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Prof. Adm. Hinton Bentes Castanhal - Pará 2015 Gestão da Qualidade Meio Ambiente Administração 1. Fundamentos da Qualidade e Meio Ambiente: Gestão da Qualidade Meio Ambiente Administração F o i c o m m u i t o c a r i n h o qu e elaboramos este material para esta disciplina e devo dizer que 2015.2 será um ano de muitas ações para o desenvolvimento profissional de cada um de vocês. C om toda a certeza podemos dizer que a administração é uma das ciências humanas mais completas, pois tem a flexibilidade de poder estar presente nas mais diferentes mesas de discussões e realizar as mais diferentes analises conjunturais da era moderna. A disciplina que será trabalhada é “Gestão da Qualidanos jornais e revistas de e Meio Ambiente”, como muitos de vocês devem acompanhar nos jornais e revistas esta é a tematica do século XXI e nos nossos encontros estaremos apresentando alguns pontos sobre a gestão mais eficiente para a produção e para produtividade e sempre visando as tendências do mercado nacional e mundial e focado na responsabilidade ambiental e sustentável. T enho certeza que a administração ajuda cada um de nós a encontrar a nossa própria maneira de presentear o mundo à nossa volta. Se perguntarmos às pessoas quais as características que mais valorizam em seus amigos, as respostas da maioria seriam semelhantes: integridade, fidelidade, solidariedade e compatibilidade. Sendo assim apresento a vocês este material de estudo que deve ser utilizado como apontamento complementar as nossas aulas presenciais, as consultas a biblioteca, artigos em jornais, magazines tanto acadêmicos como populares são necessidades reais para completar os estudos. Adm. Hinton Bentes CRA PA 6363 Cada vez mais os sistemas produti- vos tem se desenvolvido e a busca pelo mercado consumidor por produ- tos ecológicos tem crescido conside- ravelmente, desde o início do século XXI, contudo ainda faltam materiais independentes que falem sobre o desenvolvimento sustentável e a relação com os sistemas produtivos das empresas públicas e privadas. A ideia deste projeto surgiu após uma série de ações pelo Estado do Pará, atuando como consultor de empresas dos mais diferentes portes, organizações não governamentais e até mesmo realizando a minha contri- buição em organizações públicas e pude perceber que ainda muito a de ser feito para o desenvolvimento no Estado do Pará. Atuamos em um Estado de propor- ções continentais e cheio de óbices em diversos setores produtivos, como infraestrutura e incentivos na área pública e atendimento e organização nas empresas privadas. A proposta deste trabalho em momento algum é de esgotar o deba- te, muito menos ser utilizado como único referencial, mas iniciar um debate sobre como organizar um novo conceito que podemos utilizar a administração de forma eficiente em beneficio tanto do meio ambiente como das entidades públicas e priva- das. 1. Fundamentos da Qualidade e Meio Ambiente: De acordo com a definição concei- tual do Manual de Oslo (Oslo Manual, 1995), a inovação tecnológica é a introdução de produtos ou processos tecnologicamente novos ou de melho- rias significativas em produtos e processos existentes no mercado. O processo de inovação abarca todos os passos científicos, tecnológicos, organizacionais, financeiros e comer- ciais que, efetiva ou potencialmente, levam à introdução de produtos ou processos tecnologicamente novos ou substancialmente melhorados. De forma básica, o sistema de qualidade de uma empresa é compos- to de processos, sub-processos e procedimentos que orientam como executar determinada tarefa com o detalhamento requerido e definição das responsabilidades. O estabelecimento, manutenção e controle dos registros que compro- vem se as atividades foram executa- das e como o foram é fator essencial para a melhoria contínua dos proces- falecom@hintonbentes.com.br Castanhal - Pará 03 Fundamentos da Qualidade e Meio Ambiente Prof. Adm. Hinton Bentes Gestão da Qualidade Meio Ambiente Administração sos. Os requisitos do Sistema de Gestão da Qualidade constantes na norma que o rege – ISO 9000 - desti- nam - se a prevenir a ocorrência de desvios em qualquer fase da produ- ção de qualquer produto ou serviço, começando no planejamento e se estendendo até às atividades do pós- venda. Do ponto de vista das organiza- ções, podem ser destacados alguns benefícios com a implantação de um sistema de gestão da qualidade, como a redução dos custos operacio- nal, de reposição de produtos ou retrabalho com a aplicação da filosofia da melhoria contínua, assim como com a redução de desvios devido ao maior controle e monitoração dos processos. Clientes e comunidade percebem os benefícios através do menor desperdício e poluição ambiental e maior segurança e confiabilidade nos produtos adquiridos. 1.1 Conceitos de Qualidade e Como Filosofia de Continuidade: A qualidade não é mais um “diferencial exclusivo” de poucas empresas. Todas as organizações, independentemente de seu porte e tipo de negócio, já têm incorporadas á sua filosofia o princípio da gestão pela qualidade, atendendo aos desejos e necessidades dos clientes, os quais percebem a qualidade de forma diferente para um mesmo produto ou serviço. 04 Não basta entregar ao cliente um produto ou serviço dentro de suas especificações. É preciso superar suas expectativas, principalmente em se tratando de um mercado globaliza- do, onde o concorrente surge, a cada momento em qualquer ponto do planeta, onde a tecnologia anda a passos galopantes e o ciclo de vida dos produtos encurta cada vez mais. A implantação de um sistema de gestão da qualidade engloba o relaci- onamento com todos os componentes da cadeia de valores de uma organi- zação. Tem como princípio a aborda- gem dos processos da organização para identificação e tratamento dos desvios de procedimentos, além de adotar a filosofia da melhoria contínua dos processos em busca da excelên- cia de atendimento ao cliente e ás estratégias da organização. O Sistema de Gestão da Qualidade é o resultado do desen- volvimento da filosofia do Total Quality Management – TQM - inicia- do na década de 80 e que por promo- ver e auxiliar mudanças substanciais no ambiente organizacional, além de impactar favoravelmente nos resulta- dos das organizações, está cada vez mais no campo de visão e aplicação da maioria dos executivos, especial- mente de grandes corporações. Segundo Duke (2006), a qualidade aplicada tende a conduzir as organi- zações a grandes mudanças operaci- onais, capacitando-as no atendimen- to ao mercado consumidor, uma vez que as capacita a identificar o que é aplicável ou não em seus processos, assim como as oportunidades de utos e serviços faz parte das necessi- dades dos clientes, independente- mente do tipo de negócio ou do tama- nho da empresa, e deve ser incorpo- rada à sua visão e diretrizes. Ter qualidade era, em um passado bastante recente, um diferencial de a l g u m a s p o u c a s e m p r e s a s . Atualmente, fornecer qualidade é uma questão de sobrevida no mundo dos negócios. Para tanto é necessário haver total sincronia entre o planeja- mento estratégico da organização e as demais camadas da cadeia de suprimentos 1.2 Dimensões da Qualidade e Expectativas do Cliente: Entender os conceitos modernosda gestão, marketing e da cadeia de produção hoje são pré-requisitos para qualquer pessoa que deseje trabalhar e investir na gestão do desenvolvi- mento sustentável, a proposta deste livro não é de estudar ou apresentar conceitos primários de preservação e sim apresentar uma proposta de estudo sobre a questão do desenvol- vimento local e sustentável de uma forma coesa e aplicável O debate sobre estas habilida- des, que vão muito além do plantar, colher, cultivar e criar, são importantes para investidores e executivos de diversos segmentos, mas ainda mais essencial para os que desejam se destacar dentro deste novo modelo de negócios que surgiu e já fixou sua marca no século XXI que é o processo de profissionalização que o mundo todo está passando e o povo que vive 05 e trabalha na Amazônia também deve se preparar, pois o desenvolvimento agrícola responsável e sustentável, por exemplo, tem um objetivo comum tanto no continente Europeu como no Brasil. Enquanto há diversas discussões envolvendo a Europa sobre o menor uso de produtos químicos e pestici- das, no Brasil há o problema do desmatamento para uso do agrone- gócio, alguns autores podem apre- sentar o marketing como peça-chave para este setor como vemos o que ocorre na França, há diversos selos que marcam a origem do produto e garante ao consumidor a procedência do alimento. Atividade que seria muito interes- sante para os produtores da agricultu- ra familiar no Estado do Pará que trabalham com o queijo de búfala do Marajó, farinha de mandioca no muni- cípio de Bragança entre outros produ- tos, pois com um selo como este o consumidor pode saber o que ele está comprando e ter a rastreabilidade de todo o processo produtivo, ou seja, do plantio até o modal de transporte utilizado e assim pode avaliar o processo de sustentabilidade que a empresa indica. Cada vez mais o multiprofissional está na linha de frente do interesse das empresas e nas necessidades do mercado, para se destacar, os profis- sionais não devem apenas entender apenas de mercadologia do negócio, mas acompanhar toda a cadeia produtiva, durante a pesquisa para produzir este trabalho foi observado que muitas empresas o departamento de marketing não acompanha o supply chain, e na agricultura familiar não há entendimento nem um destes temas, mas deve ficar claro para que pretende comercializar o produto neste setor é preciso entender de onde ele veio se não será apenas mais um nas gondolas dos supermer- cados e nos tabuleiros das feiras livres, ou seja, estamos falando de diferenciais e vantagens competiti- vas. A muito tempo o Brasil tem se destacado nas relações comerciais de exportação de commodities vincu- ladas a agricultura e mineração, contudo, o comercio internacional as questões de consumo em crescendo a passos largos e mesmo que o conti- nente Europeu o da América do Norte já estejam mais avançados nas discussões destes temas o Brasil já possui um mercado consumidor ligado as questões relacionadas a sustentabilidade e ele tem crescido bem mais rápido do que em outros países. 1.3 Conceito de Produtividade: A ISO 9000 define qualidade como: “grau no qual um conjunto de caracte- rísticas inerentes atende requisitos”. E gestão da qualidade como: “atividades coordenadas para orientar e controlar uma organização em relação à qualidade” A Gestão da Qualidade está baseada, conforme a norma ISO 9000 em oito princípios que conduzem a organiza- 06 ção à melhoria do seu desempenho: Foco no cliente: A organização deve atender as necessidades atuais e futuras dos clientes, procurando exce- der as suas expectativas; Liderança: É papel da liderança estabelecer a visão, valores, unidade de propósito e o rumo da organização, criar e manter um ambiente interno que incite o total envolvimento das pessoas no propósito de atingir os objetivos estabelecidos; Envolvimento de Pessoas: As pessoas, independentemente de seu nível hierárquico, precisam estar totalmente envolvidas para que as suas habilidades sejam usadas em benefício da organização; Abordagem de Processo: A eficácia e eficiência de um resultado almejado são conseguidas quando as ativida- des e os recursos relacionados são gerenciados em forma de processo; Melhoria Contínua: A melhoria contí- nua do desempenho geral da organi- zação deve ser seu objetivo perma- nente; Conforme a norma ISO 9000 “Melho- ria da qualidade é a parte da gestão da qualidade que focaliza no aumento da capacidade de atender os requisitos”; Abordagem Sistêmica para a Gestão: A eficácia e eficiência de uma organização podem ser alavancadas no sentido de atender seus objetivos quando se é possível identificar os processos inter-relacionados como um sistema para seu melhor entendi- mento e administração; Abordagem Factual para Tomada de Decisão: As organizações devem tomar suas decisões e direcionar suas estratégias baseadas na análise de dados e informações. Não se pode mais tolerar os “achismos” como base para as tomadas de decisão corporati- vas; Benefícios Mútuos - Relações com os fornecedores: As organizações devem estabelecer um relacionamen- to de mútuo benefício com seus forne- cedores para que ambos aumentem sua capacidade de agregar valor. Alguns dos princípios citados acima, abordagem de processo, melhoria contínua, envolvimento de pessoas, liderança e foco no cliente serão destacados ao longo da revisão literária por constituírem aspectos importantes do sistema de gestão da qualidade, em cuja plataforma suce- derá a integração. Abordagem de processo: A palavra "processo" é definida como "conjunto de atividades inter-relacionadas ou interativas que transformam insumos (entradas) em produtos (saídas)". Para alguns autores contemporâ- neos não existe um produto ou serviço 07 oferecido por uma organização sem o respaldo de um processo empresari- al, assim como não pode existir um processo empresarial sem o objetivo de oferecer um produto ou serviço ao cliente, agregando-lhe valor. Segundo Hooper (2002), as empresas devem organizar e gerenci- ar suas atividades em forma de processos e estes devem ser planeja- dos e realizados sob condições controladas. As organizações mais tradicionais adotam uma estrutura de gestão vertical onde os problemas de quali- dade acontecem nos limites departa- mentais, enquanto que, na visão de processo, com a organização horizon- tal das atividades, os insumos do processo (fornecedores) estão ligados diretamente ao produto entre- gue (cliente final), numa gestão mais transparente, focalizando a melhoria da eficácia e eficiência e aumentando a satisfação do cliente e de toda a cadeia de suprimentos. Na visão de processo o interesse da empresa deve transcender o interesse das partes. Em sua última revisão de 2004, a norma ISO 9000 introduz a aborda- gem de processo como método para melhorar a gestão dos sistemas de qualidade das organizações, inde- pendentemente da estrutura organi- zacional que adotem. A metodologia orientada para o processo, consegue identificar em cada etapa do próprio processo ou sub-processo, através das medidas de desempenho, os desvios de rumo e se as ações tomadas estão em sintonia com a estratégia estabeleci- da pela organização. Para Santana e Sal les (2004a), a identificação destes desvi- os de rumopossibilita, por conseguin- te, identi f icar áreas de não- gerenciamento, indicadores de falhas na estrutura organizacional e facilita- dores de perda de produtividade do negócio. Quando a produção em mas- sa, conseguida através das novas práticas de gestão, alavanca a produ- tividade sem o acompanhamento da qualidade dos produtos, estes passam a ser retrabalhados ou reclas- sificados e vendidos “no estado” para os clientes. Porém, o custo do retrabalho associado à venda de produtos de mesmo custo, como produtos de segunda linha, pode crescer e inviabi- lizar a produção, não considerando ainda o custo de perda e reconquista do cliente. 08 São os chamados custos da não-qualidade ou custos de falha e correção e geralmente são altos, podendo comprometer significativa- mente o faturamento de uma organi- zação. É preferível, pois, direcionar os custos da qualidade dos produtos para a prevenção e avaliação – plane- jamento e investimento - e diminuir os custos de correção de produtos defei- tuosos, uma vez que o problema está no início do processo de produção e este deve ser controlado desde o projeto até o produto final. Conforme figura de Valentin (1997), os processos necessários para a gestão de um sistema de qualidade devem ser identificados, assim como suas sequências e intera- ções e devem ser determinadas as responsabilidades pela gestão e controle do desempenho destes processos. Figura Baseada na Relação horizontal entre fornecedores e clientes (VALENTIN, 1997) Gestão de processos: Uma organi- zação quando adota um sistema de gestão pela qualidade deve, a priori, adotar uma metodologia de identifica- ção e gestão de seus processos. Esta metodologia deve seguir a linha de conduta de sua equipe organizadora, prescindindo, porém, de alguns passos básicos e comuns à gestão de sistemas: Definição de responsabilidades: O processo deve ter um “dono da casa” ou “dono do processo”, o qual deve ser definido pela alta direção da orga- nização. Este estabelece todas as demais responsabilidades ligadas ao processo e reporta seus resultados à alta direção e áreas afins. Tem ainda a responsabilidade de escolher os membros constituintes da equipe de gestão do processo com representati- vidade significativa o bastante para garantir sua condução, de forma controlada, para alcançar o desempe- nho previsto e atender as expectati- vas dos clientes. Deve ainda estabelecer for- mas de medição e acompanhamento do desempenho do processo, garantir e alocar recursos e se comprometer com a filosofia da melhoria contínua; Definição do processo: Uma vez definidas as responsabilidades, o gerente e sua equipe devem ter, todos, a mesma compreensão do funcionamento do processo: um conhecimento claro da situação atual e um horizonte delimitado para a situação futura, consciência da com- 09 plexidade e criticidade do processo para definição de passos e fluxos a seguir. Devem ser verificadas as necessidades de treinamentos e especializações das equipes envolvi- das e fomentado o envolvimento da cadeia de valores desde os fornece- dores até o cliente final; Identificação das especificações: É a identificação, de forma cuidadosa e irrestrita, das exigências do cliente, assim como o conhecimento da utilização que este dará ao produto. Para o sucesso deste passo é neces- sário estabelecer comunicação frequente com o cliente, conhecer e mensurar suas necessidades e validar junto a ele cada requisito estabelecido; Definição de medidas de desempe- nho: Para se ter sucesso na gestão de processos é importante conseguir vincular as medidas de desempenho adotadas ás necessidades dos clien- tes. Deve ser feita uma leitura detalha- da destas necessidades como ponto de partida para a escolha das medi- das de desempenho do processo em todas as suas etapas, inclusive na interface com o fornecedor. Estas medidas devem traduzir ainda importantes pontos que afetam o relacionamento com o cliente, tais como: prazo de entrega e tolerância, índice de falhas e defeitos, pontuali- dade e atendimento às especifica- ções. Uma evolução deste passo está na comparação do desempenho de cada etapa do processo aos requi- sitos conhecidos do cliente, através da adoção de ferramentas estatísti- cas. Desta forma fica possível identifi- car as oportunidades de melhorias do processo geral com base nas lacunas presentes e assegurar que ele adqui- ra estabilidade e previsibilidade. Identificação de oportunidades de melhoria: O processo para ser eficaz e eficiente deve ter fluxo constante e simplicidade, utilizando sempre as lacunas encontradas como formas de melhoria contínua. Os desvios identificados ao longo do processo devem ser relevan- tes num grau em que possam ser trabalhados e transformados em oportunidades de crescimento e melhoria do desempenho do próprio processo. Isto é conseguido quando se coloca em oposição as saídas do processo ou o resultado das medidas de desempenho com as especifica- ções colhidas do cliente na entrada do processo. Estas especificações devem ser complementadas pela percepção de como o cliente enxerga a organização e o produto ou serviço que ela se propõe a entregar-lhe. Padronização e melhoria dos processos: “Não existe controle sem padronização” JURAN, 1997 Uma vez adotada a aborda- 10 gem de processos pelas organiza- ções, percebe- se que, para diminuir a defasagem tecnológica detectada em função da abertura do comércio e grande aumento da concorrência, é necessário ainda padronizar os processos para manter a margem de lucros e reduzir os custos, o que, segundo Maia (2003), pode se tornar uma obsessão para as empresas. A padronização dos proces- sos é uma alternativa viável para a padronização dos produtos ou servi- ços prestados no intuito de facilitar a vida dos clientes e da própria organi- zação, ao mesmo tempo em que torna possível a oferta de produtos de maior qualidade e com menor variação entre si. Segundo Perim (2003), a padronização vem satisfazer as expectativas de clientes sensíveis a preço e que procuram atender suas necessidades com padrões já conhe- cidos e pouco sujeitos a incertezas. Para Ishikawa apud Falconi (1991), a padronização encoraja a liderança das organizações a delegar o máximo de autoridade, o que traz como benefícios o fácil controle dos processos, a especialização da mão- de-obra, a melhor utilização dos recursos e a consequente redução de custos, além da possibilidade de produção e distribuição em diferentes lugares em atendimento a maior número possível de clientes. Monti (2000) complementa que a participação de todos os colabo- radores na padronização fomenta o comprometimento com o resultado final e com o sucesso da empresa. empresa. O desafio das organizações que adotam a padronização de seus processos, produtos e serviços está em propor aos seus clientes a oferta de um produto padronizado com personalização na interação, isto é, no momento em que entram em contato fornecedor e cliente e acor- dam que a personalização ocorrerá em um produto base, com baixo custo e que atende as necessidades e expectativas do cliente. A personalização de produtos sustentados por processos muito complexos pode ocorrer na diferenci- ação do preço quando produzidos em larga escala, com menorescustos e melhor utilização dos recursos dispo- nibilizados. Para o sucesso da padroniza- ção é preciso ainda atentar para o planejamento das ações que sinteti- zam os objetivos da organização. Estes objetivos devem nortear o controle e avaliação do desempenho destas ações para elevar o nível da qualidade dos produtos e potenciali- zar a satisfação e fidelização do clien- te. Segundo Biaggio (2006) as ações de aprimoramento dos proces- sos produtivos, a redução dos custos operacionais e a melhoria da qualida- de dos produtos e serviços são obri- gatórias em um mercado globalizado, bombardeado por inovações tecnoló- gicas e multiplicação das ofertas para uma clientela cada vez mais exigente. Para Falconi (1991) a padroni- zação é o caminho para que a organi- zação consiga seu diferencial no 11 mercado e atinja um alto nível de qualidade. Para tanto deve cobrir os aspectos da qualidade, do atendimen- to ao cliente, do ambiente de trabalho e da segurança e meio-ambiente. Ainda com relação ao sucesso da padronização dos processos, embora estes devam ser administra- dos e melhorados conforme metodo- logia de gestão de processos, descrita acima, podem ainda ser vistos como sistemas, isto é, como processos inter-relacionados ou mega proces- sos, maximizando a capacidade de identificação das oportunidades de melhoria através, por exemplo, dos resultados das auditorias de siste- mas, auto-avaliações e do ciclo PDCA. Esta é a chamada melhoria de escala, a qual ocorre em diversos níveis da empresa e a conduzem á excelência operacional. Gestão da Rotina dos Processos: Padronizar processos implica em administrar rotina de atividades. A empresa que pretende padronizar seus processos precisa, em primeira instância, definir as responsabilida- des para que todos estejam envolvi- dos com o resultado projetado e para que cada um possa assumir estas responsabilidades no cumprimento de suas obrigações. Devem ser estabelecidas as metas que serão perseguidas e estipuladas as diretrizes da organiza- ção. Surgirão em seguida os procedi- mentos para execução dos trabalhos e atividades diretamente ligadas a e atividades diretamente ligadas a cada determinado processo produti- vo. O processo produtivo deve ser administrado com vistas á qualidade desejada no que tange à mão-de- obra, infra-estrutura, maquinário e rotina de procedimentos-chave, o que, garante Biaggio (2006), é preponderante para que a empresa esteja preparada para enfrentar a concorrência ou, no mínimo, se man- ter no mercado. A rotina bem administrada implica na facilidade de controle do processo administrativo, na redução do desperdício, de custos operaciona- is, de retrabalhos e no aumento de produtividade, eficiência e satisfação dos clientes. Para que a rotina da produção ou das atividades e procedimentos seja bem administrada também deve ser bem planejada. Segundo Biaggio (2006), as organizações que têm sua rotina bem administrada, trabalham voltadas para o sucesso, uma vez que estão preparadas para se adequar a qual- quer sistema normativo dos proces- sos e a sistemas de administração. 1.4 Evolução da Qualidade: Foi na Europa medieval, no século XIII, que se percebeu a neces- sidade de estabelecer padrões e regras na fabricação, venda e entrega de produtos sem defeito para o aumento da satisfação do cliente, resultando em maior credibilidade e fidelização. 12 A qualidade ganhou importân- cia por ocasião da primeira guerra mundial, quando foi introduzida a inspeção do produto na entrega e as primeiras verificações dos produtos fabricados em série, os quais apre- sentavam elevado índice de defeitos, retrabalhos e descartes, contribuindo para o aumento do custo na manufa- tura. Com o destaque e sucesso dos métodos da qualidade aplicados na indústria, a produção continuada e com certa padronização passou a gerar dados que poderiam ser estuda- dos e tratados estatisticamente. Foi o que percebeu Walter Shewhart, com suas técnicas estatís- ticas de controle da qualidade na produção fomentou o surgimento da gestão pela qualidade total. O movi- mento em direção à qualidade ganhou força com os japoneses que passa- ram a aplicar as técnicas em toda a cadeia organizacional e a exportar produtos de alta qualidade a preços competitivos. Utilizando os métodos de Shewhart, seus discípulos america- nos Joseph M. Juran e W. Edwards Deming inspiraram o milagre da indústria japonesa, principalmente no ramo automobilístico e eletrônico, enquanto Frederick W. Taylor, nos Estados Unidos, desenvolvia um sistema de gestão com foco no aumento da produtividade sem au- mentar o número de trabalhadores. A enorme ênfase dada às novas técnicas de gestão em conse- quência dos excepcionais resultados na indústria fez com que os métodos da gestão pela qualidade migrassem para as áreas de serviços, saúde, educação e setores governamentais. Em 1987 foi publicada a pri- meira série das normas ISO 9000 para gestão da qualidade, cujo princí- pio de sustentação era a aplicabilida- de em quaisquer tipos e tamanhos de organizações. 1.5 O Concei to de Gestão Ambiental: As empresas modernas, em nível mundial, independentemente de seu tamanho e tipo de negócio vêm aumentando as preocupações com a manutenção e a melhoria da qualida- de do ambiente em que estão inseri- das, assim como com a proteção da saúde humana. Estão dirigindo suas atenções para os potenciais impactos que suas atividades, produtos e servi- ços podem causar no meio-ambiente terrestre. O desempenho ambiental de uma organização vem se tornando diferencial e ganhando importância cada vez maior entre os participantes da cadeia de suprimentos. Conforme a ISO 14000, um desempenho ambi- ental sólido requer comprometimento organizacional e uma abordagem sistemática ao aprimoramento contí- nuo dentro da organização. Dependendo do momento político e econômico, uma empresa, para galgar novos patamares de produtividade e alcançar níveis mais altos de competitividade, precisa não somente se reorganizar sistemática e processualmente assim como concentrar suas energias na direção 13 do crescimento sustentado da econo- mia. Em especial os setores produti- vos que são os principais agentes modificadores dos ecossistemas e clientes dos recursos naturais. São difíceis as questões em que se opoêm os processos de trans- formação industrial e os interesses relativos à utilização do meio ambien- te. Segundo Horácio Lafer Piva (2003), presidente da Fiesp/Ciesp, “estas dificuldades tendem a se multi- plicar, em especial para as micro e pequenas empresas, as mais atingi- das pelas dificuldades em adaptar seus processos industriais, a sua cultura empresarial e o seu profissio- nalismo gerencial, aos novos desafios da conformidade ambiental e do desenvolvimento sustentável.” O cliente cada vez mais infor- mado e igualmente preocupado com o meio- ambiente, começa a selecionar seus fornecedores conforme critérios de utilização ambiental e responsabili- dade social. Porém, há dificuldade, tanto para a própria indústria quanto para a legislação ambiental, em julgar o desempenho de uma organização do setor produtivo de forma imparcial e absoluta, tendo em vista a enorme relação existente entre a atividade industrial e o meio-ambiente,o qual é, simultaneamente, fonte de matéria- prima, energia, água e outros insu- mos, além de ser o depositário dos resíduos e efluentes das indústrias. E ainda é o meio- ambiente que recebe os impactos, positivos ou negativos, dos diversos setores ambientais. Segundo Monti (2000), é “a indústria que orquestra a sinfonia do desenvolvimento.” Porém este desen- volvimento tem de ser responsável. A divulgação das primeiras normas da série ISO 14000, em mea- dos da década de 90, impulsionou a integração dos princípios da sustenta- bilidade aos critérios de desempenho de uma organização produtiva, atra- vés de procedimentos de conserva- ção, monitoração e controle. 1.6 Estrutura do Sistema de Gestão Ambiental: A partir do momento em que se reforça a preocupação sobre o peso e a influência que os imperativos de conservação e a recuperação ambiental devem ter sobre a evolução das trajetórias tecnológicas, inicia-se a abertura de espaços para a internali- zação desses mesmos imperativos nos processos de inovação. É justa- mente nesse sentido que se afirma sobre o potencial indutor da variável ambiental nas transformações das trajetórias organizacionais e tecnoló- gicas. Tomando a perspectiva eco- nômica neo-schumpeteriana como ponto de partida, pode-se entender que a variável ambiental é endógena às estratégias inovativas das organi- zações na medida em que tem o potencial para a geração de assimetri- as que culminam em vantagens com- petitivas. Assim, inovações desenvolvi- das em consonância com imperativos de conservação e recuperação ambi- ental contribuem para a configuração 14 de um novo padrão de competitivida- de para produtos, processos e servi- ços que têm como atributo a qualida- de ambiental. Assim, passa a ser determi- nante para a competitividade das organizações não apenas sua capaci- dade de gerar, introduzir e difundir inovações, quanto sua capacidade de fazê-lo de forma que essas inovações tenham implicações ambientais posi- tivas (Romeiro e Salles-Filho, 1997). Contudo, a pressão de ordem econômica se manifesta não apenas no aproveitamento de demandas ambientais como oportunidades tecnológicas, mas também pela restri- ção econômica que se impõe a partir de um determinado desenho tecnoló- gico. A incorporação da variável ambiental na evolução das trajetórias tecnológicas na agricultura, por exem- plo, é em parte decorrente do compro- metimento, em longo prazo, da capa- cidade produtiva dos agroecossiste- mas em função de um modelo tecno- lógico agrícola intensivo em insumos químicos e mecanização (Romeiro, 1998). Não há ainda como descartar a influência dos mecanismos legais e regulatórios na internalização da variável ambiental no processo de inovação, assim como o elemento de conscientização (embora sem contor- nos claros) dos atores sociais envolvi- dos na geração de inovações, ou seja, um interesse pessoal de ordem ambi- ental (tendo em vista a manutenção da qualidade do ecossistema terres- tre), que está também recalcado em uma garantia de legitimidade social uma garantia de legitimidade social como meta da organização na qual localizam-se esses atores. 1.7 Desenvolvimento Sustentável: O conceito de sustentabilida- de, o que implica em continuação, permanência, durabilidade e conser- vação, pode ser compreendido na atualidade como um contraponto à ideia vaga, massificada e ideologiza- da de desenvolvimento sustentável. Segundo Silva (2012, p. 728), a noção de sustentabilidade configu- ra-se como “[...] uma crítica do desen- volvimento sustentável enquanto discurso apropriado pelo capital na disputa ideológica”. Portanto, do ponto de vista acadêmico e científico, faz muito mais sentido utilizar e discutir conceitual- mente as dimensões da sustentabili- dade, A saber, a ambiental, a cultural, a econômica, a institucional etc., do que empregar a inconsistente expres- são desenvolvimento sustentável. Atualmente não se pode falar de sustentabilidade ambiental do bioma Amazônia sem citar as suas Unidades de Conservação - UC. Essas são frações do espaço nacio- nal, legalmente instituídas pelo poder público, com o objetivo de proteger (conservando ou preservando) recur- sos naturais renováveis (BRASIL, 2000). Para Medeiros, Irving e Garay (2006) as UC podem ser concebidas 15 como a terceira via de percepção e apropriação do espaço no Brasil, ao l a d o d a s á r e a s u r b a n a s e rural/agrícola. Para Derani (2001, apud MEDEIROS, IRVING, GARAY, 2006, p. 23), “[...] onde há unidade de conservação, ou não há urbanização ou agricultura (unidade de proteção integral), ou estas atividades antrópi- cas submetem-se a limites e zonea- mentos específicos (unidades de uso sustentável)”. Na compreensão de Nepstad (2006), as UC são essenciais na região amazônica frente ao desmata- mento e ao fogo infligido pelo avanço das estradas, madeireiras, pecuária e a monocultora, principalmente da soja e do algodão. Ao utilizar-se de dados do trabalho de Ferreira, Venticinque e Almeida (2005) sobre o desmatamen- to nos estados de Mato Grosso, Rondônia e Pará no período de 2001 e 2003, Silva (2007) demonstrou em percentuais que se desmata pelo menos dez vezes mais fora dessas Unidades do que dentro delas. E mais, este autor argumenta que se faz necessária a criação e consolidação de um mosaico de UC como possibilidade estratégica ao desenvolvimento socialmente justo e ambientalmente sustentável no bioma Amazônia. 1.8 Ações de Desenvolvimento Sustentável: Ao responderem aos imperati- vos ambientais por meio de seus processos de inovação, as organiza- ações contribuem no desenho de novas bases científicas e tecnológi- cas que possuem no seu cerne a consideração ambiental. Segundo Castells (1999), ao mesmo tempo em que o debate sobre as relações entre meio ambiente e desenvolvimento científico e tecnoló- gico é permeado por uma certa descrença (dado que historicamente o desenvolvimento científico e tecno- lógico tem sido responsável por im- pactos ambientais negativos), a superação desse tipo de relação tem como base a própria ciência (a coleta, análise, interpretação e divulgação de informações científicas sobre a intera- ção entre artefatos produzidos pelo homem e o meio ambiente) e tem como objetivo o desenvolvimento de um novo padrão tecnológico (com minimização e prevenção de impac- tos ambientais). É nesse sentido que o autor afirma sobre a “[...] relação estreita e ao mesmo tempo ambígua [...]” do movimento ambientalista “[...] com a ciência e a tecnologia” (Castells, 1999, p. 155). Sobre o primeiro ponto, ou seja, sobre a base científica que dê subsídios para o desenvolvimento de um novo padrão tecnológico, vigora a idéia de superação de abordagens restritas e da constituição de novos alicerces do qual as organizações devem se valer (além de ajudar a construir) para efetivar sua estratégia de incorporação da variável ambiental no processo de inovação. Essa nova base científica deve ser capaz de lidar com diferentes desafios, quais sejam: 16 1º A cumulatividade associada à degradação ambiental dado que problemas por ora imperceptíveis podem se desenvolver a ponto de se tornarem maiores, alcançando os limites do ecossistema (e excedendo sua capacidade de suporte);2º a irreversibilidade associada à degradação ambiental, pois em muitos casos não há como reverter um determinado quadro de degrada- ção já consolidado; 3º a complexidade inerente aos siste- mas naturais, marcados pelas inter- relações entre os componentes do ecossistema, e que denotam dificul- dades para caracterização dos problemas ambientais e dos riscos associados a eles; 4º o caráter global dos problemas ambientais, que de acordo com Kemp e Soete (1992) não é restrito às fronte- iras geográficas ou populações isola- das; 5º a multidisciplinaridade (ou ainda a transdisciplinaridade) exigida para lidar com problemas e riscos ambien- tais, pois trata-se de um conhecimen- to que envolve diferentes áreas do conhecimento (Healy, 1995). Foray e Grübler (1996) consi- deram que esse novo padrão de geração e distribuição de conheci- mento pressupõe a sistematização de uma grande e crescente quantidade de informações (capazes de caracte- rizar os problemas ambientais, os riscos e os impactos associados à eles), além da participação de diferen- tes atores na construção do conheci- mento e no processo de tomada de decisão. 1.9 Teoria do Triple Bottom Line: A expressão triple bottom line (TBL) foi formulada por John Elkington, considerado uma autorida- de mundial em responsabilidade corporativa e desenvolvimento sustentável. Tal expressão foi criada em 1995 para difundir a ideia de concepção de valor multidimensional baseada em três componentes do desenvolvimento sustentável:people, planet & profit (pessoas, planeta & lucros) (ELKINGTON, 2012). O TBL surgiu para auxiliar as empresas de petróleo e gás a integrar os três pilares do desenvolvimento sustentável - prosperidade econômi- ca, justiça social e proteção ao meio ambiente - nas suas transações mais importantes e a transpor a sustentabi- lidade da teoria para a prática. Assim, o planejamento estratégico das empresas passa a incorporar um novo comportamento, intitulado triple bottom line por conta do intrínseco relacionamento das dimensões econômicas, sociais e também ambientais (ELKINGTON, 2012). Esta teoria mostra o quanto devemos estar interligados. Apesar de ter sido desenvolvi- do para auxiliar empresas a integrar os três pilares do desenvolvimento sustentável, o modelo do triple bottom line pode ser adequado do ambiente corporativo para outros formatos organizacionais, como arranjos produtivos locais, conforme pode ser observado na figura a seguir. 17 De acordo com os novos modelos de negócios, as empresas hoje possuem obrigações perante toda a sociedade. O conceito de sustentabilidade corrobora a concep- ção de que as organizações devem se preocupar em minimizar os impactos ao meio ambiente, e as sociedades simultaneamente, e em consequên- cia, propagam a criação de valor aos seus acionistas (HART, 1997; CARROL, 1999; STEGER, 2004). Para Winn e Kirchgeorg (2005), a sociedade, as organizações e o Estado compreendem que qualquer avanço na sustentabilidade empresa- rial acarreta uma compensação que vai além do aspecto econômico- financeiro, almejando o equilíbrio, a Triple Bottom Line Corporativo APL Formato Organizacional Triple Bottom Line Em Sistemas Produtivos Diversos equidade social e a resiliência ambi- ental para a busca de soluções de longo prazo e também de ganha- ganha (win-win). As empresas preci- sam de estratégias que lhe rendam benefícios e, simultaneamente, a seus clientes e ao meio ambiente ( w i n - w i n - w i n s t r a t e g i e s ) (ELKINGTON, 2012). Segundo Almeida (2002), a expressão triple bottom line (TBL) e a palavra sustentabilidade são termos ainda em construção não somente no Brasil, mas também no mundo inteiro. 1.10 Arranjo Produtivo Local: O Arranjo Produtivo Local pode ser descrito como um grande complexo produtivo, geograficamente definido, caracterizado por um grande número de firmas envolvidas nos diversos estágios produtivos e, de várias maneiras, na fabricação de um produto, onde a coordenação das diferentes fases e o controle da regu- laridade de seu funcionamento são submetidos ao jogo do mercado e a um sistema de sanções sociais aplica- do pela comunidade (Becattini, 1999). A contiguidade espacial per- mite ao sistema territorial de firmas viabilizar externalidades produtivas e tecnológicas sem perder sua flexibili- dade e adaptabilidade. O crescimento centra-se em um conjunto de relações criadas por atores econômicos locais, apoiados por sistemas institucionais voltados aos interesses e às necessidades das atividades desenvolvidas na região. Existe uma articulação entre as empresas e entre estas e o ambi- 18 ente, através de estruturas de apoio e de variáveis de natureza política, histórica e sociológica que interagem com a questão territorial. De forma, que o aglomerado de empresas passa a assumir importância para o entendi- mento do sucesso competitivo. Os APLs se apresentam, assim, como caminhos para o desen- volvimento baseado em atividades que levam à expansão da renda, do emprego e da inovação. Espaços econômicos renova- dos, onde as pequenas empresas podem se desenvolver usufruindo as vantagens da localização, a partir da utilização dos princípios de organiza- ção industrial como alavanca para o desenvolvimento local, pela ajuda local às micro, pequenas e médias empresas (PMEs), trabalhando para- lelamente estratégias de aprendiza- gem coletiva direcionada à inovação e ao crescimento descentralizado, enraizado em capacidades locais. O APL, concebido como um todo social e econômico, implicita a existência de inter-relações próximas entre as esferas social, política e econômica, onde o funcionamento de uma é delineado pelo funcionamento e organização das demais. De forma que, a interpenetra- ção e a sinergia existente entre a atividade produtiva e a vida cotidiana guarda o potencial de implementação de políticas estrategicamente orienta- das, com vistas ao desenvolvimento dos fatores externos necessários ao aproveitamento das possibilidades locais, ou seja, o fomento de efeitos econômicos coletivos através de intervenção governamental. tema que está cada vez mais presente na agenda das mais diversas áreas do conhecimento. 4º Questão: Produza um texto reali- zando um paralelo dos sistemas de qualidade, a consolidação da susten- tabilidade na sociedade alicerçada na informação e no conhecimento. 5º Questão: Produza um texto de até 10 linhas sobre “Sustentabilidade para Compras Públicas” Sugestão de Leitura: Kuhn, T. S. A estrutura das revoluções científicas. 9ª edição. São Paulo: Perspectiva, 2006. MENDES, João Ricardo Barroca. Gerenciamento de Projetos: uma abordagem pratica. Rio de Janeiro: FGV, 2009. Exercício: 1º Questão: Elabore um texto, de até 10 páginas, onde após configurar os determinantes para a geração, intro- dução e difusão de inovações, o contexto institucional acaba por delimitar também o cenário de proble- mas que se insinuam e que motivam a geração de inovações. 2º Questão: Foi apresentado que o TBL reflete um conjunto de valores, metas, objetivos e procedimentos com o foco de criação de valor econô- mico, social e ambiental que juntos trabalhem em harmonia para evitar qualquer tipo de dano a partir de sua atuação. 3º Questão: Comente as razões quelevam a sustentabilidade a ser um Noticias sobre Gestão: Normalização e Diagramação Av. José Bonifácio, 2628 - Portal da Amazônia Belém - Pará - 66065-362 - Estacionamento Próprio & (91) 3229-5807 - 3229-1067 meridional@meridionalpa.com Hinton Bentes hintonbentes E-mail: falecom@hintonbentes.com.br hintonbentesHinton Bentes Gestão da Qualidade Meio Ambiente Administração
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