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Malária

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- 200-500 milhões de casos por ano 
- 1,7-2,4 milhões de óbitos por ano 
- Ocorre bastante em crianças menores de 5 anos 
Taxonomia 
- Filo Apicomplexa 
- Família Plasmodiidae 
- Gênero Plasmodium 
- Espécies: 
1. Plasmodium falciparum 
2. Plasmodium vivax 
3. Plasmodium malariae 
4. Plasmodium ovale --> África 
- OBS: é muito importante saber qual o tipo de espécie, 
pois dependendo da espécie, o tratamento muda 
Período de incubação 
- 8-30d 
- Depende de: 
o Espécie de Plasmodium 
o Carga parasitária injetada pelo mosquito no 
momento da picada 
o Sistema de defesa do paciente 
Vetor 
- Mosquitos do gênero Anopheles: 
o Anopheles darlingi 
o Anopheles aquasalis 
o Anopheles albitarsis 
Ciclo evolutivo do mosquito 
- Do tipo holometábolo (metamorfose completa 
durante o seu desenvolvimento) 
1. Durante o repasto sanguíneo, a fêmea do anofelino 
ingere as formas sanguíneas do parasito, mas 
somente os gametócitos serão capazes de evoluir 
no inseto, dando origem ao ciclo sexuado ou 
esporogônico 
2. Intestino do mosquito --> temperatura inferior a 
30°C e aumento do pH por baixa pressão de CO2 
--> estimula gametogênesse poucos minutos após 
a ingestão do sangue 
3. Gametócito feminino transforma-se em 
macrogameta e o gametócito masculino 
(exflagelação --> origem a oito microgametas) 
4. 20-30 min --> microgameta fecundará um 
macrogameta, formando o ovo ou zigoto 
5. 24h após fecundação --> zigoto passa a 
movimentar-se por contrações do corpo, sendo 
denominado oocineto 
6. Oocineto atravessa a matriz peritrófica e atinge a 
parede do intestino médio --> encista, sendo 
chamado de oocisto 
7. Inicia-se processo de divisão esporogônica --> 9-14d 
--> ruptura da parede do oocisto --> liberados os 
esporozoítos formados durante a esporogonia 
8. Disseminados por todo o corpo do inseto pela 
hemolinfa, até atingir as células das glândulas 
salivares 
9. Atingirão o canal central da glândula e ingressarão 
no dueto salivar para serem injetados no 
hospedeiro vertebrado, juntamente com a saliva, 
durante um novo repasto sanguíneo infectante 
Ciclo evolutivo da malária 
1. O ciclo de vida do parasita da malária envolve 2 
hospedeiros. Ao se alimentar de sangue, a fêmea 
do mosquito Anopheles infectada pelos plasmódios 
inocula os esporozoítos no hospedeiro humano. 
2. Os esporozoítos infectam as células do fígado. 
3. Lá, os esporozoítos amadurecem para esquizontes. 
4. Os esquizontes se rompem, liberando merozoítos. 
Essa replicação inicial no fígado é chamada de ciclo 
exoeritrocítico. 
5. Os merozoítos infectam os eritrócitos. Então, o 
parasita multiplica-se assexuadamente (o chamado 
ciclo eritrocítico). Os merozoítos se desenvolvem 
em trofozoítos em estágio de anel. Alguns, então, 
amadurecem para esquizontes. 
6. Os esquizontes se rompem, liberando merozoítos. 
7. Alguns trofozoítos se diferenciam em gametócitos. 
8. Ao se alimentar de sangue, um mosquito 
Anopheles ingere os gametócitos masculinos 
(microgametócitos) e femininos 
(macrogametócitos), dando início ao ciclo 
esporogônico. 
9. No estômago do mosquito, os microgametas 
penetram nos macrogametas, produzindo zigotos. 
10. Os zigotos tornam-se móveis e alongados, 
evoluindo para oocinetes. 
11. Os oocinetes invadem a parede do intestino médio 
do mosquito, onde se desenvolvem em oocistos. 13. 
12. Os oocistos crescem, rompem-se e liberam 
esporozoítos, os quais se deslocam para as 
glândulas salivares do mosquito. A inoculação dos 
esporozoítos em um novo hospedeiro humano. 
perpetua o ciclo de vida da malária 
 
 
 
Malária plasmodium spp 
Agnes Jennine
M41
 
 
 
- Os esporozoítas - meses nas glândulas salivares 
- Trofozoítas e esquizontes - hemoglobina da hemácia 
- Glicose, a metionina, vitaminas, etc 
- O acúmulo de pigmento (hemozoína) dá ao fígado, 
baço e outros órgãos uma tonalidade escura 
Patogenia 
- Destruição dos eritrócitos parasitados 
- Toxicidade resultante da liberação de citocinas 
- Sequestro dos eritrócitos parasitados na rede 
capilar, no caso específico do P. falciparum 
- Lesão capilar por deposição de imunocomplexos 
(glomérulos), no caso do P. malariae 
- Produz anóxia dos tecidos devido a vários fatores: 
o Destruição de hemácias, ao serem liberados os 
merozoítas 
o Os macrófagos fagocitam os restos celulares 
(como hemozoína) 
o Vasoconstrição arteriolar e pela dilatação capilar, 
que agravam a anóxia 
o Hemácias parasitadas apresentam protrusões 
da membrana 
- Há acumulação de ácido láctico, com aumento do 
consumo de glicose 
- A hipoglicemia ocorre nas infecções por P. falciparum 
- Lentamente, a hemozoína é transformada em 
hemossiderina 
Alterações anátomo e fisiopatológicas 
- Podem ocorrer no baço, fígado, medula e cérebro 
- Nefrite 
- No sangue – Há anemia de grau variável visto 
- Anóxia nos tecidos 
- A permeabilidade capilar e os edemas aumentam com 
a hipoproteinemia 
- Nesta, formam-se trombos ou êmbolos devidos à 
aderência das hemácias ao endotélio vascular 
Quadro clínico da malária 
- Incubação 
- Cefaléia, mal-estar, dores pelo corpo e ligeira febre 
- O acesso malárico apresenta 3 fases: 
1. O início súbito, com sensação de frio intenso 
ou calafrios --> paciente apresenta-se pálido e 
 
 
 
 
cianótico, com a pele fria --> frio passa depois 
de 15 minutos a meia hora 
2. Calor 
3. Sudorese 
- Sobre a doença: 
o Paludismo, impaludismo e febre palustre ou 
segundo seus agentes e formas clínicas: 
o Febre terçã benigna (Plasmodium 
vivax) 
o Febre terçã maligna (P. falciparum) 
o Febre quartã (P. malariae) 
Clínica da malária 
- É raro o envolvimento cerebral na febre terçã 
benigna 
- Nas formas prolongadas há esplenomegalia importante 
e anemia 
- Os quadros intestinais não se distinguem dos de 
outras etiologias 
Formas graves 
- Outras características que podem estar presentes 
são: 
o Hiperparasitemia 
o Quadro de malária cerebral 
o Anemia grave Icterícia (flutuante) 
o Insuficiência renal 
o Distúrbios hidreletrolíticos 
o Hipertermia 
o Colapso circulatório (choque, hipotensão). 
o Outras alterações podem ocorrer, como 
edema pulmonar, hemoglobinúria, etc. 
- Malária cerebral 
o Febre, cefaléia, confusão mental e sonolência 
o Convulsões e vômitos 
o Quadros espásticos ou flácidos se sucedem 
- Malária grave em crianças 
o A infecção congênita é rara, 
o A mortalidade é máxima nos 2 primeiros anos 
o Alta parasitemia a anemia costuma ser grande, 
com taquicardia 
- Malária grave na gestação 
o Abortamento. 
o Prematuridade ou ao baixo peso ao nascer. 
o Também predispõe para a eclâmpsia e as 
toxemias nefréticas. 
o A malária predispõe para a hipoglicemia 
o Há também risco de edema pulmonar agudo 
pós-parto 
o Na terçã malígna a anemia pode ser profunda. 
- Febre hemoglobinúrica: complicação rara da terçã 
malígna com crises hemolíticas. 
- Nefropatias maláricas 
o Glomerulonefrite e síndromes nefróticas agudas 
ou leves 
o Os sintomas são ligeiros, com albuminúria 
 
Agnes Jennine
M41
 
 
 
 
- Síndrome esplenomegálica tropical 
o A esplenomegalia é normal na malária crônica e 
diminui com o tempo e a imunidade. 
o Com níveis elevados de IgM específico no soro. 
o Ocorre em áreas endêmicas com P. vivax ou P. 
falciparum 
Imunidade 
- Resistência Inata 
o Absoluta: proteção completa --> anemia 
falciforme 
o Relativa: processo infeccioso autolimitado --> 
Talassemia 
- Resistência adquirida: Transferência passiva de 
anticorpos IgG da mãe imune para o filho 
- Contudo, as populações geneticamente alteradas 
sofrem por não poder fazer a terapia com primaquina 
devido aos seus efeitos hemolíticos 
- Imunidade natural na malária 
o Encontrar receptores que lhes permitem aí 
aderir e induzir a endocitose 
o P. falciparum requer a presença da glicoforina A 
o Apenas 5 a 10% das imunoglobulinas G 
produzidas reagem especificamente com os 
antígenos parasitários 
Diagnóstico clínico 
- Na falta de exame de sangue ou quandoeste for 
negativo, os fatos mais frequentes e sugestivos de 
malária são: 
1. Febre intermitente com sintomas que se 
repete 
2. Anemia hipocrômica com taxa de leucócitos 
normal ou ligeiramente baixa e percentagem 
elevada de monócitos --> alguns leucócitos 
podem conter pigmento 
3. Baço aumentado e doloroso 
4. Residência ou procedência de zona endêmica 
5. Resposta favorável e rápida aos antimaláricos. 
 
 
 
Diagnóstico laboratorial 
- Exame de gota espessa (para ver a hemácia) 
- Esfregaço sanguíneo 
- PCR (reação em cadeia da polimerase) 
Tratamento 
- Os antimaláricos são escolhidos de acordo com: 
- Manifestações clínicas 
- Plasmodium spp. infectante 
- Padrões conhecidos de resistência das cepas na 
região de aquisição 
- Eficácia e efeitos adversos dos fármacos disponíveis 
- Cloroquina 
- Hidroxicloroquina 
- Mepacrina 
- Pamaquina 
- Pentaquima 
- Primaquina 
- Quinina 
- Quinocida 
 
- Resistência aos antibióticos 
o Parece ter origem em mutações espontâneas 
o Essa seleção é independente da dose utilizada 
- Controle de cura: 
o Recomenda-se o controle de cura, por meio da 
lâmina de verificação de cura (LVC), para todos 
os casos de malária, especialmente os casos de 
malária por P. falciparum. 
o Objetivo: Observação da redução progressiva 
da parasitemia e da eficácia do tratamento e a 
identificação oportuna de recaídas. Recomenda-
se a realização de LVC da seguinte forma: 
o P. falciparum – em 3, 7, 14, 21, 28 e 42 
dias após o início do tratamento. 
 
 
Agnes Jennine
M41
 
 
 
 
o P. vivax ou mista – em 3, 7, 14, 21, 28, 
42 e 63 dias após o início do 
tratamento 
Profilaxia 
- Proteção individual 
- Medidas Coletivas 
- A efetividade dos repelentes à base de DEET (N-N- 
Dietiltoluamida) depende da concentração do produto 
na fórmula 
o Adultos e crianças acima de 12 anos: 30 a 35% 
de DEET --> proteção acima de cinco horas. 
o Crianças e mulheres grávidas: repelentes a 
base de Icaridina 
- Quimioprofilaxia (apenas para viajantes): Doxiciclina --> 
100mg/dia, uma semana antes do deslocamento 
- Vacina (aprovada em 2021) 
o A vacina RTS,S/AS01 (RTS,S) – conhecida 
também como Mosquirix – 
o É uma vacina injetável que 
proporciona proteção parcial contra a 
doença em crianças 
o Está sendo avaliada na África 
Subsaariana como instrumento de 
controle complementar . 
o Essa vacina tem sido objeto de avaliação em 
um grande ensaio clínico realizado por sete 
países africanos e recebeu um parecer positivo 
em julho de 2015 da Agência Europeia de 
Medicamentos. 
 
 
 
 
 
Agnes Jennine
M41

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