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Giardia lamblia: Parasita Intestinal

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- Giardia lamblia (intestinalis e duodenalis) 
- Gênero: Giardia (parasitas flagelados do intestino 
delgado de mamíferos, aves, répteis e anfíbios) 
- Um dos principais parasitas do homem 
- Encontrada em todo o mundo com maior prevalência 
entre crianças de oito meses a 10-12 anos 
- Muito encontrada em regiões tropicais e subtropicais 
e baixo nível econômico 
- Muito encontrada em países subdesenvolvidos (devido 
às baixas condições de higiene e saneamento básico) 
- Infecção adquirida pela ingestão de cistos em água, 
transmissão fecal-oral em relações sexuais entre 
homens homossexuais 
- É um pequeno protozoário 
- Flagelado 
- Em seu ciclo vital apresenta duas formas: trofozoíta e 
cisto 
 
- Formato de pêra com simetria bilateral e contorno 
piriforme, quando vista de face 
- Face dorsal lisa e convexa e ventral côncava 
assemelhando-se a uma ventosa 
- Corpo bastante deformável, mostra um achatamento 
dorsoventral 
- 2 núcleos (cada qual tendo um cariossomo central, 
mas sem cromatina periférica) 
- 4 pares de flagelos (proporcionam o deslocamento 
rápido e irregular) 
- Disco suctorial (visto somente por microscopia 
eletrônica) --> ocupa 2/3 da superfície ventral e é 
sustentado internamente por placas estriadas e 
circunscrito externamente por um delicado rebordo 
- Graças ao disco suctorial, os trofozoítos, em grande 
número, aderem à superfície da mucosa, formando um 
revestimento externo, que interfere na absorção de 
gorduras e vitaminas lipossolúveis 
- Corpos parabasais 
- Axonemas 
- Coloração: tricrômico 
- Vivem no duodeno e nas primeiras porções do jejuno 
- Sua nutrição faz-se através da membrana e por 
processo de pinocitose que se observa tanto na face 
ventral como na dorsal 
- Reprodução por divisão binária longitudinal (assexuada) 
- Em evacuações líquidas, aparecem em grande 
número, mas em fezes formadas predominam os cistos 
 
 
 
 
 
- Estruturas resistentes 
- Encontrados em fezes formadas 
- São elipsóides ou ovóides 
- Citoplasma retraído 
- Presença de axonemas (dá origem aos flagelos) e 
corpos parabasais 
- 1 ou 2 pares de núcleos (aproximadamente circulares 
e com um cariossomo central) --> disposição irregular 
- Coloração: lugol 
- Podem ficar até 2 meses ou mais no ambiente (água 
gelada) 
- Contaminação oro-fecal –> ingestão de cistos 
maduros 
- Águas sem tratamento, alimentos contaminados (mal 
lavados ou contaminados por insetos), de pessoa a 
pessoa por mãos contaminadas, contatos homossexuais 
- Artrópodes (pois os cistos podem permanecer vivos 
durante 24 horas no intestino de moscas e sete dias na 
barata) 
 
Agnes Jennine
M41
 
 
 
- In vitro, consegue-se o desencistamento desde 
que haja umidade, prévia exposição a pH 2 e 
temperatura de 37°C; e depois, semeadura em meio 
de cultura com manutenção do pH em torno de 6,8 na 
mesma temperatura, pois essas condições imitam a da 
passagem dos cistos pelo estômago e sua eclosão no 
intestino delgado 
- Evidências de imunidade protetora 
- Infecção autolimitante, anticorpos específicos anti-
Giardia, participação de monócitos na modulação da 
resposta imune, susceptibilidade aumentada em 
pacientes imunocomprometidos 
- Menor susceptibilidade a ter clínica em pacientes de 
áreas endêmicas (devido à imunidade adaptativa) 
- IgA secretória – imunidade local na mucosa intestinal. 
Favorece a retirada da adesão dos trofozoítos à 
superfície das células do epitélio intestinal 
- Anticorpos IgA, IgM e IgG em indivíduos com 
giardíase 
- A resposta celular parece ser importante logo após o 
desencistamento através da produção de citocinas 
(podem provocar a quimiotaxia) que são suficientes 
para destruir os parasitas na maioria dos indivíduos 
- Quando os trofozoítos conseguem escapar, os 
anticorpos anti-Giardia têm papel importante 
principalmente em infecções prolongadas 
 
- A eliminação de cistos pelo indivíduo infectado não é 
constante, podendo negativar-se temporariamente 
durante muitos dias 
- Mudanças na arquitetura da mucosa (normal ou com 
atrofia parcial ou total das vilosidades --> podem chegar 
a forrar a mucosa duodenal e de outras áreas --> 
como consequência --> perturbação da absorção de 
gorduras e vitaminas e o aparecimento de quadro 
diarréico, com esteatorréia, cólicas abdominais, 
evacuações frequentes e emagrecimento) 
 
 
 
- O elevado teor de gorduras na luz intestinal causaria 
então uma síndrome diarréica persistente 
- Sabe-se que a má-absorção intestinal é corrigida 
com o tratamento antiparasitário, mas não se sabe por 
qual mecanismo ela é produzida 
- Processo inflamatório desencadeado pelo parasita, 
devido à reação imune do hospedeiro 
- Intensidade da infiltração linfocitária x intensidade de 
má-absorção 
- Liberação de histamina (pode causar uma reação de 
hipersensibilidade tipo 1) pela degranulação de mastócitos 
com desencadeamento de uma reação de 
hipersensibilidade edema de mucosa e contração de 
seus músculos lisos. 
 
- Pacientes sintomáticos ou assintomáticos 
- Diarréia aguda e auto-limitante ou persistente 
- Evidências de má-absorção e perda de peso 
- Liberação de cistos nas fezes por um período de até 
6 meses 
- Em crianças: irritabilidade, perda de apetite,, e 
emagrecimento 
- Primoinfecção: grande número de cistos leva a 
diarreia aquosa, odor fétido, gases com distensão e 
dores abdominais(muco e sangue raramente aparecem 
nas fezes), dura pouco dias e podem ser confundidas 
com diarreias virais e bacterianas 
- Azia, queimação e má digestão 
- Complicações na giardíase crônica: associadas à má 
absorção de gordura e de nutrientes como vitaminas, 
ferro, xilose, lactose com efeitos mais severos em 
crianças 
- doença de Crohn, doença celíaca, anafilaxia 
alimentar crônica, síndrome do intestino irritável... 
- Nos casos mais graves pode haver esteatorréia 
- Em alguns casos pode haver distensão e 
desconforto epigástrico, sem alterações do trânsito 
intestinal, simulando os quadros de úlcera péptica, de 
alteração das vias biliares, de hérnia do hiato ou de 
pancreatite 
 
- Clínico: em crianças de oito meses a 10-12 anos, 
sintomatologia indicativa é a diarréia com esteatorréia 
(fezes gordurosas), irritabilidade, insônia, náuseas e 
vômitos, perda de apetite e dor abdominal 
 
Agnes Jennine
M41
 
 
 
- Fezes formadas – cistos detectados a fresco pelo 
método direto ou por técnicas de concentração 
- Fezes diarréicas – trofozoítos que morrem em 15 a 
20 minutos, melhor usar método direto. —> Usar 3 
amostras em dias alternados. Intervalos de 7 dias entre 
cada amostra aumenta positividade 
- Fluido duodenal – pacientes com diarréia crônica 
 
- Entero-Teste 
- Sorologia (IgG) --> para o diagnóstico, ela não é tão 
sensível 
- Coproantígenos (sensibilidade 85-95, especificidade 
90-100%) --> identifica proteínas da giárdia no material 
fecal; é + caro 
- PCR --> amplifica o material genérico da giárdia 
 
- Higiene pessoal; 
- Proteção dos alimentos 
- Tratamento da água --> água deve ser filtrada ou 
fervida, visto que o protozoário é resistente ao cloro 
- Resistência ao cloro, mas destruídos em água 
fervente 
- Tratamento precoce do paciente com diagnóstico da 
fonte de infecção e seu tratamento 
 
- Furazolidona (Giarlam) – resistência 
- Metronidazol (Flagil), Tinidazol (Fasigyn), Ornidazol 
(Tiberal), Secnidazol (Secnidazol) 
- Albendazol - poucos efeitos colaterais 
- Nitazoxanida 
 
- Casos de resistência - Intervalo de 5 dias e 
complementação da terapêutica com outra droga; 
- Baixa aceitação pelas crianças 
- Efeitos colaterais – sintomas gastrointestinais e 
raramente, vômito 
 
 
 
 
 
 
 
Agnes Jennine
M41

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