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04 - Registro Contábil

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Yumara Vasconcelos
Doutora em Administração pela Universidade 
Federal da Bahia (UFBA). Mestre em Contabilida-
de pela Fundação Visconde de Cairu (FVC). Gra-
duada em Ciências Contábeis pela Universidade 
Católica de Salvador (UCSAL). Escritora. Possui 
grande experiência na coordenação acadêmica 
de cursos a distância, dirigindo projetos nessa 
modalidade.
Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br
87
Registro contábil
Débito e crédito
Os registros contábeis são realizados com base no método de partidas 
dobradas. Toda aplicação ou investimento tem uma ou mais origens de re-
cursos; dito de outra forma: o total de débitos deve coincidir com o total de 
créditos.
As aplicações são representadas no sistema patrimonial pelos ativos. As 
origens ou fontes de recursos são representadas pelo passivo (capital de 
terceiros) e patrimônio líquido (capital próprio).
As fontes de recursos podem ser de capital próprio ou de terceiros.
Palavras-chave associadas ao débito e crédito
Débito Crédito
Destino, aplicação, utilização
Ativo
Origem, fonte de recursos
Passivo e patrimônio líquido
As contas de ativo possuem saldo devedor. O total da coluna de débitos, 
pela lógica da própria movimentação, é maior que o total da coluna de cré-
ditos. A diferença entre débitos e créditos é que produz os saldos.
Contas de ativo
Débito Crédito
Coluna devedora Coluna credora
Saldo
O saldo da conta é obtido pela diferença entre o valor total da coluna de 
débito e o total da coluna de créditos.
Um saldo se forma a partir da movimentação da conta. Denominamos 
de “movimentação” qualquer modificação ocorrida na conta por meio das 
transações ou eventos contábeis.
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88
Registro contábil
Debitamos uma conta de ativo sempre que adicionamos ou inserimos 
itens ao patrimônio e creditamos sempre que utilizamos seus recursos, ou 
simplesmente, baixamos os respectivos itens. Por exemplo, ao adquirir-
mos bens (móveis, utensílios, equipamentos, imóveis etc.) devemos debitar 
a conta de ativo correspondente pelo custo de aquisição do bem. Ao bai-
xarmos os mesmos devemos realizar o lançamento a crédito. O crédito de 
uma conta de ativo pode dizer respeito também à utilização de recursos. 
Por exemplo, o registro de um recebimento deve ser feito a débito na conta 
caixa (ou bancos conforme a situação) e o registro de um pagamento utili-
zando os recursos de caixa deve ser feito a crédito na referida conta.
Creditamos uma conta de passivo sempre que reconhecemos uma obri-
gação (dívida) e debitamos quando a amortizamos (pagamento). Sempre 
que assumirmos um compromisso, devemos lançá-lo a crédito no passivo. 
Por exemplo, ao comprarmos a prazo devemos creditar a conta fornece-
dores, retratando esse compromisso. Ao amortizarmos a dívida, devemos 
debitá-la no ativo.
Contas de ativo
Débito Crédito
Ingresso de recursos Utilização de recursos
Saldo
Contas de passivo
Débito Crédito
Pagamento/baixa de obrigações Lançamento de obrigações
Saldo
Outros exemplos:
Bancos (ativo)
Débito Crédito
Recebimentos via depósito Pagamentos
Saldo
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Registro contábil
89
Empréstimos (passivo)
Débito Crédito
Pagamento das parcelas devidas Obtenção do empréstimo e seu reconhecimento
Saldo
Como se vê, a movimentação nas contas de ativo é contrária à movimen-
tação bancária, o que gera alguma confusão no entendimento.
As contas de passivo e patrimônio líquido, como representam origens 
de recursos, têm saldo credor.
Contas de ativo
Débito Crédito
Aumento de saldo (entradas) Diminuição de saldo (baixas, retiradas)
Saldo devedor
Contas de passivo ou patrimônio líquido
Débito Crédito
Diminuição de saldo Aumento de saldo
Saldo credor
Vejamos algumas situações de débito e crédito:
Situações de débito Situações de crédito
Ingresso de ativos por meio de depósitos, �
recebimento de vendas e dividendos.
Injeção de recursos na entidade oriundos �
dos sócios (movimento de entrada na 
conta Bancos ou Caixa).
Empréstimos recebidos de terceiros (mo- �
vimento de entrada na conta Bancos).
Inserção de ativos no patrimônio da en- �
tidade (movimento de entrada na conta 
do ativo).
Reconhecimento de direitos (movimento �
de entrada na conta do ativo).
Reconhecimento de uma dívida (emprés- �
timos, financiamentos, compras a prazo).
Saque em dinheiro (movimento de saída �
na conta Bancos).
Cheques emitidos e apresentados pelos �
favorecidos (movimento de saída na con-
ta Bancos).
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90
Registro contábil
Exemplos de aplicação do método de partidas dobradas:
Exemplo 1.
Aquisição de máquinas e equipamentos por R$3.000,00 a prazo.
Ativo:
Máquinas e equipamentos
Débito Crédito
R$3.000
Partida
Inserção de patrimônio. 
Aplicação / destinação de 
recursos.
Qual foi a forma de pagamento (origem de recursos)? Através de paga-
mento a prazo.
Passivo:
Contas a pagar
Débito Crédito
R$3.000
Contrapartida
Fonte de recursos: capital 
de terceiros.
Tivemos duas contas envolvidas nesse registro: uma de ativo e outra de pas-
sivo, mas observe que a importância debitada correspondeu àquela creditada.
Débito (conta de ativo) Crédito (conta de passivo)
R$3.000 R$3.000
A aquisição em questão, aplicação de recursos, teve como origem o capi-
tal de terceiros (passivo). Ao comprarmos a prazo estamos nos financiando 
com o capital de terceiros. O passivo corresponde a recursos comprometidos 
com terceiros. As contas de passivo comunicam esse compromisso. Aplicou-
-se o método de partidas dobradas: total de débitos = total de créditos ou 
simplesmente, total de aplicações = total de origens.
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Registro contábil
91
Obs.: A inserção de bens é feita debitando-se o valor correspondente na 
conta de ativo e creditando-se a(s) conta(s) que evidenciam a forma de fi-
nanciamento (pagamento).
Exemplo 2.
Compra de mercadorias para revenda por R$20.000,00 para pagamento 
em 30, 60, 90 e 120 dias (parcelas iguais):
Ativo:
Estoque
Débito Crédito
R$20.000
Partida
Inserção dos bens 
adquiridos em 
estoque.
Qual foi a forma de pagamento (origem de recursos)? (Ou seja, qual a 
conta que financiou a compra?) Resposta: foi a conta contas a pagar visto 
que a compra foi realizada a prazo. Se fosse à vista, seria a conta caixa, por 
exemplo.
Passivo:
Contas a pagar
Débito Crédito
R$20.000
Contrapartida
Fonte de recursos: capital 
de terceiros.Débito Crédito
R$20.000 R$20.000
Novamente, nota-se, em função da aplicação do método das partidas 
dobradas que os totais de crédito e débito têm que equivaler-se, ou seja, o 
resultado de um (passivo) deve ser o mesmo que o do outro (ativo).
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92
Registro contábil
Exemplo 3.
Pagamento da 1.a parcela (R$5.000,00) referente à compra de mercado-
rias pelo total de R$20.000,00. Como no exemplo 2 já foi lançada a entra-
da das mercadorias na conta estoque (e sua contrapartida na conta contas 
a pagar), agora contabilizaremos o pagamento desta aquisição. Como se 
pagou R$5.000,00 com dinheiro do caixa, então devemos creditar o valor 
correspondente nesta conta:
Caixa
Débito Crédito
Saldo R$5.000
O crédito na conta caixa teve como contrapartida a baixa do valor na 
conta de passivo correspondente: contas a pagar. A amortizaçãoda dívida 
foi a aplicação ou destinação dos recursos retirados do caixa.
Débito  aplicação, destinação
Crédito origem, fonte
Contas a pagar
Débito Crédito
R$5.000 R$20.000
Saldo R$15.000
Contrapartida
Saldo inicial.
Exemplo 4.
Compra de material de limpeza por R$200,00 para uso imediato a prazo.
Despesa de material de limpeza
Débito Crédito
R$200
Destinação de 
recursos.
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Registro contábil
93
Qual foi a forma de pagamento (origem de recursos)? Quem financiou a 
compra?
Contas a pagar
Débito Crédito
R$200
Contrapartida
Saldo inicial
As contas de resultado são compostas por contas de receitas, despesas 
e custos. A movimentação das contas de resultado tem a mesma orientação 
lógica apresentada anteriormente, ou seja, o “débito” corresponde à destina-
ção de recursos e o “crédito”, à origem.
As contas de receita são registradas a crédito porque as receitas são fontes 
essenciais de recursos (elemento de sustentação do negócio) e têm como 
correspondente o ingresso de ativos, bancos, caixa e/ou contas a receber. As 
contas de despesa são destinações, nem sempre geram desembolsos ime-
diatos e são incorridas com o propósito de gerar receita.
São exemplos de despesas que não geram desembolso:
compra de material de experiente para uso imediato por meio de car- �
tão de crédito;
despesa de depreciação, amortização e exaustão; �
serviços de manutenção prestados à entidade para pagamento em 30 �
dias após a execução do serviço.
Contas de resultado
Débito Crédito
Reconhecimento de despesas e custos
uso/destinação de recursos
Reconhecimento de receitas
fonte-mãe de recursos
Exemplo 5.
Compra de móveis e utensílios por R$8.200,00, com 50% do valor com 
pagamento a prazo.
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Registro contábil
Móveis e utensílios
Débito Crédito
R$8.200
Ingresso do bem 
no patrimômino 
da entidade.
Qual foi a forma de pagamento (origem de recursos)? Tendo em vista que 
50% do pagamento foi à vista, então, o equivalente (R$4.100) sairá da conta 
caixa (crédito) e os outros 50% serão lançados na conta contas a pagar (re-
conhecimento da dívida).
Débito  aplicação  destinação  Compra de móveis e uten-
sílios  partida
Crédito  origem  fonte  forma de financiamento da operação  
recursos de caixa (50%) e contas a pagar (50%)  contrapartida
A conta contas a pagar representa o capital de terceiros.
Tivemos no exemplo em questão: um débito correspondente ao somató-
rio de dois créditos (na conta caixa e na conta contas a pagar). Aplicou-se 
novamente o método de partidas dobradas.
Contas a pagar
Débito Crédito
Saldo inicial 
R$4.100
Capital de terceiros.
Caixa
Débito Crédito
Saldo inicial R$4.100
Recursos disponíveis 
na própria entidade.
Exemplo 6.
Constituição de uma empresa com capital inicial de $56.000,00, em di-
nheiro. A conta capital social apresenta o investimento inicial dos sócios, 
fonte primordial de recursos (capital próprio). A referida conta pertence ao 
patrimônio líquido, possuindo, portanto, saldo credor. O registro é feito em 
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Registro contábil
95
dois momentos, o de subscrição e integralização. A subscrição reflete o 
compromisso dos sócios em integralizar o capital (investimento inicial) pac-
tuado em contrato pelos sócios. A integralização é o momento em que se 
dá a contribuição efetiva dos sócios para a sociedade (entrega de bens e/ou 
direitos).
Subscrição  compromisso contratual
Integralização  entrega de bens e/ou direitos (dinheiro, máqui-
nas, terrenos, imóveis etc.) para formação do patrimônio da entidade
Lançamento 1: subscrição
Patrimônio líquido
Capital social
Débito Crédito
R$56.000
Patrimônio 
líquido.
Patrimônio líquido
Capital a integralizar
Débito Crédito
R$56.000
Esta conta representa o 
compromisso dos sócios 
em integralizar.
A conta capital a integralizar é também conhecida na literatura como 
“capital a realizar”. Apesar de integrar o patrimônio líquido, possui saldo 
devedor.
Após a subscrição, o passo seguinte é registrar a integralização de capital. 
A integralização pode se dar de diferentes formas: em dinheiro, móveis e 
utensílios, máquinas e equipamentos ou qualquer outro bem. Ou seja, os 
sócios podem contribuir na sociedade de diferentes maneiras. Neste caso, a 
integralização foi em dinheiro.
Lançamento 2: integralização
Os registros apresentados a seguir dizem respeito à integralização de ca-
pital social, em dinheiro.
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Registro contábil
Bancos
Débito Crédito
R$56.000(1)
Capital a integralizar
Débito Crédito
R$56.000 R$56.000(1)
A conta capital a integralizar, nesse momento, deixa de apresentar 
saldo, pois o capital foi totalmente integralizado. Como se vê, a conta “capital 
a integralizar” é uma importante conta de controle. Após a integralização de 
capital inicia-se a movimentação financeira, ou seja, as transações corriquei-
ras que vitalizam o negócio (compras, pagamentos, recebimentos etc.).
Balanço Patrimonial
O Balanço Patrimonial é o relatório contábil que relaciona as aplicações 
e as origens de recursos empregados em uma entidade, ou seja, os ativos, 
passivos e patrimônio líquido. Quais as aplicações da entidade (ativo)? De 
que maneira estas aplicações foram financiadas (passivo)? Recursos próprios 
(patrimônio líquido)?
No Balanço Patrimonial o somatório dos saldos das contas de ativo cor-
responde à soma dos saldos do passivo (capital de terceiros) e do patrimônio 
líquido (capital próprio).
Ativo
Passivo e 
Patrimônio Líquido
Aplicações Origens
IE
SD
E 
Br
as
il 
S.
A
.
Na verdade, o Balanço Patrimonial corresponde a uma fotografia instantâ-
nea da situação patrimonial (situação estática, ou seja, de um dado momento).
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Registro contábil
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Balancete de verificação
O balancete de verificação é um instrumento interno que serve para veri-
ficação da exatidão dos lançamentos feitos na Contabilidade. Consiste na re-
lação das contas patrimoniais e de resultado, acompanhadas dos respectivos 
saldos, posicionadas a débito e a crédito, segundo a natureza dos saldos.
Contas de ativo, de despesas e custos  saldo devedor
Contas de passivo, patrimônio líquido e receita  saldo credor
O balancete de verificação possui os seguintes elementos:
identificação da empresa; �
data a que se refere o balancete; �
abrangência; �
relação de contas (grupos); �
saldo destas, com indicação se tais saldos são devedores ou credores; �
total dos saldos devedores e credores. �
A análise desta modalidade de balancete pode ensejar ajustes ou corre-
ções. Deste balancete provém o Balanço Patrimonial.
Da denominação
Utiliza-se a expressão “balancete de verificação”, pois o balancete tem 
como primeira função ou aplicação verificar se o total de saldo credor coinci-
de com o total de saldo devedor, ou seja, se o método das partidas dobradas 
foi corretamente aplicado.
Da periodicidade
O balancete de verificação deve ser elaborado mensalmente. Entretan-
to, nada impede que seja elaborado e emitido em intervalos menores de 
tempo. Quanto menor o período de abrangência do balancete, melhor para 
o contador a fim de realizar a verificação da exatidão dos lançamentos. O 
balancete é uma peça de conferência cujo nível de detalhamento deve ser 
consentâneo (adequado)com seu propósito.
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98
Registro contábil
Diferença entre balanço e balancete
O balanço atende tanto a fins internos quanto externos enquanto que o 
balancete, em geral, é uma peça de trabalho do contador e alguns usuários 
internos da Contabilidade, embora possa eventualmente servir a usuários 
externos. O balancete é um relatório denso porque apresenta o movimento 
de todas as contas do sistema de informações contábeis. O balancete deve 
conter assinatura do contador responsável bem como o número de seu re-
gistro no órgão de classe.
Modelos de balancete:
Modelo básico:
Empresa: _____________________________
CNPJ: _________________________________
Período de abrangência: 01/01 a 31/12/XX
Balancete de Verificação em 31/12/XX
Descrição das contas
Saldo
Devedor Credor
Total
Modelo detalhado:
Descrição das 
contas
Saldo do mês
Anterior
Movimentos do mês
Saldo do final
do mês
Devedor Credor Devedor Credor Devedor Credor
A diferença entre os modelos é a quantidade e o nível de detalhes das 
informações disponibilizadas para o usuário.
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Registro contábil
99
Lançamentos contábeis
Utilizamos o recurso da conta “T” por motivação didática. A conta T 
resume a movimentação ocorrida na conta representando, portanto, a pró-
pria conta. Deste ponto em diante, apresentaremos o lançamento em deta-
lhes, indicando a origem das contas envolvidas no plano de contas. Conhe-
cer o plano de contas da empresa é essencial à prática dos lançamentos, a 
fim de que a classificação seja adequada.
Desconsidere a incidência de tributos e juros. O objetivo é praticar o ra-
ciocínio de débito e crédito na transcrição do registro contábil.
Lançamento de constituição de uma empresa
Ao constituirmos uma empresa, após estudo do negócio, definimos um 
capital. Esse capital recebe diferentes nomes: capital, capital inicial, capital 
social. Esse capital representa o investimento inicial necessário para o desen-
volvimento do empreendimento. Na sociedade por quotas de responsabili-
dade limitada, inicialmente deve ser feito o lançamento de subscrição de ca-
pital. O documento que legitima ou dá lastro ao registro é o contrato social. 
Nele os sócios disciplinam a relação entre si bem como a relação entre eles e 
a entidade, definindo o investimento necessário (capital social), a participa-
ção de cada sócio e sua consequente responsabilidade de integralização.
Subscrição (compromisso formado pelos sócios). �
Débito
Patrimônio líquido
Capital social
Capital a integralizar sócio X
Capital a integralizar sócio Y
Crédito
Patrimônio líquido
Capital social
Capital subscrito
Debitamos a conta capital a integralizar para registrar o compromisso 
dos sócios em contribuir para a constituição do patrimônio da entidade, cre-
ditando, em contrapartida a conta capital social subscrito.
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100
Registro contábil
Integralização do capital em dinheiro �
(contribuição para a formação do patrimônio da entidade).
Débito
Ativo circulante
Disponibilidades
Bancos
Banco _______ (nome da entidade financeira)
Crédito
Patrimônio líquido
Capital social
Capital a integralizar sócio X
Capital a integralizar sócio Y
Debitamos a conta banco, uma vez que a integralização foi feita em di-
nheiro, via depósito bancário, creditando, em contrapartida a conta capital 
a integralizar. Saldo igual a zero para a conta “capital a integralizar” significa 
que o compromisso dos sócios foi honrado em sua totalidade.
Integralização (utilizando também outros bens – �
dinheiro, imóveis e máquinas e equipamentos).
Débito
Ativo circulante
Disponibilidades
Bancos
Banco _______ (nome da entidade financeira)
Ativo não circulante
Imobilizado
Imóveis
Ativo não circulante
Imobilizado
Máquinas e equipamentos
Crédito
Capital social
Capital a integralizar sócio X
Capital a integralizar sócio Y
Debitamos as contas que representam a forma de integralização dos 
sócios a crédito da conta capital a integralizar. Os sócios podem contribuir 
com outros bens, não exclusivamente dinheiro.
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Registro contábil
101
Lembre-se: os sócios podem contribuir de diferentes formas para a consti-
tuição da sociedade.
Suponha que a empresa constituída seja de natureza comercial e que a 
primeira ação dos gestores tenha sido a aquisição de um imóvel para sediar 
as operações.
Aquisição de um imóvel por meio de financiamento a longo prazo. �
Débito
Ativo não circulante
Imobilizado
Imóveis
Crédito
Passivo circulante
Financiamentos
Banco _______ (nome da entidade financeira)
Debitamos a conta imóveis e creditamos, em contrapartida, a conta de 
passivo que representa o financiamento.
O próximo passo é fazer as aquisições necessárias para desenvolvimento 
das atividades.
Compra de mercadorias à vista para revenda (desconsiderando a �
incidência de tributos).
Débito
Ativo circulante
Estoque
Mercadorias
Crédito
Ativo circulante
Disponibilidades
Bancos
Banco _______ (nome da entidade financeira)
Debitamos a conta estoque, inserindo as mercadorias no patrimônio 
da entidade, e creditamos a conta banco, representando o desembolso 
realizado.
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102
Registro contábil
Compra de mercadorias a prazo para revenda (desconsiderando a �
incidência de tributos).
Débito
Ativo circulante
Estoque
Mercadorias
Crédito
Passivo circulante
Fornecedores
Fornecedor __________ (nome do fornecedor)
Debitamos a conta estoque, desta vez, em contrapartida da conta Forne-
cedores, uma vez que a operação foi a prazo.
Compra de mercadorias, parte à vista e a outra parte a prazo. �
Débito
Ativo circulante
Estoque
Mercadorias
Crédito
Passivo circulante
Fornecedores
Fornecedor __________ (nome do fornecedor)
Ativo circulante
Disponibilidades
Bancos
Banco _________ (nome da entidade financeira)
Debitamos a conta estoque, a crédito da forma de pagamento. Desta vez, 
combinando uma parcela à vista (saída da conta bancos) e outra a prazo 
(fornecedores)
Aquisição de móveis e utensílios a prazo. �
Débito
Ativo não circulante
Imobilizado
Móveis e utensílios
Crédito
Passivo circulante
Fornecedores
Fornecedor __________ (nome do fornecedor)
Debitamos o valor do bem na conta de ativo, móveis e utensílios e cre-
ditamos na conta que representa a forma de pagamento (fornecedores).
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Registro contábil
103
Aquisição de móveis e utensílios, 50% a prazo. �
Débito
Ativo não circulante
Imobilizado
Máquinas e equipamentos
Crédito
Passivo circulante
Fornecedores
Fornecedor __________ (nome do fornecedor)
Ativo circulante
Disponibilidades
Bancos
Banco _______ (nome da entidade financeira)
Neste exemplo, apenas parte do pagamento foi à vista. Assim, debitamos 
a conta de ativo pelo valor integral do bem e creditamos a conta fornece-
dores e bancos.
Faremos agora a amortização de parte das dívidas com fornecedores.
Amortização de dívidas com fornecedores. �
Amortizar uma dívida significa pagá-la, honrá-la.
Débito
Passivo circulante
Fornecedores
Fornecedor __________ (nome do fornecedor)
Crédito
Ativo circulante
Disponibilidades
Bancos
Banco _______ (nome da entidade financeira)
O lançamento de débito na conta fornecedores significa“baixa” da dívida 
(via pagamento). A contrapartida, a crédito, é a conta bancos, representan-
do desembolso. Embora tenhamos utilizado neste, e em outros exemplos, a 
conta “bancos”, é importante destacar que poderíamos ter utilizado a conta 
“caixa”. Optamos pela conta “bancos” por ser a opção mais empregada. A 
conta “caixa” é geralmente utilizada para movimentações de pequeno valor, 
até mesmo por uma questão de segurança.
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104
Registro contábil
Amortização do financiamento realizado. �
Débito
Passivo não circulante
Financiamentos
Banco _______ (nome da entidade financeira)
Crédito
Ativo circulante
Disponibilidades
Bancos
Banco _______ (nome da entidade financeira)
Debitamos a conta que representa o financiamento a crédito da conta 
bancos.
Débito  amortização da dívida
Crédito  desembolso
Uma vez estruturada as atividades, vamos contabilizar a primeira venda. 
Atribuiremos valores para que se consiga entender o registro.
Venda de mercadorias que custaram �
R$200,00 por R$400,00, a prazo.
Primeiro devemos reconhecer a receita (conta de resultado). A receita re-
presenta uma fonte de recursos. É a sua geração que assegura a dinâmica 
do negócio. Por esta razão é lançada (registrada) a crédito. O total de recei-
ta gerada compõe a equação do lucro, por isso é denominada de conta de 
resultado:
Lucro (ou prejuízo) = receita - despesas - custos
Débito
Ativo circulante
Direitos realizáveis
Clientes Valor ($)
R$400,00
Crédito
Contas de resultado
Receita de vendas
Após o reconhecimento da receita, temos que dar baixa nos estoques, 
afinal é preciso registrar o fato em toda a sua extensão.
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Registro contábil
105
Débito
Contas de resultado
Custo das mercadorias vendidas
Valor ($)
R$200,00
Crédito
Ativo circulante
Estoque
Mercadorias
A baixa dos estoques é feita pelo valor de aquisição, uma vez que o regis-
tro de entrada foi feito por este valor.
Se a operação fosse à vista, o lançamento seria feito como segue:
Débito
Ativo circulante
Disponibilidades
Bancos
Banco_______ (nome da entida-
de financeira)
Valor ($)
R$400,00
Crédito
Contas de resultado
Receita de vendas
Para cobertura de despesas de pequeno valor (fotocópias, alimentação, 
transporte etc.) os sócios resolveram constituir um fundo fixo de caixa.
O fundo fixo de caixa é uma modalidade de caixa constituído com um 
valor, fixado segundo as necessidades de desembolso da empresa em curto 
intervalo de tempo. Trata-se de um valor estudado e planejado para cober-
tura de despesas específicas. A criação do fundo fixo evita a movimentação 
da conta bancária para movimento de pequenos valores.
Débito
Ativo circulante
Disponibilidades
Caixa
Fundo fixo
Crédito
Ativo circulante
Disponibilidades
Bancos
Banco_________
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106
Registro contábil
A quantia sacada para formar o fundo fixo é entregue ao responsável pelo 
controle do fundo.
O valor determinado como fundo fixo é suficiente apenas para cobertura 
de pequenos gastos. Para grandes valores, deve-se utilizar a conta bancária.
Após determinar a quantia do fundo fixo, deve-se fixar um valor de repo-
sição, a fim de evitar que o caixa fique zerado. Assim, ao atingir esse valor de 
reposição, a quantia gasta deve ser reposta. Naturalmente, essa reposição 
somente ocorrerá após a prestação de contas, momento em que as despesas 
serão reconhecidas.
Débito
Contas de resultado
Despesa de_______
Crédito
Ativo circulante
Disponibilidades
Bancos
Banco _______ (nome da instituição financeira)
A conta fundo fixo, uma vez constituída, não receberá movimentação, 
exceto na hipótese de aumento ou redução do fundo fixo.
Os sócios poderiam, em vez de constituir um fundo fixo, criar um caixa 
rotativo. O caixa rotativo não possui um saldo fixo de referência. Na verdade, 
o saldo do caixa rotativo depende do volume de ingressos e saídas do caixa 
(entradas e pagamentos). O lançamento de constituição é feito como segue:
Débito
Ativo circulante
Disponibilidades
Caixa
Caixa rotativo
Crédito
Ativo circulante
Disponibilidades
Bancos
Banco __________ (nome da entidade financeira)
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Registro contábil
107
Depreciação. �
À medida que as atividades são desenvolvidas, os bens empregados no 
suporte a essa atividade se desgastam, ensejando uma perda de valor. A 
perda de valor por parte de um bem em função desse desgaste é conside-
rada como despesa. Esse registro é lastreado pelo princípio da confrontação 
das receitas com as despesas (Deliberação 29/86, CVM).
A despesa é reconhecida à medida que o bem se desgasta para gerar 
receita.
O desgaste dos bens ao longo do tempo para gerar resultado é chamado 
de depreciação.
O registro da depreciação é, geralmente, feito mensalmente, procedi-
mento coerente com a orientação do Princípio da Oportunidade (que orien-
ta à prática dos registros com tempestividade). Os saldos das contas depre-
ciadas não são modificados. A depreciação acumulada é contabilizada em 
conta à parte. Porém, nem todos os bens são depreciáveis (somente os bens 
tangíveis). Alguns bens não são depreciados, mesmo sendo tangíveis, por 
tenderem à valorização. É o caso das obras de arte. A conta terrenos é outro 
exemplo de bem que não é depreciado. Somente a construção é depreciada, 
não o terreno. Também não são depreciáveis obras de arte, ouro.
Débito
Contas de resultado
Despesa de depreciação
Crédito
Ativo não circulante
Imobilizado
Depreciação acumulada
A conta depreciação acumulada tem saldo credor, apesar de integrar o 
ativo não circulante, imobilizado.
A depreciação reflete a perda de valor ou utilidade em função do uso, ação 
da natureza ou obsolescência.
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Registro contábil
A depreciação é calculada com base no tempo de vida útil do bem 
(quadro 1).
Quadro 1 – Taxas de depreciação
Descrição do bem Tempo de vida útil Taxa anual de depreciação A a
ut
or
a.
Máquinas e equipamentos
10 anos 10%Instalações
Móveis e utensílios
Veículos
5 anos 20%Sistemas de processamento 
de dados
Existem diferentes métodos para cálculo da depreciação. O mais comum 
e empregado pelas entidades é o método das quotas constantes.
O cálculo da taxa, por este método, é feito por regra de três, demonstrado 
a seguir:
Se em 10 anos a depreciação é de 100%
Em 1 ano a depreciação será de ?
Leia-se: se em 10 anos a depreciação é de 100%, em 1 ano a depreciação 
será de?
10 x = 100 10010  10
A taxa de depreciação anual será de 10% ao ano.
Vale ressaltar que existem outros métodos de depreciação, os quais não 
serão abordados.
Exaustão. �
Em face do uso para fins agrícolas, observa-se com o tempo, o esgota-
mento do solo. Neste caso, esse “desgaste” recebe o nome de exaustão e 
tem o mesmo tratamento contábil da depreciação.
Débito
Contas de resultado
Despesa de exaustão
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Registro contábil
109
Crédito
Ativo não circulante
Imobilizado
Exaustão acumulada
O conceito de exaustão relaciona-se à perda de valor de direitos decor-
rentes da exploração de recursos naturais bem como dos bens aplicados 
nesta exploração.
Amortização. �
Os direitos que a entidade possui estão sujeitos à amortização. A amor-
tização corresponde à perdade valor do capital aplicado na compra de di-
reitos de propriedade comercial ou industrial ou qualquer outro com tempo 
limitado de duração (prazo legal, contratual). Exemplos: direito de uso da 
marca, patentes.
Em virtude do “prazo limitado” para exercício desse direito, deve-se pro-
ceder a sua amortização, a qual é feita de forma proporcional ao prazo (Prin-
cípio da Competência).
Débito
Contas de resultado
Despesa de amortização
Crédito
Ativo não circulante
Imobilizado
Amortização acumulada
O quadro 2 faz analogia entre os conceitos.
Quadro 2 – Depreciação, exaustão e amortização
A
 a
ut
or
a.
Conceito Objeto
Depreciação Bens físicos sujeitos a desgaste.
Exaustão Recursos naturais (minerais ou florestais) e bens aplicados na explora-ção destes recursos.
Amortização Direitos com prazo de duração limitado.
A prática contábil prevê inúmeras situações de lançamentos contábeis. 
Selecionamos alguns deles para aplicação didática.
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Registro contábil
Aplicações financeiras. �
Débito
Ativo circulante
Aplicações financeiras
Crédito
Ativo circulante
Disponibilidades
Bancos
Banco ___________ (nome da entidade financeira)
Rendimento de aplicações financeiras. �
Débito
Ativo circulante
Disponibilidades
Aplicações financeiras
Crédito
Contas de resultado
Rendimentos
Obs: considere a aplicação com prazo de resgate não superior a 90 dias.
Exemplo de contabilização
Transações
Evento 1
Constituição da empresa (comércio) com um investimento inicial de R$200.000,00 
em dinheiro.
Nota de orientação
O registro é feito em dois momentos: o de subscrição e o de integralização.
Evento 2
Compra de um imóvel (edifício) no valor de R$50.000,00 em dinheiro. Neste imó-
vel as atividades serão desenvolvidas. A taxa de depreciação desse bem é de 
4% ao ano.
Evento 3
Aquisição de um terreno (situado ao lado do imóvel adquirido), por meio de fi-
nanciamento, no valor de R$100.000,00 com o objetivo de abrigar a expansão do 
negócio, conforme planejamento.
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Registro contábil
111
Transações
Evento 4 Aquisição de móveis e utensílios por R$10.000,00, a prazo. A taxa de deprecia-ção desse bem é de 10% ao ano.
Evento 5 Compra de máquinas e equipamentos por R$8.000,00 à vista. A taxa de depre-ciação desse bem é de 10% ao ano.
Evento 6 Pagamento de 10% das obrigações contraídas junto a fornecedores (do saldo apurado até o momento).
Evento 7 Compra, à vista, de mercadorias necessárias para composição de estoque no va-lor de R$20.000,00.
Evento 8
Emissão de um cheque para a constituição do caixa da empresa. A finalidade do 
caixa é dar cobertura a pequenos gastos apenas. Valor do cheque destinado ao 
caixa: R$2.000,00.
Evento 9
Vendas de mercadorias que custaram R$5.000,00 por R$10.000,00 50% a prazo.
Nota de orientação
Neste lançamento, inicialmente devemos reconhecer a receita para, em seguida, 
baixarmos as mercadorias vendidas do estoque.
Pelo valor vendido, reconheceremos a receita (sequência de lançamento 9a):
Débito – contas a receber (50%) e bancos (50%)
Crédito – receita de vendas
Pelo custo de aquisição, baixaremos as mercadorias vendidas do estoque da 
entidade, pelo custo de aquisição (sequência de lançamento 9b):
Débito – CMV (custo das mercadorias vendidas)
Crédito – estoque (dando “saída” ao que foi vendido)
Solução:
Capital social
Débito Crédito
 (1a) R$200.000
Saldo R$ 200.000
Capital a integralizar
Débito Crédito
(1a) R$200.000 (1b) R$200.000
Saldo zero
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Registro contábil
Bancos
 Débito Crédito
 (1b) R$200.000 (2) R$50.000
 (9a) R$5.000 (5) R$8.000
(6) R$1.000
(7) R$20.000
(8) R$2.000
 R$205.000 R$81.000
Saldo R$124.000
Imóveis
Débito Crédito
 (2) R$50.000
 Saldo R$50.000
Terrenos
Débito Crédito
 (3) R$100.000
Saldo R$100.000
Financiamentos
Débito Crédito
 (3) R$100.000
Saldo R$100.000
Móveis e utensílios
Débito Crédito
 (4) R$10.000
 Saldo R$10.000
Fornecedores
Débito Crédito
 (6) R$1.000 (4) R$10.000
Saldo R$9.000
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Registro contábil
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Máquinas e equipamentos
Débito Crédito
 (5) R$8.000
 Saldo R$8.000
Estoque
Débito Crédito
 (7) R$20.000 (9b) R$5.000
Saldo R$15.000
Caixa
Débito Crédito
 (8) R$2.000
 Saldo R$2.000
Receita de vendas
Débito Crédito
 (9a) R$10.000
 (a) R$10.000 Saldo R$10.000
Custo das mercadorias vendidas
Débito Crédito
 (9b) R$5.000
 Saldo R$5.000 (b) R$5.000
Contas a receber
Débito Crédito
 (9a) R$5.000
 R$5.000
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Registro contábil
Cálculo da depreciação dos bens (evento 10):
Bem Cálculo
10a) Móveis e utensílios
Depreciação anual: R$10.000 x 10% ao ano = R$1.000
Depreciação mensal: Depreciação anual / 12 = R$1.000/12 = R$83,33
10b) Máquinas e equipa-
mentos
Depreciação anual: R$8.000 x 10% ao ano = R$800
Depreciação mensal: Depreciação anual / 12 = R$800/12 = R$66,67
10c) Edifício
Depreciação anual: R$50.000 x 4% ao ano = R$2.000
Depreciação mensal: Depreciação anual / 12 = R$2.000/12 = R$166,67
Despesa de depreciação
Débito Crédito
(10a) R$83,33
(10b) R$66,67
(10c) R$166,67
Saldo R$316,67 (c) R$316,67
Depreciação acumulada
Débito Crédito
(10a) R$83,33
(10b) R$66,67
(10c) R$166,67
Saldo R$316,67
Esta conta integra o 
ativo imobilizado e 
possui saldo credor.
O saldo de depreciação acumulada corresponde ao somatório de todas 
as parcelas depreciadas.
Uma vez levantados os saldos, o passo seguinte é a apuração do resulta-
do. Inicialmente as contas de resultado (de receita, despesas e custo) devem 
ser “zeradas”. Para zerar uma conta de receita basta debitar o saldo acumu-
lado no final do período e para zerar uma conta de despesa, basta creditar o 
saldo correspondente. A contrapartida dos lançamentos de encerramento é 
feita na conta denominada de Apuração do Resultado do Exercício (ARE).
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Registro contábil
115
Apuração do Resultado do Exercício
Débito Crédito
(b) R$5.000 (a) R$10.000
(c ) R$316,67 
 R$5.316,67 R$10.000
 Saldo (d) R$4.683,33
Lucro (prejuízo)
Débito Crédito
(d) R$4.683,33
Lucro: R$4.683,33
Como a conta Apuração do Resultado do Exercício é também uma 
conta de resultado deverá ser encerrada contra a conta lucros. Essa conta 
era apresentada no Balanço Patrimonial, no grupo patrimônio líquido. Atu-
almente, o lucro remanescente, após a constituição das reservas, deverá ser 
distribuído.
As contas de resultado são encerradas ao término de cada período contra 
a conta apuração do resultado do exercício, que também será encerrada 
contra a conta lucros ou prejuízos, conforme a situação.
Preparemos o balancete de verificação inicial, antes da apuração do resul-
tado do exercício. Esse balancete é importante porque sua análise enseja a 
identificação de erros.
1.º Obtenha os saldos das contas.
2.º Transporte cada saldo para modelo de balancete.
3.º Verifique os saldos e a existência de eventuais diferenças. Constatan-
do-se diferenças, analise a movimentação das contas.
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116
Registro contábil
Balancete de verificação inicial.
Descrição das contas
Saldo
Devedor Credor
Bancos 124.000
Caixa 2.000
Contas a receber 5.000
Estoque 15.000
Móveis e utensílios 10.000
Máquinas e equipamentos 8.000
Imóveis 50.000
Depreciação acumulada (saldo credor) 316,67
Terrenos 100.000
Fornecedores 9.000
Financiamentos 100.000
Capital social 200.000
Receita de vendas 10.000
Custo das mercadorias vendidas 5.000
Despesa de depreciação (total) 316,67
Total 319.316,67 319.316,67
Quando o somatório de débitos não equivale ao somatório de créditos, 
algo foi registrado erroneamente. Nesse caso, é recomendado que sejam re-
visados. Persistindo a diferença não se deve avançar nos lançamentos. De-
tecte o erro e proceda à correção.
Hoje em dia, com os sistemas informatizados, a pesquisa de lançamento 
ficou muito mais fácil. Por exemplo, levantamentos eletrônicos podem ser 
feitos utilizando eventuais diferenças. É importante destacar que nem todos 
os erros são detectáveis na análise superficial do balancete (erros qualitati-
vos). É preciso realizar os registros com atenção.
Ampliando seus conhecimentos
Depreciação, amortização e exaustão
(VASCONCELOS, 2009)
Os bens que integram o grupo imobilizado possuem um tempo de vida 
útil econômico (exceto terrenos). Ao longo dos anos (do tempo de vida útil), 
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Registro contábil
117
os bens se desgastam em função do uso, ação do tempo ou obsolescência. A 
Contabilidade traduz essa perda de valor econômico por meio do registro da 
depreciação.
A depreciação reflete a perda na avaliação de direitos que possuem por 
objeto bens tangíveis sujeitos a desgastes ou perda de utilidade em face do 
uso, ação da natureza ou desatualização tecnológica.
Geralmente as empresas optam por adotar os prazos de vida útil admitidos 
pela legislação fiscal. O Regulamento de Imposto de Renda (RIR/99) determi-
na os critérios básicos de depreciação (arts. 305 a 323). As taxas são calculadas 
como segue:
Depreciação de edifícios
Se em 25 anos a depreciação é de 100%
Em 1 ano ?
A taxa de depreciação anual será de 4% ao ano. Se o bem é depreciado 100% 
dentro de seu prazo de vida útil, em 1 ano, qual será a taxa de depreciação?
Essas taxas são definidas admitindo-se uso normal do bem em um turno 
de 8 horas. A Receita Federal apresenta uma lista extensa de bens e suas res-
pectivas taxas (Instrução Normativa SRF 162/98 e 130/99). Máquinas, equipa-
mentos, móveis, utensílios e instalações possuem uma taxa anual de depre-
ciação de 10%, pois seu prazo de vida útil é de 10 anos.
Os veículos possuem um prazo de vida útil de 25 anos, e consequentemen-
te, uma taxa de 4%. A depreciação é tratada contabilmente como despesa no 
transcorrer da vida útil do bem. Debita-se despesa de deprecição e credita- 
-se depreciação acumulada (do bem). Não é feita qualquer alteração no 
valor original do bem. A depreciação é acumulada numa conta redutora, que 
é a depreciação acumulada.
Móveis e utensílios
(-) Depreciação acumulada
O registro da depreciação é feito mensalmente. A contabilização da amor-
tização e a exaustão seguem o mesmo raciocínio. A amortização representa a 
perda de valor dos recursos aplicados na aquisição de direitos de proprieda-
des comerciais, de serviços ou industriais e quaisquer outros com o tempo de 
duração limitado, via prazo contratual ou legal.
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Registro contábil
A exaustão representa a perda de valor ou esgotamento dos recursos na-
turais explorados pela entidade e dos bens aplicados na atividade de explo-
ração. Uma jazida mineral tende ao esgotamento ao longo dos anos em que 
é explorada. Os conceitos de depreciação, amortização e exaustão retratam 
eventos que, apesar de não gerarem desembolso, podem afetar em níveis dis-
tintos a produtividade das operações da entidade.
Atividades de aplicação
1. Analise as assertivas e classifique-as em VERDADEIRA ou FALSA.
 A depreciação corresponde ao desgaste de bens tangíveis por )(
uso, ação do tempo ou obsolescência.
 A exaustão diz respeito à exploração dos recursos naturais. )(
 A amortização diz respeito ao desgaste de bens físicos. )(
 O balancete apresenta a relação das contas, patrimoniais e de )(
resultado, com seus respectivos saldos.
 O encerramento da conta “apuração do resultado do exercício” é )(
feito a cada período.
2. Sobre débito e crédito, assinale a alternativa correta:
a) O débito relaciona-se ao “destino”, “utilização” e “aplicação” de re-
cursos e o crédito, à origem ou fontes de recursos, as que viabiliza-
ram a aplicação.
b) O crédito relaciona-se ao “destino”, “utilização” e “aplicação” de re-
cursos e o débito, à origem ou fontes de recursos, as que viabiliza-
ram a aplicação.
c) O débito é realizado exclusivamente no caso de contabilização de 
despesas.
d) O crédito é realizado exclusivamente no caso de contabilização de 
despesas.
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Registro contábil
119
3. Sobre a natureza dos saldos é correto afirmar que:
a) as contas de passivo e despesa têm saldo devedor.
b) as contas de ativo e patrimônio líquido têm saldo devedor.
c) as contas de ativo e despesa têm saldo devedor.
d) as contas de passivo e ativo têm saldo credor.
4. Explique o mecanismo de “débito” e “crédito”.
5. Sobre exaustão é verdadeiro afirmar:
a) é sinônimo de depreciação.
b) é sinônimo de amortização.
c) tem como objeto os direitos com prazo de duração limitada.
d) tem como objeto recursos naturais explorados e bens utilizados 
na atividade dessa exploração.
Gabarito
1. V, V, F, V, V
2. A
3. C
4. Debitamos uma conta de ativo sempre que adicionamos ou inserimos 
itens ao patrimônio e creditamos sempre que utilizamos recursos. Por 
isso as compras de ativos são registradas a débito e as retiradas de 
caixa, a crédito.
 Creditamos uma conta de passivo sempre que reconhecemos uma 
obrigação (dívida) e debitamos quando a amortizamos (pagamento). 
Por isso é que sempre que incorremos em uma dívida, realizamos um 
lançamento a crédito.
5. D
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