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Homologação de Sentença Arbitral Estrangeira no Brasil

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Homologação de Sentença Arbitral Estrangeira no Brasil 
 
A sentença arbitral tem a mesma força e validade que a sentença judicial e coloca fim 
ao processo. É com a Convenção de Nova York que o Brasil começa a reconhecer a 
sentença arbitral estrangeira. Quando existe uma sentença arbitral estrangeira para 
ser cumprida no Brasil é necessária a homologação do Superior Tribunal de Justiça. 
Contudo, a Lei de Arbitragem diferencia a sentença arbitral nacional da sentença 
arbitral estrangeira. 
Para reconhecimento dos tipos de sentença, se é nacional ou estrangeira, a lei baseia-
se onde a decisão foi proferida, utilizando o critério “ius solis”. A Lei de Arbitragem foi 
inovadora e também reconhece a validade do laudo emitido no estrangeiro. A 
princípio toda sentença arbitral estrangeira era competência do STF, passando após a 
EC nº 45/2004 a ser competência do STJ. 
A única condição para que a sentença arbitral estrangeira seja homologada no Brasil é 
a homologação pelo STF, sem que a sentença tenha que ser homologada no país de 
origem. A obrigatoriedade da passagem da sentença arbitral pelo STJ é para 
“nacionalizar” a sentença, pois caso não seja cumprida poderá ser posteriormente 
executada no Brasil. 
Importante mencionar que a ratificação da Convenção de Nova York sobre a 
Arbitragem não permite que a sentença arbitral estrangeira viole normas de ordem 
pública do país em que for aplicada. 
O que se verifica também é que as sentenças arbitrais estrangeiras não podem ser 
impostas com condições mais onerosas ou taxas e cobranças mais altas do que as 
sentenças arbitrais nacionais. 
A necessidade de homologação de sentenças arbitrais estrangeiras no Brasil está 
disposta na Constituição da República Federativa do Brasil de 1988, em seu artigo 105, 
inciso I, alínea i, que é a lei maior. 
Quanto ao procedimento as decisões estrangeiras serão homologadas se não forem 
judiciais e tenham natureza de sentença, podem ser homologadas parcialmente e 
admite-se tutela de urgência nos procedimentos de homologação de sentenças 
estrangeiras. Todo o procedimento é realizado com base no Código de Processo Civil 
Brasileiro. 
Bibliografia: 
Manual de arbitragem: mediação e conciliação / Luiz Antônio Scavone Junior. – 8. ed. 
rev. e atual. – Rio de Janeiro: Forense, 2018. (pág. 273 – 276)

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