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Violência Simbólica - definição e exemplo (Pierre Bourdieu)

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A violência simbólica (também chamada de violência branda ou força simbólica) é um conceito cunhado pelo sociólogo francês Pierre Bourdieu.
De acordo com Bourdieu: A violência simbólica' é a violência perpetrada sobre nós por meio do consentimento tácito por parte daqueles que dela são vítimas e também, muitas vezes, por parte daqueles que a utilizam, se ambos não perceberem que usar a violência ou sofrer com isso." A violência simbólica não é violência no sentido mais simples - o uso da força física ou a ameaça de usá-la, ou o uso explícito da autoridade -, mas uma força social exercida criando uma impressão de superioridade e segregação sobre os afetados. Essa impressão faz com que os outros se sintam impotentes e se abstenham de atividades que ameacem o lugar social daqueles que se envolvem em violência simbólica. O controle é considerado 'violência' porque não é resultado de consentimento consciente e livre escolha, e é 'simbólico' porque é criado por categorias simbólicas. A violência simbólica funciona silenciosamente, e nenhuma rebelião é dirigida contra ela. Ostensivamente, as pessoas fazem o que queriam fazer, o que é natural para elas. A inovação na ideia de 'violência simbólica' está no fato de que não há violência real, ou mesmo ameaça, e ainda assim ela atinge seus objetivos e faz com que as pessoas ajam voluntariamente, de uma forma que não necessariamente é boa para elas e realiza seus interesses.
Exemplo de violência simbólica: A violência simbólica determina o lugar inferior da mulher na sociedade, mas é "natural" e as mulheres agem dentro do seu próprio livre arbítrio e em muitos casos não procuram quebrá-lo. A violência simbólica explica a dificuldade de mobilidade na sociedade, a reprodução de classes e relações de poder de geração em geração.

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