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MARIANA MARQUES JARDIM -T29 IMAGEM APLICADA À PRÁTICA MÉDICA Radiografia INTRODUÇÃO • Exame utilizado para auxiliar no diagnóstico ou avaliação da reposta aos tratamentos em várias patologias (doenças). • O tórax é a região anatómica situada entre a região do pescoço (cervical) e o abdómen, sendo separada desta última pelo diafragma. • Na radiografia do tórax, os ossos aparecem brancos (possuem maior densidade) e os pulmões, como estão preenchidos geralmente por ar, aparecem mais escuros. INCIDÊNCIAS NO RX • Rotina: solicita-se radiografia PA + perfil (em geral esquerdo devido à sombra cardíaca). • É mais comum solicitar a incidência PA (póstero- anterior) - os raios incidem nas costas do paciente. • Sempre deve-se solicitar mais de uma incidência, para garantir a visualização das estruturas em três dimensões. • A estrutura de interesse deve sempre ficar mais próxima da placa. • O a incidência AP é solicitada apenas em pacientes acamados e pacientes pediátricos. • A imagem deve ser obtida durante apneia inspiratória (encher o pulmão e segurar o ar). RADIOGRAFIA DE TÓRAX PA E AP PA – PÓSTERO-ANTERIOR: • Posição: ortostase (melhor para ver pequenos derrames e pneumotórax), com a mão na cintura e ombros para frente. • Deve ser realizado na inspiração profunda: apresenta maio nitidez e menor magnificação de estruturas. A- Ápice do pulmão B- Campo do pulmão C- Base do pulmão D- Recesso Costodiafragmático E- Recesso costofrênico do hemidiafragma D e E AP – ANTERO-POSTERIOR: • Pode ser realizado em decúbito dorsal ou sentado. Exames Radiológicos do Tórax MARIANA MARQUES JARDIM -T29 IMAGEM APLICADA À PRÁTICA MÉDICA CRITÉRIOS DE QUALIDADE INSPIRAÇÃO ADEQUADA: • Deve-se contar as costelas posteriores ou espaços intercostais: se aparecer as 10 costelas é porque está com a inspiração está adequada – avalia a expansão pulmonar do paciente. Observação: as costelas anteriores são difíceis para serem analisadas, começam de lateral para medial e vai angulando inferiormente (não chega no meio do tórax, a outra metade é cartilagem). EXPOSIÇÃO/PENETRAÇÃO: • Quantidade de radiação utilizada. • Para avaliar se a penetração se encontra adequada não deve ser visto detalhes das vértebras atrás do coração, se estiverem visíveis, indica que o profissional utilizou mais radiação do que o suficiente. A: foi usada pouca penetração, B: foi usada muita penetração GÊNERO: • Homem X Mulher: nas mulheres, o tecido mamário atenua mais a radiação, dando à imagem um aspecto esbranquiçado. • Nas mulheres, os mamilos apresentam uma imagem semelhante a um nódulo bem definido nas bases pulmonares, para confirmação, deve-se solicitar uma imagem em perfil. Setas: indicam a apresentação dos mamilos na imagem. ROTAÇÃO: • O paciente deve estar simétrico: analisar se as clavículas estão alinhadas (equidistantes em relação à coluna). MARIANA MARQUES JARDIM -T29 IMAGEM APLICADA À PRÁTICA MÉDICA ANÁLISE SISTEMÁTICA DA RADIOGRAFIA DE TÓRAX A- VIAS ÁEREAS: • Conferir se as vias respiratórias estão evidentes e alinhadas. • Analisar a T5, onde a traqueia se bifurca entre os brônquios direito e esquerdo avaliando a presença de desvios. B- PULMÕES: • O pulmão deve ser avaliado 2 vezes: primeiramente isolado e depois comparando um ao outro, sempre de baixo para cima e do lado direito para o esquerdo. • É importante verificar se os pulmões estão simétricos, vascularizados, se há presença de alguma massa, nódulos, infiltrações, fluido ou muco Observação: a base do pulmão é a parte mais suscetível a alterações, por isso é a mais importante a ser analisada. • Atelectasia: limite da opacidade e o pulmão normal é bem definido – a imagem fica muito radiopaca. • Derrame pleural: ocorre obliteração do seio costofrênico posterior e desaparecimento da cúpula diafragmática. MARIANA MARQUES JARDIM -T29 IMAGEM APLICADA À PRÁTICA MÉDICA • Tumor/nódulo: apresenta-se como uma circulo bem definido, pode ser confundido com os mamilos (para confirmação, deve-se solicitar uma imagem em perfil). • Pneumotórax: apresenta um pulmão colabado. • Pneumonia: apresenta infiltrado pulmonar. MARIANA MARQUES JARDIM -T29 IMAGEM APLICADA À PRÁTICA MÉDICA C- CORAÇÃO: • Busca-se avaliar o contorno do coração; o tamanho da silhueta cardíaca; o mediastino. • Uma silhueta cardíaca normal ocupa menos da metade da largura do tórax. • Mediastino possui análise dificultada devido a sobreposição de estruturas. D- DIAFRAGMA: • Observar se o diafragma está plano ou elevado – o direito já é normalmente mais elevado do que o esquerdo por conta do fígado. • Analisar o recesso costofrênico (deve ser nítido), prestando atenção em qualquer parte menos nítida que pode indicar um derrame. E- ESQUELETO/EXTRAPULMONAR: • Procurar fraturas, ar fora do lugar adequado (pneumoperitôneo, pneumotórax, enfisema), corpos estranhos e zonas esquecidas. • Examinar as partes moles da parede torácica (músculos, mama) e as partes ósseas (costelas, ombro). F- CAMPO PULMONAR: • Verificar se o pulmão está ocupando toda a área que deveria. G- GRANDES VASOS E BOLHA GÁSTRICA: • Procurar a presença da bolha gástrica, logo abaixo do coração – perceber se está obscura ou ausente. • Avaliar a quantidade de gás e a localização da bolha gástrica. Seta: presença de aneurisma de artéria aorta H- HILO E MEDIASTINO: • Analise das estruturas. I- IMPRESSÃO FINAL. MARIANA MARQUES JARDIM -T29 IMAGEM APLICADA À PRÁTICA MÉDICA AVALIAÇÃO DO ABDOME • A avaliação deve iniciar pelo quadrante superior direito e deve ser examinado várias vezes. • As estruturas que normalmente contém ar são o estômago e as flexuras esplênica e hepática do colo. • O fígado sempre é visível e o baço frequentemente invisível. • É pedido perfil de abdome quando há corpo estranho. • Em suspeita de doença nodular é preciso requisitar tomografia de alta resolução. • Fases da tomografia (fase do contraste) – arterial, venosa/portal, equilíbrio, excretora e tardia. CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO DO PERFIL DE TÓRAX • Incidência muito útil. • Sequência de leitura: abdome, parte inferior da coluna vertebral (partes moles e ossos), traqueia e mediastino – realizar observação em “x” dos pulmões. Tomografia Computadorizada 1. apófise (processo) coracoide, 2. Clavícula direita, 3. Artéria carótida comum, 4. Tireóide, 5. Veia jugular interna esquerda, 6. Clavícula esquerda, 7. Veia subclávia esquerda, 8. Cabeça do úmero esquerda, 9. Espinha da escápula, 10. Processo espinhoso. 1.artéria pulmonar esquerda, 2. Pulmão direito, 3. Veia cava superior, 4. Aorta torácica descendente, 5. Tronco pulmonar, 6. Veia pulmonar esquerda, 7. Artéria pulmonar esquerda, 8. Escápula, 9. Costela, 10. Pulmão esquerdo.
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