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Disciplina: Licitações, Parcerias Público-Privadas e Contratos Administrativos. Identificação da tarefa: Tarefa 1. Unidade 1. Envio de arquivo. Pontuação: 10 pontos. Tarefa 1 Instruções: · Necessária bibliografia, e citações devem conter as fontes. · Cada questão deve ter pelo menos 1 lauda, fonte Arial 12. · Considerando que a tarefa visa ao aprimoramento dos estudos, não será admitido plágio em nenhuma hipótese. 1- Disserte sobre as características dos contratos administrativos. 2- Disserte sobre as práticas anticompetitivas em licitações. 3- Disserte sobre o controle da gestão pública sobre licitações e contratos. 1- Disserte sobre as características dos contratos administrativos. Uma particularidade do contrato administrativo tem origem no predomínio do interesse público sobre o particular, baseando-se nos poderes que a Administração tem de alterar um acordo unilateralmente, impor sanções ao particular, exigir a realização das prestações alheias, ou até mesmo extinguir o acordo (LOPES, 2021). O contrato administrativo apresenta as seguintes características: consensual, comutativo, oneroso, formal e intuitu personae. Consensual pois trata-se de acordo de vontades e não um ato unilateral e impositivo da Administração. Comutativo pois são as partes do contrato equiparado mutuamente. Oneroso pois existe remuneração no objeto de contrato. Formal pois deve seguir as leis e ser redigido por escrito. Intuitu personae pois há uma condição para a execução do objeto pela pessoa que é contratado (GASPARINI, 1995) (JUSTEN FILHO, 1995) (LOPES, 2021). O contrato administrativo apresenta como característica também as cláusulas exorbitantes, a saber, as principais cláusulas exorbitantes são: a alteração e rescisão unilateral do contrato, equilíbrio financeiro, reajustamento de preços, exceção de contrato não cumprido, controle do contrato, exigências de garantia, fiscalização e imposição de sanções, (GASPARINI, 1995) (JUSTEN FILHO, 1995) (LOPES, 2021). Sobre a alteração unilateral do concreto, de acordo com Lopes (2021), independente de ter uma previsão explícita no contrato, a administração detém do poder de modificar a rescisão unilateral do contrato, uma vez que é tratado essa pelo artigo 58 da Lei de Licitações (nº 8666/1993). Ainda segundo a referida autora, a rescisão pode acontecer pela má execução do serviço ou variação do interesse público, uma vez que analisada a uma causa justa e fundamentada. Em relação ao equilíbrio financeiro, Lopes (2021) denomina como sendo a conexão que as partes constituem inicialmente no acordo entre encargos do contratado e a retribuição da Administração. Sendo, portanto, a relação entre a retribuição da Administração e o objeto do contrato. Reajustamento de preços é o aumento do valor acertado no contrato e que seja previsto no edital de licitação, que pretende suprir perda em decorrer da elevação dos custos ou desvalorização da moeda (GASPARINI, 1995) (JUSTEN FILHO, 1995). Portanto, percebe-se que o contrato administrativo se trata do predomínio do interesse público sobre o particular, e é importância o conhecimento de suas definições e características, principalmente para esfera pública, mas também, em alguns casos, para a esfera particular. Referências GASPARINI, Diógenes. Direito Administrativo. Saraiva: São Paulo, 1995. JUSTEN FILHO, Marçal. Comentários à lei de licitações e contratos administrativos. Ed. Aide, Rio de Janeiro, 1995. Lopes, Lúcia Ferreira. Licitações, Parcerias Público-Privadas e Contratos Administrativos. Brasília, 2021. 2- Disserte sobre as práticas anticompetitivas em licitações. Há muito debate em relação ao dever e competência da Administração examinar e julgar denúncias que cerquem temas de defesa da concorrência em licitações. Isto acontece pelo motivo de disputa pelo domínio do mercado, pretendendo obter certas vantagens no mercado. Uma prática recorrente é a exibição de preços predatórios em relação aos outros que participam da licitação (LOPES, 2021). A prática anticompetitiva acontece regularmente nos diferentes segmentos de mercado, no entanto a sua confirmação é mais fácil, quando acontece na esfera das licitações devido o seu caráter público, possibilitando a ciência dos preços que são exercidos pelos outros concorrentes (LOPES, 2021). Na visão de Lopes (2021) é muito questionável a competência de a Administração julgar e analisar denúncias em seus procedimentos licitatórios, quando contaminados de vício por condutas desleais à uma saudável e justa competição. Ainda de acordo com os autores a base das licitações que consiste na competição é justa e ampla, ou seja, em condições de igualdade perante a lei, devendo os competidores apresentarem preços justos, lícitos e regulares, sendo de acordo com os padrões comuns do mercado. Os concorrentes desleais visam resultados imediatos, se baseando na dificuldade da comprovação da prática desleal e a demora do Poder Público em julgar tais condutas. Segundo Lopes (2021), a intervenção com a função de favorecer a repressão ao abuso do poder econômico é obrigação do Estado, no artigo 170 da Constituição Federal, é encontrado os princípios que dão orientação na ordem econômica, sendo eles: soberania nacional; função social da propriedade; defesa do consumidor; livre concorrência; propriedade privada; defesa do meio ambiente; redução das desigualdades; tratamento favorecido para as empresas de pequeno porte; busca do pleno emprego. Ainda como bem coloca a autora, é garantido a todos o livre exercício de qualquer atividade econômica, sem depender de anuência de órgãos públicos, a não ser em casos previstos em lei. Lima (2021) retrata que tanto a Lei nº 14.133/2021 quanto a Lei 12.529/2011 são importantes sobre a presente temática. Ainda segundo o autor, na falta de certos conceitos na Lei nº 14.133/2021 sobre as práticas anticompetitivas, é necessário buscar na Lei nº 12.529/2011, que estrutura o Sistema Brasileiro de Concorrência e Defesa. Portanto, é necessário um conhecimento das leis referentes aos assuntos, para não agir de forma desleal por não conhecimento, além disso, é necessário ter um conhecimento da área em que está tentando a licitação para que possa ser ofertado preços factíveis com o mercado em questão, concluo dizendo que é dever de todos privar por um ambiente de concorrência justo e correto. Referências Lima, Jonas. A Lei nº 14.133/2021 e as práticas anticompetitivas nas licitações. Disponível em: https://www.conjur.com.br/2021-ago-27/licitacoes-contratos-lei-141332021-praticas-anticompetitivas-licitacoes. Acesso em: 22 de dezembro de 2021. Lopes, Lúcia Ferreira. Licitações, Parcerias Público-Privadas e Contratos Administrativos. Brasília, 2021. 3- Disserte sobre o controle da gestão pública sobre licitações e contratos. A função de controle é muito tradicional na administração de qualquer corporação, tanto na esfera pública quanto privada, sendo que vem antes as atividades administrativas de coordenação, organização e planejamento. Em relação à esfera pública, o controle é mais extensivo e necessário, em função de prestação de contas a que todo estatal é sujeito. A obrigação da correção, orientação e vigilância exercida sobre uma corporação tem como objetivo averiguar a legitimidade, legalidade e a economicidade da atividade pública, garantindo assim, o mais importante que é o atendimento do interesse público (LOPES, 2021). Ainda de acordo com Lopes (2021) os artigos 70 a 75 da Constituição apresentam normais gerais para que os órgãos especificamente criados para atender a função administrativa realizem o controle. A autora acrescenta sobre o artigo 75, em que nele consta explicação que todas as regras previstas naquela seção é de aplicar, na esfera Estadual e Municipal, conduzindo a organização, a fiscalização e composição exercida pelos órgãos de controle destes entes. De acordo com Lopes (2021) cada poder é estruturado por um sistema de controle interno, agindo de maneira integrada aos sistemas de controle interno de outros poderes,assim como retrata o artigo 74 da Constituição. Por exemplo, na esfera federal, o órgão da Presidência da República, a Controladoria Geral da União (CGU), desempenha o papel de órgão central do sistema de controle interno do poder executivo federal. Já o controle externo é desempenhado pelo poder Legislativo, recebendo auxílio, no caso federal, do Tribunal de Contas da União (TCU). Ainda sobre a função de controle na esfera estadual e municipal, Lopes (2021) acrescenta que o Ministério Público, assim como os Tribunais de Contas estaduais e municipais exercem função de controle. Sendo que o Ministério Público é considerado “fiscal da lei”, tendo como incumbência a defesa do regime democrático, da ordem jurídica e dos interesses individuais e sociais indisponíveis, assim como retrata o artigo 127 da Constituição. Carvalho e Cabral (2021) bem se posicionaram, que o controle das contratações públicas é uma atividade que não se tem fim, é permanente, desde o planejamento até a execução do contrato. É necessário, portanto, estar em constante atualização e reflexão sobre o tema de controle da gestão pública de forma a buscar a melhora e ter um trabalho e sistema que vá se atualizando e atento as modificações que possam surgir ou brechas que possam aparecer. Referências Carvalho, Guilherme; Cabral, Flávio Garcia. Controle das contratações públicas: diversas linhas de frente Disponível em: https://www.conjur.com.br/2021-set-03/licitacoes-contratos-controle-contratacoes-publicas-diversas-linhas-frente. Acesso em: 22 de agosto de 2021. Lopes, Lúcia Ferreira. Licitações, Parcerias Público-Privadas e Contratos Administrativos. Brasília, 2021.