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Trabalho de Sociologia

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INTRODUÇÃO
	Este trabalho tem como intuito estudar sociologicamente e urbanisticamente a rua Afonso Pena: Comunidade de São Cristóvão, tendo como objetivo identificar as dificuldades existentes nesse meio social e o que poderia ser feito para ocorrer tais melhorias. O trabalho procura observar e apresentar o que moradores dessa área enfrentam diariamente e o que eles pensam sobre esse ambiente. Usando como base a teoria aplicada entre os sociólogos e demais pesquisadores da Escola de Chicago tentando ter a mesma visão relacionada às dificuldades e pensamentos dos indivíduos ali presentes.
DESCRIÇÃO DO LOCAL DE ESTUDO
	O local de estudo é a rua Afonso Pena: Comunidade São Cristovão, que tem início na Avenida Boulevard e termina na Avenida Tarumã no bairro praça 14 de janeiro, podemos através de uma visão geral do local apontar os principais pontos que são: o Hospital Federal Getúlio Vargas, os núcleos da Faculdade de Medicina e Odontologia da Ufam, a Capela de São Cristovão, alguns mercadinhos, o Sindicato do Comércio e o Procon. É composta de ruas perpendiculares que são: as ruas Barcelos, Inhamundá e Japurá.
 
ANÁLISE INICIAL DO LOCAL DE ESTUDO
	Dentro de nossas visitas ao local, observamos que o local de estudo é rua comercial típica do centro urbano da região, é bastante agitada por um grande fluxo de pessoas que começam a circular no início do dia até o entardecer durante a semana, existe bastante movimentação nos comércios e afins, os moradores dividem seu cotidiano com o trânsito constante de veículos e pessoas, causado pela procura do hospital, faculdades e órgãos públicos localizados na região.
	Já no anoitecer e durante os finais de semana a rua parece voltar a ter cara de décadas passada torna-se pacata e serena, os moradores reportam-se para a frente de suas casas com suas cadeiras para papear com os vizinhos e observar a pequena movimentação que sobrou de um movimentado dia, sendo um costume antigo evidentemente passado de geração em geração.
	A primeira impressão que tivemos quando nos deparamos com a movimentação diária é que os moradores refugiados dentro de duas casas apesar de sentirem incomodados com o barulho e com a movimentação, se acomodaram e aprenderam a conviver com o barulho e com a transição diária de pessoas, pois a facilidade e a praticidade de ter tudo em alcance como, hospital, centro comercial, órgãos públicos e a facilidade de acesso as demais localizações nas proximidades de torna compensatório e satisfatório, caracterizando segundo Fortuna em uma colonização do espaço público, que a sujeição obrigatória da participação pública perante os efeitos da globalização, a massificação e da estetização dos consumos.
	Com relação ao plano de urbanização podemos citar algumas falhas como, a falta de saneamento básico, pois visualizamos vários bueiros abertos, a falta de sinalização nas ruas tanto para veículos quanto para pedestres, falta de calçamento, obrigando aos pedestres transitarem pelas ruas, falta de lixeiras coletivas, a iluminação precária tornando a rua perigosa durante a noite, assim como a modificação da rua anteriormente com via dupla para uma via única, pois como já citado acima há um grande trânsito de veículos que se deslocam para Avenida Djalma Batista criando um congestionamento diário e prejudicando o bem estar dos moradores. Ressaltando o pensamento de Carlos Fortuna com relação sobre a urbanização dos espaços públicos “o ornamento estético e arquitetônico não obedece a critérios funcionais nem a lógicas e linguagens racionalistas”.
	Além do mais durante algumas caminhadas pela rua avistamos um empreendimento (Life Centro) em fase de construção pela Capital Rossi, fazendo nos indagar o porquê daquele empreendimento ser construído em um cenário histórico? O que ele traria de bom aqueles moradores? Imediatamente chegamos a um ponto fraco daquele empreendimento, o contraste visual que trará aquele ambiente histórico, a competição visual, a perca de identidade dos complexos históricos e monumentais da nossa cidade, como diz Fortuna “ameaça dissolver-se...não no ar, mas na lógica da objetivação e do mercado”, contrapondo ao que Berman cita sobre modernidade.
COLETA DE DADOS
	ENTREVISTADO 1
	Nome: Nicolau Brandão Silva 
	Idade: 83 anos 
Porque você escolheu morar aqui?
	Minha decisão de morar aqui aconteceu no final dos anos 50, pois minha mãe morava próximo daqui então como havia casado e passei a morar aqui desde então. Essa rua não era asfaltada quando a vi pela primeira vez, então minha mãe me informou que estava vendendo o terreno, era o lugar próximo ao centro então comprei e construí a primeira casa que foi de madeira simples.
Porque você continua morando nesta rua até hoje?
	Continuo a morar pois esta casa pois apesar de muitas tristezas e muito esforço me trouxe muitas alegrias, minha família foi construída aqui, começamos ela com somente eu e minha esposa, e depois foi aumentada com nossos quatro filhos, hoje vejo que nossas crianças que brincavam na rua cresceram e seguiram suas vidas de uma maneira simples, não consigo me ver longe daqui, pois a localização da casa também e muito boa, ficamos a pouco minutos do centro.
Qual o valor sentimental que esse lugar tem pra você?
	Bem não cresci neste local, porém o sentimento sempre vai ser o melhor, de amor por um lugar que escolhi para viver e me acolheu muito bem.
Qual o progresso na sua opinião a Rua Afonso Pena (Comunidade de São Cristóvão) teve nos últimos anos?
	A comunidade e a rua cresceram, ganhamos uma nova cara pois a rua fica localizada próximo ao Hospital Getúlio Vargas e hoje temos muitos órgãos próximos aqui deixando de ser uma área residencial e passando a ter duas formas de convivência residencial e comercial, levando em consideração que com isso temos mais comodidades, mas de alguma forma deixamos a nossa vida simples da rua. 
O que pode ser melhorado no local para o bem estar dos moradores?
	Pode ser melhorado a sinalização da rua, isto prejudica muito quem mora aqui, vemos que enfrentamos um desrespeito com relação a quantidade de lixo, pois sentimos um odor forte fazendo com que o mesmo lixo fique espalhado numa das calçadas da rua e não temos calçadas isso prejudica idosos e crianças.
	ENTREVISTADO 2	
 	Nome: Nicolas Cunha.
	Idade: 23 anos.
Porque você escolheu morar aqui?
 Na verdade eu fui escolhido a morar aqui, pois meus pais já moravam na rua, existe a comodidade do local porque estamos próximo da praça 14 de janeiro e do centro, desta forma consigo ir a locais andando, sem mesmo ter um carro.
Porque você continua morando nesta rua até hoje?
	Continuo morando nesta rua, pois ainda moro com meus pais então cresci aqui, fiz amigos que andam comigo até hoje, já tenho amigos casados e que ainda se encontram por aqui perto e que ainda tenho vínculo com eles. E como falei, tenho a facilidade de acesso as demais localidades 
Qual o valor sentimental que esse lugar tem pra você?
	Bom eu cresci aqui, então meu valor sentimental vem desde a infância, onde brinquei de bola com amigos na nossa rua, ainda posso conversar na frente de casa sem nenhum problema, claro dependendo da hora.
Qual o progresso na sua opinião Rua Afonso Pena (Comunidade de São Cristóvão) teve nos últimos anos?
	Com o passar dos anos vi a comunidade crescendo e trazendo pessoas diferentes, pois quando criança brincava na frente da casa dos meus pais, e hoje vejo que muitas crianças da rua não têm mais este hábito e também vemos um ambiente bem comercial, pois a quantidade de carros que o hospital adquiri todos os dias já consome todas as calçadas da rua. Vejo o lado positivo, pois a casa que cresci será valorizada futuramente se tiver que vendê-la vamos agregar um bom valor e o negativo que vamos mudar para outro lugar e recomeçar.
O que pode ser melhorado no local para o bem estar dos moradores?
	O local pode ser melhorado, com o saneamento básico, calçamento,também uma nova lixeira e a sinalização que não existe na rua.
	ENTREVISTADO 3
	
	Nome: Jordana Almeida
	Idade: 27 anos
Porque você escolheu morar aqui?
	Escolha nunca é nossa de morar em uma casa, pois a casa que moro pertence aos meus pais, hoje vive nela minha mãe e meus irmãos moramos todos juntos. No entanto, a vida muda e hoje estou casada e agora tenho um filho. 
Porque você continua morando nesta rua até hoje?
	Escolho morar aqui ainda pela parte financeira estou começando a vida, desta forma cuidamos da casa com minha mãe, pois já é uma pessoa de idade. Desta forma continuo na rua onde cresci e criarei meu filho. Assim como, também pela comodidade que ela me traz, pois fica bem localizada, temos acesso ao centro da cidade muito fácil, e a outros bairros próximos, temos um hospital perto e etc.
Qual o valor sentimental que esse lugar tem pra você?
	O sentimento que temos pela rua sempre é muita satisfação e alegria, pois na rua temos pessoas harmoniosas que interagem com muita alegria.
Qual o progresso na sua opinião Rua Afonso Pena (Comunidade de São Cristóvão) teve nos últimos anos?
 
	As construções ao redor vão trazer benefícios pra rua, como a valorização dos imóveis em relação ao centro da cidade e os bairros próximos teremos isso refletido nas casas que moramos e também a qualidade de vida, pois teremos mais comércios próximos, a parte negativa disso que teremos outras pessoas migrando pra rua e transformando a mesma para algo não tão familiar.
O que pode ser melhorado no local para o bem estar dos moradores?
	A melhora da rua está em melhor sinalização, implantação na parte de saneamento básico e estrutura de calçamento.
CONTEXTUALIZAÇÃO
	O setor da sociologia foi a primeira área a se interessar em criar uma reforma baseada em um ideal de cidade moderna, no ponto de vista acadêmico na Escola de Chicago. Assim, a sociologia alcançou uma nova visão, deixando de ser aquele estudo empírico e se tornando mais metodológico, visando compreender o estado social de determinado local e conseguinte executar a reconstrução social, fazendo assim uma análise sobre as mazelas urbanas, tais como: a violência, a miséria, as favelas e o aumento populacional desgovernado.
	Logo, a Escola de Chicago utilizou a realidade como um verdadeiro laboratório social iniciando um processo que aborda estudos em antropologia urbana, em que o “outro” torna-se “próximo”. Tendo no meio urbano seu foco de análise principal, desencadeia os estudos relacionados ao surgimento de favelas, a proliferação do crime e da violência, ao aumento populacional marcantes no início do século XX até os dias atuais.
	As pesquisas decorrentes de pensamentos distintos em diferentes áreas e épocas, por meio de discursões e desenvolvimento, até chegar aos conceitos atuais, se tornou primordial para estudos de diversas áreas profissionais como na sociologia, na arquitetura, na economia, etc. servindo como ponto inicial de qualquer estudo. Logo, temos três vertentes para o desenvolvimento de pesquisa: pragmático, o funcionalismo e o interacionismo simbólico.
	Em linhas curtas podemos dizer que o estudo pragmático é aquele que não se prende a princípios ideológicos ou fundamentações metafísicas, mas sim lida com questões tendo em vista suas consequências práticas; Funcionalismo, a ideia de envolver conceitos da ecologia nas condições humanas, o seja um estudo específico do comportamento humano e do habitat que convive, levando o seu resultado a um âmbito sociológico e o interacionismo simbólico que usa a comunicação de massa de um forma científica para resolver as novas e complexas relações entre os indivíduos, além dos desequilíbrios sociais que surgem nas grandes cidades.
	Com base nesses conceitos realizamos nossos estudos de campo com a importância que a Escola de Chicago representa ao âmbito da arquitetura, como um conjunto de ideias e pensamentos sobre o futuro das cidades e do planejamento urbano, visando alcançar o desenvolvimento social, econômico e ecológico.
ANÁLISE FINAL
	Através deste convívio com os moradores da rua durante estes dias, podemos ver que as mudanças estão acontecendo através de décadas após décadas onde vemos a Rua Afonso Pena se transformando em um lugar não mais com características residenciais se transformando em algo maior com mais visibilidade em relação ao lado comercial e financeiro e sendo introduzida de forma direta com o crescimento da cidade de Manaus, porém tenta fugir do comodismo que tomou conta e fazer as melhorias necessárias para o bem de todos que moram na rua
	Em referência a Escola de Chicago ao estudo da cidade em seu meio urbano podemos dizer “A cidade e caracterizada como uma comunidade ecológica; como um agrego e através da mutua independência da sua população, cria o seu próprio futuro. É uma unidade organizada externamente no espaço produzido pelas próprias leis”. Porém parte de seus moradores acham que as mudanças ocorridas nos últimos anos deram a rua a perda de sua essência, a sua história sendo modificada e não sendo passada para as gerações futuras, porém não pode ser esquecer que um povo sem história se torna um povo sem cultura, então desta forma analisamos este estudo sócio-urbanístico pragmático, pois tem base de coleta de dados e conclusão de forma empírica, pois foi realizada através da observação de campo do local e do comportamento urbano. 
CONCLUSÃO
	O trabalho aqui apresentado teve a função de nos apresentar uma realidade vivida pela Rua Afonso Pena, na comunidade São Cristóvão que poucos conheciam e que nos mostrou a necessidade urbana em alguns aspectos e a felicidade de algumas pessoas por ali viver apesar da falta de sinalização em algumas ruas, falta de calçamento devido aos comércios presentes naquela área, falta de iluminação e segurança. O trabalho efetuado nos acrescentou um rico conhecimento sobre a urbanização não só no bairro onde efetuamos a pesquisa, mas também por a partir dele, começarmos a analisar outros bairros, inclusive os nossos. Mudando, assim, completamente nosso ponto de vista diante um ambiente.
ANEXO
FACULDADE METROPOLITANA DE MANAUS
PROJETO DE SOCIOLOGIA
ANÁLISE DA RUA AFONSO PENA
MANAUS – AM
2014
AMANDA DE SOUSA CARVALHO
BÁRBARA JHEYNNIFE DA SILVA CASTRO
JOSÉ ARNALDO ALVES DE JESUS JUNIOR
LAYLANE JANAÍNA DE FARIAS MACEDO
NATHÁLIA BRANDÃO DA SILVA DUARTE
PROJETO DE SOCIOLOGIA
ANÁLISE DA RUA AFONSO PENA
Este trabalho foi realizado para obtenção de nota na matéria de Sociologia Urbana ministrado pelo Profº Eudes Sampaio do Curso de Arquitetura e Urbanismo, turma ARQ141N02.
MANAUS – AM
2014

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