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Bloqueadores neuromusculares e ganglionares

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ზ Os bloqueadores ganglionares atuam especificamente nos receptores nicotínicos dos gânglios 
autônomos parassimpático e simpático. Alguns também bloqueiam os canais iônicos dos gânglios 
autônomos. 
ზ Esses fármacos não mostram seletividade pelos gânglios parassimpático ou simpático, não sendo 
eficazes como antagonistas neuromusculares. Assim, esses fármacos bloqueiam completamente 
os impulsos do sistema nervoso autônomo (SNA) nos receptores nicotínicos. 
ზ Com exceção da nicotina, os demais fármacos mencionados nesta categoria são antagonistas 
competitivos não despolarizantes. A resposta dos bloqueadores não despolarizantes é complexa e 
na maior parte imprevisível. Por isso, o bloqueio ganglionar raramente é usado em terapêutica, 
mas com frequência serve como ferramenta na farmacologia experimental.
 
 
 
 
 
História dos bloqueadores neuromusculares 
ზ Os índios na bacia amazônica utilizavam veneno na extremidade das flechas, que causavam 
paralisia e morte da caça 
ზ Havia ausência de sintomas de intoxicação e morte de quem consumia 
ზ 1850: Claude Bernard mostrou efeito periférico 9entre junção nervosa e muscular) 
ზ 1906: Langley sugere interação com substância receptiva na placa motora 
ზ 1935: elucidada estrutura da d-tubocurarina 
ზ 1942: Griffth e Jonhson, d-tubocurarina e uso clínico em anestesiologia para relaxamento muscular 
durante cirurgia 
Fisiologia e farmacologia 
ზ Tetrodotoxina, batracotoxina e anestésicos 
locais→ bloqueiam o potencial de ação do 
nervo 
ზ Hemicolínio, toxina botulínica, procaína, 
Mg+2, 4-aminopiridina→ bloqueiam 
liberação de acetilcolina da vesícula 
(excesso de cálcio aumenta essa liberação 
ზ Alcaloides do curare, alfa-toxinas das 
serpentes→ bloqueiam a despolarização 
(aumento da permeabilidade ao sódio e 
potássio) 
ზ Inibidores da acetilcolinesterase 
ზ Os BNMs bloqueiam a transmissão colinérgica entre o terminal nervoso motor e o receptor 
nicotínico no músculo esquelético. Eles possuem alguma similaridade química com ACh e atuam 
como antagonistas (tipo não despolarizante) ou como agonistas (tipo despolarizante) nos 
receptores da placa motora da JNM. 
ზ Os BNMs são úteis clinicamente durante cirurgias para facilitar a intubação endotraqueal e 
oferecer relaxamento muscular completo em doses anestésicas baixas, permitindo recuperação 
mais rápida da anestesia e diminuindo a depressão respiratória pós-cirúrgica 
Competitivos (não-despolarizantes) 
ზ Pancuronio (Pancuron) 
 
 
ზ Atracúrio (Tracrium) 
ზ Rocurônio (Esmeron) 
ზ Galamina (Flaxedil) 
ზ Alcurônio (Alloferine) 
ზ Cisatracúrio (Nimbium) 
ზ Pipecurônio 
ზ Vecurônio 
ზ Mivacúrio 
ზ D-tubocurarina 
Despolarizantes 
ზ Succinilcolina (Quelicin) ou suxametônio 
ზ Decametônio 
 
Agentes Despolarizantes 
ზ Os fármacos bloqueadores despolarizantes atuam por 
despolarização da membrana plasmática da fibra muscular, 
similarmente à ação da ACh. Entretanto, esses fármacos são 
mais resistentes à degradação pela acetilcolinesterase (AChE) 
e, assim, despolarizam as fibras musculares de modo mais 
persistente. A succinilcolina é o único relaxante muscular 
despolarizante usado atualmente. 
ზ Ligam-se ao receptor nicotínico e atuam como um agonista, 
despolarizando-o. 
ზ O bloqueador neuromuscular despolarizante succinilcolina liga-se ao 
receptor nicotínico e atua como a ACh, despolarizando a junção 
neuromuscular 
ზ Diferentemente da ACh, que é destruída instantaneamente pela AChE, 
o fármaco despolarizante persiste em concentração elevada na fenda 
sináptica, permanecendo fixado ao receptor por um tempo maior e 
causando uma estimulação constante do receptor. 
ზ O fármaco despolarizante inicialmente causa a abertura do canal de 
sódio associado ao receptor nicotínico, o que resulta na despolarização 
do receptor (fase I). Isso leva a abalos contráteis transitórios do 
músculo (fasciculações). A ligação persistente torna o receptor incapaz 
de transmitir impulsos adicionais. Com o tempo, a despolarização 
contínua dá origem a uma repolarização gradual quando o canal de 
sódio se fecha ou é bloqueado. Isso causa resistência à despolarização 
(fase II) e paralisia flácida 
ზ Bloqueio de fase l 
֍ Abertura do receptor 
֍ Despolarização da placa terminal 
֍ Propagação e despolarização da membrana adjacente 
֍ Contração muscular generalizada e desorganizada 
 
 
ზ Bloqueio de fase ll 
֍ Exposição continuada ao BNM 
֍ Repolarização iniciada, porém membrana incapaz de 
repolarizar-se novamente 
֍ Bloqueio da ativação do canal 
֍ Dessensibilização 
Ações: Como ocorre com os bloqueadores competitivos, os 
músculos respiratórios são paralisados por último. A 
succinilcolina inicialmente provoca breves fasciculações no 
músculo, causando dor muscular. Isso pode ser evitado com 
administração prévia de pequena dose de bloqueador neuromuscular não despolarizante, antes da 
succinilcolina. Em geral, a duração da ação da succinilcolina é extremamente curta, devido à rápida 
hidrólise pela pseudocolinesterase. Contudo, a succinilcolina que alcança a JNM não é biotransformada 
pela AChE, permitindo que o fármaco se ligue aos receptores nicotínicos. A sua redistribuição ao plasma é 
necessária para a biotransformação (a vantagem terapêutica dura poucos minutos). 
 Usos terapêuticos: Devido ao rápido início, a succinilcolina é útil quando é necessária intubação 
endotraqueal rápida durante a indução da anestesia (a ação rápida é essencial quando a aspiração do 
conteúdo gástrico deve ser evitada durante a intubação). Ela também é usada durante tratamento com 
choque eletroconvulsivo. 
 
Agentes não despolarizantes 
ზ Antagonistas nos receptores nicotínicos da placa terminal, ligando-se a uma ou ambas as unidades 
alfa do receptor 
ზ Bloqueia a ativação do canal. 
ზ Os fármacos não despolarizantes bloqueiam competitivamente a ACh nos receptores nicotínicos. 
Isto é, eles competem com a ACh pelo receptor sem estimulá-lo. 
ზ Assim, esses fármacos impedem a despolarização da membrana da célula muscular e inibem a 
contração muscular. 
ზ A ação competitiva pode ser superada pela administração de inibidores da colinesterase, como 
neostigmina e edrofônio, que aumentam a concentração de ACh na JNM. 
ზ Os anestesiologistas empregam essa estratégia para diminuir a duração do bloqueio 
neuromuscular. 
Usos clínicos 
ზ Cirurgias 
֍ Causa relaxamento muscular durante a cirurgia: ação duradoura e reversível 
ზ Afecções espásticas 
֍ Tétano 
ზ Controle das convulsões 
 
 
֍ Epilepsias, intoxicação anestésicos locais, eletroconvulsoterapia 
ზ Manobras ortopédicas 
ზ Laringoscopia, broncoscopia 
ზ Controle da ventilação 
Interações medicamentosas 
ზ Inibidores da colinesterase 
֍ Reversão dos efeitos dos 
BNM não despolarizantes 
֍ Prolongamento dos efeitos 
dos despolarizantes 
ზ Anestésicos gerais 
֍ Ação estabilizadora da 
junção neuromuscular 
9p.ex. halotano) 
ზ Antibióticos aminoglicosídeos 
֍ Sinergismo com os BNM competitivos. P.ex. gentamicina, tobramicina 
ზ Bloqueadores do canal de cálcio 
֍ Bloqueio ganglionar (taquicardia) 
Efeitos indesejáveis dos despolarizantes 
ზ Bradicardia 
ზ Liberação de potássio (arritmias) 
֍ Queimados, traumatismos 
ზ Aumento da pressão intra-ocular 
֍ Contratura da musculatura exra-ocular 
ზ Paralisia prolongada 
֍ Acetilcolinesterase geneticamente modificada 
֍ Anti-acetilcolinesterase (organofosforados, glaucoma) 
֍ Hepatopatias 
ზ Hipertermia maligna (congênita rara) 
֍ Espasmo muscular e aumento súbito da temperatura corporal 
Efeitos indesejáveis dos competitivos 
ზ D-tubocurarina 
֍ Bloqueio ganglionar (taquicardia) 
֍ Liberação de histamina 
▪ Hipotensão 
▪ Broncoconstrição 
ზ Galamina 
֍ Bloqueio muscarínico (taquicardia, hipertensão) 
ზ Pancurônio 
֍ Bloqueio ganglionar (taquicardia) 
 
 
Fármacos que atuam na transmissão ganglionar 
Os bloqueadores ganglionares atuam especificamente nos receptores nicotínicos dos gângliosautônomos 
parassimpático e simpático. Alguns também bloqueiam os canais iônicos dos gânglios autônomos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ზ O bloqueio seletivo (teoricamente) dos gânglios simpáticos causa diminuição da liberação de 
norepinefrina e, por isso, redução da frequência cardíaca e da pressão arterial. 
ზ O bloqueio seletivo (teoricamente) dos gânglios parassimpáticos diminui a liberação de ACh e, por 
isso, causa aumento da frequência cardíaca. 
ზ Os receptores tanto nos gânglios simpáticos como nos parassimpáticos são do tipo nicotínico. 
ზ A nicotina é um agonista nos receptores nicotínicos e produz bloqueio por despolarização nos 
gânglios

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