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Fios Cirúrgicos, Nós e Suturas Fios: material orgânico ou sintético, secção circular para causar o mínimo trauma, a perda da resistência do fio deve ser compensada pelo aumento da resistência da cicatriz, alterações biológicas devem ser conhecidas Objetivos das suturas · Aproximar tecidos e cicatrização · Fixar estruturas · Restaurar a função precocemente · Diminuir a contaminação · Ligadura de vasos sanguíneos Qual o fio ideal · Fácil manuseio 1) Plasticidade / Baixa elasticidade 2) Fácil manejo / Pliabilidade 3) Memória: manutenção do nó por um tempo desejável · Mínima reação inflamatória · Não pode ser alergênico · Não pode ser tóxico ou cancerígeno · Perda de resistência proporcional ao tempo de cicatrização do tecido · Não carregar contaminantes // Ser esterilizável Síntese · Refazer ou recompor estruturas, órgãos e barreiras · MORDEDURA DE CÃO 1) Lavagem exaustiva com soro fisiológico e assepsia 2) Sutura com PONTOS SEPARADOS para possibilitar a saída de secreção Resistência do fio x Velocidade de cicatrização · Processo de cicatrização: inflamação, proliferação e maturação 1) Tempo médio de 2 semanas antes de retirar as suturas, pois só após este tempo aumenta-se a produção de colágeno do tipo I 2) Tecido muscular e ósseo: força tensil maior, portanto, demanda mais tempo 3) Face: força tensil menor, portanto, suturas nesse local podem ser retiradas antes de 2 semanas Classificação dos fios 1. Origem a) Orgânicos (categute, seda, algodão/linho) b) Sintéticos - Nylon / Poliamida (pouco reativo) - Vicryl / Poligalactina (absorvível) - Prolene / Polipropileno (força tensil extendida) - Monocryl / Poliglecaprone (suturas intradérmicas) c) Metálicos - Aço trançado - Aço/Aciflex “liso” 2. Secção transversal a) Monofilamentar - não permite a deposição de microorganismos b) Multifilamentar - permite a deposição de microorganismos (evitar em cirurgias contaminadas) - granulomas 3. Tempo de degradação (não quer dizer força tensil) a) Absorvível - seda: 1-2 anos - Nylon: 5 anos - Categute simples: 14 dias - Categute cromado: 21 dias - Vicryl: 30 dias b) Inabsorvível - Algodão - Poliéster - Polipropileno - Aço 4. Calibre a) Quanto maior o número de zeros mais fino Resistência do fio · Absorvíveis (decrescente) a) Poligalactina b) Ácido poliglicólico c) Polidioxanone d) Poligliconato e) Categute cromado f) Categute simples · Inabsorvíveis (decrescente) a) Aço b) Poliéster c) Poliamida d) Polipropileno / Prolene e) Seda f) Algodão Reação tecidual / formação de granulomas (decrescente) – Só se resolve com a retirada do fio · Algodão · Seda · Nylon · Prolene Fios especiais · Fio carpado a) Não corre, é unidirecional b) Empregado em cirurgias laparoscópicas Tipos de agulha · Atraumáticas a) Cilíndricas b) Pontas rombas · Traumáticas a) Triangulares b) Pontas agudas Fitas adesivas “pontos falsos” · Resistentes e com boa força tensil Adesivo cirúrgico “colas” · Regiões mais sensíveis, cirurgia laparoscópica Grampos metálicos · Cirurgias grandes · Muito tempo intraoperatório (reduz o tempo anestésico em até 20%) Haste metálica, placas e parafusos · Ortopedia Manejo dos animais na cirurgia experimental Os 3 R’s – Princípios criados por Russell e Burch · Replacement – Possibilidade utilizar outros materiais que não animal? · Reduction – Usar o menor número possível · Refinement – Qualidade do estudo, com pessoas capacitadas para o manejo de animais, com a intenção de não levar a perda de animais de experimentação Animais · Cachorros em São Paulo são proibidos · Comissão de Ética no Uso de Animais (CEUA) Procedimentos possíveis em suínos · Esplenectomia · Gastrectomias parcial e total · Nefrectomia · Anastomose intestinal Outros animais x Cirurgia · Rato – Reperfusões do TGI · Camundongos – Pesquisas de insulina e fármacos · Cabra - Hepatectomia por videolaparoscopia DANIEL LUCIO WILLING – EPM/UNIFESP Instagram: @danielwilling.med
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