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PRÉ-CLÍNICA II – BÁRBARA ALBUQUERQUE AZEVEDO PREPARO E RESTAURAÇÃO CLASSE II INTRODUÇÃO o Cavidades classe II: acometem as faces proximais de pré-molares e molares. → Pode haver ou não envolvimento da superfície oclusal. → Composta: envolvimento de 2 faces. → Complexa: envolvimento de 3 faces. o Normalmente se iniciam abaixo do ponto de contato. o Para maior conservação de tecido dental sadio, o preparo cavitário pode ser realizado através de slots ou túnel. → Slot vertical: acesso à cárie pela crista marginal. → Slot horizontal: acesso à cárie pela lingual/palatina ou vestibular. → Cavidade em túnel: cárie na oclusal e na proximal que se encontram. → Slots são feitos em cáries estritamente proximais. o Slots verticais: feitos quando a crista marginal tem menos de 2 mm (está fragilizada e pode quebrar). o Slots horizontais: feitos quando a crista marginal tem mais de 2 mm (conservada). SEQUÊNCIA CLÍNICA 01. Profilaxia. 02. Seleção de cor, tipos de resinas compostas e sistema adesivo. 03. Anestesia. 04. Isolamento absoluto. 05. Preparo cavitário. 06. Limpeza da cavidade. 07. Proteção do complexo dentinopulpar. 08. Adaptação de matrizes e dispositivos auxiliares. 09. Procedimento adesivo. 10. Inserção de resina composta. 11. Ajuste oclusal/ acabamento e polimento. PREPARO CAVITÁRIO o Acesso à lesão: ponta diamantada em alta rotação. o Remoção da dentina cariada. → Broca multilaminada em baixa rotação. → Colher de dentina (demora mais). → Movimentos intermitentes. → Brocas devem ser compatíveis com o tamanho da cavidade. o Acabamento das paredes de esmalte. → Recortador de margem gengival. o Forma de conveniência: proteção do dente adjacente (tira de aço). o Forma de resistência (caixa proximal): remoção dos prismas de esmalte friáveis da parede gengival (acabamento da parede gengival). o Forma de contorno (caixa proximal): a extensão ideal da parede gengival dos preparos cavitários seria o mais longe possível da margem gengival. → Até 0,5 mm subgengival (sulco gengival): restauração classe II. → Mais de 0,5 mm subgengival (epitélio juncional): aumento de coroa. o Distância da parede cervical até o dente adjacente deve ser de 0,2 até 0,5 mm. → Restabelecer ponto de contato. ADAPTAÇÃO DE MATRIZES E DISPOSITIVOS AUXILIARES MATRIZES o Substituir a parede que falta. o Formar o ponto de contato com o dente adjacente. o Evitar excesso cervical da restauração. o Matriz universal convencional reta: mais utilizada para proteger o dente adjacente. → Tamanhos (altura): 5 e 7 mm. → Espessuras: 0,03 e 0,05 mm. → Rolos com 50 cm. o Matriz universal pré-cortada (bumerangue): melhor para restabelecer ponto de contato. → Prontas para uso. → Espessuras: 0,03 e 0,05 mm. → Sem rebarbas. → Melhor adaptação cervical. → Cavidades após restabelecimento de espeço biológico. o Matriz seccional: excelente adaptação gengival (já fornece o ponto de contato no lugar correto). → Tamanhos variados. → Espessuras variadas: 0,02-0,05 mm. → Pré-encurvadas. → Pré-contornadas. o Posicionamento das matrizes: 0,5 a 1 mm abaixo da margem gengival da cavidade e 1 a 2 mm acima da crista marginal. PORTA MATRIZ DE TOFFLEMIRE (UNIVERSAL) o Utilizado para matriz universal convencional e matriz universal pré-cortada. o Sistema mais utilizado: matriz universal convencional + porta matriz de tofflemire + cunha de madeira. ANÉIS DE SEPARAÇÃO (VANTAGENS) o Melhor adaptação da matriz ao dente. o Facilita o estabelecimento de ponto de contato. o Promove separação dentária. o Fácil manuseio. o Esterilizáveis (+ de 1000 ciclos). o Retentores para matrizes seccionadas. CUNHAS o Podem ser de elástico ou de madeira. o As cunhas de madeira podem ter diferentes cores e tamanhos. o Apresenta formato triangular: base fica voltada para a gengiva do paciente e a ponta para a porção oclusal do dente. o Deve ser colocada de palatina/lingual para a vestibular. o Cunha elástica promove melhor vedamento marginal. o Com a ausência das cunhas, ocorre excessos interproximais. TENSÃO DE CONTRAÇÃO E POLIMERIZAÇÃO o O processo de polimerização das resinas compostas resultará em contração volumétrica. o Consequências: trincas, fraturas, fendas, sensibilidade pós-operatória e cárie secundária. o Como reduzir as tensões: → Utilização de resinas compostas com baixo modulo de elasticidade (resinas fluidas ou flow): dissipam mais as tensões de polimerização. → Técnica de fotoativação gradual (modular ou soft-start): inicia-se a fotoativação com pequena intensidade e baixa potência (250mW por 20s), elevando gradualmente a potência até 1000mW, por 15s. → Técnica incremental: reduz o fator C (fator de configuração cavitária), melhora o restabelecimento da anatomia dentaria; ajuda na estratificação de cor. o OBS: Fator C = área aderida/área livre.
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