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1 Fernanda E. Bocutti T6 Volume de reserva inspiratória– consegue respirar além da capacidade quando ativa toda a musculatura acessória da respiração Expiração é passiva – não utiliza nenhum tipo de músculo Volume corrente: respiração em repouso – inspiração e expiração Volume de reserva inspiratório (VRI) – cerca de 6 vezes o volume de corrente – VRI aprox. 3000 mL e VC aprox. 500 mL Expiração forçada: volume de reserva expiratório (VRE) – em torno de 1000 mL – utiliza toda musculatura acessória da expiração Quantidade de ar que não sai do alvéolo mesmo frente a expiração forçada – volume residual – cerca de 1200 mL Volume residual é uma proteção para os alvéolos Capacidade inspiratória – em torno de 3500 mL – capacidade máxima Capacidade vital – somatória de todo o fluxo aéreo considerando incursões máximas – cerca 4500 mL Capacidade residual funcional – somatória do volume de reserva expiratório e volume residual – em torno de 2200 mL Capacidade pulmonar total – somatória de todos os volumes – 5700 mL Complacência e elastância pulmonar - Complacência: quantidade de força que deve ser exercida sobre um corpo para o deformar - Alteração do volume que é resultado de uma força ou pressão que é exercida sobre o pulmão C= delta V / delta P Volume pulmonar se modifica em decorrência da pressão elástica aplicada sobre os pulmões – alteração representa a capacidade de distensão Pressão transpulmonar é diretamente proporcional a expansão pulmonar que é totalmente dependente da capacidade de distender Pressão transpulmonar é responsável pela distensão pulmonar Pressão transpulmonar aumenta – volume pulmonar aumenta Entrada de ar via aérea requer alteração da pressão transpulmonar – alteração de volume Complacência pulmonar Volume pulmonar se modifica em decorrência da pressão elástica aplicada sobre os pulmões – alteração representa a capacidade de distensão - Pressão transpulmonar: responsável pela distensão pulmonar - Distensibilidade depende do componente elástico pulmonar e surfactante (permite que a abertura do alvéolo seja mais fácil – aumentando a entrada de volume pulmonar) - Elevada complacência – pulmão facilmente distensível - Baixa complacência: baixa distensibilidade (pulmão rígido) e aumento do trabalho respiratório Elastância pulmonar - Elastância: capacidade que um corpo tem de voltar à sua forma original quando a força que promove a sua deformação é removida - Baixa elastância: Ex: perda do tecido elástico de recolhimento - Pulmão não retorna ao ponto de origem Complacência reduzida - Fibrose pulmonar idiopática – queda da complacência menor volume de ar entra no pulmão Complacência aumentada - Pulmão está facilmente distensível – vem junto com uma baixa elastância – hiperinflação - Os septos alveolares se rompem formando grandes cavidades Volumes e capacidades pulmonares 2 Fernanda E. Bocutti T6 - Perda do tecido elástico de recolhimento Padrão de fluxo aéreo - Padrões de fluxo aéreo (até alvéolos): laminar, turbulento e transicional - Número de Reynolds – diferencia padrões de fluo aéreo Leva em consideração: fluxo de ar, geometria da árvore respiratória e propriedades físicas do gás - Fluxo aéreo laminar: RE: 0- 2000 Aerodinâmico Lâminas em linhas retas Baixa velocidade de corrente aérea Vias aéreas de menor calibre Fluxo aéreo turbulento RE: = ou acima de 10000 Velocidade da corrente é alta Grandes vias aéreas Fluxo aéreo transcional RE = 4000 – 10000 Principal padrão de fluxo das vias aéreas Mistura de fluxos Ramificações Resistência das vias aéreas O deslocamento de ar é determinado por diferença no gradiente de pressão e pela resistência imposta sobre a passagem do ar Mecânica dos fluidos: lei de Poiseville – R= 8nL / Pi r4 R – Resistência N – Viscosidade do fluido L: comprimento do tubo Pir4 - raio do tubo Resistência é diretamente proporcional à viscosidade do fluido e ao comprimento do tubo e é inversamente proporcional à quarta potência do raio do tubo Raio do tubo: - Raio da VA reduz a cada geração sucessiva da via aérea - Menor o raio – maior será a resistência – menor o fluxo de ar - Raio reduzido fator 4 – aumenta resistência – fluxo de 256 vezes menor - Sistema respiratório (SR): Viscosidade: sem alterações ao longo do SR Comprimento: SR tem comprimento constante Raio: reduz ao longo da árvore traqueobrônquica A variável que mais contribui para a resistência das vias aéreas é o diâmetro (raio) da via aérea Qual a região de maior resistência nas vias aéreas? - Brônquios de tamanho intermediário contribuem com a maior parte (80%) da resistência das vias aéreas Em consideração à anatomia da porção traqueobrônquica, o volume pulmonar e o tônus da musculatura das vias respiratórias Maior resistência da via aérea pois: - Raio individual pequeno - Ramificações: ganho de secção transversal – menos resistência Fatores que afetam a resistência das vias aéreas - Via aérea: fonte primária de resistência pulmonar - Alteração no raio da via aérea – impacto negativo na função pulmonar - Dois fatores afetam a resistência: tônus da musculatura da via aérea e volume pulmonar 3 Fernanda E. Bocutti T6 Fatore que afetam a resistência das vias aéreas Volumes pulmonares: importante efeito sobre a resistência das vias respiratórias - A resistência respiratória é: baixa em volumes pulmonares elevados; elevada em volumes pulmonares baixos Tração radial: - Ancoragem mecânica entre os alvéolos e todas as estruturas ao seu redor Volumes pulmonares elevados e inspiração: - Maior tração – aumento do diâmetro luminal e diminuição da resistência das vias respiratórias Volumes pulmonares baixos e expiração: - Menor tração – redução do diâmetro luminal e aumento da resistência das vias respiratórias Com o aumento da tração radial: volume pulmonar aumenta – diminui a resistência Ventilação alveolar Ventilação pulmonar – movimento cíclico do ar (12-20 rpm) Volume minuto = FRxVC (quantidade em litros de ar que entram nos pulmões em 1 minuto) Volume Corrente: 1 ciclo respiratório (500 mL) VM: FRxVC = 12 x 500 = 6000mL/min Espaço morto anatômico = 150mL Ar retido nas vias aéreas condutoras não alcança os alvéolos Ventilação alveolar: volume de ar que chega aos alvéolos Va: FRx (VC – espaço morto) Vc: 12rpm x 350 (500-150) = 4200mL Espaço morto alveolar - Ar inspirado não usado para a troca gasosa por falta de suprimento sanguíneo Espaço morto fisiológico - Soma do espaço morto anatômico e alveolar Difusão pulmonar - Acontece por diferença de gradiente pressórico - Sem barreira quanto ao processo difusional A diferença de pressão parcial do gás é a força propulsora para sua difusão pela membrana respiratória - Difusão de O2: alvéolos para o capilar - Difusão de CO2: capilar para os alvéolos * CO2 precisa ser rapidamente removido, pois provoca alterações em atividades celulares e no pH celular Passiva/ sem gasto energético - Depende: pressão parcial do gás, área para troca, espessura da membrana favorável, constante de difusão do gás Lei da Fick “A transferência de um gás através de uma membrana permeável a esse gás é proporcional à área dessa membrana e ao gradiente de pressão parcial desse gás entre os lados, sendo inversamente proporcional à espessura da membrana” Transferência de um gás: diretamente proporcional à constante de difusão Tônus da musculatura lisa das vias aéreas: Controle autônomo: - SNA parassimpático – Broncoconstrição Liberação de acetilcolina – ativação dos receptores muscarínicos (M3) – contração das células musculares lisas – aumento das vias respiratórias - SNA simpático – broncodilatador Liberação de norepinefrina – ativação de receptoresadrenérgicos (B2_ - relaxamento das células musculares lisas – redução das vias respiratórias 4 Fernanda E. Bocutti T6 Constante de difusão: diretamente proporcional á solubilidade do gás Membrana alvéolo capilar: - Área = 70 – 100 m2 - Espessura = 0,3 - Meio ideal para difusão Fisiologia: constante de dilatação se mantém sem alterações: - Compensação pela diferença no gradiente de pressão parcial na membrana alvéolo-capilar - Gradiente de pressão parcial de CO2 é de 5mmHg contra 60 mmHg do O2 Efetividade de troca gasosas Ventilação alveolar: - 1ª condição para as trocas gasosas - Mudanças nos valores de PO e PCO - Implica na alteração da diferença de pressão parcial dos gases Difusão dos gases: - 2ª condição para as trocas gasosas - Membrana respiratória deverá apresentar condições morfológicas (espessura e área de superfície) adequadas Perfusão alveolar - 3ª condição para as trocas gasosas - Perfusão adequada para captação do O2 disponível e remoção de CO2 Ventilação e perfusão pulmonar - Ventilação (espaço morto anatômico) e perfusão pulmonar (espaço morto alveolar) não são heterogêneas - Efeito gravitacional: diferença regional na ventilação e perfusão, relação ao ápice e a base pulmonar Ápice: recebe menos ar e sangue do que a base - Maior proporção de ventilação do que de perfusão Base: mais ar e sangue do que o ápice pulmonar - Maior proporção de perfusão do que de ventilação Pessoa ortostática: - Ápice: baixa ventilação (menos complacente) e perfusão - Base: alta ventilação e perfusão Relação V/Q: taxa de fluxo de ar em relação a taxa de fluxo de sangue - V/Q ápice é 3,4x maior Hiperventilado e hipoperfundido - V/Q base é 0,6x menor Hipoventilado Hiperperfundido Relação ventilação perfusão (V/Q) Perfeita relação entre a oferta de gases e a capacidade de conduzi-los Ventilação alveolar: 4,0L/min Fluxo sanguíneo: 5,0 L/min Relação V/Q fisiológica: 0,8
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