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APG 21 - Leucemias

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Objetivos 
 
OBJETIVO 1: Compreender a fisiopatologia das principais neoplasias mieloides e linfoides e 
suas manifestações clínicas
OBJETIVO 2: Conhecer o diagnóstico das leucemias 
 OBJETIVO 3: Relacionar o aumento de leucócitos com as neoplasias (etiologia)
Leucemias 
Características Gerais: 
• As leucemias são classificadas de acordo com o tipo de 
leucócitos que afetam 
• As leucemias podem ser linfoides quando atinfem 
células precursoras linfoides (NK, linfócitos T e B e 
plasmócitos) 
• E podem também ser mieloides quando atingem as 
derivadas de precursores mieloides (mastócitos, basófilos, 
neutrófilos, eosinófilos, monócitos) 
 
PODEM SER CLASSIFICADAS COMO: 
→ Leucemias Agudas: rápido crescimento de 
células imaturas que não desempenham seu papel 
como deveriam e se multiplicam 
desaceleradamente 
→ Leucemias crônicas: aumento anormal das 
células maduras. se produzem de uma forma mais 
lenta e podem manter algumas de suas funções 
OS PRINCIPAIS TIPOS DE LEUCEMIAS SÃO: 
→ Leucemia Mieloide Aguda (LMA) 
→ Leucemia Mieloide Crônica (LMC) 
→ Leucemia Linfoide Aguda (LLA) 
→ Leucemia Linfoide Crônica (LLC) 
 
Leucemia Mieloide crônica (LMC) 
• É uma doença clonal da célula progenitora 
hematopoiética 
• Há multiplicação excessiva de células precursoras da 
linhagem mieloide sanguínea 
• A transformação maligna ocorre nas células mais maduras 
Epidemiologia: Costuma acometer adultos mais velhos 
com cerca de 50 a 60 anos; ocorre em 14% de todas as 
leucemias 
Etiologia: É causada por uma mutação genética bem 
definida conhecida como cromossomo Philadelphia (Ph, que se 
trata de uma translocação entre os braços longos dos 
cromossomos 9 e 22, nas localizações q34 e p11. 
Essa fusão cromossomial dá origem a um gene híbrido 
chamado de CR-ABL que define a transcrição de uma 
proteína com alta atividade de tirosina quinase 
Essa atividade enzimática está relacionada com a regulação da 
proliferação celular, logo, quando há essa mutação genética, 
observa-se alteração da regulação de proliferação das células, 
fazendo com que elas se reproduzam desgovernadamente 
Leucemias 
 
 
Fatores de risco: o único conhecido é a exposição à 
radiação ionizante (raios X e gama), normalmente proveniente 
de procedimentos médicos. 
Quadro clínico: 
• Hiperplasia mieloide 
• Leucocitose 
• Neutrofilia 
• Basofilia 
• Esplenomegalia (80% dos casos) 
A doença é dividida em fases: 
• A fase crônica (3 a 5 anos) costuma ser pouco 
sintomática, mas pode haver fadiga, perda de peso, 
sudorese, febre e palidez 
• A fase acelerada tem-se duração de alguns meses, 
há aparecimento de mais sintomas como febre e 
sudorese noturnas, perda ponderal e dores ósseas 
• A crise blástica apresenta um quadro mais grave do 
que o observado quando a doença já tem início 
agudamente, é uma fase fatal (sobrevida de 3 a 6 meses 
sem tratamento) 
Leucemia Mieloide AGUDA (LMa) 
• São um grupo heterogêneo de doenças clonais, em que 
há proliferação anormal de progenitores da linhagem 
mieloide 
• as células que são produzidas excessivamente, além de 
se acumularem na medula óssea prejudicando a produção 
normal de outros tipos celulares, podem se infiltrar em 
tecidos de outros órgãos, acometendo-os. 
• As células alteradas são muito imaturas e são incapazes 
de realizarem sua função de defesa do organismo 
Epidemiologia: tipo de leucemia mais comum no adulto, 
correspondendo a 90% dos casos 
Etiologia: sua causa ainda não é conhecida, mas o principal 
fator de risco é a exposição a radiação ionizante (raio X e 
gama – procedimentos médicos) e derivados de benzeno 
(encontrados na gasolina e utilizados na indústria química) 
A LMA é resultado de inúmeras alterações genéticas 
acumulativas 
Quando as mutações afetam genes que codificam fatores de 
transcrição para a hematopoiese ocorre a LMA 
Quadro clínico: 
• Os sintomas são decorrentes da falência da medula óssea 
• Anemia (fadiga, palidez cutaneomucosa, fraqueza) 
• Leucopenia (redução do número de leucócitos – 
predisposição a infecções e quadros de febre 
• Sangramentos (hemorragias, petéquias, epistaxe) 
• Hepatomegalia, esplenomegalia, hipertrofia gengival e de 
dor óssea, tumores extramedulares (causados pela 
infiltração de células anormais nos tecidos) 
• Cefaleia e convulsões (quando há acometimento de SNC) 
Classificação: podem ser classificadas em M0 a M7 pela 
FAB (Franco-Américo-Britânica) criada em 1976. Ela leva em 
consideração a morfologia celular, a histoquímica e 
imunofenotipagem. 
 
 
Leucemia Linfoide Crônica (LLC) 
• Tem origem nas células linfoides maduras que passam a 
se multiplicar descontroladamente 
• Essas células em excesso se concentram na medula 
prejudicando a produção de outros tipos celulares 
normais, mas também podem se infiltrar em órgãos 
linfoides como baço e linfonodos 
 
Epidemiologia: é a mais comum dentre as doenças 
linfoproliferativas crônicas; corresponde a 30% das leucemias; 
costuma acometer pacientes acima de 65 anos; mais 
prevalente no sexo masculino 
Etiologia: apesar de ser desconhecida, pressupõem-se de 
uma predisposição genética. Além disso, sabe-se que a 
exposição a agentes químicos e derivados de petróleo como 
o benzeno são fatores de risco 
Quadro clínico: 
• A maioria assintomática 
Quando apresenta sintomas são: 
• Linfadenopatia generalizada (presença de linfonodos 
palpáveis de consistência fibrosa-elástica, moveis e 
indolores 
• Hepatomegalia (50%) e esplenomegalia não volumosa 
• Perda de peso 
• Cansaço decorrente de anemia 
• Infecções bacterianas como pneumonias 
• Quadros autoimunes associados 
• Petéquias e equimoses 
Leucemia Linfoide AGUDA (LLa) 
• Proliferações clonais de precursores linfoides anormais na 
medula óssea 
• Na LLA os linfoblastos da linhagem linfoide são jovens e 
param de funcionar corretamente a partir da sua 
multiplicação desregulada na medula óssea 
• A evolução da doença é rápida 
Epidemiologia: afeta principalmente crianças, sendo a 
doença maligna mais comum na infância 
Etiologia: desconhecida, no entanto fatores genéticos 
influenciam o desenvolvimento 
Quadro clínico: 
Observado em decorrência da supressão de medula óssea, 
pela infiltração de células leucêmicas 
• Anemia (palidez, fraqueza, cansaço) 
• Hemorragia na pele e mucosas 
• Febre e sudorese noturna (1/3 dos casos) 
• Artralgia e dores ósseas (devido ao infiltrado leucêmico) 
• Confusão mental, hemorragia e cefaleia (se há 
comprometimento de SNC) 
• Adenomegalia (49%) 
• Esplenomegalia (44%) 
Classificação: podem ser classificadas em 3 subtipos pela 
FAB (Franco-Américo-Britânica) criada em 1976. Ela leva em 
consideração a morfologia celular, a histoquímica e 
imunofenotipagem. 
 
Diagnóstico das leucemias: 
O diagnostico pode ser feito através de: 
• Hemograma 
• Aspirado de Medula Óssea: avalia mielograma 
(morfologia e produção de células sanguíneas pela 
medula óssea), citogenética (estudo dos cromossomos e 
a sua herança) e imunofenotipagem (permite estudar 
uma população de células, determinando suas 
características físicas e biológicas) 
• Biopsia de Medula Óssea: avalia quantidade de 
tecido hematopoiético, estuda o tecido conjuntivo, 
identifica comprometimentos neoplásicos que não podem 
ser avaliados no esfregaço 
Referências: 
• HOFFBRAND, A. V.; MOSS, P. A. H.; PETTIT, J. 
E. Fundamentos em hematologia. [Porto Alegre]: 
Artmed, 2008 
• Robbins & Cotran - Patologia - Bases Patológicas 
das Doenças, 8ª ed., Elsevier/Medicina Nacionais, 
Rio de Janeiro, 2010. ABBAS, A.K.; KUMAR, V.; 
MITCHELL, R.N. Fundamentos de Patologia 
- Robbins & Cotran - 8ª ed., Elsevier/Medicina 
Nacionais, Rio de Janeiro, 2012.

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