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– Quimioterapia do Câncer Câncer: doença caracterizada por uma por uma perda dos mecanismos normais de controle que regulam a sobrevida, proliferação e diferenciação celular. As células que sofreram transformação neoplásica costumam expressar antígenos de superfície, que podem ser do tipo fetal normal e podem exibir sinais de imaturidade aparente e anormalidades cromossômicas quali/quantitativas. Células tronco tumorais residem no interior da massa tumoral e tem capacidade de sofrer ciclos repetidos de proliferação e migrar para locais distantes do corpo → metástase. O câncer é classificado de acordo com o tipo de célula normal que o originou, e não de acordo com os tecidos para os quais se espalhou. Isso é o que pode se chamar de classificação primária. Pelo que se sabe sobre classificação primária do câncer, quase todos os tipos podem ser colocados em um dos seguintes grupos, onde o sufixo –oma significa literalmente tumor: - Linfomas: Originam-se de células conhecidas como linfócitos, encontradas em todo o organismo, particularmente em glândulas linfáticas e sangue. Os linfomas são divididos em Hodgkin e não-Hodgkin, de acordo com o tipo de célula afetada. - Leucemia: Este câncer origina-se de células da medula óssea que produzem as células sanguíneas brancas. Na leucemia ocorre uma concentração muito elevada de glóbulos brancos (de cerca de 7,5.103/mm3 para 105-106/mm3) causando problemas nos quais as células anormais não funcionam apropriadamente, além de restringirem o espaço da medula óssea para que novas células sejam produzidas. Incidência, distribuição geográfica e o comportamento dos tipos específicos de câncer como sexo, idade, raça, pré disposição genética e exposição a carcinógenos ambientas são alguns dos fatores. Exposição ambiental → mais importante Vírus como hepatite b e c estão associados ao desenvolvimento de câncer hepatocelular; HIV está associado a linfomas Hodgkin e não Hodgkin. 1/3 dos pacientes obtém cura por estratégias de tratamento local, como cirurgia ou radioterapia, quando o tumor permanece localizado no momento do diagnóstico. Quando estabelecido mais precocemente, o diagnóstico pode levar a uma maior taxa de cura com tratamento locais. Quanto mais precoce maior chance de cura por tratamentos locais. Em casos remanescentes, a ocorrência precoce de micro metástases constitui um aspecto característico, indicando a necessidade de uma abordagem sistêmica com quimioterapia para tratamento efetivo. Em pacientes com doença localmente avançadas, a quimioterapia costuma ser combinada com a radioterapia para possibilitar uma ressecção cirúrgica e uma abordagem de modalidade combinada leva a melhores resultados. Na atualidade, a quimioterapia é usada em três situações clínicas principais: 1. Tratamento de indução primária para a doença avançada ou para cânceres para os quais não existe outra abordagem efetiva. 2. Tratamento neoadjuvante para pacientes que apresentam doença localizada, para – os quais as formas locais de terapia, como cirurgia, radioterapia ou ambas não se mostram adequadas. 3. Tratamento adjuvante para métodos locais de tratamento, incluindo cirurgia, radioterapia ou ambas. Quimioterapia administrada como tratamento primário a pacientes portadores de canceres avançados para os quais não existe tratamento alternativo. Principal conduta no tratamento de pacientes com doença metastática avançada e, na maioria dos casos, tem por objetivo avaliar os sintomas relacionados ao tumor, melhorar qualidade global de vida e prolongar o tempo de progressão do tumor. A quimioterapia do câncer pode ser curativa em apenas um subgrupo de pacientes que apresentam doença avançada. Em adultos, os passíveis de cura são: linfoma de Hodgkin e não Hodgkin, leucemia mieloide aguda, câncer de células mieloides e os infantis são linfoma de burkit, tumor de wilms, leucemia linfoblástica aguda. Uso de quimioterapia em pacientes com câncer localizado, para o qual existem terapias locais alternativas, como a cirurgia, mas que não são totalmente efetivas. É mais frequentemente administrada no tratamento de câncer anal, câncer de bexiga, mama, esôfago, laríngeo, pulmão de células não pequenas localmente avançado e sarcoma osteogênico. É quando a quimio é uma adjuvante de modalidades de tratamento local, como cirurgia ou radioterapia. Nesse sentido, a quimioterapia tem por objetivo reduzir a incidência de recidiva tanto local quanto sistêmica e melhorar a sobrevida global dos pacientes. Mostra-se efetiva para prolongar tanto a sobrevida sem doença (SSD) quanto a sobrevida global (SG) em pacientes com câncer de mama, gástrico, pulmão de células não pequenas. Pacientes com melanoma maligno primário que tem alto risco de recidiva local ou metástase tem benefício clínico do tratamento adjuvante com a alfa-interferona, um agente biológico, embora seja necessário administrar esse tratamento durante um ano para maior eficácia clínica. Agentes anti-hormonais tamoxifeno, anastrozol e letrozol mostram-se efetivos na terapia adjuvante de mulheres na pós menopausa com câncer de mama em estágio inicial cujos tumores expressam o receptor de estrogênio. O principal básico da cinética do ciclo celular foi estabelecido inicialmente usando a leucemia L1210 murina como modelo experimental (em roedores). A L1210 é uma leucemia de crescimento rápido, com alta porcentagem de células que sintetizam DNA, de acordo com a medição da captação da timidina tritiada (marcador). A fração de crescimento desta é de 100% com todas as células ativamente progredindo pelo ciclo celular e com ciclo consistente e previsível. Com base no modelo de L1210 murina, os efeitos citotóxicos do agentes antineoplásicos obedecem a uma cinética de destruição de logs de células ASSIM se pode prever que um determinado agente irá matar uma fração constante de células, em contraposição a um número constante. Por exemplo: se uma dose de fármaco leva a morte de três logs de células cancerosas e diminui a carga tumoral de 1010 para 107 , a mesma dose empregada na presença de uma carga tumoral de 105 células irá reduzir a massa tumoral para 102 células. Portanto, A DESTRUIÇÃO CELULAR É PROPORCIONAL, INDEPENDENTEMENTE, DA CARGA TUMORAL. Logo, a regra fundamental da quimioterapia é a relação inversa invariável entre o número de – células e a taxa de cura que foi estabelecida por esse modelo. Dados sugerem que a maioria dos tumores sólidos humanos não cresce de maneira exponencial. A fração de crescimento alcança um pico quando o tumor tem cerca de 1/3 de seu tamanho máximo. A informação sobre a cinética celular e populacional das células cancerosas explicam, em parte, a eficiência limitada da maioria dos fármacos antineoplásicos disponíveis. Na figura abaixo há um resumo esquemático da cinética celular que é relevante para o modo de ação, indicações e os esquemas dos fármacos específicos do ciclo celular (ECCs) e inespecíficos do ciclo celular (ICCs). Com raras exceções, os fármacos administrados como monoterapia em doses clinicamente toleráveis têm sido incapazes de curar o câncer. O uso da poliquimioterapia (PQT) é importante pois: • Possibilita uma destruição máxima das células dentro da faixa de toxicidade tolerada pelo hospedeiro para cada fármaco, contanto que a dosagem não seja comprometida. • Proporciona uma maior faixa de interação entre fármacos e células tumorais com diferentes anormalidades genéticas em uma população tumoral heterogênea. – • Pode impedir ou retardar o desenvolvimento subsequente de resistência celular aos fármacos. Certos PRINCÍPIOS orientam a seleção dos fármacos nas associações mais efetivas e fornecem um paradigma para o desenvolvimento de programas terapêuticos farmacológicos: 1) Eficácia: Somente os fármacos reconhecidos por terem alguma eficáciaquando usados como medicação única contra determinado tumor devem ser selecionados para uso de associação. Quando disponíveis, os fármacos produzem remissão completa em alguma proporção de pacientes são preferidos aos que produzem respostas apenas parciais. 2) Toxicidade: Quando vários fármacos de determinada classe estão disponíveis e são igualmente efetivos, deve- se selecionar um fármaco com base na toxicidade para que esta não se sobreponha aos outros fármacos associados. Mesmo que essa escolha leve a uma variedade mais ampla de efeitos colaterais, ela minimiza o risco de efeito letal por múltiplas agressões no sistema orgânico e possibilita intensidade máxima de dose. 3) Programação ideal do esquema: Os fármacos têm que ser usados na dose e programação ideias e as associações devem ser administradas a intervalos consistentes. Intervalos longos = efeito negativo sobre a intensidade da dose Intervalo sem tratamento entre os ciclos deve ser o mais curto para a recuperação do tecido-alvo normal mais sensível, que costuma ser a medula óssea. 4) Mecanismo de interação: É preciso saber os mecanismos bioquímicos, moleculares e farmacocinéticos de interação entre os fármacos de determinada associação, a fim de obter um efeito máximo. A omissão de um fármaco de determinada associação pode propiciar o crescimento excessivo de um clone tumoral sensível a esse fármaco. 5) Prevenção de mudanças arbitrárias nas doses: Uma redução arbitraria na dose de um fármaco efetivo para acrescentar outros fármacos menos efetivos pode reduzir a dose do agente mais efetivo abaixo do limiar de eficácia e anular a capacidade da associação de curar a doença de determinado paciente. Intensidade da dose é um dos principais fatores que limitam a capacidade da quimioterapia ou da radioterapia de produzir uma cura. Para a quimioterapia, a seletividade terapêutica depende da diferença entre as curvas de dose- resposta dos tecidos normais e tumorais. Como os fármacos antineoplásicos estão associados a efeitos tóxicos, muitas vezes é atrativo ao médico evitar uma toxicidade aguda pela redução da dose ou pelo aumento do intervalo entre cada ciclo de tratamento. São usadas três condutas principais para a intensidade da dose na quimioterapia: 1. Escalonamento de doses: aumento das doses dos agentes antineoplásicos. 2. Administração de agentes antineoplásicos com base na intensidade da dose pela redução do intervalo entre os ciclos de tratamento. 3. Programação sequencial dos agentes isolados ou dos esquemas de associação. Alguns tipos de câncer exibem resistência primária, isto é, ausência de resposta À primeira exposição aos agentes atualmente disponíveis. Ocorrem mutações do gene supressor p53 em até 50% de todos os tumores humanos. Alguns mostraram que a perda da função do p53 resulta em resistência à radioterapia, bem como resistência a uma ampla variedade de fármacos antineoplásicos. – A resistência adquirida desenvolve-se em resposta à exposição a determinado agente antineoplásico. A resistência a fármacos pode ser altamente específica para um único fármaco e, em geral, baseia-se em uma alteração específica para um único fármaco e, em geral, baseia-se em uma alteração especifica no aparelho genético de determinada célula tumoral, com amplificação ou aumento da expressão de um ou mais genes. Esses fármacos são classificados em vários grupos diferentes. Entre as bis(cloroetil)aminas, as de maior utilidade são a ciclofosfamida, a mecloretamina, o melfalano e a clorambucila. • MECANISMO DE AÇÃO: Como classe, exercem seus efeitos citotóxicos pela transferência de seus grupos alquila para vários constituintes celulares. A alquilação do DNA no interior do núcleo é a principal interação que leva à morte celular. Além da alquilação, existe um mecanismo secundário para as nitrosureias, que envolve a carbamoilação de resíduos de lisina de proteínas pela formação de isocianatos. O principal local de alquilação dentro do DNA é a posição N7 da guanina. Essas interações podem ocorrem em uma única fita ou ambas as fitas de DNA, por meio de ligação cruzada, visto que os principais fármacos alquilantes são, em sua maioria, bifuncionais, com dois grupos reativos. A ligação cruzada do DNA parece ser de suma importância para a ação citotóxica dos fármacos alquilantes, e as células em fase de replicação mostram-se mais suscetíveis a esses fármacos. Por conseguinte, embora os agentes alquilantes não sejam específicos do ciclo celular, as células são mais sensíveis a alquilação nas fases G1 tardia e S do ciclo celular. • RESISTÊNCIA O mecanismo de resistência adquirida aos agentes alquilantes podem envolver aumento da capacidade de reparo das lesões do DNA por meio da expressão e atividade aumentadas das enzimas de reparo de DNA, diminuição do transporte do fármaco alquilante para dentro da célula e aumento na expressão e atividade de glutationa e das proteínas associadas a estas necessárias para conjugar o agente alquilante, ou o aumento na atividade de glutationa S-transferase, que catalisa a conjugação. • EFEITOS COLATERAIS Os efeitos adversos geralmente associados aos fármacos alquilantes costumam estar relacionados com a dose e ocorrem principalmente em tecidos de rápido crescimento, como a medula óssea, o trato gastrintestinal e o sistema reprodutor. As náuseas e os vômitos podem representar um sério problema com vários desses fármacos. Além disso, são potentes vesicantes e podem causar lesão dos tecidos no local de administração, além de produzir toxicidade sistêmica. A ciclofosfamida é um dos fármacos alquilantes mais usados. Uma das vantagens potenciais desse composto está relacionada com sua alta biodisponibilidade oral. Ela é inativa em sua forma original e precisa ser ativada a formas citotóxicas por enzimas microssômicas hepáticas. Esses fármacos parecem exibir resistência cruzada com outros fármacos alquilantes. Todos exigem biotransformação, que ocorre por decomposição não enzimática, em metabólitos com atividade tanto alquilante como carbamoilante. São altamente lipossolúveis e tem capacidade de atravessar a barreira hematoencefálica, tornando- as efetivas no tratamento de tumores cerebrais. Possui atividade no tratamento do carcinoma de células das ilhotas do pâncreas secretor de insulina. – Vários outros compostos apresentam mecanismos de ação que envolvem a alquilação do DNA como mecanismo citotóxico de ação. Esses fármacos incluem a procarbazina, a dacarbazina e a bendamustina. • PROCARBAZINA A procarbazina é um derivado da metil-hidrazina, ativa por via oral, que, no contexto clínico, é usado em esquemas de associação para o tratamento de linfomas Hodgkin e não Hodgkin, bem como de tumores cerebrais. O mecanismo preciso de ação da procarbazina é incerto. Todavia, o fármaco inibe a biossíntese do DNA, do RNA e das proteínas, prolonga a interfase e produz rupturas cromossômicas. O metabolismo oxidativo da procarbazina por enzimas microssômicas gera azoprocarbazina e H2O2, que podem ser responsáveis pela clivagem das fitas de DNA. São formados vários outros metabólitos do fármaco, que podem ser citotóxicos. Um dos metabólitos é um inibidor fraco da monoaminoxidase (MAO), e podem ocorrer efeitos adversos quando a procarbazina é administrada com outros inibidores da MAO, bem como com agentes simpatomiméticos, antidepressivos tricíclicos, anti-histamínicos, depressores do SNC, agentes antidiabéticos, álcool e alimentos contendo tiramina. Verifica-se um risco aumentado de cânceres secundários na forma de leucemia aguda, e acredita-se que seu potencial carcinogênico seja maior do que o da maioria dos outros fármacos alquilantes. • DACARBAZINA A dacarbazina é um composto sintético que atua como fármaco alquilante após ativação metabólica no fígado por N-desmetilação oxidativado derivado monometílico. Esse metabólito sofre decomposição espontânea em diazometano, gerando um íon metilcarbônio, que se acredita seja a espécie citotóxica essencial. A dacarbazina é administrada por via parenteral e é usada no tratamento de melanoma maligno, linfoma de Hodgkin, sarcoma de tecidos moles e neuroblastoma. A principal toxicidade que limita a dose administrada é a mielossupressão; entretanto, as náuseas e os vômitos podem ser intensos em alguns casos. Trata-se de um potente vesicante, e é preciso ter cuidado para evitar o extravasamento do fármaco durante sua administração. • BENDAMUSTINA A bendamustina é um fármaco alquilante bifuncional. À semelhança de outros fármacos alquilantes, a bendamustina forma ligações cruzadas com o DNA, produzindo rupturas em fitas simples e duplas, com consequente inibição da síntese e da função do DNA. Essa molécula também inibe pontos de verificação da mitose e induz catástrofe mitótica, levando à morte celular. Convém assinalar que a resistência cruzada entre a bendamustina e outros fármacos alquilantes é apenas parcial, o que proporciona uma base racional para sua atividade clínica, apesar do desenvolvimento de resistência a outros fármacos alquilantes. Esse agente está aprovado para uso no tratamento da LLC, e observa-se também uma atividade em linfomas de Hodgkin e não Hodgkin, mieloma múltiplo e câncer de mama. Os principais efeitos tóxicos que limitam a dose incluem mielossupressão, náuseas discretas e vômitos. Raramente, ocorrem reações de hipersensibilidade à infusão, exantema cutâneo e outras reações cutâneas. – A importância clínica dos agentes antineoplásicos induz a necessidade de estudo sistemático, o que primeiramente deveria ser feito com o uso de classificações químicas, levando-se em conta os diferentes grupos funcionais presentes na estrutura das moléculas dos agentes anticancerígenos. Contudo, a variedade de tipos de compostos utilizados em quimioterapia oncológica é tão grande, que tal classificação só pode ser feita indiretamente. Calabresi e Chabner, em texto clássico, descreveram uma classificação conveniente dos fármacos antineoplásicos onde o critério classificatório baseia-se no ponto de interferência no mecanismo de ação das diferentes etapas da síntese do DNA, transcrição e transdução. Entretanto, os autores consideram esta classificação arbitrária pois, por exemplo, os agentes hormonais, entre outros, não são classificáveis desta forma. De fato, existem diversos mecanismos que estão envolvidos na evolução de uma célula normal para uma célula potencialmente maligna, mas a maior parte deles interferem na divisão celular e, assim, o conhecimento do ciclo celular ou dos seus mecanismos é importante para que haja a compreensão da etiologia do câncer. A Figura 5b, mostra uma correlação aproximada dos ciclos metabólicos com os tipos de agentes quimioterápicos antineoplásicos mais comuns. – A célula que não está replicando apresenta-se na fase G0. Nesta fase, o DNA apresenta-se super- enovelado, com atividade nuclear baixa. Este estágio pode ser modificado para a fase G1, onde há a preparação da célula para a multiplicação, com a produção de constituintes celulares que serão essenciais para a nova célula que será gerada, além da preparação para a síntese de DNA, que ocorrerá na fase S. Nas fases G1 e S existem diversos mecanismos reguladores que irão afetar a multiplicação celular. Os fatores de crescimento, como os produtos de oncogenes, ativam a multiplicação celular, enquanto que os controles de retroalimentação (“feedback”) são inibidores da multiplicação celular. Estes controles são, por exemplo, genes supressores tumorais, que detém a replicação celular quando há dano no DNA, para que ele seja reparado. As interleucinas, dentre outras substâncias, também afetam a replicação celular, entretanto seus mecanismos são obscuros. Outro mecanismo regulador é a apoptose (morte celular programada), que provoca a morte da célula em detrimento da possibilidade da célula tornar-se alterada, podendo levar ao câncer. Na fase G2 há a síntese de componentes para a mitose (divisão celular com manutenção do número de cromossomos específico da espécie) como a produção do fuso mitótico que é feita na fase M. Após a divisão do material nuclear há a citocinese (que é a separação da célula mãe, formando as duas células filhas com suas organelas e demais constituintes celulares), finalizando o ciclo de replicação celular (retorna à fase G0). A célula tumoral ou transformada não finaliza o ciclo de replicação celular (não retorna à fase G0), assim passa da fase M para nova fase G1. Muitos fármacos eficazes contra o câncer exercem sua ação sobre as células que se encontram no ciclo celular, e são denominados fármacos ciclo- celular específicos (CCS). Um segundo grupo de agentes, denominados fármacos ciclo-celular não específicos (CCNS), tem a capacidade de exterminar as células tumorais independentemente de estarem atravessando o ciclo ou de estarem em repouso no compartimento G0. Os agentes hormonais não são citotóxicos, por serem modulares de proliferação celular, e devem ser classificados à parte; a ação hormonal depende de ligações entre o hormônio e o seu receptor citoplasmático específico. Esta ligação provoca a síntese de RNA mensageiro que, por sua vez, direciona a síntese de novas proteínas importantes para o crescimento e a multiplicação celular. A atividade antitumoral de vários agentes hormonais depende da mesma sequência de eventos, por vezes interferindo e bloqueando estes processos. Por exemplo, hormônios sexuais são utilizados no tratamento do câncer das glândulas mamárias e próstata. Os produtos naturais ciclo-celular específicos são outro tipo de agente antineoplásico importante e eficiente, e que se refere a muitos fármacos usados na terapia clínica do câncer e que originalmente não são compostos sintéticos. – Dentre alguns produtos naturais citotóxicos, usados clinicamente no tratamento de neoplasias, têm-se os alcalóides vegetais (produtos naturais nitrogenados derivados biossinteticamente de aminioácidos) como: • alcalóides da vinca (vimblastina e vincristina) – ação pela inibição do fuso mitótico, ligando-se às proteínas microtubulares e, consequentemente, interrompendo a divisão celular na metáfase8; • taxol éster alcalóide derivado do teixo ocidental (Taxus brevifolia) e do teixo europeu (Taxus baccata), (conhecido comercialmente como Paclitaxel) – ação também pela inibição do fuso mitótico, dimerização da tubulina e estabilização dos túbulos, protegendo-os da despolimerização, o que estabiliza resulta no bloqueio da multiplicação celular, o que resulta na perda da viabilidade celular; • podofilotoxinas (ou epipodofilotoxinas), tendo-se como exemplos principais a etoposida (VP-16) e teniposida (VM-26), Figura 6, derivados semi-sintéticos da podofilotoxina, extraída da raiz do podofilo - ação pelo bloqueio das células nas fases S e G2 e inibição da enzima topoisomerase II, o que promove lesão no DNA. Nas células neoplásicas, isto provoca a inibição da síntese de proteínas, resultando no bloqueio da proliferação celular. Por último é digno de nota ressaltar o uso recente de vacinas antitumorais, ainda em fase de teste, através da interação antígeno-anticorpo visando a imunização do organismo. Os agentes antineoplásicos mais antigos e mais usados são conhecidos como agentes alquilantes que, comprovadamente, interagem quimicamente com o DNA e não são ativos somente no processo de divisão celular. De fato, na quimioterapia são descritos muitos alvos que podem ser estudados com o intuito de se estabelecer novos fármacos antitumorais, sendo que o DNA apresenta-se como um dos alvos mais estudados. As moléculas com potencial atividade antitumoralcitadas mais detalhadamente neste trabalho atuam no DNA. a) o açúcar que compõe o DNA (desoxirribose), o RNA (ribose) e o ácido fosfórico; b) a fita dupla do DNA, mostrando as fendas menor e maior, além das ligações hidrogênio entre os pares de base nitrogenadas Adenina (A), Timina (T), Citosina (C) e Guanina (G). Os antineoplásicos, são fármacos quase tão heterogêneos (quando consideradas suas características químicas e mecanismos farmacológicos) quanto os tumores envolvidos. De fato, diversos antitumorais muito utilizados clinicamente são substâncias que apresentam mecanismo de ação ciclo-celular não específico e relacionado ao DNA (tipos como produtos naturais, complexos de coordenação de platina, agentes alquilantes e agentes intercalantes) mas, mesmo dentro desta subclasse tem-se grande heterogeneidade e é possível fazer uma subclassificação dos antitumorais em relação ao mecanismo de ação no DNA: • inibição da síntese de nucleotídeos: através do uso dos análogos das bases nitrogenadas; • efeito direto no DNA: são os agentes alquilantes como as mostardas nitrogenadas, nitrossuréias, complexos tipo cisplatina e outros. A bleomicina forma radicais livres que destroem o DNA, pois fragmenta as hélices, mecanismo diferente dos outros fármacos mostrados; • ligantes que interagem na fenda menor do DNA: berenil, pentamidina e análogos; • alterando as propriedades de pareamento das bases: intercalantes como a proflavina, acridina, amsacrina; • inibindo a DNA-girase: doxorrubicina; Assim, em uma classificação mais pormenorizada e ampla de agentes antineoplásicos que interagem com o DNA deve-se apresenta-los de maneira fiel às diferenças nos mecanismos de ação, delineados a seguir. – O desenvolvimento de fármacos com ações sobre o metabolismo intermediário das células em proliferação é importante do ponto de vista clínico, pois estes agentes são muito estudados e clinicamente empregados. Embora não se tenha ainda descoberto qualquer propriedade bioquímica peculiar compartilhada por todas as células cancerosas, as células neoplásicas possuem várias diferenças metabólicas quantitativas em comparação com as células normais, tornando-as mais suscetíveis aos diversos antimetabólicos ou análogos estruturais das bases nitrogenadas. Os agentes antimetabólicos exercem seus efeitos principalmente por bloquearem bioquimicamente a síntese do DNA e, portanto, são restritos à fase S do ciclo celular. Pode-se citar alguns exemplos de antimetabólicos utilizados clinicamente no tratamento do câncer, por meio das seguintes subclasses: Análogo do ácido fólico: Metotrexato (MXT); Antagonistas das pirimidinas: Fluorouracil (5- Fluoroouracil; 5-FU) e Floxuridina (5- Fluorodesoxiuridina; FUDR); Citarabina (citosina arabinosídeo, ara-C). Conforme relatado, apesar de que até agora tem- se postulado que a atividade de fármacos anticancerígenos pode ser classificada somente em agentes ciclo-celular específicos (CCS) ou ciclo- celular não específicos (CCNS), observou-se mais recentemente que dentre estes últimos, o fator mais importante para a atividade antitumoral e potencialidade para seu uso no tratamento das diferentes neoplasias, é que os antitumorais mais usados e estudados são agentes que geralmente atuam como eletrófilos sobre macromoléculas nucleofílicas, particularmente o DNA. Contudo, apesar de se admitir que estes agentes não são ciclo-celular específicos, já se observou que as células são mais sensíveis à alquilação nas fases G1 e S do ciclo celular, apresentando bloqueio em G2. Estes agentes antitumorais formam comprovadamente ligações cruzadas (“Cross-Link”) com as fitas ou filamentos do DNA, podendo-se observar, os diferentes tipos de ligações cruzadas que podem ocorrer. Todas estas ligações produzem lesões no DNA, sendo que as provocadas pelas ligações cruzadas interfilamentares são as mais citotóxicas, pois a alquilação de um único filamento de DNA pode até ser reparada facilmente, mas as ligações cruzadas interfilamentares, como as produzidas por agentes alquilantes bifuncionais, exigem mecanismos mais complexos de reparação, podendo até inibir sua replicação. Há diversas classes de agentes antineoplásicos que têm este tipo de mecanismo de ação, como os antitumorais mostrados a seguir, que serão abordados em relação às possíveis ligações cruzadas interfilamentares com o DNA. – ➢ MOSTARDAS NITROGENADAS O agente alquilante tipo mostarda nitrogenada, meclorometamina, foi utilizado com sucesso para induzir remissão tumoral transitória em um paciente portador de linfoma. Os agentes alquilantes são, também, os antineoplásicos mais estudados e considerados os agentes antitumorais mais usados na atualidade. Eles são capazes de formar ligações interfilamentares com o DNA e necessitam ser metabolizados pelas fosfamidases (enzimas microssomais hepáticas), para que seus metabólitos possam exercer o efeito alquilante celular. O principal sítio de alquilação no DNA é a posição N7 da guanina, porém outras bases podem ser menos extensivamente alquiladas, como a adenina nas posições N1 e N3, a citosina no N3 e a guanina no O6, assim como grupos fosfatos e proteínas associadas ao DNA. ➢ NITROSSURÉIAS São agentes antitumorais que precisam ser biotransformados nos seus derivados alquilantes por decomposição não enzimática. Formam diferentes adutos de alquilação com o DNA, porém a formação da ligação cruzada interfilamentar entre a posição N1 da deoxiguanosina e N3 da deoxicitosina é a responsável pela atividade citotóxica. Também alquilam o RNA e inibem a auto reparação do DNA. As nitrossuréias utilizadas clinicamente são a Carmustina (BCNU), Lomustina (CCNU) e Semustina (metil-CCNU). Estes agentes antineoplásicos são altamente lipossolúveis, tornando-os úteis no tratamento de tumores cerebrais. ➢ TRIAZENO Inicialmente considerado um antimetabólito, o derivado triazeno Dacarbazina (DTIC), funciona através de alquilação do DNA. A Dacarbazina exige ativação inicial pelo citocromo P-450, através de uma reação de N-desmetilação. Na célula alvo, a clivagem espontânea do metabólito libera um componente alquilante, o diazometano. ➢ ALQUILSULFONATOS São agentes alquilantes derivados dos ésteres alcanossulfônicos. Muitos destes compostos são ativos sobre numerosas células cancerosas, porém o mecanismo exato pelo qual exercem seu efeito citotóxico não está totalmente elucidado. O fármaco Busulfan (Myleran®) e seus homólogos congêneres são os únicos compostos dissulfonílicos que se têm mostrado capazes de formar ligações cruzadas interfilamentares com o DNA. Uma subclasse interessante que deve ser citada é a dos 2-cloroetil-metanossulfonatos. – O metanossulfonato (clomesona), apesar de apresentar atividade citotóxica menor que a do Bussulfan e congêneres, tem-se mostrado mais seletivo em relação ao DNA, quando comparado com as nitrossuréias. ➢ COMPLEXOS DE COORDENAÇÃO DE PLATINA Os antineoplásicos formados por compostos de coordenação com platina, como a cisplatina (cis- DDP, comercialmente Platinil®, ou Platinol®) e carboplatina (CBDCA, Paraplatin®), alquilam o DNA. O mecanismo de ação está relacionado com a inibição seletiva da síntese do DNA. As propriedades citotóxicas destes compostos, assim como de numerosos análogos, têm sido atribuídas à sua habilidade de formar ligações cruzadas do tipo interfilamentares como também intrafilamentares. Mais recentemente, tem-se dado particular ênfase à capacidade da cisplatina em provocar mutações no DNA e alterar a ligação DNA-proteína. Os complexos de platina parecem ter efeito sinérgico com outros agentes antitumorais. - CISPLATINA O principal sítio de ligação é o N7 da guanosina, embora também ocorra interação covalente com a adenosina e citosina. Ressalta-se que a cisplatina exerce acentuada atividade antitumoral nos cânceresgenitourinários, particularmente o testicular, ovariano e vesical; também é usada no tratamento de carcinomas escamosos, como de cabeça e pescoço, esôfago e cérvix, carcinoma de bexiga, tireóides, endométrio, estômago ou pâncreas, de pulmão de pequenas e não-pequenas células, sarcomas, tumores trofoblásticos e coriocarcinoma. - CARBOPLATINA Análogo da cisplatina, apresenta em sua molécula o grupo dicarboxilato, que é mais estável. A sua ligação com as proteínas plasmáticas é menos irreversível que a da cisplatina e sua excreção também é mais rápida. É uma alternativa útil para a cisplatina, uma vez que apresenta menor toxidez gastrointestinal e renal, porém com toxidez mielossupressiva. Seu espectro de ação é semelhante ao da cisplatina, excetuando-se talvez os sarcomas e os tumores trofoblásticos, para os quais parece ser menos eficaz. Mais recentemente, tem-se desenvolvido complexos diméricos análogos à cisplatina mas, apesar de muito promissores, ainda estão em fase inicial de investigação. A radioterapia é um dos tratamentos mais comuns para o câncer. A radiação pode ser usada sozinha ou com outros tratamentos, como cirurgia, quimioterapia, hormônios ou terapia direcionada. Se o seu plano de tratamento inclui radioterapia, saber como funciona e o que esperar pode ajudá-lo a se preparar para o tratamento e a tomar decisões informadas sobre seus cuidados. A radioterapia usa partículas ou ondas de alta energia, como raios X, raios gama, feixes de elétrons ou prótons, para destruir ou danificar as células cancerígenas. A maioria dos tipos de radioterapia não atinge todas as partes do corpo, o que significa que não é útil no tratamento do câncer que se espalhou para muitos lugares do corpo. Ainda assim, a radioterapia pode ser usada para tratar muitos tipos de câncer isoladamente ou em combinação com outros tratamentos. Embora seja importante lembrar que cada câncer e cada pessoa é diferente, a radiação geralmente é o tratamento de escolha para os seguintes propósitos. A radioterapia pode ser administrada de 3 maneiras: • Radiação externa (ou radiação de feixe externo) : usa uma máquina que direciona os raios de alta energia de fora do corpo para o tumor. É feito durante visitas https://www.cancer.org/treatment/treatments-and-side-effects/treatment-types/radiation/external-beam-radiation-therapy.html https://www.cancer.org/treatment/treatments-and-side-effects/treatment-types/radiation/external-beam-radiation-therapy.html – ambulatoriais a um hospital ou centro de tratamento. Geralmente é administrado ao longo de muitas semanas e às vezes será administrado duas vezes por dia durante várias semanas. Uma pessoa que recebe radiação externa não é radioativa e não precisa seguir precauções especiais de segurança em casa. • Radiação interna : A radiação interna também é chamada de BRAQUITERAPIA . Uma fonte radioativa é colocada dentro do corpo ou perto do tumor. Com alguns tipos de braquiterapia, a radiação pode ser colocada e deixada no corpo para funcionar. Às vezes, é colocado no corpo por um período de tempo e depois removido. Isso é decidido com base no tipo de câncer. Precauções especiais de segurança são necessárias para este tipo de radiação por um período de tempo. Mas é importante saber se a radiação interna permanece no corpo, depois de um tempo ela acaba deixando de ser radioativa. • Radiação sistêmica : Medicamentos radioativos administrados por via oral ou colocados em uma veia são usados para tratar certos tipos de câncer. Essas drogas então viajam por todo o corpo. Você pode ter que seguir precauções especiais em casa por um período de tempo após a administração desses medicamentos. O tipo de radiação que você pode receber depende do tipo de câncer que você tem e de onde ele está. Em alguns casos, mais de um tipo é usado. Sua equipe de tratamento do câncer pode responder a perguntas específicas sobre o tipo de radiação prescrito para você, como isso afeta seu corpo e quaisquer precauções que possam ser necessárias. A imunoterapia é um tratamento que usa o próprio sistema imunológico de uma pessoa para combater o câncer. A imunoterapia pode impulsionar ou alterar a forma como o sistema imunológico funciona para que possa encontrar e atacar as células cancerígenas. A imunoterapia é um tratamento que usa certas partes do sistema imunológico de uma pessoa para combater doenças como o câncer. Isso pode ser feito de duas maneiras: • Estimular ou aumentar as defesas naturais do seu sistema imunológico para que ele trabalhe mais ou de forma mais inteligente para encontrar e atacar as células cancerígenas • Fazer substâncias em um laboratório que são como componentes do sistema imunológico e usá-las para ajudar a restaurar ou melhorar a forma como seu sistema imunológico funciona para encontrar e atacar células cancerígenas Existem vários tipos principais de imunoterapia usados para tratar o câncer, e muitos estão sendo estudados. • Inibidores de checkpoint : Esses medicamentos basicamente tiram os 'freios' do sistema imunológico, o que o ajuda a reconhecer e atacar as células cancerígenas. • Terapia com células T do receptor de antígeno quimérico (CAR) : Esta terapia pega algumas células T do sangue de um paciente, mistura-as com um vírus especial que faz com que as células T aprendam a se ligar às células tumorais e, em seguida, devolve as células às células T. o paciente para que eles possam encontrar, anexar e matar o câncer. • Citocinas: Este tratamento utiliza CITOCINAS (pequenas proteínas que transportam mensagens entre as células) para estimular as células do sistema imunológico a atacar o câncer. • Imunomoduladores : Este grupo de medicamentos geralmente estimula partes do sistema imunológico para tratar certos tipos de câncer. • Vacinas contra o câncer : As vacinas são substâncias colocadas no corpo para iniciar uma resposta imune contra certas doenças. Geralmente pensamos neles https://www.cancer.org/treatment/treatments-and-side-effects/treatment-types/radiation/internal-radiation-therapy-brachytherapy.html https://www.cancer.org/treatment/treatments-and-side-effects/treatment-types/radiation/systemic-radiation-therapy.html https://www.cancer.org/treatment/treatments-and-side-effects/treatment-types/immunotherapy/immune-checkpoint-inhibitors.html https://www.cancer.org/treatment/treatments-and-side-effects/treatment-types/immunotherapy/car-t-cell1.html https://www.cancer.org/treatment/treatments-and-side-effects/treatment-types/immunotherapy/car-t-cell1.html https://www.cancer.org/treatment/treatments-and-side-effects/treatment-types/immunotherapy/cancer-vaccines.html – como sendo administrados a pessoas saudáveis para ajudar a prevenir infecções. Mas algumas vacinas podem ajudar a prevenir ou tratar o câncer. • Anticorpos monoclonais (mA bs ou MoA bs): São versões artificiais de proteínas do sistema imunológico. Os mAbs podem ser muito úteis no tratamento do câncer porque podem ser projetados para atacar uma parte muito específica de uma célula cancerosa. • Vírus oncolíticos: Este tratamento usa vírus que foram modificados em laboratório para infectar e matar certas células tumorais A cirurgia é usada para prevenir, diagnosticar, estadiar e tratar o câncer. A cirurgia também pode aliviar (paliar) o desconforto ou problemas relacionados ao câncer. Às vezes, uma cirurgia pode cuidar de mais de um desses objetivos. Em outros casos, diferentes operações podem ser necessárias ao longo do tempo. Você encontrará operações específicas de câncer discutidas nas informações de tratamento para cada tipo de câncer. CIRURGIA PARA DIAGNOSTICAR CÂNCER: A cirurgia é uma maneira de ajudar a diagnosticar o câncer. Na maioria dos casos, a única maneira de saber se uma pessoa tem câncer e que tipo de câncer é, é retirar um pequeno pedaço de tecido (chamado de AMOSTRA ) e testá-lo. Odiagnóstico é feito observando as células da amostra com um microscópio ou fazendo outros exames de laboratório. Este procedimento é chamado de BIÓPSIA . As biópsias feitas durante a cirurgia são muitas vezes referidas como BIÓPSIAS CIRÚRGICAS. Como uma amostra é coletada depende de onde o tumor está e qual tipo de câncer é suspeito. Por exemplo, o método usado para biópsias de próstata é diferente daqueles usados para biópsias pulmonares. CIRURGIA PARA ESTADIAR CÂNCER: A cirurgia de estadiamento é feita para descobrir quanto câncer existe e até que ponto ele se espalhou. Durante esta cirurgia, a área ao redor do câncer, incluindo linfonodos e órgãos próximos, é examinada. Isso é importante porque fornece informações para orientar futuras decisões de tratamento e prever como as pessoas responderão ao tratamento. CIRURGIA CURATIVA: A cirurgia curativa ou primária geralmente é feita quando o câncer é encontrado em apenas uma parte do corpo e é provável que todo o câncer possa ser removido. É chamado de "curativo" porque o objetivo da cirurgia é remover completamente todo o câncer. Neste caso, a cirurgia pode ser o principal tratamento. Pode ser usado junto com outros tratamento como quimioterapia ou radioterapia, administrados antes ou após a operação, mas a cirurgia também pode ser usada isoladamente. CIRURGIA PARA DIMINUIR O CÂNCER: A cirurgia de debulking é usada para remover alguns, mas não todos, do câncer. É chamado de "redução de volume" porque o tumor que está sendo tratado é um objeto grande e volumoso e pode estar localizado muito próximo a órgãos ou tecidos importantes. Assim, "desagregar" o tumor pode ajudar a torná-lo menor. Esta cirurgia às vezes é feita quando a remoção de todo o tumor causaria muito dano aos órgãos ou tecidos próximos. Por exemplo, pode ser usado para câncer avançado de ovário e alguns linfomas. Nesses casos, o médico pode retirar o máximo possível do tumor e depois tratar o que resta com radiação, quimioterapia ou outros tratamentos. CIRURGIA PALIATIVA: Este tipo de cirurgia é usado para tratar problemas causados por câncer avançado . A cirurgia paliativa pode ser usada com outros tratamentos para corrigir um problema que está causando desconforto ou incapacidade. Por exemplo, alguns cânceres na barriga (abdômen) podem crescer o suficiente para bloquear (obstruir) o intestino. Se isso acontecer, a cirurgia pode ser usada para remover o bloqueio. A cirurgia paliativa também pode ser usada para tratar a dor quando a dor é difícil de controlar com medicamentos. A cirurgia paliativa ajuda a aliviar os problemas causados pelo câncer e ajuda as pessoas a se sentirem melhor, mas como o câncer geralmente está em estágio avançado, não é feito para tratar ou curar o câncer em si. https://www.cancer.org/treatment/treatments-and-side-effects/treatment-types/immunotherapy/monoclonal-antibodies.html https://www.cancer.org/treatment/treatments-and-side-effects/treatment-types/chemotherapy.html https://www.cancer.org/treatment/treatments-and-side-effects/treatment-types/radiation.html https://www.cancer.org/cancer/ovarian-cancer.html https://www.cancer.org/cancer/ovarian-cancer.html https://www.cancer.org/cancer/lymphoma.html https://www.cancer.org/treatment/understanding-your-diagnosis/advanced-cancer.html https://www.cancer.org/treatment/understanding-your-diagnosis/advanced-cancer.html https://www.cancer.org/treatment/treatments-and-side-effects/physical-side-effects/pain.html – CIRURGIA DE SUPORTE: A cirurgia de suporte é feita para ajudar a tornar mais fácil para as pessoas obterem outros tipos de tratamento. Por exemplo, um dispositivo de acesso vascular como Port-A-Cath ® ou Infusaport ® é um tubo fino e flexível que pode ser colocado cirurgicamente em uma grande veia e conectado a um pequeno dispositivo semelhante a um tambor que é colocado logo abaixo da pele. Uma agulha é colocada no tambor da porta para administrar tratamentos e extrair sangue, em vez de colocar agulhas nas mãos e braços toda vez que fluidos intravenosos, transfusões de sangue ou tratamentos são administrados. CIRURGIA RESTAURADORA/ RECONSTRUTIVA: A cirurgia reconstrutiva é usada para melhorar a aparência de uma pessoa após uma grande cirurgia de câncer. Também é usado para restaurar a função de um órgão ou parte do corpo após a cirurgia. Exemplos incluem reconstrução mamária após mastectomia ou uso de retalhos de tecido, enxertos ósseos ou materiais protéticos (metálicos ou plásticos) após cirurgia para câncer de cabeça e pescoço. CIRURGIA PREVENTIVA/PROFILÁTICA: A cirurgia preventiva ou profilática é feita para remover o tecido do corpo que provavelmente se tornará câncer – mesmo que não haja sinais de câncer no momento da cirurgia. Às vezes, um órgão inteiro é removido quando uma pessoa tem uma condição que a coloca em risco muito alto de ter câncer. A cirurgia é feita para reduzir o risco de câncer e ajudar a prevenir a chance de câncer, mas não garante a prevenção do câncer. Por exemplo, algumas mulheres com forte histórico familiar de câncer de mama têm uma alteração hereditária em um gene de câncer de mama (chamado BRCA1 ou BRCA2 ). Como o risco de câncer de mama é muito alto, a remoção das mamas (mastectomia profilática) pode ser considerada. Isso significa que os seios são removidos antes que o câncer seja encontrado. https://www.cancer.org/treatment/treatments-and-side-effects/planning-managing/tubes-lines-ports-catheters.html https://www.cancer.org/cancer/breast-cancer/reconstruction-surgery.html https://www.cancer.org/cancer/breast-cancer/reconstruction-surgery.html https://www.cancer.org/cancer/oral-cavity-and-oropharyngeal-cancer/treating/surgery.html https://www.cancer.org/cancer/oral-cavity-and-oropharyngeal-cancer/treating/surgery.html https://www.cancer.org/cancer/breast-cancer/risk-and-prevention/preventive-surgery-to-reduce-breast-cancer-risk.html
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