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– De acordo com a literatura, o sistema respiratório é o segundo mais acometido dessa espécie. Dentre as doenças, muitas delas tem correção cirúrgica, justificando essa frequência de casos. Revisão anatômica: De forma geral, a função do trato respiratório é realizar a hematose, captando O2 e liberando Co2 Narinas Fossas nasais Septo nasal Conchas nasais (coanas) Seios paranasais Essas estruturas contêm cílios, geram turbilhonamento e aquecem o ar, cumprindo com a função de filtração. Nasofaringe Laringe Bolsas guturais: não se sabe ao certo sua função, mas hipóteses giram em torno do aquecimento e turbilhonamento do ar. Contudo, esse é justamente o local de maior afecção do trato (costuma haver correção cirúrgica). Traqueia (carina) Brônquios Bronquíolos (pulmões) Alvéolos: é a unidade morfofuncional que de fato realiza a hematose. Eles estão no parênquima pulmonar e envoltos pela cavidade pleural. Cavidade pleural Anamnese e histórico: Devemos analisar aspectos como: Queixa principal Ambiente que o animal está manejado: pode ser um gatilho para algumas afecções especializadas. Quando estamos em ambientes controlados, como um hospital, a anamnese é muito importante para saber o histórico, visto que dificilmente a doença foi contraída dentro de lá Vacinações: a influenza e a herpes vírus são doenças que podem ser evitadas através da vacinação Alimentação: a forma que ela é ofertada pode influenciar Transporte recente Problema individual ou coletivo: essa é uma informação muito importante para distinguir qual é a doença Stress: causa imunossupressão, o que pode dar espaço para bactérias e vírus oportunistas Tempo de evolução: algumas doenças têm manifestações clínicas especificas, que podem ser agudas ou até durar anos (crônica). Exame físico detalhado: Qualquer afecção cardiorrespiratória é influenciada pelos demais sistemas → uma dor no membro, por exemplo, pode causar taquipneia, sem necessariamente ter o sistema respiratório afetado. Assim, após a identificação da gravidade do caso, podemos aplicar o exame físico detalhado: Primeiramente, é muito importante conhecer a espécie para inspecionar aspectos como: Frequência respiratória: a narina fisiologicamente se movimenta muito, facilitando a observação. Mas, podemos fazer a contagem também pelo tórax. − FR normal: 10-14 mpm Tipo respiratório: observamos a região costoabdominal. Lembrando que, muitas vezes algumas alterações só aparecerão quando o animal estiver fazendo exercício. O conforto pode alterar o padrão respiratório, e ao invés de 1 inspiração - 1 expiração, ele pode mudar o padrão para 1 inspiração - 2 expirações (o que mostra relaxamento). Avaliar ambiente Fatores externos: até mesmo o clima pode afetar a termorregulação e alterar a FR. Narina: a narina dos cavalos é naturalmente “seca” e não costuma ter umidade e nem secreções. Por isso, alguns sintomas são sinônimos de comprometimento, como: − Unilateral: possivelmente o problema é no trato respiratório anterior e ipsilateral, ou seja, o sinal aparece do mesmo lado da doença − Bilateral: possivelmente o problema é no trato respiratório posterior − Aquosa (coriza): pode ser fisiológica quando o clima está mais frio e úmido − Mucosa − Serosa − Purulenta: grandes chances de ser uma infecção bacteriana – − Sanguinolenta Linfonodos: a palpação, principalmente dos linfonodos mandibulares e do retrofaríngeo, ajuda a analisar mudanças que geralmente estão relacionadas com o trato respiratório anterior: − aumento de volume − mobilidade − temperatura Reflexo de tosse: o cavalo tosse e espira assim como as demais espécies. Ao massagear a região de garganta, o animal tende a tossir por reflexo, possibilitando que o profissional analise qual é o aspecto dela. A percussão de seios paranasais pode ser feita até mesmo com os dedos: − maxilares (lado direito e esquerdo) − frontal. O som normal deve ser claro (pela presença de ar), e quando há presença de secreção ou algum outro sólido, ele se torna maciço/submaciço. Em algumas situações, o acúmulo de secreção é tão importante que causa até deformidade na face Por mais que possamos contabilizar a FR através da inspeção, a auscultação dos ruídos é essencial para distinguir o que é normal e o que é anormal. Há dois focos de auscultação Traqueal/ laringotraqueal: Pode ser desde a região de garganta até próximo da entrada do tórax. O som normal assemelha-se ao de ar passando por um cano de PVC, sem que haja a presença de secreções e sólidos. Ou seja, uma auscultação limpa. 6º/7º e 8º espaços intercostais: Deve ser bilateral, desde a região ventral até a dorsal. Normalmente sempre há um lado do pulmão mais audível do que o outro, por isso, é importante analisar ambos. O ruido normal é o de murmúrio vesicular, que é mais silencioso e delicado do que o do traqueal, assemelhando-se ao de uma folha atritando em outra. Devemos buscar observar principalmente: Variações de ruídos respiratórios: Aumento: respiração ruidosa Diminuição: áreas de silêncios → também são anormais, podendo ser rhodococcus e/ou abcessos Crepitação grossa: Aumento de líquidos nos brônquios Crepitação fina: Edema Pneumonia Sibilo: : parece um assobio Estenose/obstrução do lúmen (DPOC) Acúmulo de secreção espessa Exames complementares: Hemograma: uma anemia e/ou uma leucopenia pode facilmente levar a uma taquipneia Endoscopia: (laringoscopia, traqueoscopia, broncoscopia etc.) É muito utilizada para o trato respiratório anterior, já que ajuda a observar o lúmen (que não deve conter secreções em excesso e nem ter alteração de cor) e ainda a coletar amostras dele. Pode ser feita sem muita dificuldade, já que o endoscópio tem cerca de 1,5 metros (o mesmo utilizado em humanos) e é capaz de chegar até a carina traqueal, possibilitando a observação de diversas estruturas nesse caminho. Radiografia: pode ser de crânio, tórax etc., e de forma geral, os avanços tecnológicos colaboraram muito para que esses exames sejam feitos até mesmo a campo. Ultrassonografia: ótima para avaliar pleura e outras estruturas, como nódulos em traqueia. Lavado aspirativo traqueal e broncoalveolar: muito utilizado para diagnosticar rhodococcus (porém, frequentemente ocorrem falsos negativos) − Quando feito com o endoscópio: região de brônquio − Quando feito com kit comercial (que contém um cateter mais longo, agulha e seringa): região de traqueia Um acesso é feito na traqueia ou na narina para que seja injetada solução fisiológica (cerca de 20-40 ml), que posteriormente será aspirada para que células venham junto – (o material naturalmente vai conter muco, e por isso, ser mais amarelado mesmo se não for patológico) e possam ser analisadas através de histopatologia ou cultura. Toracocentese (exame de tratamento): faz-se uma pulsão (acesso) de tórax. Contudo, essa técnica não é feita de rotina, visto que que é muito invasiva. Geralmente, é realizada para drenar líquidos e aliviar a sensação ao respirar. Sinusite: Conceito: É muito comum, tanto a primária quanto a secundária. É uma inflamação dos seios paranasais, seja frontal ou maxilar, caracterizada pelo acúmulo de exsudato (pus). Etiologias: − Bacteriana − Viral − Fúngica − Problemas dentários: o 4º pré-molar e os 1º, 2º e 3º molares (mais caudais) têm comunicação com o seio maxilar, de forma que a raiz está dentro dele. Isso explica como as sinusites podem ser secundárias às alterações dentarias. Seios maxilares (direito e esquerdo): sinusite tende a ser secundária, de origem dentária ou por neoplasias. Seio frontal (um septo subdivide em caudal e cranial): sinusite tende a ser primária, de origem infecciosa. Sintomas: Como acometeo trato anterior, as manifestações costumam ser: − Fadiga − Dificuldade respiratória − Descarga nasal unilateral crônica (que pode aumentar no exercício) − Percussão com som maciço: através desse teste já é possível saber se a inflamação é em seio maxilar ou frontal. − Perda de performance/rendimento − Chocalhadas de cabeça − Odor fétido: a narina acometida tem um cheiro muito diferente da do outro lado − Pode ter febre a depender do tempo de afecção − Apático − Anorexia/hiporexia − Alteração do contorno facial: ocorre quando o acúmulo de exsudato é muito volumoso Exames complementares: Radiografia: observa-se a radiopacidade água no seio paranasal, revelando o acúmulo de líquido. Além disso, podemos avaliar as raízes dentarias, conchas nasais etc. Na imagem acima podemos observar alterações dentárias (um granuloma em raiz) e acúmulo de líquido no seio maxilar. Já na imagem acima, há uma fratura em região frontal, que consequentemente causou uma sinusite (aparente pelo acúmulo de líquido e radiopacidade água) Endoscopia: realizada apenas para avaliar o aspecto ou ainda para fazer o diagnóstico diferencial em concha e meato. Cirurgia: acesso cirúrgico diretamente ao seio nasal (pouco realizado, geralmente, apenas quando já se vai fazer algum tipo de tratamento junto). Frontal maxilar Cabresto que acidentalmente apareceu Cabresto que acidentalmente apareceu – Inspeção: fisiologicamente as narinas dos equinos sempre devem estar secas e sem secreções, e quando vemos algum sinal contrário a isso, já é indicativo de que algo não está certo. Acúmulo de secreções secas no focinho Aqui, podemos ver um aumento de volume na face do lado direito do animal, revelando um possível acúmulo de secreções. Tratamento: : Antibioticoterapia sistêmica: o mais correto seria fazer uma cultura e antibiograma para analisar quais são os antibióticos com resistência e os com sensibilidade. − Sulfa + trimetoprim (sulfadiazina) → 20-30 mg/kg, oral, BID − Ampicilina − Penicilina Anti-inflamatórios não esteroidais: ajudam a dar conforto − Cetoprofeno → 2,2 mg/Kg, SID, IM/IV − Maxicam − Dipirona: pode substituir os anteriores ou ser associado quando houver febre. Lavagens locais: − Via sonda ou endoscopia − Acesso através de uma furadeira cirúrgica, trapano ou osteotomo − Com uma sonda ou um equipo fazemos de 4 a 6 lavagens diárias para retirar o acúmulo de debris e exsudato Cirurgia: em casos mais graves − Quando as alternativas anteriores não funcionam, podemos fazer a abertura da cavidade para desbridar e retirar o excesso de debris e exsudato o ideal é retirar primeiro a causa base para após isso tratar a sinusite com o tratamento anterior (da primária) Infecção na raiz dentaria: em casos graves, a indicação é a extração, porém, se ainda não está nesse ponto, podemos tentar outras formas de tratamento Garrotilho (adenite equina) Conceito: Essa doença é muito frequente em potros (entre 3 e 4 anos). Já nos adultos, só costuma ocorrer quando ele se encontra imunossuprimido. Acomete o trato inferior Etiologia: O agente é o Streptococcus equi, uma bactéria oportunista gram + que não habita o sistema respiratório, mas em situações de desequilíbrio, como uma infecção primária ou stress, ela pode se acomodar e causar a doença. : Até cerca de 3 a 4 anos e idade, quando os animais ainda costumam estar em pasto ou no coxo, vivendo em contato com outros animais A contaminação ocorre facilmente, por isso, geralmente há mais de um animal acometido → endêmico Secreção: O contágio ocorre através das secreções mucopurulentas (oral ou respiratória) bastante produtivas, por isso, animais que comem e bebem no mesmo local (fômites) facilmente se infectam. Por ser do trato inferior, pode ser uni ou bilateral Sintomas: Depressão Descarga nasal mucosa ou mucopurulenta Febre: pode haver ou não Tosse e dificuldade de deglutição Não ocorre queda de performance pois o animal ainda é jovem Esses sinais anteriores são muito inespecíficos. Por isso, a linfadenopatia costuma ser uma manifestação bem indicativa e diferencial da doença: Linfadenopatia dos linfonodos submandibulares ou retrofaríngeos: os linfonodos ficam muito grandes, quentes e sensíveis, podendo inclusive romper e virar uma abscedação (abcessos). – Esse é um caso extremo. Exames complementares: Cultura das secreções nasais. Inspeção: a observação da linfadenopatia pode já ser o suficiente para iniciar o tratamento (quando associada aos outros sinais clínicos). Tratamento: Em geral, essa é uma infecção simples e com bom prognóstico quando tratamos o animal acometido, assim como seus contactantes. Antibioticoterapia: − Penicilina → 20.000 a 40.000UI/kg, BID, IM Anti inflamatórios não esteroidais Antipiréticos: quando houver febre − Dipirona → 22 mg/kg, IV/IM: é fraca como analgesico, mas cessa muito bem a febre. Abscedação dos linfonodos: − Curativos locais: água, sabão e repelentes para evitar miiase. Gripe equina: Conceito: Essa é uma doença que possui vacina. Ela é mais comum em animais adultos e jovens, podendo causar rinites, traqueites e faringites. Etiologia: A gripe equina pode ocorrer por diferentes vírus: : mais comum em animais adultos e jovens (3 a 4 anos). : mais comum em potros de até 1 ano de idade. Normalmente está associado a casos de abortamento na propiedade Por isso, quando o animal não tem nenhum tipo de vacinação, facilmente podemos associar essa doença, visto que animais vacinados são assintomáticos ou com sintomas muito brandos. Manifestações clínicas: Apatia Febre Perda de rendimento Corrimento nasal mucoso: não tem aparência nem cheiro de pus, assemelhando-se a uma coriza de início de resfriado Tosse seca e profunda Epífora e cerotoconjuntivite: lacrimejamento Mialgias: dor generalizada nos músculos do corpo Auscultação laringotraqueal: ruído estertor a narina dos cavalos é naturalmente “seca” e não costuma ter umidade e nem secreções, por isso, achados como esse ao lado representam anormalidade. Tratamento Não há anti-viral específico, por isso, o tratamento varia entre: Repouso Monitoramento constante com exame físico Inibir estresse Fluidoterapia suporte Dipirona ou Cetoprofeno em casos de febre Garantir a alimentação : Se o animal for vacinado, a ideia é que os sinais de cessem em até 4 dias. Porém, se ele não for, a maior preocupação é uma bactéria oportunista causar uma infecção secundária. Vacina influeza e herpes vírus: tende a ser semestral (principalmente em hípicas), porém, se não estiver submetido à grandes aglomerações, pode ser anual (quando é para constar em passaporte, a influenza é semestral) . Pneumonia: Conceito: Processo grave que ocorre no trato respiratório inferior, normalmente acompanhado de um fator de estresse como: viagens, afecção viral, esforço, má nutrição etc. Etiologia: Pode ocorrer por diversas bactérias oportunistas como: Streptococcus zooepidemicus Staphylococcus aureus Escherichia coli Esse já um caso mais extremo Às vezes, o acúmulo de secreções é tão significativo que ele pode ir para a bolsa gutural – Pasteurella Klebsiella Bordetella Manifestações clínicas: Febre Dispneia (taquipneia) Queda de desempenho Corrimento nasal bilateral: presente ou não Tosse: presente ou não Hiporexia Intolerancia ao exercicio Perda de peso Auscultação pulmonar alterada: ruído estertor e possíveis áreas de silêncio em casos muito evoluídos com presença de fibrose e abcessos. → o ideal é que a auscultação seja bilateral e em diversos campos do parênquima Exames complemetares: Radiografia Hemograma/leucograma:os reticulócitos (hemacias novas) não se encotram nunca na circulação dessa espécie. Por isso, há uma leucopenia muito expressiva antes da leococitose (queda brusca antes do aumento) nas infecções. Lavado tarqueal ou broncoalveolar Tratamento: O prognóstico depende muito do tempo de evolução e do início do tratamento. Em animais que pastam, muitas vezes, devido à proximidade, o tratador demora para perceber anormalidades. Antibioticoterapia específica: o lavado permite fazer uma cultura e antibiograma para identificar quais são as bactérias resistentes e as sensivéis aos fármacos − Gentaminica → 6,6 mg/kg, IV, SID − Ceftiofur → 4,4 mg/kg, IV ou IM, BID − Sulfa + trimetoprim → 20-30 mg/kg, oral, TID Anti inflamatórios não esteroidais Broncodilatadores − Clembuterol: usado quando há muita dificuldade respiratoria Fluidoterapia Repouso Doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC ou RAO) Conceito: É uma doença que causa obstrução de vias aéreas (brônquios) por contração da musculatura lisa e acúmulo de secreções, gerando assim uma estenose e consequente dispneia e sibilo. Ou seja, é resultado de bronquites ou bronquiolites alérgicas Etiologia: Ocorre uma reação de hipersensibilidade, que pode ser congênita ou adquirida. Por isso, em geral, são os erros de manejo que expõem o animal às alergias, como: : − Bais sujas − Excesso de poeira − Fungos: Aspergillus fumigatus − Serragem em pó − Feno Por essa razão, animais velhos (8 a 10 anos) e estabulados são mais acometidos quando em comparação aos de pasto (que não são tão expostos e contam com maior quantidade de ar circulante e exposição ao Sol) Entretanto, a maior dificuldade da DPOC é achar qual é o alérgeno daquele indivíduo. Manifestações clínicas: Dispneia com esforço respiratório (significativa) Reflexo de tosse muito positivo (constante) Tosse associada ao exercício e a alimentação Intolerância ao exercício Auscultação pulmonar (forçada): presença de sibilos e som estertor Exames complementares: Endoscopia: presença de exsudato (não inflamatório) abundante na traqueia Colheita de material em lavado: reação inflamatória Tratamento: Alterações de manejo: a prevenção é essencial, visto que animais com DPOC urgem de cuidado para o “resto” da vida, pois uma vez que há crise, elas sempre poderão voltar − Reduzir poeira − Limpeza frequente − Molhar o feno − Ração: buscar apresentações que contenham menos “ pó” Quando houver crise: Broncodilatadores: − Clembuterol → 0,8 μ g/kg, oral, BID – Corticoides: essenciais para a hipersensibilidade − Prednisolona → 2mg/kg, IV, oral ou inalatória, SID Mucolíticos: ajudam a expelir o conteúdo − acetilcisteína Inalação Mormo: Conceito e histórico: A mormo é uma infecção bacteriana de manifestação respiratória e cutânea. Foi descrita por volta da primeira guerra mundial quando era usada como arma biológica, visto que afetava os homens e os animais (zoonose). Foi dita como extinta no Brasil em 1968, porém, em 1999 houve alguns surtos em Alagoas e Pernambuco. Contudo, a OMS tomou conhecimento dos casos e não tomou grandes atitudes, já que era um local de manejo precário e pouco investimento. Entretanto, o transito desenfreado de animais, sem diagnóstico correto, fez com que a doença voltasse a se espalhar, gerando casos em Araçatuba e outras cidades do sudeste por volta de 2006-2011. Foi nesse momento que o MAPA reconheceu que a doença havia se tornado relevante e tornou obrigatória a notificação, pois, além de zoonose, afetava muito o mercado equestre nacional, fazendo com que os consumidores de outros países desacreditassem no mercado brasileiro. Fases: : asininos e muares (que são mais resistentes e sobrevivem a viver em climas mais extremos e com menos investimento tecnológico) : equinos Etiologia e epidemiologia: Causada pela bactéria Burkholdelia mallei Acomete solípedes: equinos, asininos e muares Zoonose Queda da prevalência com a motorização das trações rurais Por mais que o animal seja assintomático, ainda assim o protocolo de notificação obrigatória e eutanásia após o diagnóstico é obrigatório. A princípio, esses animais só teriam a doença quando imunossuprimidos. : por contato direto de secreções nasais/mucosa, de feridas e/ou ingestão de águas ou alimentos contaminados → alastrada facilmente pelo plantel. Manifestações clínicas: Tosse O animal fica em situação deplorável. Dispneia Corrimento nasal mucopurulento Emagrecimento progressivo Febre Apatia Anorexia Nódulos (que podem ulcerar) no trato respiratório ou pele: posteriormente geram cicatrizes em formato estrelar (que também pode estar na mucosa) Nasal: febre, tosse, descarga nasal, úlceras nas narinas e membros Pulmonar: pneumonia com abscessos, além de úlceras na pele Cutânea: nódulos e úlceras nos membros com secreção purulenta, adenopatia periférica Diagnóstico: ELISA: como é uma doença de notificação obrigatória, os testes são feitos como triagem a cada 60 dias (tempo de validade) de forma preventiva no plantel, principalmente daqueles que viajam e/ou participam de provas. Ele é muito sensível, porém, pouco específico, podendo gerar falsos negativos. Por essa razão, contraprovas (maleína) são feitas para confirmar. Cultura bacteriana Inoculação em camundongos Prova de maleína: inoculação intradermopalpebral Em geral, apenas um profissional capacitado pode coletar o exame, bem como apenas laboratórios credenciados pelo MAPA recebem as amostras. Após a confirmação do positivo, os órgãos nacionais avisam as organizações mundiais. Controle: : o programa nacional da sanidade dos equinos dita quais são as medidas a serem tomadas em casos de positivo. Entre elas, está a eutanásia obrigatória, incineração da carcaça, isolamento da região, limpeza das instalações com hipoclorito de sódio e monitoramento do local (só pode ser realocado quando permanecer negativo por pelo menos 3-6 meses) Tratamento: Em geral, como os animais positivos têm que ser eutanasiados, o tratamento não é aplicado, além disso, há o risco deles se tornarem portadores crônicos. Mas, seria com Sulfas/ Sulfadiazina Reflexo de tosse
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