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Pulsão de morte

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UNIVERSIDADE LUTERANA DO BRASIL 
Campus Cachoeira do Sul/RS 
Curso de Psicologia 
 
 
Disciplina: Teorias Psicoterápicas I 
Professora: Cristiana Rezende Caneda 
Acadêmica: Hanna Kemel Brum 
 
Atividade Semipresencial: Pulsão de Morte 
 
No vídeo apresentado, o psicanalista Christian Dunker responde a uma pergunta de 
um de seus seguidores: “pulsão de morte, destrutiva ou criativa?”. Segundo Dunker, ela 
pode sim ser tanto uma quanto outra, ele diz que a Pulsão de Morte se apoia em um 
processo de destinação das pulsões chamado “Sublimação”, sendo esse um modelo 
psicanalítico para criação de objetos, de relevância social, de dessexualização da libido. 
A Teoria das Pulsões de Freud foi evoluindo ao longo dos anos, inicialmente, Freud 
descrevia uma unidade conhecida como “instintos de vida”, acreditando que a mesma era 
responsável pela maioria dos nossos comportamentos, até que em certo momento 
começou a acreditar que apenas esses instintos não poderiam explicar todos os nossos 
atos. Em 1920, Freud menciona as duas pulsões pela primeira vez: pulsão de vida e pulsão 
de morte. 
Em Além do princípio do prazer (1920), a pulsão de morte é articulada com a 
compulsão à repetição, onde experiências desagradáveis são relembradas em vez de 
serem esquecidas. O propósito da vida humana baseia-se no programa do princípio do 
prazer, porém não há possibilidades de ele ser executado. A finalidade da sublimação 
definida por Freud, se presta a desviar as formas pulsionais de seus fins sexuais, 
orientando-as para novos. A morte se daria como a aquietação das tensões. Sendo assim, 
podemos dizer que a sublimação é a possibilidade de enganar a morte provisoriamente, é 
o escapamento do sofrimento, uma das saídas que o sujeito encontra para lidar com a 
pulsão sexual. 
Lacan define a sublimação como a elevação de um objeto a Coisa. Todas as coisas 
criadas pelo homem em relação com a Coisa são do registro da sublimação; essa Coisa 
será sempre representada por um vazio, justamente porque ela não pode ser representada 
por outra coisa. O vazio é determinante em toda forma de sublimação. 
Se a pulsão de morte é fundamental para a construção dos limites internos e 
externos e, portanto, para a estruturação do psiquismo, bem como para as 
produções de diferença, ela também pode gerar empobrecimentos e 
paralisias psíquicos importantes, caso não haja ou não tenha havido a 
retaguarda oferecida por um objeto primário suficientemente bom. 
(Green, 1986) 
Eros, o instinto de vida: a força que preserva a vida, que luta por ela, aqueles instintos 
que lidam com a sobrevivência básica, e também com o prazer. Apesar de serem 
chamados de instintos sexuais, incluem componentes como a fome, a sede etc. A libido é 
a energia criada por Eros. 
Thanatos, o instinto de morte: é uma morte simbólica ou material perante a sociedade, 
uma pulsão que leva o indivíduo à loucura, ao suicídio. Para Freud, a pulsão de morte é 
retraída pelo indivíduo para que se obtenha prazer ao viver em sociedade, porém quando 
o indivíduo não é bem-sucedido socialmente ele tende a ser tomado por essa pulsão. 
Segundo Freud (1920) o “objetivo da vida é a morte, e remontando ao passado: o 
inanimado já existia antes do vivo”. 
Podemos relacionar a pulsão da morte com uma “busca pela destruição”, podendo 
citar vários artistas conhecidos para fazer essa relação, como a maioria das estrelas do 
rock que acabam se perdendo no meio de usos abusivos de álcool e drogas, que na maioria 
das vezes os leva a morte precoce. 
 
REFERÊNCIAS 
DUNKER, Christian. Pulsão de morte, destrutiva ou criativa? 2017. (6min44s). 
Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=n44l_ILh3ek>. Acesso em: 12 
março 2019. 
Green, A. Pulsão de morte, narcisismo negativo, função desobjetalizante. 1986. 
In D. Widlöcher (Org.), A pulsão de morte (p. 57-68). São Paulo: Escuta. 
OLIVEIRA, Marianna T. de; WINOGRAD, Monah; FORTES, Isabel. A pulsão de 
morte contra a pulsão de morte: a negatividade necessária. Psicol. clin., Rio de 
Janeiro, v. 28, n. 2, p. 69-88, 2016. Disponível em 
<http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-
56652016000200005&lng=pt&nrm=iso>. Acesso em: 12 abril 2019.

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