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NÓDULOS E CÂNCER DE TIREOIDE* Epidemiologia: ● Até 50% das pessoas que realizam USG têm nódulo tireoide. ● Mais comum em mulheres e idosos. ● 80% nódulos císticos. ● 10-15% neoplasia folicular benigna. ● 5% carcinoma diferenciado de tireoide. Malefícios do nódulo tireoidiano: ● Estético. ● Alteração da função tireoidiana. ● Câncer. IMPORTANTE: ● O rastreio de câncer de tireoide pelo uso de USG é contra indicado em adultos assintomáticos. Palpação da tireoide: 1. Pela frente com o polegar. 2. Atrás do paciente e pede para o paciente engolir para conseguir. Etiologias: ● Benignos: ❖ Bócio multinodular. ❖ Tireoidite de Hashimoto - Pode apresentar nódulos ou pseudo nódulos. ❖ Cistos. ❖ Adenoma folicular. ❖ Células de Hurthie. ● Malignos: ❖ Carcinoma papilar. ❖ Carcinoma folicular. ❖ Carcinoma anaplásico. ❖ Carcinoma medular. ❖ Linfoma. ❖ Metástase. Classificação: ● Diferenciados (90-95%): ❖ Papilíferos. ❖ Foliculares. ❖ Oncocíticos. ● Medulares (5%); ● Anaplásicos (1-5%). CAI NA PROVA: ASPECTOS CLÍNICOS SUSPEITOS DE MALIGNIDADE: ● Masculino < 20 anos ou > 70 anos. ● Exposição a radiação ou radioterapia - principalmente cervical ou na mama. ● Diagnóstico prévio de carcinoma de tireoide. ● Antecedentes familiares (primeiro grau, NEM, complexo e Carney) ou polipose adenomatosa familiar. ● Nódulo de crescimento rápido ou volumoso. ● Sintomas compressivos. ● Nódulos endurecidos e aderidos a planos profundos. ● Paralisia de corda vocal. ● Nódulo detectado em PET scan, incidental. Exames laboratoriais: ● TSH SÉRICO (sentiu um nódulo é o primeiro exame): ❖ Deve ser dosado em todos os casos de nódulo tireoidiano. ● CALCITONINA SÉRICA: ❖ Deve ser dosada apenas de rotina, apenas em pacientes com história suspeita de carcinoma medular da tireoide (CMT) ou neoplasia endócrina múltipla tipo 2 (NEM2). ● DOSAGEM DE TIREOGLOBULINA: ❖ desencorajada - só deve ser dosada no pós operatório do carcinoma diferenciado da tireoide. ❖ Se ela for detectada indica o aumento do hormônio tireoidiano. MEMORIZE: CONDUTA FRENTE A NÓDULO DE TIREOIDE: 1. É produtor de hormônio tireoidiano? ● TSH é o primeiro exame a ser solicitado. ● TSH baixo é uma tireotoxicose. 2. Esse hormônio em excesso vem do nódulo? ● Cintilografia da tireoide. Indicação de cintilografia da tireoide: ● Apenas nos pacientes com TSH suprimido - não por uso exógeno de levotiroxina. ● 90% dos nódulos quentes ou hipercaptantes são benignos. ● Nódulos frios são não funcionantes (geralmente são malignos), enquanto que os quentes são funcionantes IMPORTANTE: ● Hipercaptante é nódulo quente (90% são benignos); ● Hipocaptante é nódulo frio. Características suspeitas no USG: ● Hipoecogenicidade ● Microcalcificações ● Vascularização central ● Margens irregulares ● Diâmetro ântero posterior maior que o transverso (quando é mais alto do que largo) ● Linfonodos cervicais com características suspeitas. Nódulo hipoecogênico. Nódulo hiperecogênico. Nódulo espongiforme - não são microcalcificações. TIRADS: Características suspeitas de um linfonodo suspeito: ● Heterogêneo. ● Microcalcificações. ● Vascularização periférica. ● Assimétrico e contornos mal definidos. ● Hiperecogênico. ● Sem hilo. ● Globoso (mais largo do que alto). Indicação de PAAF - BRASIL (punção de nódulos): ● < 5 mm → NÃO. ● >= 5 mm → PACIENTES COM ALTO RISCO CLÍNICO DE MALIGNIDADE OU NÓDULO SUSPEITO AO USG. ● >= 10 mm → NÓDULO SÓLIDO HIPOECÓICO. ● >= 15 mm → NÓDULO SÓLIDO ISO OU HIPERECÓICO. ● >= 20 mm → TODOS. ● Linfonodo suspeito → TODOS. OBS: Nos EUA eles falam que só vamos puncionar a partir de 10 mm. Microcarcinoma de tireoide: ● Em geral, não se deve puncionar nódulos subcentimétricos, ainda que muito suspeitos. A tendência é observá-los e puncionar se aumentarem de tamanho. ● Se o risco de câncer é alto ou tem suspeita de metástase linfonodal, punciona-se acima de 5 mm. CAI NA PROVA: BETHESDA DIAGNÓSTICO CONDUTA I Amostra insatisfatória Repetir o PAAF. II Benigno Não precisa repetir a amostra. III Atipia de significado indeterminado ou lesão folicular de significado indeterminado. Repetir PAAF. Teste molecular (faz a dosagem e se tem um risco alto ou não, aí vemos se fazemos a retirada da tireoide). IV Neoplasia folicular ou suspeita para neoplasia folicular. Tireoidectomia. Teste molecular. V Suspeita para malignidade Tireoidectomia. VI Maligno Tireoidectomia. CÂNCER DA TIREOIDE: Tipo papilíferos: ● 20-80% multicêntrico. ● 33% acometimento linfonodal macroscópico. ● 60% acometimento linfonodal microscópico. ● Mulheres. ● 30-50 anos. ● 30% microcarcinomas. Variantes dos papilíferos: ● Melhor prognóstico: ❖ Clássica. ❖ Folicular. ● Pior prognóstico: ❖ Colunar ❖ Células altas ❖ Esclerosante difusa ❖ Sólida ❖ Insular ❖ Trabecular. Tipo folicular: ● Mulheres > 50 anos. ● Mais comum em áreas deficientes de iodo. ● Maioria é de nódulo único. ● Disseminação hematogênica → e a metástase à distância acontece (ocorre mais em pulmão e osso). Subclassificação: ● Minimamente invasivo. ● Extensamente invasivo - que é quando tem 4 focos de invasão vascular ou invasão extratireoidiana. CAI NA PROVA: Diferença de metástase: ● O CARCINOMA PAPILÍFERO TEM METÁSTASE E DISSEMINAÇÃO LINFONODAL. ● O CARCINOMA FOLICULAR TEM METÁSTASE À DISTÂNCIA E DISSEMINAÇÃO HEMATOGÊNICA. Tipo oncocítico: ● Células de Hurthle - células foliculares metaplásicas com aparência oncocítica. ● Envolvimento linfonodal. ● Taxa maior de recorrência e mortalidade. UPDATE: Microcarcinoma / vigilância ativa: ● Papilíferos variante clássica > 5 mm. ● Sem sinais de invasão extratireoidiana, longe da cápsula. ● Ausência de metástase à distância ou acometimento de linfonodos. ● > 40 anos. ● Opção do paciente. ● Ausência de história familiar. ● Ausência de exposição à radiação cervical. ● Multicentricidade, se bilateral e focos >= 6mm, a cirurgia é recomendada. ● Indicação cirúrgica: invasão extratireoidiana, N1, M1, mutação de risco e aumento progressivo (3 mm em 6 meses). Carcinoma medular da tireoide: Carcinoma anaplásico: ● Alta morbimortalidade. ● Crescimento rápido com sintomas compressivos. ● Cirurgia sempre que possível quando não há metástase à distância. IMPORTANTE: COMPLICAÇÕES DA TIREOIDECTOMIA: ● Sangramento. ● Hipocalcemia por hipoparatireoidismo - transitório ou definitivo. ● Lesão de nervo: rouquidão e alteração da deglutição - transitória ou definitiva. ● Hipotireoidismo. ● Síndrome de Horner: miose, ptose e anidrose por lesão do SNA simpático. ● Complicações mais graves: ❖ Hipoparatireoidismo definitivo - após 6 meses da cirurgia. ❖ Lesão do nervo laríngeo recorrente: paresia ou paralisia da corda vocal ipsilateral. Quando considerar radioiodoterapia (RAI): Acompanhamento: ● Dosagem de tireoglobulina. ● Dosagem de antitireoglobulina. ● USG anual. ● TSH dentro do alvo do paciente. Dosagem: ● Dosagem de calcitonina no carcinoma medular de tireoide. ● Dosagem de tireoglobulina no carcinoma diferenciado de tireoide.
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