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Sistema Reprodutor Feminino

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Aspectos Morfofuncionais Do Sistema Reprodutor Feminino:
● Formada pelas seguintes estruturas
principais: gônadas (ovários), tubas uterinas,
útero, vagina interna, e vulva (vagina externa).
1. Vulva:
● E delimitada e protegida por
duas pregas cutâneo-mucosas
intensamente irrigadas e inervadas, os
grandes lábios
● Mais internamente encontra-se
os pequenos lábios
● Na vulva também está o clitoris, que
é um pequeno órgão altamente
sensível (homólogo à glande do
pênis) formado pelo tecido erétil.
● logo abaixo, localiza-se a abertura
vaginal e uretral
2. Vagina Interna:
● A vagina interna é um canal de 6 a 10 cm de comprimento, de paredes elásticas,
que liga o colo do útero aos genitais externos
● Contém de lado de sua abertura, porém
internamente, as denominadas Glândulas de
Bartholin, que secretam um muco lubrificante
● A glândula de Skene segregam uma enzima
que intervém na excitação e ejaculação feminina
● A entrada da vagina é protegida por uma
membrana circular - o hímen- que fecha parcialmente
o orifício vulvo-vaginal, podendo ter formas diversas.
Geralmente, é rompida na primeira relação sexual.
● É revestida por uma membrana mucosa,
cujas células liberam glicogênio
● Bactérias presentes na mucosa vaginal (lactobacillus) fermentaram o glicogênio,
produzindo ácido lático impedindo a proliferação da maioria dos micro-organismos
patogênicos.
3. Útero:
● Está localizado na cavidade pélvica entre
a bexiga e o reto
● Ele possui uma musculatura chamada
endométrio, que é estimulado pelos
hormônios: estrogênio e progesterona.
● O útero possui forma de uma pêra
invertida, é musculoso e oco. Na sua
região superior/lateral está ligado com as
tubas uterinas e na região inferior está
ligada com a vagina.
● É formado pelas seguintes regiões: fundo, corpo, istmo, como e óstio.
● O interior do útero é revestido por um tecido muito vascularizado e sua parede é
formada por três camadas: perimétrio, miométrio e endométrio.
● Perimétrio: camada mais externa do útero, constituída principalmente por uma
membrana úmida e delegada por células epiteliais (serosa) associada á uma fina
camada de tecido conjuntivo
● Miométrio: encontra-se abaixo da serosa e é responsável por boa parte da
espessura da parede uterina; é formada por feixe de fibras musculares lisas
separadas por tecido conjuntivo
● Endométrio: camada interna das células que reveste a cavidade uterina. Todo mês
ele se torna espesso para receber o óvulo fertilizado; caso não ocorra a fertilização,
será eliminada através da menstruação.
- e estimulado pelos hormônios ovarianos estrogênio e progesterona
- ele permite que o embrião se aloja na parede do útero durante a nidação
- responsável pela formação da placenta
4. Tubas Uterinas:
● Tubos contráteis, com 10cm de comprimento, que se localizam na região
súpero-lateral do útero
● Responsáveis por promover o encontro dos gametas femininos e masculinos
(fecundação)
● Infundíbulo: Porção mais lateral da
tuba. Sua base irregular, e circundada por
fímbrias, uma das quais, a fímbria
ovárica, é a mais desenvolvida e está
anexada ao ligamento tubo-ovárico.
● Ampola: E a parte mais longa e
mais calibrosa, com aproximadamente 7
cm. é ligeiramente tortuosa e possui
paredes delgadas;
Considerando a parte mais importante por
ser o local onde ocorre a fecundação
● Istmo: E a parte medial da tuba que sofre um estreitamento, mede cerca de 3 a 4 cm
de comprimento retilíneo, de parede espessas e menos móvel;
E a continuação da ampola para o trajeto até o corpo do útero.
● Túnicas:
- Serosa: Mais externa, semelhante ao perímetro do útero
- Muscular: Composta de camadas de fibra
- Mucosa: Constituída de pregas tubais que facilitam a locomoção do óvulo ao
útero.
● Gametas feminino, após ser liberado na pelos ovários, será recolhido pelas
terminações das tubas uterinas, chamadas fímbrias.
5. Ovários :
● Com relação a sua anatomia, possuem uma formação oval e aplanada, semelhante
a uma amêndoa
● apresentam duas partes: Interna e externa
● A parte externa abriga uma grande quantidade de folículos, local onde se encontram
os óvulos;
● A cada ciclo menstrual, um novo folículo será desenvolvido ( folículo de graaf)
● Folículos de graaf: possui cerca de 400.000 deles nos ovários
● Gônadas femininas:
- Produção de hormônios femininos (estrogênio e progesterona)
- Ovários: os folículos ovarianos de graaf, que irão originar os gametas
● Menopausa:
- Quando se encerra a ovulação
- Apenas o tecido adiposo responsável pela produção de pequenas
quantidades desse hormônio
6. Sexualidade feminina:
● Estimular o ato sexual
- Fatores endócrinos;
- Sensoriais e Psíquicos;
● Aspectos Hormonais:
- Ovulação (aumento da secreção de estrogênio);
- Sinais químicos: feromônios, são emitidos entre os indivíduos e sentidos por
eles através do olfato (libido);
● Fase de excitação:
- Terminações nervosas irão liberar, no aparelho genital neurotransmissores
(acetilcolina e peptídeos vasodilatadores);
- Esses estimula a secreção das glândulas de Bartholin;
- Ereção do clitoris;
- Turgescência dos pequenos lábios;
7. Tumores:
● Câncer de mama:
O câncer de mama mantém-se como o segundo tipo mais frequente desta doença no
mundo e está em primeiro lugar entre os que acometem as mulheres. No Brasil, é o tipo
mais comum de câncer e representa a principal causa de mortalidade entre as mulheres .
Segundo o Ministério da Saúde (MS), em 2012, houve 52.680 casos novos de câncer de
mama no país; em 2013, a mortalidade foi de 14.206 mulheres e 182 homens vítimas da
doença 3. Em termos mundiais, estima-se que a incidência do câncer pode aumentar em
50% em 2020, com 15 milhões de casos novos . Para 2016, eram esperados 57.960 casos
novos de câncer de mama no Brasil, com risco estimado de 56,20 casos a cada 100 mil
mulheres 3. Nos últimos anos, a incidência de casos novos de câncer de mama em
mulheres jovens tem aumentado. No ambiente hospitalar, observa-se aumento da demanda
de procedimentos cirúrgicos como mastectomia e quadrantectomia ou tratamentos como
quimioterapia, radioterapia e fisioterapia . Acredita-se que as taxas de mortalidade por
câncer de mama continuem elevadas porque a doença segue sendo diagnosticada em
estágios avançados. Na tentativa de diminuir esses índices, algumas pesquisas apontam a
necessidade de conhecer o perfil socioeconômico e demográfico e os fatores de risco das
mulheres acometidas por tumores de mama, uma vez que as peculiaridades de crenças
religiosas e culturais podem influenciar na maior ou menor aderência terapêutica 5,6. O
conhecimento dos principais fatores de risco e a prática de prevenção passam a ser vitais
para a cura e reabilitação da mulher diagnosticada com câncer de mama. Assim, a
capacitação dos profissionais da saúde para ações de educação em saúde e para a busca
ativa de mulheres propensas a desenvolver essa doença se mostra essencial para a
detecção precoce e maiores chances de cura. Entre as formas mais eficazes de detecção
precoce se encontram o exame clínico da mama e a mamografia. Outro exame compreende
a ultrassonografia como apoio diagnóstico, que na maioria das vezes provê dados
suficientes para estadiamento clínico do tumor e definição do tratamento.
Fatores de risco:
- Comportamentais/ambientais:Obesidade e sobrepeso após a menopausa;
Sedentarismo (não fazer exercícios) ; Consumo de bebida alcoólica;
Exposição frequente a radiações ionizantes (raios X, mamografia e
tomografia).
- História reprodutiva/hormonais:Primeira menstruação (menarca) antes dos
12 anos; Não ter tido filhos; Primeira gravidez após os 30 anos; Não ter
amamentado; Parar de menstruar (menopausa) após os 55 anos; Ter feito
uso de contraceptivos orais (pílula anticoncepcional) por tempo prolongado;
Ter feito reposição hormonal pós-menopausa, principalmente se por mais de
cinco anos.
- Hereditários/genéticos: História familiar de Câncer de ovário/ Câncer de
mama em homens/ Câncer de mama em mulheres, principalmente antes dos
50 anos; A mulher que possui alterações genéticas herdadas na família,especialmente nos genes BRCA1 e BRCA2, têm risco elevado de câncer de
mama. Apenas 5 a 10 % dos casos da doença estão relacionados a esses
fatores
Sintomas:
- Caroço
- Mamilo puxado
- Ondulações
- Corrimento
- Pele puxada
- Vermelhidão/erupção
Prevenção: Não existem medidas específicas para a prevenção primária do câncer
de mama, aplicáveis à população em geral. Alguns fatores de risco, especialmente a
obesidade, devem ser alvo de ações de promoção à saúde, dirigidas ao controle das
doenças crônicas não transmissíveis em geral.
- DETECÇÃO PRECOCE: O exame clínico das mamas deve ser parte do
atendimento integral à mulher em todas as faixas etárias. Além disso,
recomenda-se sua realização com periodicidade anual para as mulheres com
40 anos ou mais. Ações de educação para a saúde devem contemplar o
conhecimento do corpo, incluindo o exame das mamas realizado pela própria
mulher periodicamente, e a informação de que ele não substitui o exame
físico realizado por profissional de saúde treinado para esta atividade. O
rastreamento mamográfico está recomendado para as mulheres entre 50 e
69 anos, com periodicidade nunca superior a 2 anos. Mulheres que
apresentam um risco elevado de desenvolver câncer de mama devem ser
submetidas a exame clínico das mamas e mamografia anualmente, a partir
dos 35 anos de idade. Neste grupo estão incluídas as mulheres com história
familiar de parente de primeiro grau -mãe, irmã ou filha- com diagnóstico de
câncer de mama bilateral em qualquer faixa etária ou câncer de mama
unilateral antes dos 50 anos de idade ou câncer de ovário. Além disso,
devem ser incluídas mulheres com história familiar de câncer de mama
masculino e biópsia prévia de lesão mamária com diagnóstico de lesão
proliferativa com atipia. Atualmente não há evidências científicas que
justifiquem a recomendação de quimioprevenção para o câncer de mama
- OBS: O documento de consenso produzido na Oficina de trabalho para
elaboração de recomendações ao Programa Nacional de Controle do Câncer
de Mama", ocorrida em Brasília nos dias 13 e 14 de novembro de 2003,
encontra-se em fase de elaboração, devendo ser divulgado proximamente.
● Câncer do Colo do Útero:
Quais os fatores de risco?
O fator de risco mais importante para o desenvolvimento do câncer de colo uterino é
a presença do vírus HPV (human papillomavirus) com seus subtipos oncogênicos.
Mais de 97% dos tumores de colo uterino contêm DNA do HPV. Embora muitos tipos
de HPV tenham sido associados com neoplasias anogenitais, os tipos 16, 18, 31, 35,
39, 45, 51, 52, 56 e 58 causam a maioria dos tumores invasivos. Outros fatores
associados com o desenvolvimento do câncer de colo uterino incluem início precoce
de atividade sexual (< 16 anos), um alto número de parceiros sexuais ao longo da
vida e história de verrugas genitais.Pacientes imunossuprimidas usando drogas
imunossupressoras também apresentam risco aumentado desta neoplasia. Por fim,
um dos fatores de risco mais importantes é o tabagismo ou mesmo exposição ao
ambiente do tabaco, pois agentes carcinogênicos específicos do tabaco, presentes
no muco e epitélio cervical, podem danificar o DNA das células do colo uterino,
propiciando o processo neoplásico.
Qual o quadro clínico, sinais e sintomas do câncer do colo do útero?
O tumor de colo uterino se apresenta na sua fase inicial de uma forma assintomática
ou pouco sintomática, fazendo com que muitas pacientes não procurem ajuda no
início da doença.O câncer de colo uterino cresce localmente atingindo vagina,
tecidos paracervicais e paramétrios, com isso, podendo comprometer bexiga,
ureteres e reto. A disseminação à distância ocorre principalmente por via linfática,
envolvendo inicialmente os linfonodos pélvicos, e, após, os para-aórticos. A
apresentação clínica depende principalmente da localização e extensão da doença.
A paciente pode referir secreção vaginal amarelada fétida e até sanguinolenta, ciclos
menstruais irregulares, spotting intermenstrual, sangramento pós-coital e dor no
baixo ventre. Nos estádios mais avançados, a paciente pode referir dor no baixo
ventre mais importante, anemia, pelo sangramento, dor lombar, pelo
comprometimento ureteral, hematúria, alterações miccionais, pela invasão da
bexiga, e alterações do hábito intestinal, pela invasão do reto. As pacientes podem
sentir dores na coluna lombar e bacia pélvica, pelo comprometimento, às vezes, da
parede pélvica
Quais as recomendações atuais para prevenção?
A prevenção do câncer invasivo do colo do útero é feita por medidas educativas,
vacinação, rastreamento, diagnóstico e tratamento das lesões subclínicas. A doença
inicia -se geralmente em torno dos 30 anos de idade, na forma de lesões
subclínicas, intraepiteliais cervicais, que evoluem para carcinoma invasivos, e sua
incidência aumenta rapidamente até os 50 anos. O principal fator de risco é a
infecção por papilomavírus humano (HPV), entretanto mais de 90% dessas novas
infecções por HPV regridem espontaneamente em seis a 18 meses. Existem hoje 13
tipos de HPV reconhecidos como oncogênicos pela IARC. Desses, os mais comuns
são o HPV16 e o HPV-18. A infecção persistente pelo HPV é o principal fator de
risco. Contribuem para a persistência do HPV o tabagismo, o uso de drogas
imunossupressoras e a imunossupressão causada pela infecção pelo vírus da
imunodeficiência humana (HIV). A vacina contra o HPV é eficiente na prevenção do
câncer do colo do útero. No Brasil, o Ministério da Saúde implementou, no
calendário vacinal, em 2014, a vacina tetravalente contra o HPV para meninas de 9
a 13 anos. A partir de janeiro de 2017, os meninos de 12 a 13 anos também
começaram a receber a vacina. A faixa etária será ampliada gradualmente até 2020,
quando a vacina estará disponível para meninos de 9 a 13 anos. O esquema vacinal
consiste em duas doses, com intervalo de seis meses para meninas e meninos.
Essa vacina protege contra os subtipos 6, 11, 16 e 18 do HPV. Os dois primeiros
causam verrugas genitais e os dois últimos são responsáveis por cerca de 70% dos
casos de câncer do colo do útero. Mesmo as mulheres vacinadas, quando
alcançarem a idade preconizada, deverão realizar o exame preventivo, pois a vacina
não protege contra todos os subtipos oncogênicos do HPV. O rastreamento do
câncer do colo do útero no Brasil, recomendado pelo Ministério da Saúde, é o
exame citopatológico em mulheres de 25 a 64 anos. A rotina é a repetição do exame
Papanicolau a cada três anos, após dois exames normais consecutivos realizados
com um intervalo de um ano. A efetividade do programa de controle do câncer do
colo do útero é alcançada com a garantia da organização, da integralidade e da
qualidade dos serviços, bem como do tratamento e do seguimento das pacientes.
Quais as recomendações atuais para rastreamento?
De acordo com o Ministério da Saúde, o rastreamento do câncer do colo do útero
deve ser realizado pelo exame citológico. As recomendações são de iniciar o
rastreamento aos 25 anos em mulheres (gestantes ou não gestantes) que já
iniciaram atividade sexual. Após dois exames negativos realizados com intervalo de
um ano, os próximos devem ser realizados a cada 3 anos. Há uma orientação para
evitar o diagnóstico e tratamento de lesões precursoras assintomáticas por
rastreamento em mulheres com idade inferior a 25 anos. O rastreamento pode ser
interrompido aos 64 anos em mulheres com pelo menos dois exames negativos
consecutivos nos últimos cinco anos e sem antecedentes de patologia cervical. A
estrogenização prévia à coleta do exame pode ser realizada em mulheres na
pós-menopausa, melhorando a qualidade do esfregaço. Mulheres previamente
submetidas à histerectomia total por lesões benignas, sem história prévia de
diagnóstico ou tratamento de lesões cervicais de alto grau, podem ser excluídas do
rastreamento, desde que apresentem exames anteriores normais. Em mulheres
imunossuprimidas o exame citológico deve ser realizado após o início da atividade
sexual com intervalos semestrais no primeiro ano e, se normais, manter seguimento
anual enquanto se mantivero fator de imunossupressão. Mulheres HIV positivas
devem ter o rastreamento citológico a cada 6 meses. Algumas recomendações
nacionais e internacionais recomendam o uso de testes de detecção do HPV,
associados à citologia, em mulheres com 30 anos ou mais. O teste de HPV é mais
sensível e tem alto valor preditivo negativo, permitindo aumentar o intervalo entre as
coletas, de três para cinco anos, quando ambos os exames forem negativos. O
sucesso do programa de rastreamento depende dele ser realizado de maneira
organizada: a realização periódica do exame (a cada três anos) dos 25 aos 64 anos;
enviar um convite para realizar o exame a cada três anos que atinja 95% das
mulheres; coletar o exame citológico em 85% das mulheres; conduzir
adequadamente os resultados alterados em 85% das mulheres e ter um bom
controle de qualidade dos exames e dos tratamentos efetuados.
Ciclo Ovariano e Climatério:
1. Ciclo menstrual:
● Alteração ciclicas regulares de secreção hormonal e alterações físicas
correspondentes no útero, ovários e outras estruturas do trato reprodutor. Tais
alterações são consideradas como preparatórias para possibilitar a fertilização e o
desenvolvimento da gravidez.
● Duração média de um ciclo é de 28 dias
● Alterações Ovarianas:
- Maturação dos folículos;
- Expulsão do folículo maduro;
- Formação do corpo lúteo;
● Alterações uterinas:
- Proliferação;
- Secreção;
- Descamação (menstruação)
● Objetivos:
- Promover maturação que resulta na liberação de um único ovócito
secundário e a posterior formação do corpo lúteo, é chamado de ciclo
ovariano;
- Promover alterações morfológicas do endométrio, tornando-o apto à
implantação do ovócito fecundado que, neste momento, se denomina
- blastocisto, o chamado ciclo endometrial;
1.1. Ciclo Ovariano:
● Mulheres já nascem com todos os folículos que terão durante a vida;
● E o folículo que se matura e dá origem a um ovócito que poderá ser fecundado;
● Em torno de 15 folículos são secretados no ciclo menstrual, entretanto, somente 1
irá se maturar;
● Reprodução = manutenção e perpetuação da espécie;
● Células reprodutivas x Ciclo ovariano:
- Produz
- Estoca
- Transporta
- Nutre
1.1.1. Fase Folicular:
● Desenvolvimentos dos folículos até a ovulação; (o FSH recruta folículos ovarianos
primordiais e é terminado pelo LH)
● Caracterizado por:
- Crescimento e diferenciação de um oócito primário;
- Proliferação das células foliculares;
- Formação da zona pelúcida;
- Desenvolvimento das tecas foliculares;
1.1.2. Ovulação:
● Por volta da metade do ciclo ovariano, o folículo, sob influência do FSH e LH, sofre
um repentina surto de crescimento, produzindo uma dilatação cística ou uma
saliência na superfície ovariana
● A ovulação é disparada por uma onda de produção de LH.
● A elevação nos níveis de LH, induzida pela alta concentração de estrogênio no
sangue, parece causar a tumefação do estigma, formando uma vesícula. O estigma
logo se rompe expelindo o oócito e o resultado da pressão intra folicular e
possivelmente da contração da musculatura lisa da teca externa (capsular),
estimulada pelas prostaglandinas.
1.1.3. Corpo Lúteo:
● Logo após a ovulação, as paredes do folículo ovariano e da teca folicular colapsam e
se tornam pregueadas.
● Sob a influência do LH elas formam uma estrutura glandular, o corpo lúteo, que
secreta progesterona e algumas quantidades de estrogênio, o que leva as glândulas
endometriais a secretaria e, assim, o endométrio se prepara para a implantação do
blastocisto.
1.1.4. Regulação do ritmo mensal feminino:
● Hipotálamo: Estrutura neural na base do crânio
(acima da quiasma óptico e abaixo do terceiro
ventrículo)
- Não existe comunicação neural direta entre
adeno-hipófise e hipotálamo;
- Neuro-hormônios produzidos no hipotálamo
chegam na adeno-hipófise pela circulação
porta - hipofisária
- Os neuro-hormônios hipotalâmicos são
fatores liberados (estimuladores) de hormônios
hipofisários ( apenas a dopamina tem o efeito inibidor - Inibe a secreção
hipofisária da prolactina)
● O hormônio liberador de gonadotrofina (GnRH) é produzido por neurônios do núcleo
arqueado do hipotálamo,é responsável pela secreção hipofisária de hormônio
luteinizante (LH) e do hormônio folículo estimulante (FSH)
- Secretado de forma pulsátil para exercer função reguladora na hipófise
durante o ciclo menstrual
- A secreção contínua de GnRH leva à dessensibilização hipofisária e a
diminuição dos receptores de GnRH na hipófise;
● Os pulsos de GnRH são modulados pelo sistema supra-hipotalâmico
noradrenalina-dopamina
- Noradrenalina = estimula
- Dopamina = Inibe
- Esse sistema pode ser influenciado por opioides endógenos, catecola
estrógenos e outros neurotransmissores.
● As gonadotrofinas LH e FSH são produzidas pelo gonadotrofo, que se localiza na
adeno-hipófise (sob a ação do GnRH, os gonadotrofos produzem, armazenam e
liberam as gonadotrofinas)
● A secreção, síntese e armazenamento das gonadotrofinas variam conforme o
decorrer do ciclo, conforme concentrações de estradiol, progesterona, inibe e outras
substâncias produzidas pelo folículo dominante.
● LH e FSH são responsáveis pelos os hormônios progesterona e estrogênio.
1.1.5. Estrogênio:
● Funções:
- Proliferação das células epiteliais ciliadas;
- Retenção de sal e água;
- Distribuição pilosa;
- Causa um crescimento e amadurecimento dos ovários, trompas, útero,
vagina e genitália externa;
- Desenvolve as mamas;
- Depósito de gordura e proteínas;
- Esqueleto;
1.1.6. Progesterona:
● Funções:
- Alterações secretoriais no endométrio uterino;
- Diminui a frequência e a intensidade das contrações uterinas;
- Desenvolvimento dos lóbulos e alvéolos das mamas;
- Maior secreção de muco;
2. Ciclo Endometrial:
● Acompanha o ciclo ovulatório, com alterações nas glândulas e estroma endometrial;
● Não ocorre gestação — Corpo lúteo regride — Descamação endometrial
(menstruação);
- Endométrio pré-menstrual apresenta infiltração leucocitária e reação decidual
do estroma;
● Fase proliferativa:
- Intensa atividade mitótica nas
glândulas e estroma endometrial;
- No início da fase folicular o
endométrio tem 2 mm, atinge 10
mm no período pré-ovulatório;
- Alterações visíveis na
ultrassonografia transvaginal;
● Fase secretora:
- Ocorre durante o período fertil;
- Progesterona e estrogênio
preparam o endométrio para os
nutrientes, tornando o utro um ambiente mais favorável à fixação e
sustentação do embrião;
- Fase em que o endométrio fica mais espesso;
- Caso não haja fecundação ou o embrião não consiga ficar no endométrio, a
mulher irá menstruar;
● Fase menstrual:
- Conforme os níveis hormonais caem, o endométrio passa a ser menos
irrigado e torna-se menos espesso (tais alterações fazem acontecer sua
descamação);
- Gradativamente o endométrio solta-se da parede do útero gerando o
sangramento menstrual;
3. Menacme e Climatério:
● Menacme: É o período em que uma mulher se encontra em idade fertil. Inicia-se
com a puberdade e vai até a menopausa
● Menopausa: Corresponde ao último ciclo menstrual, ou seja, a última menstruação.
Ocorre, em geral, entre os 45 e 55 anos. Quando ocorre por volta dos 40 anos, é
chamada de menopausa precoce ou prematura.
- E caracterizada por uma interrupção fisiológica dos ciclos menstruais, devido
a interrupção da secreção hormonal dos ovários (estrogênio e progesterona)
e o encerramento da ovulação;
- Falamos de menopausa quando uma mulher não menstrua mais durante 12
meses consecutivos.
● Climatério: É o período de transição em que a mulher passa da fase reprodutiva
para a fase pos-menopausa. Dessa forma, a menopausa é um fato que ocorre
durante o climatério.
- Compreende a transição entre o período reprodutivo e não reprodutivo da
vida da mulher
- Diminuição da produção de hormônios sexuais
4. Métodos Contraceptivos:
● Hormonais: São substâncias que alteram a fisiologia do sistema reprodutor
feminino;
- Pílulas;
- Injetáveis;
- Adesivos;
● Intra-Uterinos: Estruturas específicas introduzidas no interior do útero
- DIU;
● Cirúrgicos oudefinitivos: Operações realizadas tanto no homem quanto na mulher
para interromper definitivamente a capacidades reprodutiva
- Vasectomia;
- Ligação de trompas;
● Métodos comportamentais:
- Tabelinha;
- Muco cervical ( identificação do período fertil pela modificações cíclicas do
muco cervical, observado no auto exame e pela sensação por ele provocado
na vagina e vulva);
- Temperatura basal ;
- Coito interrompido;
● Métodos de Barreira:
- Camisinha;
- Diafragma;
- Espermicidas;
Gravidez e Desenvolvimento Fetal:
1. Gestação:
● Períodos gestacionais:
- Período embrionário: da fecundação até o final da 12 semana;
- Período fetal: da 13 semana ao nascimento ( 40 semana);
- Nascimento prematuro (pré-termo): menos de 37 semanas;
- Nascimento a termo: da 37 a 42 semana:
- Nascimento pós-termo: a partir da 42 semana e 1 dia;
1.1. Adaptações e modificações maternas:
● Posturais:
- Mudança de eixo (desconforto lombar);
- Andar como ‘’pata’’( marcha anserina );
● Óssea:
- Pelve;
- Cóccix ( relaxamento das articulações);
● Disposição de alguns órgãos:
- Bexiga e trato urinário (urgência urinárias e
infecções);
- Intestino;
- Coração;
- Pulmão ( respiração mais profundas);
- Estômago;
● Metabólicas e nutricionais:
- Até a 24 - 26 semana: maior estoque de gordura no tecido adiposo (para
suprir a pequena demanda fetal);
- A partir de 26 semana: aumento da resistência à insulina;
● Hormonais:
- Na mulher grávida existe uma nova glândula, a placenta, modificando todo o
metabolismo e fisiologia da mulher. A placenta produz os principais
hormônios: Hormônio gonadotrofina coriônica (HCG); Hormônio
tireotrófico coriónico; Hormonio lactogenio placentario; Estrogênio;
Progesterona.
- O HCG estimula a manutenção do corpo lúteo e protege o embrião contra a
rejeição imunológica materna. O corpo lúteo está no ovário e ele é produtor
de progesterona que mantém a gestação até que a placenta assuma a
produção direta do progesterona. O HCG faz com que a imunidade
materna diminua,evitando rejeição, no entanto, a imunidade baixa deixa a
mulher mais propensa a infecções urinárias, candidíase de repetição, não
reage com febre, pega gripes com facilidade.
- Hormônio lactogenio placentario: é produzido na segunda metade da
gestação (26 semanas). Esse hormônio tenta desviar a glicose da mãe para
o feto, para remover o ganho de peso fetal. Isso causa o aumento da
resistência periférica materna à insulina, podendo levar a mulher a
desenvolver diabetes gestacional.
- Hormônio tireotrófico carlônico: tem a mesma ação do TSH. O feto no
primeiro semestre de gestação não tem a sua tireoide produtora de
hormônios, o seu aporte de hormônio tireoidiano depende do que a mãe
envia para ele, por isso a placenta também produz.
- Progesterona
- Estrogênio
Sistema Circulatório ● Aumento do volume cardíaco, aumenta, no primeiro trimestre, devido
ao aumento do volume sistólico
● Pequena queda na pressão arterial, devido a vasodilatação periférica;
Sistema Urinário ● Com o fluxo renal aumentado, ocorre a glicosúria (glicose na urina)
em algumas mulheres devido à redução limiar de excreção renal e
menor capacidade de reabsorção do organismo;
Sistema Respiratório ● Ocorre aumento da ventilação pulmonar em cerca de 50%;
● O útero comprime o diafragma e a frequência respiratória fica maior
para manter a ventilação. ( maior quantidade de ar expirada);
Sistema Digestório ● Ocorre a redução da secreção gástrica de ácidos no primeiro e
segundo trimestre. Pode ocorrer pirose no segundo ou terceiro
semestre, devido ao relaxamento do esfíncter esofagiano;
● Podem ocorrer também constipação, flatulência;
● As alterações hormonais interferem no paladar e olfato, podendo
ocasionar aumento no consumo de sal;
1.2. Cordão umbilical:
● Ligação entre placenta e umbigo do concepto;
● Comprimento médio: 55cm
● Transporte de nutrientes, gases e substâncias;
● Contém 2 artérias e 1 veia;
● Composto por Geleia de Wharton (tecido conjuntivo especializado);
● Circulares de cordão
2. Parto:
● Estágios:
- Contrações uterinas: Até a dilatação completa ( 5 contrações =
taquissistolia);
- Descida do feto e nascimento;
- Saída da placenta: período entre o nascimento do bebe e dequitação da
placenta;
3. Desenvolvimento Embrionário e Fetal:
● Nos mamíferos, a fecundação é interna e os filhotes nascem frágeis e dependentes
dos pais, pois os órgãos e sistemas precisam de tempo para se tornarem maduros;
● O estágios iniciais de vida ocorrem no útero materno, que possui temperatura e
condições favoráveis ao desenvolvimento do ser em formação;
● O desenvolvimento dos embriões depende dos anexos embrionários;
● A placenta é um anexo embrionário exclusivo dos mamíferos;
3.1. Primeira semana:
● Blastômeros:
- Após a fecundação e realização da singamia temos o aparecimento do
zigoto. Este irá começar a se dividir (clivagem) realizando inicialmente
divisões sem aumento de volume formando então os blastômeros;
● Mórula:
- Os blastômeros continuarão a se dividir formando células menores até
chegar em torno de 16 blastômeros acoplados, quando passa a se chamar
mórula
Consiste em divisões mitóticas repetidas do zigoto, resultando em um rápido
aumento no número de células. Estas células embrionárias – os blastômeros-
tornam-se menores a cada divisão. Quando já existem de 12 a 32 blastômeros o
concepto é chamado de mórula
● Blastocistos:
- Irá começar a ocorrer uma diferenciação entre as células mais externas e as
células mais internas. As células mais externas começam a realizar
ligações de oclusão entre si impedindo a passagem de substâncias pela
célula (permitindo somente a entrada de água). As células mais internas
começam a realizar ligações comunicantes tipo GAP entre si (junção de
células que permite comunicação através de conexinas - por exemplo, íons),
sendo nessa células a diferenciação formada pela massa interna (realizam
trocas de troca de solutos). A entrada de líquido no blastocisto denominado
blastocele acaba por gerar cavidade, auxiliando na divisão desses dois tipos
de células. As células mais externas são denominadas trofoblastos
(anexos fetais) e as células mais internas embrioblastos ( folhetos
embrionários). Durante toda
essa transformação ocorre a
migração desse embrião até a
cavidade uterina sendo
realizada através dos cílios
presentes na parede da tuba
uterina da contratilidade das
fibras musculares lisas da tuba
levando até o útero onde ele
chega à fase do blastocisto;
3.2. Segunda semana:
● Nidação:
- A nidação é a implantação do embrião a parede do útero. para que
ocorra é necessário que o blastocisto tenha capacidade invasora
conseguindo causar morte na parede uterina e o útero tem que estar pronto
para receber o embrião;
- O blastocisto irá se ligar às células do endométrio, principalmente na
extremidade onde estão localizados os embrioblastos (massa interna do
blastocisto). As células do trofoblastos (camada externa dos blastocistos) se
fundem às células do endométrio formando uma grande massa
multinucleada denominada sinciciotrofoblasto (digestão). As células
trofoblasto que permanecem no entorno são os citotrofoblastos. Nessa fase,
também ocorre uma diferenciação do embrioblasto surgindo epiblasto
(camada superficial), Hipoblasto (camada inferior), e surgindo então um
disco bilaminar. As células que ficam aderidas ao citrofoblasto sendo
denominadas âmnio e entre o âmnio e oepiblasto surge a cavidade
amniótica;
- O saco vitelinico primitivo é formado pelas células do hipoblasto e pela
membrana de Heuser;
- Como as células do trofoblastos se desenvolvem mais rapidamente do que
as células do embrioblastos, forma-se a mesoderma extra embrionário
entre elas, tecido conjuntivo frouxo;
- O sinciciotrofoblasto alcança os capilares sanguíneos maternos e se fundem
formando as lacunas;
- Ocorre o aparecimento da vesícula umbilical ( a partir da cavidade
extracelomica), localizada logo abaixo do hipoblasto;
- O mesoderma extra-embrionário continua a se desenvolver e com isso
começa a surgir espaços denominadosespaços celômicos
extra-embrionários, as lacunas se fundem formando uma rede lacunar.
Após isso, os espaços celômicos começam a se fundir formando uma
cavidade em volta do saco amniótico e da vesícula umbilical sendo
denominada celoma extra-embrionário;
- Com a formação do celoma extra embrionário ocorre então a divisão do
mesoderma em mesoderma esplâncnico extraembrionário e mesoderma
somático extra embrionário (sendo esse,
responsável por segurar o embrioblasto, não o
deixando solto no celoma extraembrionário);
- Por fim a vesícula umbilical involui
por um estrangulamento at´ser separada,
formando um resquício da vesícula umbilical
primitiva e ficando no embrião uma vesícula
umbilical secundária, assim ocorre um
crescimento das células do citotrofoblastos em
direção ao sinciciotrofoblasto formando
vilosidades coriônicas primárias, e ocorrendo
uma proliferação de células do hipoblasto em um
ponto da periferia ficando mais cilíndricas e
formando a placa pré cordal responsável por
indicar o futuro local da boca;
3.3. Terceira semana:
● Gastrulação:
- O processo de gastrulação consiste na conversão do disco bilaminar
em trilaminar, formando o ectoderma, mesoderma e endoderma. As células
do epiblasto começam a se proliferar e migrar para a região medial do disco
onde formará a linha primitiva. Ela irá crescer até formar um nó
denominado nó primitivo onde irá iniciar o processo de neurulação. No
meio da linha vai se formar o sulco primitivo e no nó, a fosseta primitiva.
Algumas células do epiblasto provenientes da linha vão para o hipoblasto
formando endoderma. Outras células da linhas se diferenciam formando a
mesoderma intra embrionária. E as que permanecem no epiblasto, formam o
ectoderma. Origina-se assim o disco trilaminar ( o sincício - massa
multinucleada do citoplasma formada pela fusão de células - já está
liberando HCG);
- A notocorda é proveniente de células do epiblasto da região do nó primitivo
que migram cefalicamente, na linha mediana do disco trilaminar, entre as
células do mesoderma. Esse conjunto de células forma inicialmente uma
estrutura bastão chamada processo notocorda, que se estende até a placa
precordal. O processo notocordal passa então por modificações (canal cordal
e placa notocordal) até construir finalmente a notocorda definitiva. À
medida que o processo notocordal se forma, a linha primitiva vai
desaparecendo. A notocorda é o centro indutor da neurulação, processo
que resulta na formação do sistema nervoso central. Além disso, ela induz a
formação da coluna vertebral a partir da organização de blocos de
mesoderma denominados somitos. Em seguida ela regride, permanecendo
apenas como núcleo pulposo dos discos invertebrais (resquícios);
● Neurulação:
- A notocorda induz a diferenciação do ectoderma, fazendo suas células se
tornarem mais alongadas dando origem à placa neural (SNC), enquanto as
células da superfície originam epiderme. A placa neural sofre uma
envaginação e forma o sulco neural e as pregas neurais. O fechamento do
tubo vai do meio para a direção do céfalo caudal. Quando acerta, a região
cefálica é chamada de neuroporo rostral e a região caudal, neuroporo
caudal. Durante o fechamento algumas células perdem a aderência do
neuroectoderma, são as cristas neurais. Elas vão formar gânglios sensitivos
ou migram para formar outros tecidos;
3.4. Quarta semana:
● O disco embrionário trilaminar plano começa a se dobrar para formar uma estrutura
cilíndrica;
● Há um fechamento dos neuroporos;
● Dobramento no plano médio:
- Dobramento ventral das extremidades forma as pregas cefálicas e caudal
que se deslocam ventralmente formando uma curvatura;
- O tubo neural se fecha, dilata e forma o prosencéfalo que cresce muito
deslocando estruturas (septo transverso, coração primitivo, celoma
pericárdico e membrana orofaríngea) para a superfície ventral;
- O dobramento da membrana orofanfingea forma o estomodeu, o primórdio
da cavidade oral;
- O pedículo de conexão e o alantóide darão origem ao cordão umbilical;
- A dilatação da porção caudal no fim do intestino posterior formar a cloaca
que dará origem a futura bexiga e intestino;
● Dobramento do plano horizontal:
- Dobramento das pregas laterais esquerda e direita do disco se fundem
formando um cilindro que originara o intestino primitivo;
- Primórdios da parede ventrolateral se dobram;
- Formação do celoma intra embrionário e da parede abdominal lateral;
● Destino dos folhetos embrionários:
- Endoderma: epitélio de órgãos;
- Mesoderma: músculo e tecidos conjuntivos;
- Ectoderma: ectoderma da superfície (segmentos da orelha); neuroectoderma
(parte que desprende, tubo neural e crista neural)
● Alterações morfológicas externas:
- 22 dia: coração já está batendo;
- 23 dia: fechamento do tubo neural;
- 24 dia: surgimento do primeiro e segundo arco faríngeos que vão resultar na
mandíbula e maxilar;
- 25 dia: fechamento do neuroporostral;
- 26 dia: surge o terceiro arco faríngeo, proeminência cardiac, brotos dos
membros superiores e fossas óticas (orelha interna);
- 27 dia: fechamento do neuroporo caudal;
- 28 dia: surge o quarto arco faríngeo, brotos dos membros inferiores, placóide
óptico (sistema visual) e a causal começa a regredir - 4mm.
3.5. Quinta semana:
● Ocorre um crescimento da cabeça maior do que das outras estruturas do corpo do
embrião. O segundo arco irá crescer formando uma depressão chamada de seio
cervical e ocorre a formação de placas nos brotos de membro que irão dar origem as
mão;
3.6. Sexta semana:
● Membros superiores sofrem rápida
diferenciação sendo possível identificação
região de pulso, cotovelo e raios digitais;
● Sulco ao redor do arco faríngeo forma o meato
acústico externo e saliências formam auricular
orelha externa
● Aparecem pigmento e retina no olho;
● A cabeça está maior que o tronco e sobre a
saliência cardíaca encurvada;
● O intestino penetra no celoma extra-embrionário
próximo ao cordão umbilical e forma a hérnia
intestinal devido ao crescimento do fígado e
diminuição do espaço da cavidade abdominal;
3.7. Sétima semana:
● A comunicação do saco vitelino e intestino primitivo é reduzida, é reproduzido ao
pedículo e surgem chanfraduras entre os raios digitais indicando os futuros dedos
Ocorre formação das pálpebras e início da diferenciação da genitália. Há formação
do queixo e o tronco se alonga e se endireita;
3.8. Oitava semana:
● O plexo vascular do couro cabeludo fica mais evidenciado. Ocorre um alongamento
dos dedos e começa a desaparecer a membrana interdigital evidenciando dedos;
● O embrião já realiza movimentos voluntários e não apenas movimentos reflexos;
● Desaparecimento da cauda e da hérnia;
● União das pálpebras, o pavilhão auricular externo com forma definida, mas em
posição baixa e nessa fase começa e surgir a diferenciação das estruturas da
genitália externa;
3.9. 9-12 semana:
● O crescimento do corpo acelera desproporcionalmente e a face se alarga, olhos
separados, pálpebras ainda fundidas, orelhas estão baixas e membros inferiores são
menores que os superiores, mas completa seu desenvolvimento no final desse
período;
● No 11 semana as alças intestinais voltam ao abdômen, o fígado para e o baço
assume a eritropoiese (processo de produção e maturação de hemácias);
● Os rins se tornam funcionais e
forma-se urina;
● Começa a ossificação primária e no
final da 12 semana formam-se centros
de ossificação;
● Há diferenciação dos dedos e
desenvolvimento de nariz, pele
(tegumento transparente sem tecido
adiposo) e cabelos e inicia-se a
diferenciação da genitália externa;
● O útero já é palpável e há movimentos, mas não são perceptíveis;
3.10. 13-16 semana:
● Há um crescimento acelerado;
● Definição da posição dos olhos frontais ainda fechados, orelhas, definição dos
cabelos;
● Na 14 semana os olhos e membros já se movimentam com coordenação, mas sem
identificação;
● Na 16 semana há ossificação ativa;
● Reconhecimento da genitália externa e diferenciação da interna;
3.11. 17-20 semana:
● Crescimento se torna mais lento e a
percepçãodos movimentos mais fortes;
● A pele fetal fica coberta por verniz caseosa
(material gorduroso que protege o tegumento
em formação) e pelo lanugo (penugem que
fixa o verniz);
● Há a visibilidade de cabelos e sobrancelha
na 20 semana;
● Há a formação de gordura marrom que
mantém a temperatura do neonato;
● Há a formação de folículos ovarianos com
ovogônias ou os testículos começam a descer;
3.12. 21-25 semana:
● Há apenas ganho de peso:
● Forma-se unhas dos dedos dos pés e mãos;
● Já reage a sons;
● Há a diferenciação das células epiteliais secretoras em pneumócitos II que
produzem surfactante e mantêm os alvéolos abertos sem haver colabamento. Os
vasos se encontram longe dos alvéolos e devido esse órgão imatura, não há chance
de sobrevivência nesse período;
● Na 24 semana a pele está enrugada com disposição de gordura, todos os sistemas
estão formados, exceto o respiratório, há movimentos rápidos dos olhos e o feto
deve estar com mais de 500g;
3.13. 26-30 semana:
● Maior desenvolvimento pulmonar, do feto já é viável;
● Amadurecimento do SNC, surgindo áreas especializadas que fazem controle da
temperatura e movimentos respiratórios;
● N 26 semana os olhos se abrem;
● Há produção de gordura subcutânea, desaparecendo as rugas;
● Na 28 semana o baço para a eritropoiese e a medula óssea assume;
3.14. 30-34 semana:
● Há reflexo pupilar à luz;
● A pele é rosada e lisa sem transparência;
● O feto pode ser classificado em prematuro pela data e peso;
3.15. 35-38 semana:
● Membros estão flexionados e mãos
fechadas;
● O feto pode se orientar pela presença da
luz;
● As circunferências da cabeça e do
abdômen começam a se igualar na 36
semana;
● O SN se torna maduro;
● Há o ganho de 14g de gordura por dia;
● O pé está maior que o fêmur;
● O lanugo está quase ausente;
3.16. Placenta e membranas fetais:
● Características:
- A placenta é um órgão materno fetal de forma discóide correspondente a ⅙
do peso do feto, com aproximadamente 20cm de diâmetro e 3cm de
espessura.
- Ela permite a comunicação entre mãe com o bebe e disponibiliza os
nutrientes necessários para o desenvolvimento do mesmo;
● Funções:
- Proteção, nutrição, excreção, respiração e produção de hormônios;
● Porção materna (derivados do endométrio):
- O aumento da progesterona, além de levar a diferenciação da placenta,
aumenta o tecido conjuntivo do endométrio que leva a formação das células
da decídua, parte funcional do endométrio dividida em 3 regiões: Decídua
basal (região mais distante do feto que é invadido por vilosidades, que darão
origem à circulação, e forma o componente materno da placenta); Decídua
capsular (recobre o concepto superficial); Decídua parietal (mucosa de
revestimento).
● Porção fetal (derivado do saco coriônico):
- Córion liso;
- Córion viloso;
● Etapas de formação:
- 1 etapa (pré-lacunar / 7 ao 8 dia): O trofoblasto se diferencia em citrofoblasto
sinciciotrofoblasto, o qual irá digerir o endométrio;
- 2 etapa (lacuna / 9 ao 12 dia): O sincício encontra vasos sanguíneos
maternos e forma lacunas trofoblásticas nas vilosidades do trofoblasto;
- 3 etapa (vilosidade / 13 dia ao 4 mês): Em alguns pontos as células do cito
se proliferam mais e formam vilosidades coriônica primárias que se ramificam
em vilosidades cranianas secundárias que se projetam em direção ao
sincício ar sobrepor as vilosidades terciárias. Dentro dessas vilosidades ga
capilares vilosos imersos em sangue materno que estão nos espaços
intervilosos;
● Circulação placentária fetal:
- Os septos da placenta na decídua basal delimitam áreas de vilosidades, que
são os cotilédones, imersos no espaço interviloso que recebe sangue
materno. Dentro das vilosidades vai haver capilares sanguíneos fetais e
fora delas a sangue materno;
- A estrutura que separa a parede do capilar a vilosidade é a membrana
placentária, que delimita os sangues maternos e fetais, mas ao mesmo
tempo permite uma íntima associação entre eles, tornando possível a
passagem de substâncias sem haver mistura;
3.17. Anexos embrionários:
● Cordão umbilical:
- Formado por tecido conjuntivo mucoso que envolve duas artérias, que
carregam sangue venoso ao feto, e uma veia, que carrega sangue
arterial;
- Um cordão muito longo pode causar prolapso, enquanto que o muito curto
pode levar a separação prematura da placenta com a parede uterina;
● Âmnio:
- É um saco amniótico cheio de líquido proveniente inicialmente por células
amnióticas e líquidos teciduais materno (difusão) e mais tarde apresentará o
espaço interviloso da placenta, restos de pele e excreções fetais. O líquido
amniótico cria barreira contra infecções e impactos, permite o
crescimento simétrico do embrião, impede a aderência entre ele e o
âmnio e ajuda a controlar a temperatura do feto. Esse líquido passa pelos
tratos do feto e também pela mão;
- O saco amniótico aumenta e se une ao saco coriônico formando a
membrana amniocoriônica;
- A junção do Âmnio com as bordas do disco no dobramento dará origem
ao furo do umbigo;
● Vesícula umbilical:
- No início do desenvolvimento tem papel de transferência de nutrientes
e formação de sangue (até a 6 semana). Na 3 semana, células
germinativas primitivas migram de sua parede até as glândulas sexuais para
fazerem a diferenciação em espermatogônia ou ovogônia. Depois ela é
reduzida e incorporada para a formação do intestino primitivo;
● Alantoide:
- Forma sangue até a 5 semana e seus vasos vão se transformar em veias e
artérias umbilicais. No 2 mês sua porção extra embrionária degenera e sua
porção intra embrionária se estende do umbigo até a bexiga. Posteriormente
a bexiga cresce e ela involui formando o uraco, que apos o nascimento
torna-se o ligamento umbilical mediano;
3.18. Gestações múltiplas:
● Gêmeos dizigóticos:
- Os gêmeos fraternos são dizigóticos ou
bivitelinos e são resultado da fertilização de
dois óvulos e dois espermatozóides. Eles
compartilham até 50% de informação
genética, podem ou não ser do mesmo sexo
e ter ou não o mesmo fator sanguíneo. E
não se assemelham mais do que dois
irmãos com a mesma idade. Metade de todos os gêmeos fraternos são pares
formados por menino e menina. Um quarto é composto por dois meninos e
outro quarto de duas meninas. Ficam em duas bolsas amnióticas e duas
placentas separadas, mas há casos em que se alojam tão próximo um do
outro que as placentas se fundem como se fossem uma só. A maioria dos
gêmeos fraternos desenvolvem-se de óvulos fecundados na mesma ocasião,
mas às vezes o segundo óvulo é fecundado após dois dias. Mesmo assim,
os dois bebês nascem com um intervalo de alguns minutos. Um em cada
milhão de gêmeos deste tipo têm cores diferentes, mesmo sendo do mesmo
pai. É possível gêmeos fraternos terem pais diferentes.O normal é a mulher
liberar apenas um óvulo que será fecundado por um único espermatozóide e
dará origem a um só feto. Por que algumas mulheres eliminam dois óvulos
ao mesmo tempo ou um óvulo que depois de fecundado dá origem a dois
embriões? Existem várias teorias para explicar o caso dos gêmeos
não-idênticos. Uma delas defende que a elevação de certos hormônios
estimula a liberação dos óvulos e por isso as gestações gemelares são mais
frequentes entre os 30 e 37 anos da mulher. Outra levanta a possibilidade de
que essa elevação hormonal esteja associada a alguns tipos de alimentos.
Já se constatou também que a freqüência dessas gestações é pequena entre
os orientais e um pouco menor entre os brancos do que entre os negros.
Quanto à gestação de gêmeos idênticos provenientes de um único óvulo, as
teorias são muitas, mas nada de muito concreto foi encontrado para explicar
por que isso acontece. Parece não haver dúvida, porém, de que não há
componente genético envolvido, ao contrário do que acontece com os
gêmeos não-idênticos.
● Gêmeos monozigóticos:
- Os gêmeos monozigóticos são também chamados de idênticos ou
univitelinos. Eles se originam de um único zigoto (célula-ovo), ou seja, um
único óvulo fecundado por um único
espermatozóide. A célula –ovo, por
um processo ainda não muito
esclarecido,se divide em duas
partes iguais, as quais, cada uma
originará um bebe. Do ponto de vista
genético, esses gêmeos são
idênticos e, obviamente, pertencem
sempre ao mesmo sexo. Cerca de
25% dos gêmeos são monozigóticos.
Os gêmeos univitelinos têm o mesmo
genoma, mas apresentam diferenças físicas e psíquicas adquiridas em
processos distintos de desenvolvimento individual.
- Quando a separação dos gêmeos humanos acontece dentro de 72 horas
após a fertilização, resultam dois embriões distintos, cada um com seu cório
e âmnio. Isto acontece em cerca de 30% das gestações monozigóticas. Se a
separação dos gêmeos humanos acontecer 4-8 dias após a fertilização,
haverá a formação de um só cório mas duas cavidades amnióticas. Esta
variação ocorre em 2/3 das gestações monozigóticas. Quando a separação
dos gêmeos acontece 8-13 dias, apenas um âmnio e cório se formam. Cerca
de 2% das gestações apresentam essa
variação. O saco vitelino, o alantóide e o
cordão umbilical formam-se
separadamente, com cada embrião
possuindo o seu. Menos comuns são os
gêmeos idênticos originados na fase de
segmentação, onde precocemente os
blastômeros (2-8) se separam. Neste
caso, cada gêmeo possui seus próprios anexos embrionários, mas as
placentas de ambos podem se fundir.

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