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Tomografia Computadorizada e Protocolos dos Exames

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TECNOLOGIA EM RADIOLOGIA 
 
Tomografia 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Material didático compilado e 
adaptado de outras fontes por 
PAULO ROBERTO PREVEDELLO 
com o objetivo único de orientar o 
estudo dos alunos do 6º período 
da disciplina de Tomografia 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2014 – 2º Semestre 
 
Notas de aula adaptadas de outras fontes pelo Prof Paulo Roberto Prevedello - pauloprevedello@gmail.com Pag. 2 
DEFINIÇÃO 
Do grego tome, corte + graphein, escrever. 
Tomografia significa imagem em tomos ou em planos. É um método de diagnostico 
por imagem que combina o uso de raios-x obtidos por tubos de alta potencia com 
computadores especialmente adaptados para processar grande volume de informação e 
produzir imagens com alto grau de resolução. 
Uma imagem de Raios X normal é plana, sendo que o paciente fica posicionado entre o 
tubo ou ampola que emite Raios X e o filme fotográfico que receberá esses raios. O que se 
obtém é uma projeção em duas dimensões do interior do corpo do paciente. 
 
Imagens: Merrill Atlas Posiciones Radiograficas Procedimientos Radiologicos 
Nas máquinas de tomografia a ampola que emite os Raios X gira totalmente em volta 
do corpo do paciente e à medida que gira, emite Raios X em 360° graus, ou seja, fazendo 
uma circunferência completa em torno do paciente. 
Na TC os Raios-X são concentrados num feixe estreito que passa apenas por uma 
pequena parte (fatia) do corpo. Ao contrário da tomografia linear, onde a imagem de um corte 
fino é criada mediante borramento da informação de regiões indesejadas, a imagem da TC é 
construída matematicamente usando dados originados apenas da seção de interesse. 
 A reconstrução da imagem final pode ser realizada em qualquer plano: axial, coronal e 
sagital. 
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Notas de aula adaptadas de outras fontes pelo Prof Paulo Roberto Prevedello - pauloprevedello@gmail.com Pag. 3 
VANTAGENS EM RELAÇÃO À RADIOGRAFIA CONVENCIONAL 
A TC tem três vantagens gerais importantes sobre a radiografia convencional. 
A primeira é que as informações tridimensionais são apresentadas na forma de uma 
série de cortes finos na estrutura interna da parte em questão. Como o feixe de raios-x está 
rigorosamente colimado para aquele corte em particular, a informação resultante não é 
superposta por anatomia sobrejacente. 
 
A segunda é que o sistema é mais sensível na diferenciação de tipos de tecido quando 
comparado com a radiografia convencional, de modo que diferenças entre tipos de tecidos 
podem ser mais claramente delineadas e estudadas. A radiografia convencional pode 
mostrar tecidos que tenham uma diferença de pelo menos 10% em densidade, enquanto a 
TC pode detectar diferenças de densidade entre tecidos de 1% ou menos. 
 
Uma terceira vantagem é a habilidade para manipular e ajustar a imagem após ter sido 
completada a varredura, como ocorre de fato com toda a tecnologia digital. Essa função 
inclui características tais como ajustes de brilho, realce de bordos e zoom (aumentando 
áreas especificas). 
 
http://bucomaxilofacialdabahia.blogspot.com.br/2011/06/sinais-clinicos-e-tomograficos-de.html 
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http://bucomaxilofacialdabahia.blogspot.com.br/2011/06/sinais-clinicos-e-tomograficos-de.html
 
Notas de aula adaptadas de outras fontes pelo Prof Paulo Roberto Prevedello - pauloprevedello@gmail.com Pag. 4 
HISTÓRICO DA TOMOGRAFIA 
Tomografia linear: 
A tomografia computadorizada foi desenvolvida a partir da tomografia linear ou 
planigrafia, que consistia em obter as radiografias durante um movimento sincronizado do 
tubo e do chassi. Como o fulcro, ou ponto de interesse, ficava fixo, tínhamos o “borramento” 
das imagens adjacentes, isolando desta forma a área a ser examinada. 
 
 
O princípio básico: 
Enquanto as técnicas radiológicas convencionais produzem imagens somadas de um 
objeto, varredores tomográficos giram para dividir um objeto e organizá-lo em seções de 
imagens paralelas e espacialmente consecutivas (cortes axiais). 
Simplificadamente, o tomograma é gerado a partir de um feixe de raios X estreito e um 
detector montado no lado diametralmente oposto. Como o cabeçote e o detector estão 
conectados mecanicamente, eles se movem de forma síncrona. 
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Notas de aula adaptadas de outras fontes pelo Prof Paulo Roberto Prevedello - pauloprevedello@gmail.com Pag. 5 
Já no final da década de 1950, os componentes para a construção de um TC estavam 
disponíveis para médicos e engenheiros. Porém, somente em 1967, o processo tomográfico 
como um todo foi apresentado pelo engenheiro britânico Godfrey Hounsfield. 
Em 1972 Hounsfield, construiu o primeiro aparelho médico comercial de tomografia 
computadorizada de raios X para a companhia EMI Ltda. sob a forma de um scanner 
somente de cabeça com um tubo de raios X convencional e um sistema de detectores em 
dupla fileira, movendo-se em torno do paciente. 
Ele conseguiu adquirir 12 cortes, cada um com uma espessura de corte de 13 mm, e 
reconstruir as imagens com uma matriz de 80 x 80 pixel em aproximadamente, 35 minutos. 
 Outro que ajudou no desenvolvimento do tomógrafo computadorizado foi o sul-africano 
Allan M. Cormack, que desenvolveu a matemática necessária para a reconstrução das 
imagens tomográficas. 
 
Quando o conjunto cabeçote-detector faz uma translação ou rotação em torno do 
paciente, as estruturas internas do corpo atenuam o feixe de raios X de acordo com a 
densidade e número atômico de cada tecido. 
No final da translação ou rotação o conjunto cabeçote-detetor retorna para a posição 
inicial, a mesa com o paciente se movimenta em alguns milímetros, e o tomógrafo começa 
uma nova varredura. Este processo é repetido inúmeras vezes, gerando uma grande 
quantidade de dados. 
Os dados obtidos, intensidade de raios X ou valores de atenuação, a posição da mesa 
e a posição do cabeçote na obtenção dos dados, são armazenados num computador. 
Através de equações matemáticas aplicadas sobre estes valores, torna possível a 
determinação de relações espaciais entre as estruturas internas de uma região selecionada 
do corpo humano. 
O tomograma calculado, ou seja, a imagem apresentada na tela consiste-se numa 
matriz de valores de atenuação. Visualmente, para o diagnóstico, os valores de atenuação 
são apresentados na forma de tons de cinza, criando assim uma imagem espacial do objeto 
varrido. 
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EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO DO CONTEÚDO 
1. Conceitue o termo Tomografia: 
2. Quais as três principais vantagens da tomografia em relação à radiologia 
convencional? 
3. Descreva o princípio básico da tomografia linear ou planigrafia: 
4. Qual o nome do engenheiro britânico idealizador do tomógrafo computadorizado e 
do matemático sul africano que desenvolveu o algoritmo matemático para a reconstrução 
das imagens? 
5. Qual a principal lei da física usada na tomografia computadorizada. 
 
RESPOSTAS 
1. 
– Tomografia significa imagem em tomos ou em planos. É um método de diagnostico 
por imagem que combina o uso de raios-x obtidos por tubos de alta potencia com 
computadores especialmente adaptados para processar grande volume de informação 
e produzir imagens com alto grau de resolução. 
2. 
- 1ª vantagem: a imagem final não apresenta superposição de estruturas. 
- 2ª vantagem: maior sensibilidade na diferenciação dos tecidos e estruturas. 
- 3ª vantagem: facilidade de manipular e alterar a imagem, mesmo após a varredura. 
3. 
– As radiografias são obtidas durante um movimento sincronizado do tubo e do chassi, 
em redor de um ponto ou fulcro fixo, ocorrendo o borramento das imagens adjacentes. 
4. 
– O engenheiro britânico chama-se Hounsfield e o matemático sul africanochama-se Cormack. 
5. 
– O índice ou coeficiente de atenuação da radiação ao atravessar as 
estruturas. 
 
Notas de aula adaptadas de outras fontes pelo Prof Paulo Roberto Prevedello - pauloprevedello@gmail.com Pag. 7 
SISTEMAS DE VARREDURA 
Após o desenvolvimento do primeiro tomógrafo sua evolução foi medida de acordo com 
o progresso dos scanners e cada fase passou a ser chamada de geração. 
Vejamos a seguir uma descrição do modelo padrão que representa cada geração que 
marcou a evolução dos aparelhos de tomografia computadorizada. 
1ª Geração: 
Foram fabricados pela EMI, empresa a qual Hounsfield pertencia e possuía uma 
ampola de anodo fixo com feixe linear de RX, um detector por corte e faziam movimento 
solidário de translação-rotação do conjunto ampola-detector, com tempo de varredura de 5 
minutos para reunir informações suficientes para um corte. Assim, um exame com 10 cortes 
demorava 50 minutos, no mínimo. 
O feixe de radiação era muito bem colimado e estreito com e a finalidade de atingir 
unicamente a área do detector, por isto chamado de feixe tipo “lápis”. 
O objeto era posicionado entre o tubo e o detector, a primeira varredura era realizada 
coletando informações de 160 feixes distintos. Após a primeira varredura, o tubo sofria uma 
rotação de 01 grau e se iniciava nova varredura com a coleta de outros 160 feixes na nova 
projeção. O processo era repetido 180 vezes e a cabeça envolvida em uma bolsa de água. 
Como era muito difícil fazer com que o objeto permanecesse imóvel durante todo esse 
tempo, ocorria grande numero de artefatos em imagens de abdome e tórax, inviabilizando 
estes exames. 
A qualidade de imagem era muito ruim, não só pelo número restrito de pixels que 
compunha a matriz com pouca resolução espacial como também a baixa qualidade dos 
programas de reconstrução, com poucas ferramentas de compensação de artefatos. 
Esse modelo inicial trouxe como grande novidade a possibilidade de observar a 
anatomia interna dos tecidos cerebrais de forma não invasiva. 
 
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2ª Geração: 
Já passaram a ser fabricados por diversas empresas, possuíam ampola de anodo 
rotatório, com feixe de RX em leque e cerca de 30 detectores alinhados em uma reta, 
movimento solidário de translação-rotação de 30º. 
As varreduras são feitas em passos de 10° que correspondem ao ângulo de abertura do 
leque e não mais de 1° como na geração anterior. 
Estes avanços propiciaram uma redução do número de posicionamentos de 180 
necessários nos aparelhos de primeira geração para apenas seis posicionamentos, 
reduzindo o tempo de varredura para 10 a 90 segundos, dependendo do exame. 
O feixe em forma de leque gerou a necessidade de algoritmos de reconstrução da 
imagem bem mais complexos que os algoritmos utilizados nos aparelhos de primeira 
geração. 
Embora o tempo de varredura tenha sido reduzido o tempo de processamento 
aumentou consideravelmente tendo em vista que os novos algoritmos de reconstrução terem 
de levar em conta a inclinação do feixe em relação aos detectores, e a qualidade de imagem 
que continuava ruim com necessidade de grandes compensações dos artefatos. 
Porém, ainda assim, somente de maneira precária se conseguia fazer estudos de 
abdome e tórax. Nos aparelhos mais lentos era impossível manter a apnéia durante o corte, 
limitando o estudo ao SNC. 
Esta tecnologia está com seu uso proibido no mercado tendo em vista usar taxas de 
doses não compatíveis com os níveis permissíveis. 
 
 
 
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3ª Geração: 
A terceira geração de tomógrafos foi desenvolvida em 1974, pela empresa Artronix, 
mas só foi colocada em prática em 1975 pela General Elétric (GE) e em 1977 a Philips 
introduziu o conceito de “geometria enlargement” ou seja geometria distendida ou alargada 
que deu origem as técnicas de alta resolução dos aparelhos subsequentes. 
O scanner de terceira geração inclui um banco de até 960 detectores em oposição ao 
tubo de raios X, que rodam em conjunto ao redor do paciente em um ciclo de 360° completo 
para criar um corte de dados de tecidos. 
O paciente e a mesa são então movimentados através da abertura do Gantry, e o tubo 
e os detectores rodam um ciclo de 360° completo na direção oposta para criar um segundo 
corte de dados de tecidos. 
Os tempos de varredura foram novamente reduzidos significativamente. Além disso, 
varreduras de 1 segundo são utilizadas para a maioria dos modernos scanners de terceira 
geração. 
Uma abertura maior do Gantry permite a varredura de todo o corpo, que não era 
possível com os scanners antigos. 
A partir desta geração os exames tomográficos do tórax e do abdome são possíveis 
tendo em vista a diminuição dos tempos de varredura e avanços consideráveis no processo 
de reconstrução matemática da imagem. 
O tempo de processamento das imagens pós-varredura também foi reduzido para algo 
em torno de 01 e 04 segundos por corte. 
A engenharia de construção dos equipamentos da terceira geração é a mais utilizada 
atualmente tendo em vista a relação custo/beneficio. 
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EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO DO CONTEÚDO 
1. Como a comunidade científica mediu a evolução da tomografia 
computadorizada e como cada fase passou a ser? 
2. Por que o feixe de raios usados nos tomógrafos da 1ª geração é chamado de “feixe 
em lápis”? 
3. Qual o tempo necessário para obter um corte tomográfico utilizando-se um 
tomógrafo da 1ª geração 
4. Quantos detectores eram usados nos tomógrafos da 2ª geração e como eram 
dispostos no Gantry? 
5. Se o tempo de varredura dos tomógrafos da 2ª geração reduziu para valores entre 
10 e 90 segundos, porque eles ainda eram considerados lentos? 
6. Qual o ano do surgimento dos tomógrafos de 2ª geração? 
7. Qual a principal característica dos tomógrafos de 3ª geração? 
8. A partir de que geração de computadores foi possível o exame do tórax e do 
abdome, e por quê? 
RESPOSTAS 
1. 
– A evolução da tomografia foi medida pelo avanço dos scanners e cada fase foi 
chamada de geração. 
2. 
– O feixe de raios usados nos tomógrafos da 1ª geração é chamado de “feixe em lápis”, 
tendo em vista a grande colimação o deixar semelhante a um lápis. 
3. 
– O tempo necessário para obter um corte tomográfico utilizando-se um tomógrafo da 
1ª geração era de aproximadamente 05 minutos 
4. 
– Os tomógrafos da 2ª geração usavam 30 detectores com movimento solidário ao tubo 
e dispostos em uma reta. 
5. 
– Embora o tempo de varredura na 2ª geração tenha sido reduzido, o tempo de 
processamento aumentou consideravelmente tendo em vista que os novos algoritmos de 
reconstrução ter de levar em conta a inclinação do feixe em relação aos detectores, e a 
qualidade de imagem que continuava ruim com necessidade de grandes compensações dos 
artefatos. 
6. 
– A 2ª geração de tomógrafos surgiu no ano de 1974. 
7. 
– A principal característica dos tomógrafos de 3ª geração foi a presença de até 1000 
detectores e giro de 360° do tubo ao redor do paciente. 
8. 
– O exame tomográfico do tórax e do abdome com boa qualidade diagnóstica só foi 
possível a partir da 3ª geração devido a uma maior abertura do Gantry e melhores algoritmos 
de reconstrução. 
 
Notas de aula adaptadas de outras fontes pelo Prof Paulo Roberto Prevedello - pauloprevedello@gmail.com Pag. 11 
4ª Geração: 
Os scanners de quarta geração se desenvolveram durante a década de 1980 e 
possuem um anel fixo de até 4800 detectores, que circundam completamente o paciente em 
um círculo completo dentro do Gantry. Um tubo de raios X único roda através de um arcode 
360° durante a coleta de dados. Através de todo o movimento rotatório contínuo, pequenas 
rajadas de radiação são fornecidas por um tubo de raios X pulsado com ânodo rotatório com 
feixes em leque que fornece tempos de varredura menores, reduzindo o tempo de exame 
para 1 minuto num exame de cortes múltiplos (semelhante a um scanner de terceira 
geração). 
 
Em todo equipamento de TC, o chamado corte circular é realizado com o paciente 
parado, deitado na mesa de exame. Terminado o corte, o paciente é deslocado e o corte 
seguinte é realizado. Rotineiramente o plano de estudo é axial, podendo ser feito corte 
coronal nas extremidades e no crânio. 
A espessura do corte é dada pela abertura do colimador e varia de 01 mm (ouvido, sela 
túrcica, etc.) a 10 mm (abdome, cérebro, etc.). Espessuras intermediárias são usadas em 
seios da face, órbita, fossa posterior, coluna, adrenais, etc. 
O deslocamento da mesa determinará se vai ocorrer intervalo entre os cortes, 
superposição ou nenhum dos dois. Assim se usarmos cortes de 10 mm e deslocarmos o 
paciente 10 mm, os cortes serão contíguos. Se cortarmos com 10 mm e deslocarmos 15 mm 
haverá intervalo de 05 mm entre os cortes. Se cortarmos com 05 mm e deslocarmos 03 mm 
teremos superposição. 
A rotina são os cortes contíguos, mas usamos intervalos nos longos exames de triagem 
de neoplasia, com estudo combinado de tórax e abdome, por exemplo. 
A superposição é usada quando precisamos de alto detalhe em reconstruções nos 
planos sagital ou coronal, por exemplo. Antes de iniciar os cortes, se faz uma radiografia 
digital, na qual se planeja o estudo. São traçadas linhas na topografia de cada corte, servindo 
estas como base. 
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Evolução da 4ª Geração (Às vezes erroneamente chamada de 5ª geração): 
Anteriormente o movimento do tubo de raios X era restrito por cabos de alta tensão 
fixados, e limitado a uma rotação de 360° em uma direção compreendendo um corte, 
seguida por outra rotação de 360° na direção oposta, criando um segundo corte com o 
paciente movendo um incremento entre os cortes (incremento de mesa). 
Os equipamentos eram obrigados, pelos cabos utilizados na transmissão de energia 
elétrica, a fazer um movimento de ida e voltar ao ponto de partida antes de fazer outro 
movimento de ida. 
O grande progresso que ocorreu entre a segunda e a terceira geração de tomografia foi 
a passagem do movimento linear para o giro de 360º. 
Agora, outro progresso importante ocorreu: a passagem do giro de 360º para o giro 
contínuo. 
Como vimos, anteriormente, na terceira geração houve o desenvolvimento de anéis de 
deslizamento para substituir os cabos de raios X de alta tensão. Permitindo a rotação 
contínua do tubo. 
 
Durante os primeiros anos da década de 1990, um novo tipo de scanner foi 
desenvolvido, chamado scanner de TC por volume. 
Com esse sistema, o paciente é movido de forma contínua através da abertura durante 
o movimento circular de 360° do tubo de raios X e dos detectores, criando um tipo de 
obtenção de dados helicoidal ou “em mola espiral”. 
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Dessa forma, um volume de tecido é examinado e dados são coletados, em vez de 
cortes individuais como em outros sistemas. (Helicoidal e espiral são termos específicos de 
fabricantes para scanners do tipo de volume.) 
Nesta técnica a ampola gira e emite RX ao mesmo tempo em que a mesa é deslocada, 
sendo a imagem obtida a partir de uma espiral ao invés de um círculo. Continuamos a 
fotografar uma fatia circular. O que ocorre é que o computador interpola parte da imagem de 
uma espiral com parte da seguinte, formando uma imagem como a do corte circular. 
Fator Pitch: 
Com a tomografia helicoidal é introduzido um novo parâmetro: o “Pitch” que é a razão 
entre o deslocamento da mesa pela espessura do corte (largura do colimador). 
Nas aquisições das imagens helicoidais com pitch de 1 (1:1), observamos que a mesa 
se desloca na mesma proporção da espessura do corte em cada revolução. 
Assim, se os cortes forem de 10 mm, para cada imagem a mesa de deslocará 10 mm. 
Se alterarmos a relação do pitch para 2:1, a mesa se deslocará numa distância 
equivalente ao dobro da espessura do corte por resolução. 
Nessas circunstâncias podemos concluir que o tempo necessário para a aquisição de 
20 imagens será de 10 segundos. 
 
 
Notas de aula adaptadas de outras fontes pelo Prof Paulo Roberto Prevedello - pauloprevedello@gmail.com Pag. 14 
O que muda então com a técnica espiral? 
Primeiro existe um ganho em velocidade. Segundo, existe um ganho ao se realizar uma 
série de cortes durante uma apnéia, pois, não havendo movimento respiratório a 
reconstrução é muito melhor. 
Imagine a reconstrução sagital ou coronal como uma pilha de moedas (os cortes axiais) 
que podemos “cortar” de cima para baixo. 
Na técnica helicoidal não existe desalinhamento entre os cortes, provocados pelas 
pausas respiratórias. Assim as reconstruções são muito melhores, em especial a dos vasos. 
 
Tecnologia Helicoidal Multislice ou multicorte 
Depois da introdução da tecnologia de tomografia espiral na prática clínica em 1998-
1999, as vantagens de ser capaz de varrer áreas maiores de anatomia em uma única apneia 
rapidamente se tornaram evidentes (Mori, 1989; Kalender et al.,1990). 
Entretanto, em razão da limitada largura de detector disponível nos aparelhos de TC 
helicoidal convencionais, tinha que ser usada uma espessura de corte de 5-10 mm, 
resultando em imagens reconstruídas multiplanares com resolução muito pior, em 
comparação com imagens axiais. 
A solução foi configurações de multidetectores consistindo em várias fileiras ao longo 
do eixo longitudinal do paciente, melhorando dramaticamente a resolução espacial com o 
benefício adicional de tempos mais curtos de varredura (Kopka et al,2002; Baum et al, 2000). 
Uma vez que o ângulo do cone de raios X é proporcional ao tamanho do detector, um 
aumento adicional na largura do detector foi durante muito tempo considerado quase 
impossível em decorrência das limitações de hardware e dos algoritmos de reconstrução. 
O scanner de TC de 320 fileiras de detectores (sistema de TC de volume dinâmico), 
introduzido para aplicação clínica em 2007, tem uma largura de detector de 16 cm, 
resultando em um ângulo de cone de 15,2°, contra um ângulo de 3,05° presente nos 
scanners de 64 fileiras de detectores. Isto oferece novas opções de estudo por imagens para 
uma variedade de órgãos. 
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Resumindo: 
Single Slice (SDCT): nome dado a tecnologia do arco-detector com apenas uma fileira 
de detectores, fazendo a aquisição de dados de apenas um corte por volta completa do tubo 
em volta do paciente. 
 
Multi Slice (MDCT): nome dado a tecnologia do arco detector com mais de uma fileira 
de detectores, fazendo a aquisição de dados de mais de um corte simultaneamente por volta 
completa do tubo em torno do paciente. 
 
Imagens: http://rle.dainf.ct.utfpr.edu.br 
 
Notas de aula adaptadas de outras fontes pelo Prof Paulo Roberto Prevedello - pauloprevedello@gmail.com Pag. 16 
5ª geração (Sistema de canhão de elétrons) 
Este modelo de tomógrafo é o mais moderno que existe e utiliza-se de um conceito 
diferente na geração de raios X. Conhecido como Electronic Beam Computed Tomography – 
EBCT (Tomografia Computadorizada por Canhão de Elétrons), este tipo de aparelho se 
destaca por não possuir tubo de raios X ou ampola. 
São capazes de obter imagens do coração praticamente sem movimento,pois 
conseguem adquirir imagens em 50 milissegundos minimizando assim artefatos de 
movimento, inerentes às imagens cardíacas. 
 
Imagens: http://rle.dainf.ct.utfpr.edu.br 
A geração do feixe de fótons é realizada ao ar livre, sem confinamento, a partir de um 
canhão de elétrons, que faz às vezes do cátodo. 
Os elétrons são acelerados pelo canhão e desviados por um conjunto de bobinas ao 
longo do trajeto em direção ao alvo. O alvo, ou o ânodo, a ser atingido é um dos vários anéis 
de tungstênio que circundam o paciente na metade inferior do equipamento (parte inferior da 
mesa). 
Quando os elétrons atingem o alvo com energia suficiente ocorre o fenômeno de 
geração de raios X pela transferência de energia dos elétrons para o átomo de tungstênio. 
Este fenômeno é idêntico àquele que ocorre dentro de uma ampola comum de raios X. 
Os anéis são desenhados para que as "pistas anódicas" neles contidas produzam um feixe 
de fótons com direção conhecida e precisa. 
A direção do feixe é a dos sensores de raios X, que estão posicionados diametralmente 
opostos aos anéis-alvo. 
No caminho entre os anéis e os sensores, o feixe de fótons interage com o paciente que 
está sobre a mesa. 
 
Notas de aula adaptadas de outras fontes pelo Prof Paulo Roberto Prevedello - pauloprevedello@gmail.com Pag. 17 
 
Imagens: Internet 
A – Canhão de elétrons: permite até 640 mA de potência de raios X. 
B – Feixe de elétrons: pode ser gerado com tempos da ordem de milissegundos (ms). 
C – Sistema de refrigeração: retira todo o calor gerado nos anéis, permitindo longos 
tempos de exames. 
D – Sistema de aquisição de dados: permite uma aquisição contínua de dados. 
E – Anéis alvos: construído de alvos múltiplos na forma de semi anéis, permitindo 
cortes simples e cortes múltiplos. 
F – Mesa de exames: com movimentos precisos e rápidos permitindo a varredura de 
volumes. 
Principais vantagens do aparelho de TC de quinta geração: 
A vantagem deste tipo de tecnologia está principalmente no fato de não existirem partes 
móveis, o que sempre é um fator de limitação na velocidade de geração de imagens nos 
tomógrafos giratórios. Todo o processo de geração do feixe de raios X é estacionário e está 
incorporado à arquitetura do aparelho. 
Além disso, há uma grande melhora na dissipação de calor gerado pela produção de 
raios X, já que a "pista anódica" possui área muito maior e fica um tempo muito menor 
recebendo o impacto dos elétrons acelerados. 
 
C300 EBT Imatron 
 
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EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO DO CONTEÚDO 
1. Qual a foi principal evolução tecnológica apresentada pela 4ª geração de scanners 
de TC? 
2. Com a tomografia helicoidal é introduzido um novo parâmetro: o “Pitch” defina-o: 
3. O que significa Single Slice (SDCT)? 
4. O que significa Multi Slice (MDCT)? 
5. Cite duas características dos equipamentos de 5ª geração que os diferenciam tanto 
dos anteriores: 
6. Cite duas vantagens apresentadas pelos scanners de 5ª geração: 
RESPOSTAS 
1. 
– A principal evolução tecnológica apresentada pela 4ª geração de scanners de TC foi a 
aquisição de dados em forma helicoidal ou em espiral obtida através do movimento continuo 
da mesa durante a emissão da radiação, com isto temos o exame em volumes. 
2. 
– O “Pitch” é a razão entre o deslocamento da mesa pela espessura do corte (largura 
do colimador). 
 
3. 
– Single Slice (SDCT) é o nome dado a tecnologia do arco-detector com apenas uma 
fileira de detectores. 
 
4. 
– Multi Slice (MDCT) é o nome dado a tecnologia do arco detector com mais de uma 
fileira de detectores. 
5. 
– As duas principais características dos equipamentos de 5ª geração que os 
diferenciam tanto dos anteriores é o fato de não possuir partes móveis em sua arquitetura e 
dispensar o uso de tubos na produção dos raios X. 
6. 
– Maior rapidez na obtenção das imagens consequência de não possuir partes móveis. 
– Melhor dissipação do calor gerado pela produção de raios X, já que a "pista anódica" 
possui área muito maior. 
 
 
 
 
 
 
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TOMÓGRAFOS MÓVEIS OU TRANSPORTÁVEIS 
A Philips comercializa desde 1998 o Tomoscan M, um tomógrafo móvel, dividido em 
três partes: Gantry, mesa de acomodação do paciente e console de comando, todas 
construídas sobre rodas, o que permite o seu transporte para qualquer dependência do 
hospital ou clínica. 
O Gantry pesa 450 Kg, a mesa de acomodação do paciente pesa 135 Kg. E suas 
dimensões permitem passar por portas de 90 cm de largura, podendo ser transportado em 
elevadores. 
Possui um sistema elétrico que funciona com 04 baterias recarregáveis em uma tomada 
de 220 V. 
O Tomoscan M fornece imagens que auxiliam no transoperatório, sendo muito 
usado em ressecções de tumores cerebrais, ou em procedimentos de hemodinâmica. 
 
Paciente operado sobre a mesa do tomógrafo em Viena, 
 
Baterias sendo carregadas e paciente sendo atendido no apartamento. 
 
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Pronto atendimento do Centro Médico da Universidade de Maryland (EUA) 
 A empresa NeuroLógica lançou no mercado em 2011 o BodyTom, um tomógrafo móvel 
multislice de 32 canais ou fileiras de detectores, com abertura de gantry de 85 cm. 
Também dividido em três partes construídas sobre rodas e alimentado com baterias 
recarregáveis com autonomia de até 12 horas. 
 
 
 
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SUBSISTEMAS DOS APARELHOS DE TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA 
Um aparelho de tomografia computadorizada pode ser subdividido em quatro 
subsistemas principais: 
I – O subsistema eletroeletrônico 
II – O subsistema mecânico 
III – O subsistema gerador de raios X 
IV – O subsistema de informática 
Subsistema eletroeletrônico 
Composto pelo bloco de alimentação do aparelho e dispositivos de controle de 
movimentação, como os motores da mesa, do Gantry, do arco detector, os detectores, as 
fontes de alimentação etc. 
Subsistema mecânico 
Composto pela estrutura externa do aparelho, os dispositivos pneumáticos, as 
engrenagens de movimentações, os dispositivos de troca de calor etc. 
Subsistema gerador de raios X 
É responsável pela geração do feixe de raios X, com tubo de raios X específico de alta 
potência, com sistema de refrigeração específico. 
 
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Subsistema de informática 
Responsável pelo controle automático do processo, a aquisição dos dados, a geração e 
armazenamento e impressão das imagens. 
Estes subsistemas estão distribuídos nas diversos componentes que compõem o 
aparelho e são instalados em três módulos separados: 
 
 
 
Design de dois equipamentos de TC (CT Gantries) em 1975 e 2005 (Philips Medical). 
 
 
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O Gantry 
Trata-se da estrutura principal do equipamento de tomografia, pois em seu interior 
encontram-se instalados: o tubo gerador do feixe de raios X, os detectores de radiação 
responsáveis pela captação da radiação que ultrapassa o objeto, os colimadores de feixe, 
conversores analógico digitais, fontes e componentes mecânicos necessários para as 
movimentações de varredura que possibilitam a aquisição de dados. 
 
Na parte externa, localizam-se os comandos para movimentar a mesa e inclinar o 
próprio gantry em aplicações específicas, além do sistema laser para orientar o correto 
posicionamento do paciente em relação ao isocentro do equipamento no plano x-y (axial), 
plano x-z (coronal) e plano y-z (sagital). 
 
 
Imagem:http://rle.dainf.ct.utfpr.edu.br/ 
 
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O Gantry possui uma abertura circular que vara de 60 cm a 85 cm na qual o paciente, 
após devidamente acomodado na mesa, é introduzido e posicionado em relação à linha de 
passagem do feixe de raios X emitido pelo tubo. 
 
Existe ainda um sistema de megafonia que permite ao operador da aquisição de 
imagens, instruir o paciente durante o exame e ou comunicar-se com ele, se necessário. 
 
85 cm 
 
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EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO DO CONTEÚDO 
1. Qual a principal vantagem de um tomógrafo móvel ou transportável? 
2. Em que ano foi lançado o primeiro TC móvel? 
3. Quais são os quatro subsistemas principais de um TC? 
4. Estes subsistemas estão distribuídos nas diversos componentes que compõem o 
aparelho e são instalados em três módulos, quais são estes módulos? 
5. Qual é a estrutura principal do equipamento de tomografia, que contem em seu 
interior instalado: o tubo gerador do feixe de raios X, os detectores de radiação 
responsáveis pela captação da radiação que ultrapassa o objeto, os colimadores de feixe, 
conversores analógico digitais, fontes e componentes mecânicos necessários para as 
movimentações de varredura que possibilitam a aquisição de dados? 
RESPOSTAS 
1. 
– A principal vantagem de um tomógrafo móvel ou transportável é a possibilidade de 
realizarmos a tomografia no transoperatório, em pronto atendimento trauma ortopédico e no 
próprio apartamento do paciente. 
2. 
– O primeiro TC móvel foi comercializado em 1998 pela Philips, o Tomoscam M. 
3. 
I – O subsistema eletroeletrônico 
II – O subsistema mecânico 
III – O subsistema gerador de raios X 
IV – O subsistema de informática 
 
4. 
– O Gantry 
– A mesa de acomodação do paciente 
– A sala ou console de comando 
5. 
– A estrutura principal do equipamento de tomografia é o Gantry ou portal. 
 
 
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GERADORES OU TRANSFORMADORES 
Os primeiros equipamentos de tomografia operavam com geradores trifásicos de baixa 
frequência (60 Hz) que se conectavam ao tubo de raios X por meio de longos cabos de alta 
tensão (Figura a). Esses cabos impediam que o tubo girasse continuamente. (sistemas não 
helicoidais). 
Os circuitos atuais são de alta frequência (3000 Hz) e funcionam transformando a baixa 
tensão de entrada da rede elétrica em alta tensão que alimenta o tubo de raios X para 
produção da radiação. Por serem pequenos, todos os circuitos que compõem o gerador 
ficam dentro do gantry e giram ao redor do paciente (Figura b). Nestes geradores, aplica-se 
a tecnologia dos anéis deslizantes (slip rings) que permitem a rotação contínua do tubo. 
 
O tubo gerador do feixe de raios X 
O funcionamento de um tubo de raios X utilizado na tomografia computadorizada segue 
os mesmos princípios de um tubo da radiologia convencional (figura abaixo). Ele é 
composto pelo catodo e anodo inseridos em um invólucro de vidro a vácuo. 
 
Imagens: http://www.canalciencia.ibict.br/ 
Devido às necessidades da tomografia helicoidal e de multidetectores, que permitem a 
aquisição de imagem de grandes extensões do corpo de forma contínua por tempos de até 
60 s de irradiação com altas correntes, estes tubos necessitam de uma 
Os tubos dos aparelhos de raios X permanecem estáticos durante a geração do feixe, já 
nos aparelhos de TC o tubo está em movimento circular no interior do Gantry durante seu 
funcionamento. 
http://rle.dainf.ct.utfpr.edu.br/hipermidia/index.php/radiologia-convencional/tecnologia-e-funcionamento-dos-equipamentosrx/geradores#tipos-de-geradores
http://rle.dainf.ct.utfpr.edu.br/hipermidia/index.php/radiologia-convencional/tecnologia-e-funcionamento-dos-equipamentosrx/tubo-de-raios-x
 
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Os tubos convencionais de vidro (borosilicatados), que garantiam o bom isolamento 
térmico e elétrico, deram lugar a tubos com revestimento metálicos e isolantes cerâmicos 
entre o anodo e catodo. 
Com isso, anodos mais espessos e maiores - diâmetro de 200 mm comparados aos 
120 mm dos anodos convencionais - foram construídos, melhorando a relação de troca de 
calor. 
Outra inovação foi a utilização de novos materiais para o anodo, a antiga composição 
possuía um base de titânio, zircônio e molibdênio, com uma pista de ponto focal contendo 
10% de rênio e 90% de tungstênio. 
Porém, todo este conjunto era muito pesado e foi substituído por uma base de grafite, 
que tem uma capacidade dez vezes maior que o tungstênio para dissipar o calor e por ser 
mais leve, pode ser utilizado na tomografia helicoidal, a pista do ponto focal permaneceu a 
mesma. 
Por trabalharem continuamente por um tempo muito maior, os tubos de raios X dos 
aparelhos de TC geram e acumulam muito mais calor, necessitando de um sistema de 
refrigeração bem desenvolvido que utiliza líquido refrigerante com circulação forçada, além 
de um sistema de radiador para a transferência do calor retirado pelo líquido refrigerante do 
tubo para o meio externo. 
Os tubos de raios X para TC apresentam anodos giratórios com rotação acima de 
10.000 RPM para auxiliar na dissipação de calor. 
Em virtude do aumento da velocidade de circulação do tubo no interior do gantry, 
visando diminuir o tempo de aquisição de dados, ouve necessidade de aumentar a 
intensidade do feixe de raios X, tendo como consequência um aumento na potência dos 
tubos. Este aumento de potência implica uma geração de maior número de fótons X por 
unidade de tempo, ou seja, um aumento no fluxo de fótons e, para que isso ocorresse, foi 
preciso aumentar a quantidade de elétrons que atinge o anodo giratório em um mesmo 
período de tempo. 
Enfim o aumento de potência implica numa maior geração de calor no prato do anodo, 
tornando-se necessário um sistema de troca de calor mais eficiente. 
 
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A capacidade térmica de um tubo de raios X para tomografia é da ordem de 08 MHU 
(Mega Heat Units, Mega unidades de calor) e a taxa de dissipação é de 1 MHU/min. 
Mega (M) é um prefixo do Sistema internacional de unidades que indica que a unidade 
padrão foi multiplicada por um milhão. 
A vida útil de um tubo com essa tecnologia pode variar de 10 mil a 40 mil horas, 
dependendo dos cuidados com sua utilização, enquanto os tubos convencionais duram 
aproximadamente mil horas. 
Tubos Picker: 
 
Tubos General Eletric (GE) 
 
Tubos Philips 
 
Tubo Shimadzu 
 
Tubo Siemens 
 
http://pt.wikipedia.org/wiki/Sistema_internacional_de_unidades
 
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EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO DO CONTEÚDO 
1. Cite três características dos circuitos geradores de energia para os novos aparelhos de TC: 
2. Devido às necessidades da tomografia helicoidal e de multidetectores, que permitem a 
aquisição de imagem de grandes extensões do corpo de forma contínua por tempos de até 60 s de 
irradiação com altas correntes, qual deve ser a principal qualidade de um tubo gerador de raios X 
de um TC? 
3. Diferencie os tubos de raios X utilizados nos aparelhos de TC em relação àqueles utilizados 
em aparelhos convencionais de raios X: 
4. Caracterize o sistema de refrigeração dos tubos de aparelhos de TC: 
5. Quais as consequências técnicas a serem consideradas em virtude do tubo de um aparelho 
de TC girar em torno do paciente num movimento contínuo e rápido? 
RESPOSTAS 
1. 
– Os circuitos atuais são de alta frequência (3000 Hz) e funcionam transformando a baixatensão de entrada da rede elétrica em alta tensão que alimenta o tubo de raios X. 
– Por serem pequenos, todos os circuitos que compõem o gerador ficam dentro do gantry e 
giram ao redor do paciente. 
– Nestes geradores, aplica-se a tecnologia dos anéis deslizantes (slip rings) que permitem a 
rotação contínua do tubo. 
2. 
– Possuir uma capacidade térmica maior, tanto no armazenamento, quanto na dispersão do 
calor produzido no processo de geração dos raios X. 
3. 
– Os tubos dos aparelhos de raios X permanecem estáticos durante a geração do feixe, já nos 
aparelhos de TC o tubo está em movimento circular no interior do Gantry durante seu funcionamento. 
– Os anodos dos aparelhos de TC são mais espessos e maiores - diâmetro de 200 mm 
comparados aos 120 mm dos anodos convencionais. 
– Os aparelhos convencionais possuem uma base de titânio, zircônio e molibdênio, com uma 
pista de ponto focal contendo 10% de rênio e 90% de tungstênio, já os tubos dos aparelhos de TC 
tem uma base de grafite. 
 
4. 
– O sistema de refrigeração dos tubos dos aparelhos de TC utiliza líquido refrigerante com 
circulação forçada, além de um sistema de radiador para a transferência do calor retirado pelo líquido 
refrigerante do tubo para o meio externo. 
5. 
– Em virtude do aumento da velocidade de circulação do tubo no interior do gantry, visando 
diminuir o tempo de aquisição de dados, ouve necessidade de aumentar a intensidade do feixe de 
raios X, tendo como consequência um aumento na potência dos tubos. Este aumento de potência 
implica uma geração de maior número de fótons X por unidade de tempo, ou seja, um aumento no 
fluxo de fótons e, para que isso ocorresse, foi preciso aumentar a quantidade de elétrons que atinge o 
anodo giratório em um mesmo período de tempo, aumentando a produção de calor. 
 
Notas de aula adaptadas de outras fontes pelo Prof Paulo Roberto Prevedello - pauloprevedello@gmail.com Pag. 30 
FILTROS 
Assim como em radiologia convencional, o feixe de raios X na tomografia é 
policromático ou poli energético, isto é, a radiação emitida pelo tubo é composta por fótons 
(pacotes de energias) de várias energias. 
O significado disto é o seguinte: considere um sistema que tenha sido acionado com 
120 kV de tensão, isto produzirá fótons com energias entre 0 e 120 keV em uma distribuição 
contínua da radiação (radiação de freamento - bremsstralung). 
Para garantir que as imagens sejam reconstruídas de forma adequada, é necessário 
“uniformizar” os fótons provenientes do feixe e que interceptarão o paciente e depois 
atingirão os detectores para formação da imagem. 
Assim, os fabricantes utilizam um filtro com formato geométrico semelhante a uma 
gravata borboleta (bow tie filter) posicionado entre o tubo e o paciente. A geometria deste 
filtro consiste em ser mais espesso nas extremidades que na região central para poder 
compensar o formato elíptico o corpo humano. 
 
Imagem: http://rle.dainf.ct.utfpr.edu.br/ 
Com isso, as regiões centrais do corpo, que são mais espessas, recebem uma 
quantidade maior de radiação que as regiões periféricas (mais finas) e o fluxo de radiação 
que atingirá os detectores será mais uniforme. 
Como os filtros alteram os fótons que compõem o feixe de radiação X, um dos 
resultados observados é tornar este feixe mais penetrante, isto é, capaz de atravessar 
espessuras maiores ou com de maior densidade do corpo do paciente. O termo adotado para 
este efeito é endurecimento do feixe. 
Cabe lembrar que isto favorece o paciente, pois reduz a dose de radiação eliminando 
os fótons de baixa energia que seriam absorvidos por ele antes de atingir os detectores. 
 Porém, verificou-se nas primeiras gerações de equipamentos, que estes filtros 
causavam artefatos provenientes do endurecimento do feixe, ou seja, o sistema detector não 
conseguia responder adequadamente a esse efeito na varredura de objetos circulares. 
 
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Atualmente, os equipamentos de tomografia possuem recursos em seus softwares de 
reconstrução das imagens que minimizam tal artefato. 
COLIMADORES 
Devido à característica de propagação difusa do feixe de raios X e à necessidade de 
utilizar um feixe de espessura muito delgada é que existem dois sistemas de colimação do 
feixe: 
Pré-paciente ou pré-colimador, fica posicionado entre o tubo de raios X e o paciente e 
define a espessura do feixe emitido pelo tubo de raios X, tem a mesma função do colimador 
da radiologia convencional, ou seja, reduzir a dose no paciente e melhorar a qualidade da 
imagem. 
Pós-paciente, pós-colimador ou pré-detector, fica posicionado entre o paciente e os 
detectores, com a finalidade de minimizar a radiação espalhada pelo paciente permitindo que 
o feixe primário que ultrapassa o paciente atinja os detectores. Desta maneira grande parte 
da radiação secundária é impedida de atingir os detectores, minimizando ruídos e 
melhorando a qualidade da imagem. 
 
A abertura do Gantry 
O tamanho da abertura do gantry influencia significativamente as características do tubo 
de raios X. Quanto maior a abertura do gantry, maior a distância entre o foco do feixe de 
raios X e os arcos detectores. 
 
Imagem: Mourão, Arnaldo Prata, Tomografia Computadorizada, SP, Ed Difusão, 2007. 
 
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Como a quantidade de radiação que deve chegar aos detectores, para ser convertida 
em informação, deve ser a mesma, independente da distância entre o foco do feixe e o arco 
de detectores, e como a densidade de fótons do feixe diminui com a distância do foco de 
forma quadrática, os feixes para gantry com maiores aberturas requerem a geração de feixes 
de raios X mais intensos. 
 
Um feixe que apresente maior intensidade implica um tubo gerador de raios X que 
demanda maior potência elétrica da rede de alimentação. Consequentemente, este tubo gera 
uma maior quantidade de calor no prato do anodo durante o processo de geração do feixe de 
raios X. 
Esta maior quantidade de calor implicará a utilização de um sistema de refrigeração 
mais eficiente para que o processo ocorra sem superaquecimento. 
Outro fator importante é que, se o feixe de raios X inicial é mais intenso, depositará 
maior quantidade de energia no paciente. 
 
Imagens: Siemens 
 
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EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO DO CONTEÚDO 
1. Como é feita a “uniformização” dos fótons provenientes do feixe e que interceptarão 
o paciente e depois atingirão os detectores para formação da imagem? 
2. Qual a principal vantagem deste formato do filtro em forma de borboleta? 
3. Por que os aparelhos de TC usam dois colimadores? 
4. Quais são estes dois colimadores? 
5. Por que o gantry de abertura maior demanda um tubo de raios X de maior 
potência? 
RESPOSTAS 
1. 
– A “uniformização” dos fótons provenientes do feixe e que interceptarão o paciente e 
depois atingirão os detectores para formação da imagem é feita com o uso de filtros no 
formato de borboleta. 
2. 
– Por ser mais espesso nas extremidades que na região central o filtro compensa o 
formato elíptico o corpo humano, permitindo que as regiões centrais do corpo, que são mais 
espessas, recebem uma quantidade maior de radiação que as regiões periféricas (mais 
finas). 
3. 
– Os aparelhos de TC usam dois colimadores devido a característica de propagação 
difusa do feixe de raios X e à necessidade de utilizar um feixe de espessura muito delgada. 
 
4. 
– Pré-paciente ou pré-colimador, fica posicionado entre o tubo de raios X e o paciente 
e define a espessura do feixe emitido pelo tubo de raios X. 
– Pós-paciente, pós-colimador ou pré-detector, fica posicionado entre o paciente e 
os detectores, com a finalidade de minimizara radiação espalhada pelo paciente. 
5. 
– Por que a densidade de fótons do feixe diminui com a distância do foco de forma 
quadrática, desta forma quanto maior a abertura, maior a distância foco detector, e maior 
deverá ser a potência para compensar esta diminuição de densidade do feixe. 
 
 
 
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DETECTORES 
Após interagir com o paciente, os fótons de radiação sensibilizarão os detectores no 
equipamento de tomografia e serão quantificados e processados por um sistema eletrônico 
associado a estes detectores. Queremos apresentar algumas características importantes dos 
detectores e descrever alguns tipos utilizados em tomografia computadorizada. Para isso, 
começaremos falando algumas destas características intrínsecas: 
- Estabilidade: é a constância ou consistência com a qual um detector responde. Nos 
processos de interação da radiação com os detectores, serão necessárias calibrações 
frequentemente se não houver estabilidade do sistema; 
- Eficiência: é a capacidade que um sistema detector tem para capturar, absorver e 
converter os fótons de raios X em sinais elétricos; 
- Faixa dinâmica: descreve a razão entre o maior e o menor sinal capaz de ser medido 
pelo sistema detector, por exemplo, em tomografia esta razão é de 1 milhão para 1, o que 
significa que estes detectores são capazes de diferenciar sinais de 1 mA e de 1 nA; 
- Tempo de resposta: refere-se à rapidez com a qual o detector consegue diferenciar 
dois eventos (duas interações) da radiação de forma distinta, isto é perceber uma interação, 
quantificá-la e se recuperar para um novo processo. Esses tempos são necessariamente 
muito curtos (milissegundos) para evitar problemas de emissão pós-luminescência e 
empilhamento. 
São dois os tipos de detectores associados aos equipamentos de tomografia 
computadorizada: detectores a gás e detectores cintiladores. O primeiro tipo foi utilizado na 
terceira geração dos equipamentos de tomografia, mas atualmente não são mais 
encontrados. 
Resumidamente, os detectores a gás convertem a radiação incidente diretamente em 
sinais elétricos, enquanto que os cintiladores convertem a radiação em luz e depois esta luz 
é convertida em sinal elétrico. 
 
Imagens: http://rle.dainf.ct.utfpr.edu.br/hipermidia/ 
http://rle.dainf.ct.utfpr.edu.br/hipermidia/images/fisicatomo/fig19-1.png
http://rle.dainf.ct.utfpr.edu.br/hipermidia/images/fisicatomo/fig19-1.png
 
Notas de aula adaptadas de outras fontes pelo Prof Paulo Roberto Prevedello - pauloprevedello@gmail.com Pag. 35 
Conhecendo um pouco mais sobre os tipos de detectores: 
 - Detectores a gás: 
Utilizados na 3a geração de equipamentos de tomografia, compostos por câmaras 
individuais, preenchidas com gás xenônio, altamente pressurizado (30 atmosferas). Sua 
configuração básica pode ser observada na figura, consistindo de câmaras de ionização 
separadas por finas placas de tungstênio, que funcionavam com placas coletoras dos íons 
gerados no processo de interação da radiação com os átomo de xenônio da cavidade. 
Uma tensão de polarização correta precisava ser aplicada ao conjunto detector para 
garantir que as placas coletassem os elétrons (e-) e íons positivos de xenônio (Xe+). 
 Geralmente, esta tensão era mantida em 500 V, de forma que se minimiza a 
possibilidade de recombinação destes pares de íons, garantido que a quantidade de 
ionização fosse linearmente proporcional à quantidade de energia absorvida pelos fótons de 
raios X. 
Uma das maneiras de se avaliar o desempenho de um detector é a verificação de 
quantos fótons de raios X incidentes são atenuados ou detectados pelo conjunto de 
detectores. Este parâmetro é chamado de Eficiência Quântica Detectável (do 
inglês: Detective Quantum Efficiency). 
Sob este aspecto, os detectores a gás apresentavam uma baixa eficiência devido à 
baixa densidade do gás xenônio - alguns fótons de raios X passavam pelo detector sem 
interagir com ele e, portanto, não eram contados. Assim, constatou-se que uma eficiência de 
apenas 50 % a 60 % neste tipo de detector, isto é, apenas metade dos fótons que atingiam o 
conjunto detector interagia por meio da ionização do gás no interior da cavidade. 
Funcionamento de um detector a gás ilustrando antes e depois da irradiação: 
 
Imagens: http://rle.dainf.ct.utfpr.edu.br/hipermidia/ 
http://rle.dainf.ct.utfpr.edu.br/hipermidia/images/fisicatomo/fig20.png
http://rle.dainf.ct.utfpr.edu.br/hipermidia/images/fisicatomo/fig20.png
 
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 - Detectores cintiladores: 
A configuração de um sistema deste tipo consiste em um material cintilador como o 
tungstato de cádmio (CdWO4) coberto por um material refletor e acoplado a fotodiodos. 
Ao atingirem o material cintilador, os fótons de raios X são convertidos em fótons de luz 
por meio de interações fotoelétricas e podem ocorrer dois fenômenos que precisam ser 
entendidos: emissão primária (devido ao decaimento intrínseco do emissor) e a emissão pós-
luminescência, o segundo processo compete com a cintilação e diminui a eficiência de 
detecção. 
Assim, ao longo do desenvolvimento dos equipamentos de tomografia, vários materiais 
foram estudados com a finalidade de se encontrar um tipo de cintilador em que tais efeitos 
não fossem significativos e atendessem propriedades relacionadas à qualidade de imagem 
que serão explicadas posteriormente. 
Outro item importante no processo de detecção deste sistema é o material refletor. Seu 
papel é o de direcionar os fótons de luz, que foram gerados em todas as direções na 
interação da radiação com o material cintilador, para o fotodiodo, porém, como ocorrerão 
várias reflexões e absorções no cintilador, apenas uma parte destes fótons de luz será 
utilizada na produção dos sinais elétricos. 
Analisando a Eficiência Quântica Detectável (do inglês: detective quantum efficiency - 
DQE) dos detectores cintiladores encontram-se níveis entre 98 % e 99,5 %. 
Funcionamento de um detector cintilador: 
 
Imagem: http://rle.dainf.ct.utfpr.edu.br/hipermidia/ 
http://rle.dainf.ct.utfpr.edu.br/hipermidia/images/fisicatomo/fig21.png
http://rle.dainf.ct.utfpr.edu.br/hipermidia/images/fisicatomo/fig21.png
 
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Para facilitar a compreensão relativa à eficiência destes tipos de detectores, veja a 
figura que ilustra a diferença de Eficiência Quântica Detectável entre ambos. 
Vamos dizer que temos 10 fótons de radiação incidindo sobre ambos os tipos de 
detectores. Na figura a, o detector do tipo cintilador será capaz de detectar, pelo menos, 90 
% dos fótons incidentes e na figura b, o detector a gás apresentará uma eficiência de 
detecção de apenas 50%. 
Comparação da eficiência de detecção entre detectores cintiladores e detectores a gás: 
 
Resumindo: 
Os detectores de radiação são responsáveis pela captação da radiação que ultrapassa 
o objeto, transformando esta informação em sinal elétrico que, após digitalizado, pode ser 
reconhecido pelo computador. 
São de dois tipos: os detectores de câmara de ionização que utilizam gás inerte 
pressurizado, como o xenônio, e os detectores de estado sólido. 
 
Imagem: http://www.foroswebgratis.com/tema-casos_de_tomografia_computarizada. 
Armação metálica que 
Contém as fileiras de detectores 
http://rle.dainf.ct.utfpr.edu.br/hipermidia/images/fisicatomo/fig22.png
http://rle.dainf.ct.utfpr.edu.br/hipermidia/images/fisicatomo/fig22.png
 
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EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO DO CONTEÚDO 
1. Qual é a função dos detectores em um aparelho de TC? 
2. Quais os tipos de detectores utilizados em TC? 
3. Caracterizeos detectores á gás ou de câmara de ionização: 
4. Caracterize os detectores sólidos ou cintiladores? 
5. Qual a principal diferença na forma de captar a interação da radiação com a matéria 
entre os dois tipos de detectores? 
 
RESPOSTAS 
1. 
– A função dos detectores em um aparelho de TC é a de captar a radiação que 
ultrapassa o objeto, transformando essa informação em um sinal elétrico que 
será digitalizado e reconhecido pelo computador. 
2. 
– São dois os tipos de detectores utilizados em TC: os detectores de câmara de 
ionização ou a gás e os detectores de estado sólido ou cintiladores. 
3. 
– Utilizados na 3a geração de equipamentos de tomografia, compostos por câmaras 
individuais, preenchidas com gás xenônio, altamente pressurizado (30 atmosferas). A 
radiação que atinge o gás gera sua ionização, esta ionização gera um pulso de corrente 
captado pelos detectores. Não se usa mais atualmente este tipo de detector. 
 
4. 
– Os detectores de estado sólido ou cintiladores são construídos em um conjunto 
cintilador-detector. Ao atingirem o material cintilador, os fótons de raios X são convertidos em 
fótons de luz por meio de interações fotoelétricas estes fótons de luz serão captados pelos 
detectores. 
5. 
– A principal diferença entre os dois tipos é que os detectores a gás convertem a 
radiação incidente diretamente em sinais elétricos, enquanto que os cintiladores convertem 
a radiação em luz e depois esta luz é convertida em sinal elétrico. 
 
 
 
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CONTROLE AUTOMÁTICO DE EXPOSIÇÃO: 
Pensando em prover maneiras de diminuir a dose de radiação nos exames de 
tomografia, os fabricantes desenvolveram um sistema capaz de ajustar o valor da corrente 
(mA) dependendo do: 
 
Imagem: http://rle.dainf.ct.utfpr.edu.br/hipermidia/ 
Tamanho do paciente: 
Para se garantir uma boa qualidade de imagem, é esperado que uma quantidade 
suficiente de fótons chegue ao sistema detector. 
Tal quantidade depende das interações dos fótons com o paciente. Portanto, 
espessuras maiores atenuam mais fótons que espessuras menores e assim, uma menor 
quantidade de fótons chegam ao detector. 
Com este conceito podemos concluir que um paciente pequeno pode ser irradiado com 
uma corrente menor que um paciente grande, consequentemente reduzindo a dose nestes 
pacientes. 
 
Imagem: http://rle.dainf.ct.utfpr.edu.br/hipermidia/ 
http://rle.dainf.ct.utfpr.edu.br/hipermidia/images/fisicatomo/aec2.png
http://rle.dainf.ct.utfpr.edu.br/hipermidia/images/fisicatomo/aec2.png
http://rle.dainf.ct.utfpr.edu.br/hipermidia/images/fisicatomo/fig23.png
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Tipo de material (tecido): 
Outro conceito diz respeito à densidade do material (tecido) que está sendo irradiado. 
 Sabemos que o ar dentro dos pulmões é menos denso que os ossos, produzindo as 
imagens escuras (pouco atenuadas pelo ar) e as imagens claras (muito atenuadas nos 
ossos), respectivamente. 
Por meio do topograma (scout), o equipamento de tomografia registra a posição de 
cada região anatômica sob estudo associada à posição da mesa (eixo z), considerando os 
níveis de atenuação em cada uma delas. 
Durante a realização da aquisição das imagens para o exame, o equipamento diminui o 
valor da corrente de irradiação quando passa por regiões de menor atenuação e, 
consequentemente, aumenta a corrente quando se trata de tecidos mais densos. 
 
Ângulo de irradiação: 
Há ainda uma terceira maneira de se controlar as alterações da corrente de irradiação. 
Também utilizando o topograma, agora com duas direções de aquisição, uma 
anteroposterior (AP) e outra lateral (LAT), verifica-se a espessura do paciente em cada 
ângulo de irradiação. 
Quando o conjunto fonte-detector está na posição 0o, o equipamento irradia com menor 
corrente, pois os fótons precisam atravessar uma espessura menor daquele paciente, já 
quando está na posição 90o irradia com uma corrente maior, devido a maior espessura do 
paciente. 
 
Imagem: http://rle.dainf.ct.utfpr.edu.br/hipermidia/ 
http://rle.dainf.ct.utfpr.edu.br/hipermidia/images/fisicatomo/fig24.png
http://rle.dainf.ct.utfpr.edu.br/hipermidia/images/fisicatomo/fig24.png
http://rle.dainf.ct.utfpr.edu.br/hipermidia/images/fisicatomo/fig25-1.png
 
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A MESA DE ACOMODAÇÃO DO PACIENTE 
A mesa de exames de um tomógrafo é o local onde há o posicionamento do paciente 
de maneira correta para garantir uma captação de dados eficiente em relação à área 
desejada. 
 
A mesa deve ser constituída de material resistente e rígido. A resistência está 
relacionada à capacidade em suportar o peso do paciente. Os modelos mais modernos 
apresentam uma tolerância de até 320 kg. 
Esse limite deve sempre ser respeitado a fim de evitar a ocorrência de acidentes. 
 
 
Já a rigidez está relacionada ao fato da mesa apresentar a capacidade de não flexionar 
com a movimentação no gantry. 
A mesa tem a capacidade de movimentação em relação ao gantry, ou seja, é um 
dispositivo regulável tanto em altura quanto em profundidade. A movimentação da mesa é 
controlada pelo comando na parte frontal do gantry. 
 
 
 
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Outra característica que o material da mesa deve ter é a baixa capacidade de atenuar o 
feixe de raios x. Dessa forma, não haverá distorção na reconstrução da imagem. 
A mesa não é escaneada em toda a sua extensão. Diante disso, o paciente deve ser 
posicionado de forma a facilitar a análise da região do corpo desejada. 
Por exemplo, caso o paciente necessita de uma tomografia nas regiões superiores do 
corpo, ele deve ser posicionado com a cabeça voltada para o gantry (head first), caso seja 
uma tomografia das regiões inferiores, o posicionamento deve ser inverso (feet first). 
 
 
A mesa permite a utilização de acessórios específicos e próprios para aumentar o 
conforto do paciente no momento do exame. 
 
 
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EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO DO CONTEÚDO 
1. Para realizar o controle automático de exposição e diminuir a dose recebida pelos 
pacientes, quais foram os três critérios analisados? 
2. Cite três características importantes da mesa de acomodação do paciente: 
3. Qual a tolerância de carga máxima (peso do paciente) das mesas atuais? 
4. A mesa é escaneada em toda a sua extensão? 
5. Se a mesa não é escaneada em toda a sua extensão, qual dever ser o 
procedimento adotado pelo tecnólogo na execução do exame? 
 
RESPOSTAS 
1. 
– O tamanho do paciente, o tipo de material irradiado e o ângulo de irradiação. 
2. 
– A mesa deve ser constituída de material resistente e rígido. 
– Deve ser rígida o suficiente para não flexionar durante sua movimentação no Gantry. 
– Deve possuir um coeficiente de atenuação da radiação baixo, para não interferir no 
exame. 
3. 
– Os modelos de tomógrafos mais modernos apresentam uma tolerância de até 320 kg. 
 
4. 
– Não. 
5. 
– Posicionar o paciente de forma a facilitar a análise da região do corpo desejada. Por 
exemplo, caso o paciente necessita de uma tomografia nas regiões superiores do corpo, ele 
deve ser posicionado com a cabeça voltada para o gantry (head first), caso seja uma 
tomografia das regiões inferiores, o posicionamento deve ser inverso (feet first). 
 
 
 
 
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A SALA OU CONSOLE DE COMANDO 
O console de comando é o centro operacional do sistema. Atravésdele se monitoriza o 
exame. 
A mesa de comando está constituída de dois monitores de 20 polegadas. 
 
Um teclado alfa numérico com funções específicas para “start” dos “scans”. Dispositivos 
para movimentos da mesa de exames e de comunicação com o paciente. 
 
Um dos monitores é responsável pela coleta dos dados do paciente e pelas funções de 
aquisição das imagens. 
Neste monitor podemos acessar os protocolos dos exames previamente gravados 
através do mouse junto ao teclado (espessura do corte, tempo, incremento da mesa e 
numero de cortes tomográficos por exame, entre outros). 
 
Notas de aula adaptadas de outras fontes pelo Prof Paulo Roberto Prevedello - pauloprevedello@gmail.com Pag. 45 
No decorrer do exame é possível acessar a pagina do planejamento onde, entre muitas 
funções, se permite alterar qualquer parâmetro de uma imagem que ainda não tenha sido 
adquirida ou, apenas observar tecnicamente as imagens que já foram realizadas. 
O segundo monitor está destinado basicamente à visualização dos estudos e ao pós-
processamento das imagens. A partir deste monitor se faz toda a documentação do exame. 
 
Após montado o filme com as imagens de interesse, um comando “print” é utilizado 
para a impressão do filme. 
 
Como o sistema utiliza raios X, a sala que abriga a unidade de varredura deve possuir 
adequada proteção radiológica. 
As unidades de controle e de processamento devem ser mantidas a 20°C, com 
umidade relativa em torno de 50 a 60 %. 
 
Imagens: http://saudebusiness365.com.br/noticias/detalhe/22324/hospital-santa-isabel-inaugura-centro-de-medicina-diagnostica 
Enquanto isto no Pronto Socorro: 
http://saudebusiness365.com.br/noticias/detalhe/22324/hospital-santa-isabel-inaugura-centro-de-medicina-diagnostica
 
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O SISTEMA COMPUTACIONAL 
O sistema computacional é responsável pela geração das imagens tomográficas a partir 
do processamento dos sinais enviados pelos detectores de radiação. 
 
Para isso possui software específico que contém algoritmos especiais capazes de obter 
a imagem digitalizada apresentada no vídeo a partir dos sinais enviados pelos detectores. 
Esta imagem é armazenada no computador, possibilitando sua manipulação posterior. 
O computador precisa de dois softwares altamente sofisticados, um para o sistema 
operacional e outro para aplicações. O sistema operacional (frequentemente baseado no 
Microsoft Windows) cuida do equipamento, responsável por toda a programação do 
equipamento que permite inclusive testes de calibração para o eficiente funcionamento do 
sistema. 
 
O programa aplicativo cuida da aquisição e processamento das imagens, permitindo 
definir parâmetros de alimentação do tubo, posições de planos de corte, distâncias entre os 
eixos de cortes, etc., ou seja, é através do computador que se faz todo o controle do sistema, 
geração de imagens e programação dos exames. 
 
Notas de aula adaptadas de outras fontes pelo Prof Paulo Roberto Prevedello - pauloprevedello@gmail.com Pag. 47 
A quantidade de dados a ser trabalhada para obtenção das imagens e grande, por isto, 
o sistema computacional dever possuir alta velocidade de processamento. E como as 
imagens médicas se apresentam em grandes pacotes, o sistema deve possuir uma elevada 
capacidade de memória para processamento e armazenagem. 
 
Para um corte com uma matriz de 512 x 512, o computador realiza simultaneamente 
262.144 cálculos matemáticos por corte. 
 
O Aquilion ONE obtém 640 cortes simultâneos em uma rotação de 0,275 segundo, 
abrangendo 16 centímetros em uma única rotação com fatias de 500 microns (0,5 mm). 
ALGORITMOS DE RECONSTRUÇÃO 
São algoritmos matemáticos que trabalham como espécies de filtros. Eles recebem, 
tratam e disponibilizam os dados adquiridos no processamento das imagens. 
Estes são otimizados para as diferentes partes do corpo e diferentes tipos de tecidos. 
A qualidade da imagem dos tecidos moles pode ser melhorada se um algoritmo 
adequado valorizar os dados para os tecidos menos radio absorventes. Podemos ter 
algoritmos específicos valorizando densidades ósseas, partes moles e tecidos intermediários. 
Permitem diminuir o tempo de reconstrução e reduzir o tamanho do arquivo de 
armazenagem da imagem e o tempo de transmissão para as estações de trabalho. 
 
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FILTROS DE IMAGEM 
São algoritmos matemáticos especiais utilizados para ressaltar algumas estruturas e 
facilitar o diagnóstico a partir de imagens destinadas a melhoria da região de maior interesse. 
O aumento do número de filtros, no entanto, promove um aumento no tempo total de 
reconstrução das imagens. 
Imagem original 
 
Filtro para ressaltar bordas 
 
Filtro de suavização 
 
 
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EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO DO CONTEÚDO 
1. Cite três componentes da sala de comando de um aparelho de TC? 
2. Quais as funções dos dois monitores? 
3. Qual é a temperatura e humidade a ser mantida na sala de comando? 
4. O que é um algoritmo matemático? 
5. O que é um algoritmo de reconstrução, usado em TC? 
 
RESPOSTAS 
1. 
– Dois monitores de 20 pol, 01 teclado com caracteres especiais para o start dos 
scanners, Um sistema de comunicação com o paciente. 
2. 
– Um dos monitores é responsável pela coleta dos dados do paciente e pelas funções 
de aquisição das imagens e o outro monitor está destinado basicamente à visualização dos 
estudos e ao pós-processamento das imagens. 
3. 
– As unidades de controle e de processamento devem ser mantidas a 20°C, com 
umidade relativa em torno de 50 a 60 %. 
4. 
– Um algoritmo é um procedimento computacional definido que recebe um ou mais 
valores (entrada) e produz um ou mais valores (saída). 
5. 
– São algoritmos matemáticos que trabalham como espécies de filtros. 
– Eles recebem, tratam e disponibilizam os dados adquiridos no processamento das 
imagens. 
 – Estes são otimizados para as diferentes partes do corpo 
 
 
 
 
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FORMAÇÃO DE IMAGENS EM TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA: 
Ocorre em 03 fases: 
Escaneamento, reconstrução e conversão analógico-digital. 
 
1. Escaneamento: 
O tubo de RX gira em torno do paciente e o feixe é atenuado de forma diferenciada 
pelas diferentes estruturas que compõem o corpo. 
Produz uma “fatia” (slice) da região que esta sendo examinada 
O que estamos medindo? 
A quantidade de RX que penetra no corpo ao longo dos diferentes ângulos de 
aquisição, e medida pelos detectores que interceptam o feixe apos tê-lo atravessado. 
Obtemos então uma media de coeficientes de atenuação dos tecidos atravessados pelo 
feixe de RX em cada fatia ou corte. 
Os detectores serão atingidos por uma quantidade também diferenciada de fótons, 
dependendo do quanto o feixe foi atenuado. 
Cada vez que são atingidos pelos fótons os detectores medem o logaritmo da 
intensidade do sinal analógico recebido e o coeficiente linear de atenuação. 
Este valor representa a soma de todos os coeficientes de atenuação dos voxeis 
atravessados pelo raio, completando uma projeção. 
Cada voxel e atravessado pelo feixe em diferentes direções, durante a rotação do tubo. 
O coeficiente de atenuação de cada voxel esta portanto representado em varias somas. 
 
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2. Reconstrução: 
A reconstrução de imagem de TC é um processo realizado por computador. Algoritmos 
matemáticos transformam os dados brutos em imagem numérica ou digital. 
Os sinais analógicos (fótons) serão lidos pelos detectores quetransmitem esse sinal 
ainda analógico para um conversor digital no sistema de computação. 
Os sinais digitalizados serão utilizados para gerar uma imagem digital que a seguir e 
reconvertida a imagem analógica, a imagem que o olho humano “entende” ou decodifica. 
3. Conversão analógico-digital: 
Os sinais analógicos gerados pela atenuação dos fótons pelo corpo exposto ao feixe de 
RX devem ser convertidos em dígitos do sistema binário (sinal digital) para serem lidos pelo 
sistema de computação. 
Uma nova fase de processamento e necessária para reconverter o “mapa” digital em 
imagem analógica, para que possa ser “lida” pelo olho humano. 
Os dados são convertidos através de um conversor digital-analógico (DAC), em uma 
voltagem que controla o feixe de elétrons do monitor, modulando o brilho da mancha de luz 
que aparece na tela do monitor. 
Cada nuance de brilho vai corresponder a um pixel que contem informações sobre os 
coeficientes de atenuação de cada voxel do objeto examinado. 
 
 
 
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EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO DO CONTEÚDO 
1. Quais são as três fases da formação de uma imagem de tomografia 
computadorizada? 
2. Descreva com suas palavras a fase de escaneamento: 
3. Descreva com suas palavras a fase de reconstrução: 
4. Descreva com suas palavras a fase de conversão analógico-digital 
RESPOSTAS 
1. 
– As três fases da formação de uma imagem de tomografia computadorizada são: 
Escaneamento, reconstrução e conversão analógico-digital. 
2. 
– Ao interagir com as estruturas anatômicas do paciente o feixe de radiação primário é 
atenuado, de acordo com os diferentes coeficientes de atenuação. A radiação que não é 
absorvida é quantificada pelos detectores através do numero de fótons que atravessam as 
estruturas, estes dados são então trabalhados matematicamente pelos algoritmos. 
3. 
– Após serem quantificados pelos detectores os algoritmos matemáticos transformam 
estes dados em um código binário passível de tratamento informático, organizando-os em 
uma matriz matemática com os valores de atenuação correspondentes as diversas estruturas 
e tecidos. Esta transformação é realizada por um conversor analógico-digital. 
4. 
– Esta fase se confunde com a fase de reconstrução, ou seja, não existe uma divisão de 
tempo entre as fases. A fase de conversão analógico-digital é a responsável pela conversão 
dos dados elétricos em código binário, passíveis de serem lidos pelo sistema de informática, 
mas esta matriz não pode ser lida pelo olho humano, é então necessário novamente 
converter estes códigos binários em uma imagem analógica visível ao olho humano. 
 
 
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CARACTERÍSTICAS DAS IMAGENS TOMOGRÁFICAS 
 Entre as características das imagens tomográficas destacam-se: 
A matriz, o pixel, o campo de visão (ou fov, “field of view”), o voxel, a escala de cinza e 
as janelas. 
A MATRIZ 
 
Por matriz, entendemos um arranjo de linhas e colunas. 
A imagem tomográfica é uma imagem matricial onde, o arranjo das linhas e colunas, 
formam os elementos de imagem denominados individualmente pixel, que é, por sua vez, a 
área resultante da intersecção das linhas com as colunas. 
Matriz é o número de linhas e colunas formadas pelos pixels da tela. Quanto maior o 
seu número, melhor a definição da imagem. 
A matriz utilizada na tomografia é definida como quadrada, logo o número de linhas 
será igual ao número de colunas, as matrizes mais comuns são: 
128 x 128 
256 x 256 
512 x 512 
1024 x 1024 
Nos tomógrafos atuais a matriz usual possui dimensões de 512 linhas x 512 colunas. 
O primeiro tomógrafo EMI possuía matriz de resolução 80 x 80. 
 
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O PIXEL 
O pixel é o menor ponto da imagem que pode ser obtido. Assim uma imagem é formada 
por inúmeros pixels. 
O conjunto de pixels está distribuído em colunas e linhas que formam a matriz. 
Ou em outras palavras a imagem digital é formada por pequenos pontos, ou pequenos 
quadrados com medidas laterais idênticas, largura (x) e altura (y) chamados de pixel. 
Quanto maior o número de pixels numa matriz melhor é a sua resolução espacial, o que 
permite uma melhor diferenciação entre as estruturas. 
 
FIELD OF VIEW (FOV) = CAMPO DE VISAO: 
Corresponde ao campo onde a estrutura a ser examinada vai estar contida. Por 
exemplo, para a cabeça precisamos de um campo de visão menor que para o tórax. 
Se quisermos estudar a sela túrcica, poderemos reduzir o campo de 20 cm utilizado 
habitualmente para o crânio, para 16 cm, por exemplo. 
O campo de visão (FOV) representa o tamanho máximo do objeto em estudo que 
ocupa a matriz. 
A relação entre o campo de visão (FOV) e pela matriz nos dará a dimensão 
representativa do pixel. 
Por exemplo, numa matriz de 512 pixels em colunas e 512 pixels em linhas, se o campo 
de visão for de 12 cm, cada pixel vai representar cerca de 0,023 cm (12 cm/512). 
Assim para o estudo de estruturas delicadas como o ouvido interno o campo de visão é 
pequeno, como visto acima enquanto para o estudo do abdômen o campo de visão é maior, 
50 cm. Se a matriz de 512 x 512, então o tamanho da região que cada pixel representa vai 
ser cerca de 4 vezes maior, ou próximo de 0,1 cm (50 cm/512). 
 
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O VOXEL 
Como a tomografia é um volume tridimensional, um novo plano é adicionado, a 
profundidade (z), constituindo então não mais um quadrado e sim um cubo, chamado de 
voxel. 
A espessura do corte forma a terceira dimensão e, está relacionada à profundidade do 
corte. O volume formado pelo pixel e pela profundidade do corte é conhecido por voxel. 
 
O voxel poderá ser: 
Isotrópico, quando apresentar as mesmas dimensões entre a sua largura, altura, e 
profundidade. 
 
 
Notas de aula adaptadas de outras fontes pelo Prof Paulo Roberto Prevedello - pauloprevedello@gmail.com Pag. 56 
Anisotrópico, quando essas medidas forem diferentes. 
 
O conjunto de imagens utilizado na preparação de modelos tridimensionais ou de 
reformatação multiplanar, deverá, tanto quanto possível, se aproximar do modelo isotrópico. 
Com os modelos isotrópicos obtemos imagens de reconstrução ou reformatação com 
qualidade comparável as imagens adquiridas originalmente. 
 
 
 
Resumindo o Voxel (unidade elementar de volume): 
O computador só pode ler informações de dígitos binários por isso o escaneamento 
produz uma matriz de voxels para cada fatia. 
O computador não pode “fotografar” um pulmão. Tem que construir uma grade 
constituída de cubos que se chama matriz de voxels para representá-lo. 
 
Notas de aula adaptadas de outras fontes pelo Prof Paulo Roberto Prevedello - pauloprevedello@gmail.com Pag. 57 
Cada voxel tem uma altura, um determinado comprimento e uma largura que 
corresponde a espessura de corte que selecionamos no protocolo. 
Nessa grande grade, cada cubo estará associado a um valor de coeficientes de 
atenuação, correspondendo aos tecidos do corpo que ele representa. 
Após a detecção de dados, a anatomia reconstruída parece ser composta de um 
grande número de pequenos blocos alongados. Cada um destes pequenos blocos 
representa um volume de tecido definido pela abertura do colimador. 
Na linguagem da TC, cada bloco é denominado Elemento de Volume, que é abreviado 
por VOXEL. 
Qualquer corte é composto de uma grande quantidade de VOXEL. 
 
 
 
 
 
Notas de aula adaptadas de outras fontes pelo Prof Paulo Roberto Prevedello - pauloprevedello@gmail.com Pag. 58 
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO DO CONTEÚDO 
1. Quais são principais características de uma imagem digital? 
2. O que

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