha se inicia no final da ordenha anterior. 
 
Mão-de-obra 
Ordenhadores devem ser saudáveis, desfrutar de boa saúde, trabalhar com roupas e mãos limpas, botas, boné, e ter 
bons hábitos higiênicos (unhas aparadas, cabelo curto, não fumar ou cuspir durante a ordenha). As mãos do ordenhador 
podem ser fonte primária de contaminação das tetas e do leite. 
 
A tarefa do ordenhador deve ser limitada à ordenha das vacas. As tarefas de conduzir o animal, apartar, pear, 
raspar e lavar o piso devem ser realizadas por um auxiliar. 
 
o animal 
de ordenha (horário, local e a seqüência recomen 
cas com vacinação e tratamento de doenças não 
M 
As vacas devem ser manejadas com calma, 
respeitada, mesmo nos fins de semana e feriad 
izadas na sala de ordenha. 
 
1. O exame do leite é importante para identificar as vacas com mastite clínica. As vacas doentes 
devem ser ordenhadas por último, em outro local. Os primeiros jatos arrastam também as 
bactérias que ficam no canal da teta e contaminam o leite. 
Adotando-se a linha de ordenha, evita-se a transmissão de doenças por vírus, algas e bactérias entre 
vacas. 
 
1º) as novilhas de primeira cria; 
2º) as vacas sadias; 
3º) as vacas que tiveram mastite, pois estas podem estar com mastite subclínica (oculta) 
Obs.: As vacas com mastite precisam ser ordenhadas separadamente, porque o leite deverá ser 
descartado. 
 
Manter ao alcance, no momento de ordenhar cada vaca, um recipiente com desinfetante. No caso de identificar 
uma vaca com grumos no leite (mastite clínica), o ordenhador deve desinfetar as mãos, para não contaminar outros 
animais. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
anejo d 
e a rotina dada) deve 
ser 
real 
os. Práti devem ser 
 
Manejo de ordenha 
 
✓ Conduzir cuidadosamente a vaca para a ordenha 
✓ Prender a cauda e as patas da vaca (função do auxiliar) 
✓ Prender o banquinho na altura do quadril 
✓ Lavar as mãos e o antebraço com o auxílio de escova e sabão e secá-los com uma toalha limpa 
✓ Examinar e descartar os três primeiros jatos de leite, em caneca de fundo escuro 
✓ Lavar as tetas com água corrente e tratada 
✓ Secar as tetas com papel toalha descartável 
 
 
✓ Iniciar a ordenha em um a dois minutos, obedecendo à seguinte ordem (linha de ordenha): 
 
 
Após a ordenha 
 
Desinfetar as tetas com produto apropriado, adquirido para esta finalidade em lojas de produtos veterinários. 
Pode-se utilizar soluções à base de iodo glicerinado 0,5 a 1%, clorexidine 0,5 a 1%, hipoclorito a 4% ou ácido sulfônico 
(LDBSA) a 1,94%. Este procedimento é considerado mundialmente como uma prática valiosa no controle da mastite. 
 
 
Os animais devem ser mantidos de pé por até duas horas, que é o tempo necessário para que a extremidade da teta volte a 
se fechar após a ordenha. Para isso, pode-se fornecer alimentação no cocho. 
 
Cuidados com o leite 
✓ Coar o leite em coador apropriado de aço inoxidável ou de náilon, nunca de pano. 
✓ Manter o leite refrigerado, em temperatura de 4ºC, até ser transportado. 
✓ Os cuidados higiênicos na ordenha são essenciais para a obtenção de leite de qualidade, manutenção da saúde dos 
animais e aumento da produtividade. 
 
 
ORIENTAÇÕES PARA O CONTROLE LEITEIRO 
 
O controle leiteiro é uma ferramenta de aferição da capacidade de produção de leite de uma vaca. Somente por 
meio dele é que se pode ter uma estimativa segura da produtividade. 
A caracterização de uma fazenda boa produtora de leite só pode ser feita se o fazendeiro controlar quanto e como a vaca 
produz. Olhando ou examinando a matriz, não existe a possibilidade de saber a sua capacidade. O conhecimento de sua 
maior produção é essencial para avaliar o animal. 
 
O controle leiteiro tem várias finalidades. Dentre elas destacam-se: 
1. O fornecimento de alimentos, principalmente o concentrado,de acordo com a produção de leite. A vaca que dá mais 
leite deve comer mais. Conhecendo-se,portanto, o potencial de produção de uma vaca, não estaremos dando comida além 
do necessário para algumas e aquém para outras. Isso resultará em maiores produções e custos reduzidos. Este 
fornecimento de concentrado pode ser feito individualmente no cocho, ou para facilitar o manejo, em grupos de animais 
do mesmo nível de produção. O volumoso também pode ser diferenciado, tanto em qualidade como em quantidade, de 
acordo com o potencial de produção dos animais. 
2. O provimento de informações que auxiliem no melhoramento genético animal, Este melhoramento é decorrente do 
acasalamento dos melhores indivíduos, e, para se saber quem são os melhores, é necessário avaliá-los pela sua produção. 
O controle leiteiro, periodicamente, permite calcular a produção de uma vaca durante toda a lactação, sendo esta produção 
utilizada para se estimar o valor genético dessa vaca, de seus pais e mesmo de seus irmãos, usando-se modelos estatisticos 
específicos. Conhecendo-se a produção dos animais e seu valor genético, pode-se então selecionar os melhores e usá-los 
intensivamente nos acasalamentos ou então descartar aqueles que não são de interesse. 
3. Outra finalidade é o uso das informações do controle leiteiro para propaganda do rebanho, e esta utilização comercial 
certamente induzirá a uma maior disseminação dos genótipos superiores, principalmente por meio da venda de tourinhos 
ou de sêmen de touros provados. 
 
COMO EXECUTAR O CONTROLE LEITEIRO 
 
O leite de cada vaca deve ser pesado mensalmente, com o uso de balanças precisas, admitindo-se um intervalo 
entre os controles, de 15 a 45 dias. O controle leiteiro deve ser feito em duas ou três ordenhas diárias, conforme o sistema 
adotado na propriedade, e em quaisquer dos casos recomenda-se fazer a esgota total na tarde anterior ao dia do controle 
leiteiro. O controle deve ser feito em todas as vacas em lactação do rebanho e por controladores credenciados pelas 
organizações responsáveis pelo Serviço de Controle Leiteiro, para serem oficializados, ou pelo próprio criador, para uso 
próprio ou em pesquisa. 
Ao iniciar o controle leiteiro em um rebanho, recomenda-se controlar inicialmente apenas as vacas recém - 
paridas. isto é, com mais de cinco e menos de 45 dias pós-parto. que serão controladas até o fim desta lactação. 
Mensalmente, novas vacas recém - paridas entrarão em controle e, ao final de aproximadamente um ano, todas as vacas já 
estarão sob controle leiteiro. 
Todos os animais devem ser bem identificados, fazendo se uso de tatuagens. de brinco na orelha, ou marcação a 
ferro etc., para que as anotações sejam precisas. Como a produção é medida em 24 horas, recomenda-se, dentro do 
 
possível, um intervalo próximo a 12 horas entre as duas ordenhas e oito horas entre as três ordenhas, para melhor 
padronização dos dados, Recomenda-se corro ideal que, tanto na ordenha de esgota como nas ordenhas do controle 
leiteiro, as vacas sejam ordenhadas aleatoriamente, isto é, sem nenhuma preferência para determinadas vacas serem 
ordenhadas no início ou fim da ordenha. 
As ordenhas devem ser completas, ou seja, retirar todo o leite possível, não deixando nada para o bezerro no caso 
de ordenhas com bezerros ao pé. Trabalhos experimentais comprovam que o jejum de um dia por mês não prejudica, nem 
interfere na criação de bezerros. 
As produções de leite em cada ordenha (em kg, com um decimal), assim como o sistema de alimentação e 
ocorrências diversas observadas no intervalo de um controle com o anterior (assim como parto, secagem, venda, doença, 
aborto, etc.) devem ser anotadas individualmente, em formulário ou livro próprio. 
Sempre que possível, coletar amostra individual de leite para determinação de gordura, proteína, lactose ou outro 
tipo de análise, como por exemplo a contagem de células somáticas. Deve-se utilizar frascos apropriados, limpos, 
previamente marcados com as proporções de leite a serem coletadas em cada ordenha (2/3 pela manhã e 1/3 à tarde), e 
devidamente etiquetados para identificação dos animais, e enviados para análise no laboratório, cooperativa mais próxima, 
ou na própria fazenda. 
 
DATA E CAUSA DE SECAGEM DOS ANIMAIS 
 
Assim como a data do parto, quando se inicia a lactação, é importante anotar a data e causa da secagem, o que 
define a duração e a normalidade ou não daquela lactação. Entre as principais causas de secagem, podemos citar: 
✓ secagem, por estar próxima ao parto (60 dias para o próximo parto); 
✓ secagem, por baixa produção (produzindo pouco, de acordo com a raça ou critérios do produtor; secou 
sozinha; secou normal; secou naturalmente; vaca não deu leite etc.); 
✓ aborto após o nono mês de lactação ou sétimo mês de gestação, com inicio de nova lactação; morte ou 
separação do bezerro; 
✓ doença, morte ou venda da vaca; 
✓ parto subseqüente, sem período seco; peitos perdidos por mamite etc. 
 
No Brasil, poucas são as fazendas que realizam o controle leiteiro, enquanto nos países de pecuária de leite mais 
desenvolvida a maioria delas o faz rotineiramente. O controle leiteiro é de grande importância para o melhoramento 
animal e gerência das fazendas. Independentemente da raça ou grau de sangue do animal, é necessário que seja 
implementado no maior número possível de fazendas. 
Resultados de pesquisa nos Estados Unidos indicam que os rebanhos participantes do controle leiteiro oficial têm 
maior produtividade por vaca do que aqueles que não o executam, certamente devido ao retorno em informações que lhes 
possibilitam aplicar as vantagens do controle leiteiro. 
Fonte: EMBRAPA DE GADO DE LEITE – Instrução Técnica para o Produtor de leite 
 
 
CONTROLE LEITEIRO 
 
São poucas as propriedades onde se faz o controle da produção de leite. Alguns criadores costumam medir a 
produção de vez em quando, o que apesar de ser melhor do que nada, apenas informa quanto o animal está produzindo 
naquele momento. 
 
Vantagens: 
▪ Escolher as novilhas filhas das melhores vacas 
▪ Fornecer alimento de acordo com a produção 
▪ Secar a vaca de produção mais baixa 
▪ Selecionar as melhores vacas. 
 
 
FICHA 1 – Controle leiteiro mensal: Seleciona-se 2 dias para pesagem 
 
Controle leiteiro mensal 
Fazenda: Ano:2000 
Mês: Março 
Vaca: Dia 15 Dia 30 Produção média diária 
Nome No M T Total M T Total 
X 1 6 4 10 5 3 8 9 
Y 2 5 5 10 4 4 8 9 
 
FICHA 2 – Controle leiteiro na lactação 
 
Nome No Jan/2000 Fev/2000 Março/2000 Abril/2000 
X 1 31(a) 9(b) 28 9 
279 (c) 252 
 
(a) – Número de dias que a vaca deu leite 
(b) – Produção média diária por mês 
(c) – Total de leite produzido no mês 
FICHA 3- Produção por lactação 
 
Fazanda Município: 
Proprietário: 
 
Nome Nascimento Filiação Anos 
1998 1999 2000 
X 20/01/90 W/Z 305 (a) 7,1 (b) 
2166 3 (c) 
 
(a) – No de dias de lactação 
(b) – média da lactação 
(c) – total de kg de leite por lactação 
- Ordem de lactação 
 
 
TEOR DE GORDURA NO LEITE 
 
Para produzir leite é preciso cumprir algumas exigências feitas pelo ministério da Agricultura através da Divisão de 
Inspeção de Produtos de Origem animal (DIPOA). 
 
Oficialmente o produto é classificado segundo o seu teor de gordura: Integral, Padronizado, Magro e Desnatado. 
 
▪ O leite integra apresenta teor de gordura original, é o caso dos leites tipos A e B 
▪ O leite padronizado apresenta teor de gordura ajustado para 3% mediante aplicação de técnica industrial permitida 
pelo DIPOA. É o caso do leite tipo C. 
▪ O leite magro tem de apresentar teor de gordura inferior a 3% 
▪ O leite desnatado é quase que totalmente isento de gordura. 
 
 
CLASSIFICAÇÃO TIPOS TEOR DE GORDURA 
Integral A,B Original 
Padronizado C 3% 
Magro < 3% 
Desnatado  isento 
 
MÉTODOS DE SECAGEM DE VACAS 
- O que é secar uma vaca? 
R: É fazer com que ela pare de dar leite, ou seja, que interrompa sua lactação. Pois, nos últimos60-90 dias que precedem 
o parto, o desenvolvimento do feto é acentuado. Para se ter uma cria vigorosa, grande parte dos nutrientes que a vaca, 
nessa fase, retira dos alimentos deve ir para o processo de gestação. Se, além de gestante, a vaca se encontrar em lactação, 
o desgaste orgânico esse período será maior, com prejuízo para o feto que está gerando. 
 
✓ Por que secar uma vaca? 
✓ Proporciona tempo suficiente para a regeneração dos tecidos secretores do leite. São necessários 60 dias, entre o 
fim da lactação e o parto, para que a vaca tenha regenerados os seus tecidos secretores de leite para a próxima lactação; 
✓ A secagem proporciona maior produção de colostro, essencial para a sobrevivência da cria recém-nascida. 
✓ Este período de descanso é necessário para que haja um perfeito desenvolvimento do feto e acumulação de 
reservas energéticas para próxima lactação. 
Há outra situação em que se aconselha fazer a secagem, é quando a vaca apresenta uma produção tão baixa que se 
torna antieconômico mantê-la em lactação. Nessa situação, além da mão de obra que se gasta em seu manejo, há uma 
sobrecarga desnecessária na área de pasto das vacas em lactação, justamente daquelas que consomem mais alimentos. 
 
- Quando se deve secar uma vaca? 
Se o motivo for a proximidade do parto, a secagem deve ser feita no sétimo mês de gestação, ou seja, 60 dias antes do 
parto; 2) Se o motivo for baixa produção de leite, o critério a ser adotado deve ser específico de cada produtor, pois 
somente ele será capaz de identificar se a vaca está compensando ou não economicamente, podendo até optar pelo 
descarte se ela não estiver prenhe. 
 
- Como fazer a secagem? 
Esse processo consiste em alterar de uma só vez os principais fatores que influem na produção de leite, isto é, a 
alimentação e os estímulos psíquico-hormonais (presença do bezerro, das companheiras do rebanho, presença à sala de 
ordenha, cheiro de ração e/ou silagem, etc.). De acordo a EMBRAPA gado de leite, deve-se proceder da seguinte maneira: 
✓ primeiro cuidado é verificar no início da secagem se a vaca não está com mamite. O diagnóstico será feito com uso 
da caneca telada ou de fundo preto e exame do úbere que pode ser feito pela observação da aparência e palpação para 
detectar anormalidades. Se o teste da mamite for negativo, a vaca estará apta ao processo de secagem; se positivo, não se 
deve secar a vaca, mas tratar a mamite. 
✓ Atendidas as recomendações acima, deve se esgotar bem o úbere da vaca. Em seguida, colocar em cada quarto ou 
teta um antibiótico de longa duração, próprio para este período de secagem da vaca. 
✓ Transferir a vaca do local onde está acostumada à rotina da ordenha. Levá-la para um piquete ou pasto, afastado do 
curral ou do estábulo. Este pasto deve ter pouca disponibilidade de capim, de modo a não permitir que a vaca se alimente 
bem. Não fornecer concentrado do maneira nenhuma. Embora dispondo de pouco alimento, a vaca deve beber água à 
vontade. 
✓ Não ordenhar mais; mesmo se o úbere encher de leite, este falo não ocasionará nenhum mal ao animal, pois o 
organismo da vaca absorverá este leite. Entretanto, deve-se observar diariamente, para ver se o úbere da vaca está 
avermelhado ou dolorido, coisa muito rara de ocorrer. Na hipótese de o úbere estar inflamado, deverá ser tratado até que a 
mamite esteja curada e só então aplicar medicamento próprio para o período de secagem da vaca. 
✓ Decorridas duas semanas, a vaca 1130 riais produzirá leite e a secagem estará completa, quando então poderá ter 
uma alimentação normal volumosa e concentrada - condizente com o período pré-parto. 
 
 
✓ Com este método o estes cuidados, tem sido possível secar vacas com produção superior a 20 litros. Este processo 
é fácil e eficiente, e por ser rápido, não acarreta nenhum problema para o feto. 
- 
- Outro método de secagem 
✓ 1º dia) ordenhar normalmente pela manhã e a tarde; após a ordenha da tarde, deixar a vaca presa durante a noite, 
sem água e sem comida. 
✓ 2º dia) ordenhar normalmente pela manhã e fornecer água ao animal; não ordenha na parte tarde, mas deve-se 
fornecer água e algum alimento; deixar a vaca presa durante a noite, sem água e sem comida. 
✓ 3º dia) Não ordenhar nem pela manhã nem pela tarde; fornecer água e pouco alimento; deixar a vaca presa durante 
a noite, sem água e sem comida. 
✓ 4º dia) Fazer o esgotamento do úbere pela manhã e soltar para o pasto. Observar o animal, se o úbere ainda estiver 
inchado e com produção de leite, deixar a vaca presa durante a noite, sem água e sem comida. (Fonte: manual de produção 
leiteira, 1993) 
Observações: Após a secagem as vacas deverão ter a disposição pastagens de alta qualidade; 20 dias antes do parto 
devem começar a receber gradativamente ração concentrada; 10 dias antes do parto aplicar ADE (5ml - via IM); os 
ganhos diários de peso devem corresponder somente ao crescimento do feto, ou seja, a vaca deve manter seu peso 
corporal.; Através deste manejo alimentar evita-se distúrbios metabólicos como: febre do leite e deslocamento do 
abomaso, freqüentes em vacas super alimentadas no período pré-parto 
 
 
COMPOSIÇÃO DO REBANHO E SUA IMPORTÂNCIA NO MANEJO 
 
A composição do rebanho de bovinos de leite é uma ferramenta importante para uma avaliação zootécnica da 
propriedade, visto que um baixo percentual de vacas em lactação, em relação ao número total de bovinos de diferentes 
categorias, certamente terá reflexo negativo na economia da atividade leiteira. Infelizmente, tal parâmetro ainda é pouco 
utilizado, seja na avaliação inicial ou no planejamento a ser realizado num programa de assistência técnica a fazendas 
leiteiras. A composição de rebanho apresentada a seguir pode ser a mais recomendada tecnicamente, mas a definição de 
categorias de animais pode variar, dependendo do manejo a ser estabelecido na propriedade. 
 
✓ CATEGORIAS DE ANIMAIS 
Vacas em lactação (VL); vacas secas (VS); bezerras de zero a dois meses (os machos serão eliminados); bezerras de 
dois a seis meses; bezerras de seis a doze meses; novilhas de 12 a 18 meses; novilhas de 18 a 24 meses. 
No caso de monta natural ou controlada deve-se incluir o reprodutor, o que não é necessário com a inseminação 
artificial. 
 
✓ MORTALIDADE 
Depende do manejo a que os animais são submetidos. Serão adotados os seguintes índices de mortalidade para efeito 
de cálculo: vacas em lactação (1%), vacas secas (1%), bezerras de zero a dois meses (4%), bezerras de dois a seis meses 
(2%), bezerrias de seis a doze meses (1%), novilhas de 12 a 18 meses (1%), novilhas de 18 a 24 meses (1%). 
 
✓ CÁLCULO DO NÚMERO DE VACAS TOTAL (VT) DO REBANHO 
Os cálculos para se obter o número de VT no rebanho serão efetuados considerando-se o intervalos de partos (IP) 
ideal de 12 meses, possível de ser obtido por meio de um bom manejo, principalmente em rebanhos mestiços, 
bem como as raças Jersey e Guernsey, de boa fertilidade. Em rebanhos de raça holandesa pode-se adotar, para 
efeito de dimensionamento de rebanho, IP de 14 meses. 
 
% VL = Período de lactação (PL) x 100 = 10 meses x 100 = 83% VL 
Intervalo de partos (IP) 12 meses 
Nº (VS) = % de vacas secas x nº de vacas em lactação = 17 x 60 = 12 VS 
% de vacas em lactação 83 
 
Nº NP = Total de vacas = 72 vacas = 6 partos por mês 
Int. partos 12 meses 
 
Ex.: Dimensionamento de um rebanho com 60 VL, tem-se: 
 
 
Se são 83% de vacas em lactação, a percentagem de vacas secas (VS) será de 17%, ou seja, 100% - 83% = 17%. Nesse 
caso, para calcular o número de vacas secas, usa-se a seguinte fórmula: 
O total de vacas no rebanho será então de 60 vacas em lactação + 12 vacas secas = 72 vacas total. 
 
✓ NÚMERO DE PARTOS MÉDIOS POR MÊS 
Com cobrições durante o ano todo (monta natural ou inseminação artificial), o NP de um rebanho com 72 vacas total 
e intervalo de partos de 12 meses, ficará: 
 
 
Como a média é de 50% de machos e 50% de fêmeas, teremos 03 bezerros e 03bezerras / por mês. 
 
✓ COMPOSIÇÃO DO REBANHO 
Composição Ideal 
Sistemas de cria e recria de fêmeas, com manejo projetado para cobrição de novilhas aos 15 meses e parto aos 
24 meses. 
O número e o percentual de animais por categoria, considerando-se o nascimento médio de três bezerros por 
mês, com eliminação dos machos ao nascer, podem ser calculados conforme indicado abaixo: 
1. Bezerras de 0 a 2 m = (3 x 2) = 6 x 0,96 (4% de mort.) = 6 cab. 
2. Bezerras de 2 a 6 m = (3 x 4) = 12 x 0,98 (2% de mort.) = 12 cab. 
3. Bezerras de 6 a 12 m = (3 x 6) = 18 x 0,99 (1% de mort.) = 18 cab. 
4. Novilhas de 12 a 18 m = (3 x 6) = 18 x 0,99 (1% de mort.) = 18 cab. 
5. Novilhas de 18 a 24 m = (3 x 6) = 18 x 0,99 (1% de mort.) = 18 cab. 
 
✓ COMPOSIÇÃO DO REBANHO ESTABILIZADO 
Categorias animais cabeças % (aproximada) 
Vacas em lactação 60 42,0 
Vacas secas 12 8,0 
Bezerras de 0 a 2 m 6 4,2 
Bezerras de 2 a 6 m 12 8,3 
Bezerras de 6 a 12 m 18 12,5 
Novilhas de 12 a 18 m 18 12,5 
Novilhas de 18 a 24 m 18 12,5 
Total 144 100 
 
 
Os percentuais encontrados na tabela permitem o cálculo da composição de um rebanho por categoria de animais 
com qualquer número de animais desejado. Com a proporção apresentada para as diversas categorias de animais, caso se 
deseje uma taxa de reposição anual de 20%, o produtor terá disponível anualmente para venda aproximadamente de 32 
animais, ou seja: 14 vacas (20% de 72 vacas = 14) e 18 fêmeas jovens (72 vacas com IP de 12 meses = 72 crias / ano, com 
mortalidade de 11% = 64 crias = 32 bezerras / ano = 14 para reposição do rebanho adulto e 18 para a venda), além de 
proporcionar ao criador uma boa pressão de seleção, desde que usem touros provados. 
 
Obs.: Os índices de mortalidade são utilizados como forma de manter certa margem de segurança, embora não 
sejam considerados por alguns autores no planejamento e no dimensionamento das instalações para o rebanho leiteiro. 
Para fins didáticos, deve-se considerar essa possibilidade. 
 
 
MANEJO E ALIMENTAÇÃO DE NOVILHAS 
 
Objetivo da criação de Novilhas 
 
Em uma exploração leiteira a criação de novilhas para reposição é a base para a produção de leite futura da 
propriedade. 
O melhoramento de qualquer rebanho só é possível quando as vacas descartadas são substituídas por novilhas bem 
nutridas, manejadas adequadamente e geneticamente superiores a mãe. 
Através da comparação mensal do peso e altura das novilhas com os padrões de raças para suas respectivas idades e 
também pela avaliação de ganho de peso em cada fase de crescimento, o criador tem a possibilidade de corrigir 
prontamente possíveis desvios em seus animais.Somente assim será possível obter animais superiores.De nada adianta 
descobrir que animal não expressou o seu potencial genético esperado depois de seu crescimento concluído; após isto 
nada mais poderá ser feito. 
No conceito atual, uma novilha de raça holandesa deve parir aos 24 meses pesando entre 550 e 600 quilos antes do 
parto.Um ganho diário entre 700 e 750 gramas irá proporcionar estes pesos.É importante salientar que o crescimento 
envolve tanto ganho de musculatura, quanto de estrutura óssea e, portanto deve ser associado aos padrões tanto de peso 
quanto de altura. 
Os gráficos de crescimento podem ser utilizados para a avaliação do programa de criação de novilhas e detecção dos 
problemas.Estes parâmetros serão um indicativo de uma boa ou má nutrição ou ainda de um manejo correto. 
É comprovado que novilhas com maior peso ao primeiro parto têm produções maiores na primeira lactação. Isto, no 
entanto não deve ser usado como justificativa para atrasos na idade do primeiro parto, pois compromete seriamente a 
rentabilidade da exploração. 
Dados importados apontam para um custo em torno de USS 1.200.00 por novilha para sua criação desde o nascimento 
até os 24 meses de idade.Portanto uma diminuição de tempo entre o nascimento e primeiro parto oferece uma redução 
substancial nos custos de alimentação destes animais e o numero de novilhas de reposição necessárias para manter o 
rebanho estabilizado. 
 
 
TABELA1- Efeitos da idade ao primeiro parto e taxa de descarte no numero de novilhas necessárias para manter o 
rebanho estabilizado em tamanho por 100 vacas. 
 
 
Taxa de Descarte Idade ao primeiro parto (meses) 
(%) 
22 24 26 28 30 32 34 36 
20% 40 44 48 51 55 59 62 66 
22% 44 48 52 56 61 65 69 73 
24% 48 53 57 62 66 70 75 79 
26% 52 57 62 67 72 76 81 86 
28% 56 62 67 72 77 82 87 92 
30% 61 66 72 77 82 88 94 99 
32% 65 70 76 82 88 94 100 106 
34% 69 75 81 87 94 100 106 112 
 
 
Pelos dados expostos acima fica claro que a exploração leiteira será mais rentável com a redução da idade ao 
primeiro parto, pois o numero de animais para reposição do plantel será menor e o numero de novilhas para descarte será 
maior,o que trará uma renda extra para a propriedade. No entanto para adoção desta pratica é necessário que os objetivos 
sejam traçados e os parâmetros de crescimento e ganho de peso sejam bem dimensionados. Novilhas com maiores pesos 
devem estar relacionadas com as maiores alturas. Uma boa maneira de avaliar paralelamente o crescimento das novilhas é 
através da condição corporal,que não devem ultrapassar a condição 3, com variação aceitável entre 2,5 e 3 para que seja 
evitado o excesso de gordura. 
O crescimento das novilhas tem um período critico que está compreendido entre os 3 e 9 meses de idade ou o 
peso vivo entre 90 e 230 quilos, quando um ganho de peso excessivo neste período ira resultar em uma menor produção 
de leite. Isto se deve ao fato de que esta é a fase em que a glândula mamaria tem crescimento mais rápido que o do animal, 
e aumento na taxa de ganho de peso normalmente resultam em maior deposição de gordura, o que no caso da glândula 
mamaria não é desejável.Trabalhos recentes têm demonstrado que a glândula mamaria aumenta 1,6 vez mais que o 
crescimento normal da novilha,até os dois meses de idade. Esta taxa aumenta para 3,5 vezes dos três meses até os noves 
de idade e 1,5 vez dos 10 aos 12 meses de idade. Este período de desenvolvimento halométrico é o mais critico do 
desenvolvimento da glândula mamaria.Vários estudos têm demonstrado que existe uma correlação negativa entre a media 
de ganho de peso diário na pré-puberdade, o peso total da glândula mamaria e a porcentagem de tecido adiposo mamário. 
A alimentação correta é essencial durante o crescimento na pré-puberdade quando a glândula mamaria esta sofrendo um 
crescimento halométrico. 
De qualquer forma monitora as taxas de crescimento é em geral o único meio de assegurar que a nutrição e o 
manejo das novilhas estão sendo feitos dentro dos padrões recomendados. Taxa maiores de ganho de peso poderão ser 
toleradas mas somente após a cobertura. 
 
03. Nutrição das Novilhas de Reposição 
 
O perfil nutricional que for traçado para a alimentação das novilhas será diretamente proporcional ao 
crescimento dos animais e responsável por todo seu desempenho produtivo e reprodutivo. 
A orientação freqüente se faz com relação ao programa nutricional para novilhas é a de que estes animais 
devem ser alimentados basicamente com feno, silagem e ração de boa qualidade. 
Isto partindo do pressuposto que os volumosos deverão ser de ótima qualidade e que irão fornecer proteína e 
energia de forma equilibrada e em quantidades suficientes às necessidades dos animais. 
 
 
O que ocorre na realidade é que os volumosos produzidos em nossas propriedades nem sempre apresentam 
composição nutricional que se deseja, causando com isto distorções bastante significativas na composição final da dieta 
do animal. A proteína e a energia são os principais nutrientes que as novilhas necessitam para seu pleno desenvolvimento 
dentro dos padrões da raça. Animais alimentados exclusivamente com silagem de milho são sérios candidatos a terem 
deficiência protéica, correndo ainda o risco de receber um excessode energia, o que provoca a deposição de gordura em 
excesso, sem o devido crescimento de músculos e ossos. Isto porque a silagem é um alimento altamente energético e com 
baixo teor protéico e que requer normalmente uma suplementação de concentrado. 
Pesquisas já demonstraram que em novilhas com excesso de gordura em idade jovem, há uma interferência 
direta dos ácidos graxos na produção da somatotropina que é o hormônio de crescimento, fazendo com que os animais 
fiquem com baixa estatura e bastante gordo. Devido a isto o balanceamento energético da dieta deve ser muito bem 
equilibrado. 
Os fenos de gramíneas tropicais, quando corretamente produzido constitui um ótimo alimento para novilhas a 
parti dos 6 meses de idade com a pequena suplementação de ração. A alfafa, teoricamente é o alimento que melhor atende 
às necessidades nutricionais dos animais jovens em crescimento, pois possui níveis de proteínas e energia com um melhor 
balanceamento que os outros fenos. 
Qualquer que seja o volumoso oferecido aos animais, o importante é que esta dieta seja corretamente balanceada 
não só em proteínas e energia, mas também nas vitaminas e minerais, fornecendo-lhes as condições nutricionais 
adequadas para seu crescimento. Não podemos esquecer que todo programa nutricional deverá sempre se acompanhado 
de um bom manejo e um excelente esquema sanitário principalmente quanto aos controles dos ectos e endoparasitas. 
Todo o sucesso de um programa de alimentação está baseado nos parâmetros de cada raça e é de fundamental 
importância que seja acompanhado e avaliado periodicamente em todas as fases da criação. Para avaliação desses 
parâmetros a tabela seguinte da uma idéia, do peso e do ganho diário para animais da raça holandesa. 
 
 
TABELA 2- Crescimento ideal para fêmeas holandesa, para parição aos 24 meses de idade. 
Idade (meses) Peso (kg) Ganho diário(g) 
Nascimento 40 400 
1 52 550 
2 69 680 
4 100 750 
6 145 750 
8 190 750 
10 235 750 
12 290 750 
14 325 750 
Cobrição aos 15 meses de idade 
16 370 750 
18 415 750 
20 460 750 
22 505 750 
Parição aos 24 meses de idade 
24 550 750 
Fonte:NRC. 
 
 
TABELA 3- Balanceamento energético e a performance da novilha em relação ao peso e reprodução. 
 
Parâmetros NDT Integrado (%das exigências) 
60% 100% 140% 
Numero de novilhas 33 34 34 
Idade ao primeiro cio (meses) 20,2 11,2 9,2 
Peso ao primeiro cio (%) 303 254 277 
Peso ao primeiro parto (%) 384 483 548 
Peso do primeiro bezerro (kg) 36 39 41 
Ajuda no parto % 45 26 24 
Esterilidade % 6 12 20 
Produção na primeira lactação (litros) 3.840 3.982 4.082 
Produção na segunda lactação (litros) 4.475 4.634 4.282 
Produção na terceira lactação (litros) 4.716 4.930 4.719 
Produção na quarta lactação (litros) 4.972 4.830 4.678 
Total das quatro lactações (litros) 18.003 18.376 17.761 
Peso do animal antes do quarto parto 724 722 758 
Fonte: Reid (EUA). 
 
Na realidade cada proprietário deverá adotar metas condizentes com a sua criação e a sua propriedade, promovendo 
mudanças nos conceitos relativos a criação de novilhas para reposição e gradativamente aumentar seus desafios na 
obtenção de índices os mais próximos possíveis dos padrões ideais. 
Outro ponto de vital importância na nutrição de novilhas é com relação ao correto balanceamento energético da 
dieta, pois quando foram fornecidas alimentações com níveis 40% acima das exigências nutricionais dos animais ou 40% 
abaixo, em ambos os casos os resultados foram piores, conforme os dados da tabela 3. 
Os dados apresentados mostram claramente a necessidade de se fazer um balanceamento correto da dieta dos 
animais. 
 
04. Manejo das Novilhas com mais de 6 meses de Idade. 
 
As novilhas devem ser separadas em grupos pequenos após 6 meses de idade e levadas para as baias coletivas, que 
obrigatoriamente deveram conter um cocho para arraçoamento dos animais e um fenil onde o feno ficará a vontade. È 
recomendável que as baias coletivas tenham acesso a piquetes de gramíneas, de leguminosas ou de pastagem 
consorciadas. Neste piquete deverá conter um bebedouro e um cocho para sal mineral, que deverá ser fornecido aos 
animais à livre acesso e a vontade. As novilhas devem ser vistoriadas diariamente para se detectar algum problema mais 
sério, principalmente a piroplasmose, que uma enfermidade bastante comum nos animais desta idade. 
O controle de verminoses deve ser feito periodicamente, indicando-se pelo menos uma desvermifugação dos 
animais a cada 3 meses. 
O controle dos ectoparasitos, bernes e carrapatos deverá ser feito mensalmente, principalmente na época de verão, 
quando sua incidência é bem maior. 
Os programas profiláticos, quanto à doença infecto contagioso deverá ser feito regionalmente, dependendo de 
qual doença ocorre na região, mas o mais comum é a vacinação contra a Brucelose, que devera ser feita nas bezerras aos 6 
meses de idade. O controle de tuberculose deverá ser feito periodicamente dependendo de cada propriedade e do histórico 
do rebanho quanto a esta enfermidade. 
O feno de boa qualidade é a base da alimentação dos animais em crescimento, podendo ser também fornecido 
silagem de milho em quantidades limitadas, uma vez que as silagens são ricas em energias e pobres em proteínas. Feno de 
boa qualidade é aquele com muitas folhas, cortadas precocemente, de cor verde e sem umidade. 
A quantidade de ração que se irá fornecer aos animais dependera da qualidade dos alimentos volumosos, pois a 
ração irá completar a deficiência nutricional dos fenos, das gramíneas e da silagem. 
 
 
TABELA 4- Quantidade de ração (em kg) em relação da qualidade dos volumosos. 
 
Peso da novilha (kg) Qualidade boa Regular Ruim 
136 2,3 2,7 3,2 
181 1,8 2,7 3,7 
227 1,4 2,7 4,1 
272 até 2 meses antes do parto 1,0 1,8 2,7 
Ultimo 2 meses antes do parto 1,8 2,7 3,7 
Fonte: Feediing and Fertility, Better Breeding Spring-1990 
 
05. Conclusões. 
 
Em uma exploração leiteira devemos buscar o máxímo de produtividade, e para obtermos sucesso a criação de 
novilhas de reposição deve obedecer a um criterioso método de avaliação periódica, onde peso e altura são os principais 
parâmetros a serem seguidos. Não podemos esquecer que um bom programa nutricional somente terá sucesso se 
acompanhado a um bom manejo, sanidade e principalmente uma mão de obra treinada e de boa qualidade. 
 
 
MANEJO E ALIMENTAÇÃO DE BEZERRAS 
 
01. APRESENTAÇÃO: 
 
Considerando que 20 a 25% das vacas de um rebanho leiteiro devem ser substituídas anualmente, a fase de criação de 
bezerras se reveste de grande importância para a viabilidade financeira da exploração. 
A qualidade dos animais de reposição tem início na habilidade genética trazida pelas bezerras. Sendo assim, o 
primeiro passo a ser dado em um programa de renovação e melhoria do plantel, recai sobre a escolha de reprodutores de 
excelente qualidade. 
O criador não deve comprar novilhas para repor vacas descartadas – Sendo mais recomendável criar suas próprias 
novilhas, pois assim, pode dispensar os cuidados necessários e ter um animal de potencial conhecido, o que não acontece 
quando compra animais de outro criador. 
O criador portanto, considerando os recursos naturais disponíveis e os seus recursos financeiros, definirá o sistema 
de criação de bezerras. 
Outra grande preocupação será proporcionar à vaca gestante, condições ideais de alimentação e ambiente para que 
ela possa suprir sua cria com qualidades suficientes de proteínas, carboidratos, minerais e vitaminas, principalmente no 
terço final do seu desenvolvimento. 
A partir daí, todos os esforços estarão convergindo para estabelecer uma taxa de sobrevivência elevada, que 
permitirá um maior número de animais disponíveis para serem selecionados e integrados ao plantel produtivo. 
 
02. MANEJO DE VACA DA COBERTURA AO PARTO 
 
Esta fase, que tem duração de aproximadamente 280 dias em bovinos (9 meses) e 305 dias em bubalinos (10 
meses), reveste-sede grande importância, principalmente nos últimos 60 dias antes do parto. 
Enquanto a vaca está prenha, devemos: 
a) Manter registro acirrado (data de cobertura, Sêmen utilizado, dados de saúde e produção); 
b) Seguir um programa de saúde do rebanho (Prevenção de doenças); 
c) Proporcionar uma alimentação adequada para produção de leite, ganhos de peso adicionais e para reposição do 
que foi perdido no início da lactação (vacas pós-primeira cria); 
d) Proporcionar de 6 a 8 semanas de período seco. 
 
 
É importante que a vaca esteja em boa condição corporal no final da lactação, para que o período seco possa ser 
totalmente destinado a manutenção de tal condição e para o desenvolvimento final e adequado do feto. 
No período seco haverá a formação do colostro, que em condições normais, proporcionará ao neonato defesas que 
serão importantes nos primeiros meses de vida. 
Ainda nesta fase deveremos nos preocupar com uma alimentação de qualidade para evitar a ocorrência de 
problemas metabólicos e distócicos que poderiam colocar em perigo a saúde da bezerra (o). 
 
03. MANEJO NO MOMENTO DO PARTO 
 
Aproximadamente 5% das bezerras (os) nascem mortos (natimortos). Muitos destes bezerros poderiam ser salvos 
se houvesse a presença de alguém acompanhando o nascimento para dar uma assistência apropriada. 
Seria desejável que 10 dias antes da data prevista para o parto, a vaca fosse conduzida para um local confortável, 
ventilado, com boa alimentação, sal mineral, sobra, água a vontade e próximo da central de manejo. No caso da vaca ser 
levada para um estábulo ou baia, fornecer cama limpa e macia para evitar traumatismos e contaminações que seriam 
indesejáveis neste momento. 
O acompanhamento mais próximo deverá se dar a partir da ruptura da bolsa d’agua. Uma vaca adulta deverá ter a 
sua bezerra (o) projetada na pélvis dentro de 2 horas após a ruptura. Para novilhas este tempo poderá se estender até 4 
horas. Nas búfalas o parto ocorre geralmente à noite. 
Antes de iniciar o trabalho de parto é interessante que se lave a vaca, proporcionando assim, melhor higiene. 
A pós o parto, a vaca deverá levantar-se e iniciar a assistência à cria. Nossa maior preocupação neste momento 
será proporcionar ao recém nascido condições para que ele tenha um bom começo e assim expressar o seu potencial 
produtivo. 
 
04. MANEJO DO RECÉM-NASCIDO 
 
Quando se querem obter rendimento satisfatório é necessário um bom manejo. Pois, é na fase de cria que bovinos 
e bubalinos merece especial atenção, nesta fase a alimentação inadequada e as condições higiênicas-sanitárias 
insatisfatória condicionaram maiores índices de morbidez e mortalidade. 
A bezerra deverá iniciar a respiração assim que o cordão umbilical for rompido. Será importante retirar o muco 
existente das narinas e boca o que normalmente e feito pela mãe, para facilitar o inicio da respiração. Também poderá ser 
feito um massageamento vigoroso no animal, proporcionando assim uma ativação da circulação, isso ocorre quando a mãe 
lambe a cria. No caso da vaca rejeitar a cria todas estas práticas deverão ser feitas pelo tratador, usando um pano limpo ou 
toalha de papel. 
É comum a (o) bezerra (o) levantar nos primeiros 30 minutos após o parto. Caso haja dificuldades, essa pratica 
deve ser auxiliada manualmente e procurando direcionar a boca da cria aos tetos maternos. As (Os) bezerras (os) mamam 
varias vezes nas primeiras 24h de nascidos. O que é extremamente importante, pois além de ser o primeiro alimento, é 
também o mais rico em proteínas, vitaminas, gorduras e minerais, possui ação laxativa, digestiva e protetora ao organismo 
do recém-nascido contra doenças próprias da idade. É através deste alimento, o colostro, que ocorre a transferência dos 
anticorpos (imunoglobulinas) que atuam contra os agentes causadores das doenças. 
Existem pesquisas (Tabela 01) que indicam ser altamente favorável que a (o) bezerra (o) permaneça na presença 
da mãe durante algum tempo, e que o ato da vaca lamber a cria causa um melhor aproveitamento na absorção das 
imunoglobulinas do colostro. 
 
 
TABELA 01 – Tempo de permanência com a vaca após parto e mortalidade de bezerras (os). 1 
Tempo (horas) Nº de Rebanho Mortalidade Média (%) 
(bezerras (os) 1 semana – 6 meses de idade) 
2-6 
7-12 
13-24 
25-48 
+ 48 
13 
35 
32 
24 
35 
5,2 
9,3 
10,7 
20,5 
14,4 
 
Durante as primeiras 24 horas a bezerra (o) deverá ingerir o equivalente a 12-15% do seu peso vivo. Sendo que, nas 
primeiras 6 horas ou primeira ordenha é que encontramos o colostro de mais alto valor nutritivo (Tabela 02). 
Desinfecção do Umbigo 
 
Imediatamente, deve-se dar início a cura do umbigo. A desinfecção do umbigo é uma prática de extrema 
importância que deve ser realizada logo após o nascimento. Em virtude do umbigo estabelecer uma ligação direta entre os 
mais importantes órgãos internos do animal e o meio ambiente, ele funciona como uma excelente fonte de infecção, 
quando não tratado adequadamente. 
Em diversas partes do mundo, vários são os pesquisadores que aponta a infecções do umbigo como uma das 
principais causas da mortalidade de bezerros búfalos. Esse tipo de infecção é responsável por 7,6% das mortes de 
bubalinos recém-nascidos 
Logo após o parto, portanto, o bezerro deve ser submetido ao corte e desinfecção do cordão umbilical. Essa 
prática deve ser realizada com auxílio de uma tesoura e cortado, aproximadamente três centímetro abaixo de sua inserção. 
Em seguida, deve-se aplicar no local produto de ação desinfetante, cicatrizante e repelente, com repetições diárias durante 
cinco dias. Aconselha-se o uso de produtos específicos (corumbi, umbigol, umbiodex, umbicura), mas havendo 
dificuldade na aquisição destes, pode-se usar a mistura de iodo (15ml), éter (10ml) e álcool (75ml) ou somente o iodo a 
5%, Biofor ou Biocid. 
A total cicatrização e queda do cordão umbilical do animal deve acontecer entre o quinto e o sexto dia de 
nascimento. 
Remoção dos Tetos Suplementares ou Supranumerárias 
 
É freqüente em bezerras a ocorrência de tetas supranumerais. Esses tetos estabelecem uma comunicação 
direta do úbere com o exterior, e funciona como excelente porta de entrada dos germes, conseqüentemente a ocorrência de 
mamite ou mastite. A remoção desses tetos deve ser feita nos animais ao completarem 30 dias de vida, com o auxilio de 
tesoura e desinfetantes. 
 
05. ALEITAMENTO E DESALEITAMENTO 
 
O sistema de aleitamento mais utilizado pelos criadores consiste em deixar as bezerras (os) mamarem na mãe até 
7 a 8 meses de vida, ajustando as mamadas ao manejo da ordenha da vaca. 
 
5.1 Primeiro Alimento 
O colostro é costumeiramente definido como a secreção proveniente das primeiras ordenhas. Porém o colostro 
verdadeiro é aquele obtido nas primeiras 24h, sendo que a partir daí o leite produzido é denominado de transitório, que 
dura entorno de 5 - 6 dias. Daí a grande importância de fornecer o colostro imediatamente após o nascimento. 
OBS: Um bezerro recém-nascido não possui nenhuma resistência à infecção ou doenças ao tipo de placenta 
encontrada nos ruminantes que impede a passagem das imunoglobulinas da vaca para o feto. 
 
 
TABELA 02. Composição do Colostro, Leite Transitório e Leite verdadeiro.1 
 
Número da ordenha (vacas ordenhadas 2 vezes ao dia) 
Itens 1 2 3 4 5 6 
Colostro2 Leite Transitório Leite verdadeiro3 
Sólidos totais (%) 
Proteína Total(%) 
Caseína(%) 
Imunoglobulinas(%) 
Gordura(%) 
Lactose(%) 
Minerais(%) 
Densidade específica 
23,9 
14,0 
4,8 
6,0 
6,7 
2,7 
1,11 
1,066 
17,9 
8,4 
4,3 
4,2 
5,4 
3,9 
0,95 
1,040 
14,1 
5,1 
3,8 
2,4 
3,9 
4,4 
0,87 
1,035 
13,9 
4,2 
3,2 
0,2 
4,4 
4,6 
0,82 
1,033 
13,6 
4,1 
2,9 
0,1 
4,3 
4,7 
0,81 
1,033 
12,9 
4,0 
2,5 
0,09 
4,0 
4,9 
0,74 
1,032 
1. Universidade de Minisota, 2. Colostro também contem mais vitamina que o leite verdadeiro.,Leite é vendável legalmente após o 5º dia do parto.Há qualidade do colostro varia de animal para animal. Tal qualidade poderá ser observada pela aparência do produto 
que deverá ser consistente e cremoso ou uma análise da densidade. O colostro magro e aquoso não deveram ser fornecidos 
aos recém nascidos, pois contém baixos neveis de sólidos totais e imunoglobulinas. 
OBS: O recém nascido possui grande permeabilidade no seu trato digestivo logo após o nascimento, com isto, 
consegue um bom volume de imunoglobulina e nutrientes do colostro que vão diretamente para a circulação sanguínea. 
OBS2:Caso não se tenha colostro suficiente para a bezerra, pode-se preparar um colostro artificial e fornecer 3 vezes ao 
dia durante os 4 primeiros dias embora não seja garantia para sobrevivência da bezerra. – Um ovo batido em 300ml de 
água fervida 
- Uma colher de chá de óleo de vegetal 
- 600ml de leite integral 
- Ainda pode ser adicionado vitaminas, antibióticos. 
 
A criação bem-sucedida de bezerras exige praticas de manejo, que atendam suas necessidades sanitárias, pois, 
uma vez instalado um problema sanitário no rebanho, pode, tornar-se fator determinante para uma baixa eficiência do 
sistema criatório. Em vista disso, é de fundamental importância a necessidade de se dar especial atenção ao correto 
manejo sanitário dos animais jovens. 
 
5.2 Método de Aleitamento 
 
O aleitamento pode ser natural ou artificial. O alimento Natural pode apresentar duas variações: 
a) Uma em que a bezerra é junto com a vaca após a ordenha e presa entorno de duas horas da tarde. É usado para 
rebanhos menos especializados para produção de leite. 
b) A outra, chamado de “aleitamento no pé da vaca”, em que a bezerra é posta para mamar na hora da ordenha. 
Quando a bezerra realiza a primeira sucção nos tetos, provoca a descida do leite, sendo logo após amarrada 
próximo a vaca. É solta logo após a ordenha para mamar o leite não ordenhado, sendo em seguida separada da 
mãe. As bezerras ficam em piquetes de boa pastagem, de preferência consorciada (gramíneas e leguminosas). 
 
No aleitamento artificial a cria é separada da mãe 24 horas pós-parto, onde as bezerras receberam o leite 
transitório na mamadeira, e logo é acostumada a mamar no balde, no caso da ordenha ser mecanizada. 
OBS: O principal inconveniente do aleitamento natural é o menor nível de higiene com que se obtém o leite, além de não 
permitir o controle leiteiro e nem controle da qualidade de leite que a bezerra ingere. 
 
5.3 Desaleitamento 
 
Para se proceder à desmama de bezerras submetidas a aleitamento natural o procedimento é o seguinte: 
→ Prender a bezerra por 24 horas, dando-lhe apenas água. Nos 4 dias seguintes, deixa-las pastar apenas 1 hora por 
dia, prendendo-a novamente. Este pasto é distante da mãe. Em geral este tipo de desmama causa muito stresse nas 
bezerras, levando-as a perda de peso. 
→ No caso das bezerras estarem no aleitamento artificial a desmama pode acontecer bem mais cedo que no 
aleitamento natural. Em torno de 5 a 6 dias. Após a separação da mãe, a bezerra que vai receber leite no balde, entra num 
programa estratégico. Este programa consiste em colocar concentrado junto com o leite. Assim, quando a bezerra mamar 
todo o leite, no fundo do balde estará o concentrado. Bezerras que entram neste programa recebem volumosos e 
concentrados mais cedo, e com isso estimulam mais rápido o rúmen-retículo, diminuindo também o stresse na hora da 
desmama. 
 
OBS: Segundo alguns autores as bezerras têm o melhor aproveitamento do leite só até 60 dias de nascida. 
OBS: A data da desmama vai depender de cada criador. Alguns desmama os animais em idade de 3 a 4 semanas, 
outros desmamar 6ª ou mesmo mais tarde, 12 semanas. A opção vai depender da mão de obra quase quer empregar, além 
dos fatores de custo, assim como o tamanho, a taxa de crescimento e o estado geral de saúde das bezerras. 
 
6. MANEJO NUTRICIONAL DAS BEZERRAS 
 
Durante o 2º e o 3º dia de vida a bezerra deverá receber cerca de 8% do seu peso vivo em colostro por dia. As 
imunoglobulinas deste colostro não serão mais absorvidas, porém deverão providenciar alguma proteção local contra 
agentes infecciosos no trato digestivo do animal. 
A partir do 4º dia de vida até a desmama o animal poderá continuar se alimentando do excesso de colostro, leite, 
substituto do leite ou até de colostro fermentado. 
De forma geral, os recém-nascidos deverão receber de 8 a 10% do peso ao nascer em leite por dia até a desmama. 
Assim, bezerras holandesas com peso médio de 4o a 50kg deverão ter a disposição cerca de 4 a 5kg de leite ou substituto 
por dia., em duas refeições. Água fresca e em utensílios limpos, devendo estar a vontade. 
Na primeira semana colocar no balde com o leite o concentrado. É extremamente importante que o concentrado 
seja peletizado, fresco, palatável, que contenha de 17 a 20% de proteína e 70 a 72% e energia e que seja fornecido com 
ingredientes nobres. 
É importante que a dieta líquida permaneça em quantidade fixas, pois assim o animal deverá consumir mais 
alimentos sólidos - concentrados e volumosos. 
 
 
7. DESENVOLVIMENTO DO RÚMEN E DESMAMA 
A bezerra recém-nascida é essencialmente monogástrico possui um estomago dividido em 4 partes, entretanto 
somente com o abomaso funcional (4ª parte), onde os alimentos líquidos caem diretamente pela goteira esofagiana, que se 
forma a partir de estímulos como sucção, ingestão de leite e água. As repostas a estes estímulos se tornam cada vez mais 
fracas com a idade da bezerra. 
O consumo de alimento sólido estimula o desenvolvimento do rúmen pelo aumento interno do número de 
bactérias e protozoários, e pelo desenvolvimento de tecidos (papilas). Estes microorganismos crescem rapidamente e 
produzem os ácidos graxos voláteis (acético, propiônico e butírico) durante a fermentação, que ajudam a estimular o 
desenvolvimento das papilas no rúmen. É imprescindível que a população microbiana esteja estabelecida antes do 
desmame ser realizado. 
 
OBS: Segundo alguns autores o concentrado deve ser dado a vontade para as bezerras até que estejam 
consumindo 2,5 a 3 gramas por dia. Neste momento permaneça com esta quantia até 5 a 6 meses de idade e forneça à livre 
o volumoso de qualidade (Feno de alfafa ou gramíneas). Dê preferência para fenos ao invés de alimentos com alta taxa de 
umidade (capim verde ou Silagem). 
 
 
TABELA 03. Peso médio ao nascer e ganhos recomendados nos primeiros 4 meses. 
Idade (meses) Peso (kg) : Pardo Suíço 
Holandesa 
Jersey (kg) 
Nascimento 
1 
2 
4 
40-45 
50-55 
73-77 
123-127 
25-30 
32-36 
50-55 
86-91 
 
HIGIENE DAS INSTALAÇÕES 
 
Os altos índices de morbidez e mortalidade de bezerros nas primeiras semanas de vida são influencias das 
péssimas condições higiênicas das instalações, devemos fazer a limpeza e desinfecções diariamente, removendo todos os 
resíduos fecais e lavando com desinfetantes, evitando com isso o aparecimento de moscas e outros insetos no local. 
 
PRINCIPAIS DOENÇAS DOS BEZERROS 
 
As principais causas de morte de bezerros são as enfermidades infecciosas como: Ascaridíase, Colibacilose, 
Salmonelose, Pneumoenterite, Eimeriose, Onfaloflebite, Carbúnculo sintomático e Diarréia do leite. 
ASCARIDÍASE é a verminose gastrintestinal causada por vermes, que medem de 15a 20 centímetros de 
comprimento e se localiza no intestino dos animais jovens. 
Indiscutivelmente, o Neoascaris vitulorum é o mais comum e prejudicial parasita dos bezerros búfalos. Ele 
é citado como o principal responsável pela mortalidade de animais novos. 
A infestação dos bezerros pode ocorrer por via transplacentária. Os animais adultos ingerem os ovos 
embrionados do parasitos, disposto no meio ambiente. No interior do animal, esses ovos eclodem e liberam larvas que, 
por sua vez, migram através da corrente sanguínea para os órgãos parenquimatosos, onde permanecem em dormência. 
Nos animais em gestação, as larvas são reativadas, entram na corrente sanguínea e chegam, através

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