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É expressamente proibida cópia, reprodução parcial, reprografia, fotocópia ou qualquer 
forma de extração de informações deste sem prévia a utorização dos autores conforme 
legislação vigente. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Janeiro/2010 
 1
CÁLCULOS TRABALHISTAS 
 
 
1- SALÁRIO - CONCEITO 
 
 
1.1 - Salário 
 
A contraprestação em pecúnia ou em utilidade (in natura) devida ao empregado, pela 
prestação de serviços em decorrência do contrato de trabalho, independentemente da forma 
e do meio de pagamento, para retribuir o trabalho efetivo, os períodos de interrupção do 
contrato e os descansos incluídos na jornada de trabalho. 
 
1.1.1 Salário Utilidade: 
É a contraprestação em utilidades pela prestação de serviços do empregado ao empregador, 
fornecida por esta àquele, em decorrência do contrato de trabalho. 
 
São utilidades, dentre outras, a alimentação, habitação, vestuário ou outras prestações in 
natura. 
 
Não são consideradas salário as seguintes utilidades: 
 
 Vestuários, equipamentos e outros acessórios fornecidos aos empregados e utilizados no 
local de trabalho, para a prestação do serviço. 
 
 Educação, em estabelecimento de ensino próprio ou de terceiros, inclusive valores 
relativos à matrícula, mensalidade, anuidade, livros e material didático. 
 
 Transporte destinado ao deslocamento para o trabalho e retorno, em percurso servido ou 
não por transporte público. 
 
 Assistência médica, hospitalar e odontológica, prestada diretamente ou mediante seguro-
saúde. 
 
 Seguro de vida e de acidentes pessoais. 
 
 Previdência privada. 
Artigo 458, parágrafo 2º da CLT. 
 
1.1.2.Habitação - Alimentação - Descontos 
Quanto às utilidades habitação e alimentação, consideradas parte integrante da 
remuneração, caso o empregador as forneça e decida descontar parte do empregado, desde 
que este tenha concordado, o desconto não poderá exceder os limites de 25% e 20%, 
respectivamente. 
Artigo 458, parágrafo 3º da CLT. 
 
 2
 
 
 
 
1.2 - Salário Mínimo (art. 76 da CLT e art. 7º, IV da CF) 
 
É a contraprestação mínima devida e paga diretamente pelo empregador a todo empregado, 
inclusive o rural, sem distinção de sexo, por dia normal de serviço, fixado em lei, 
nacionalmente unificado, capaz de atender a suas necessidades vitais básicas e às de sua 
família com moradia, alimentação, educação, saúde, lazer, vestuário, higiene, transporte e 
previdência social, com reajustes periódicos que lhe preservem o poder aquisitivo, sendo 
vedada sua vinculação para qualquer fim. 
1.3 – Remuneração (artigo 457 da CLT) 
A remuneração equivale à contraprestação de trabalho, em sentido amplo, compreendendo 
além do salário fixo e/ou variável, as gorjetas, gratificações, abonos, adicionais, prêmios e 
outros valores que são pagos ao empregado, para retribuir períodos de efetivo trabalho, 
descansos remunerados, interrupções do contrato de trabalho e os descansos incluídos na 
jornada de trabalho. 
 
Portanto, é a soma do salário com as vantagens percebidas pelo empregado em decorrência 
do contrato de trabalho. 
 
Assim, a remuneração é o gênero do qual o salário é a espécie. 
 
1.3.1 - Comissões e percentagens 
 
São as quantias preestabelecidas que o trabalhador recebe por unidade de serviço prestado 
ou calculados em forma de percentual sobre o valor unitário ou global dos negócios 
realizados. Percentagem é a modalidade de comissão. 
 
1.3.2 – Gorjeta (art.457, § 3º da CLT) 
 
Considera-se gorjeta não só a importância espontaneamente dada pelo cliente ao 
empregado, como também aquela que for cobrada pela empresa ao cliente, como adicional 
nas contas, a qualquer título, e destinada a distribuição aos empregados. 
 
1.3.3- Ajuda de custo 
 
É o valor atribuído ao empregado, pago de uma única vez, para cobrir eventual despesa por 
ele realizada ou em virtude de serviço externo, a que se obrigou a realizar, tem natureza 
indenizatória e não salarial. 
 
1.3.4 - Diárias de viagem 
 
São valores pagos de maneira habitual, para cobrir despesas necessárias à execução de 
serviço externo realizado pelo empregado, como despesas de transporte, alimentação, 
 3
alojamento, etc. 
As diárias de viagem integram o salário, quando excedentes de 50% do salário do 
empregado, considerando-se o valor total, e não só a parte excedente. 
Na hipótese de apresentação de notas para prestação de contas, as diárias não integrarão o 
salário, mesmo que 50% do salário. 
 
 
1.3.5 - Gratificações 
 
Integram a remuneração, mesmo anual, paga a qualquer título, por ajuste tácito ou 
expresso. Mesmo que seja paga por liberalidade do empregador, mas havendo conexão com 
o trabalho exercido pelo empregado na empresa, integrará a remuneração para todos os 
efeitos legais. 
 
1.3.6- Prêmios 
 
Constituem formas de incentivo, objetivando maior participação do empregado no trabalho, 
com maior rendimento e melhor comportamento, podem resultar dos contratos individuais 
de trabalho, acordos, convenções coletivas e regulamentos da empresa. 
 
Exemplos: 
 
• prêmio-assiduidade – em razão da freqüência do empregado 
• prêmio-antiguidade – em razão do tempo de serviço na empresa 
• prêmio-produção – quando a causa do pagamento tem por base uma determinada 
produção a se atingir. 
 
1.3- Abonos 
 
É um valor concedido pelo empregador por mera liberalidade ou através de acordo, 
convenção ou dissídio coletivo e, ainda, por força de dispositivo legal. Integra a 
remuneração para todos os efeitos legais, salvo se houver legislação dispondo o contrário. 
 
1.5- Adiantamento salarial 
 
A empresa não está obrigada legalmente a conceder adiantamento salarial ao empregado, 
salvo se esta obrigatoriedade estiver prevista em cláusula de documento coletivo de 
trabalho da respectiva categoria profissional. 
 
Caso a empresa já esteja concedendo, por força do documento coletivo ou por liberalidade, 
não poderá suprimi-lo, sob pena de caracterizar alteração contratual prejudicial ao 
empregado. 
 
1.6 - Adicionais 
 
É a forma legal que majora salário em decorrência da maior dificuldade ou condições mais 
 4
penosas em que se executa o trabalho. 
 
Podem ser convencionados entre as partes (empregado e empregador), através de 
convenção, acordo ou dissídio coletivo. Ex.: adicional por tempo de serviço (anuênios, 
qüinqüênios, etc.), adicional de função, entre outros. 
 
Os adicionais previstos na legislação trabalhista, são em decorrência de: 
 
• horas extras – 50%, no mínimo, sobre a hora normal 
 
• trabalho noturno urbano – 20 %, no mínimo, sobre a hora diurna 
 
• trabalho noturno rural – 25 %, no mínimo, sobre a hora diurna 
 
• transferência de local de trabalho – 25% do salário, enquanto durar a situação 
 
• trabalho perigoso – 30% sobre o salário sem acréscimos 
 
• trabalho insalubre – 40%, 20%, 10% - conforme o grau de risco máximo, médio e 
mínimo. 
 
1.6.1 – Periculosidade: são consideradas perigosas as atividades que impliquem no contato 
permanente com inflamáveis, explosivos ou energia elétrica. 
Artigo 193 da CLT 
 
O trabalho em condições insalubres assegura ao empregado um adicional de 30% sobre o 
salário contratual sem acréscimo de gratificações, prêmios ou participações no lucro. 
 
Exemplo: 
 
 Salário mensal: R$ 1.250,00 
Adicional de periculosidade: R$ 1.250,00 x 30% = R$ 375,00 
 
 Salário diário: R$ 48,00 
Remuneração: R$ 48,00 x 30 = R$ 1.440,00 
Adicional de periculosidade: R$ 1.440,00 x 30% = R$ 432,00 
 
 Salário-hora: R$ 4,30 
Remuneração: R$ 4,30 x 220 = R$ 946,00 
Adicional de periculosidade: R$ 946,00 x 30% = R$ 283,80 
 
O adicional de periculosidade dos empregados contratados por dia e por hora, deve incidir 
também sobre o valor do repouso semanal remunerado, pois este também integra o salário 
do empregado. 
 
O adicional de periculosidade não incide sobre adicionais que são pagos juntamente com o 
 5
salário ao empregado. Porém, em relação aos eletricitárioso adicional deve incidir sobre a 
remuneração, ou seja, sobre o valor total das parcelas de natureza salarial. 
Parágrafo 1º do art. 193 da CLT 
 
 
SSúúmmuullaa 119911 ddoo TTSSTT:: 
AAddiicciioonnaall –– PPeerriiccuulloossiiddaaddee –– IInncciiddêênncciiaa –– NNoovvaa rreeddaaççããoo.. 
 
““OO aaddiicciioonnaall ddee ppeerriiccuulloossiiddaaddee iinncciiddee aappeennaass ssoobbrree oo ssaalláárriioo bbáássiiccoo ee nnããoo ssoobbrree eessttee 
aaccrreesscciiddoo ddee oouuttrrooss aaddiicciioonnaaiiss.. EEmm rreellaaççããoo aaooss eelleettrriicciittáárriiooss,, oo ccáállccuulloo ddoo aaddiicciioonnaall ddee 
ppeerriiccuulloossiiddaaddee ddeevveerráá sseerr eeffeettuuaaddoo ssoobbrree aa ttoottaalliiddaaddee ddaass ppaarrcceellaass ddee nnaattuurreezzaa ssaallaarriiaall..”” 
 
Admissão – rescisão – afastamento: O empregado admitido, dispensado ou afastado no 
curso do mês, tem direito apenas ao adicional calculado proporcionalmente ao número de 
dias efetivamente trabalhados. 
 
Exemplo: 
 
Admissão: 15/09/09 
Salário Mensal: R$ 836,00 
Adicional de periculosidade: R$ 250,80 
Salário acrescido de periculosidade: R$ 1.086,80 
Salário proporcional acrescido de periculosidade: R$ 579,52 
Dias Trabalhados em setembro: 16 
 
R$ 836,00 x 30% = R$ 250,80 
R$ 250,80 ÷ 30 = R$ 8,36 x 16 – dias trabalhados = R$ 133,76 
R$ 836,00 ÷ 30= R$ 27,86 x 16 – dias trabalhados = R$ 445,76 
R$ 133,76 + R$ 445.76 = R$ 579,52 
 
Faltas injustificadas: O empregado que injustificadamente faltar ao serviço estará sujeito 
ao desconto dos dias que tiver faltado e do adicional de periculosidade proporcional àqueles 
dias. 
 
Exemplo: 
Salário mensal: R$ 1.784,00 
Faltas injustificadas: 02 
Adicional de periculosidade: R$ 535,20 
Desconto do adicional de periculosidade: R$ 34,53 
Desconto do salário mensal: R$ 115,09 
Salário com desconto das faltas: R$ 2.164,59 
 
R$ 1.784,00 x 30% = R$ 535,20 
R$ 535,20 ÷ 30 = R$ 17,84 x 2 = R$ 35,68 
R$ 1.784,00 ÷ 30 = R$ 59,46 x 2 = R$ 118,93 
R$ 35,68 + R$ 118,93 = R$ 154,61 
R$ 1.784,00 + 535,20 = R$ 2.319,20 
 6
R$ 2.319,20 – R$ 154,61 = R$ 2164,59 
 
1.6.2 –Insalubridade: As atividades insalubres são aquelas que expõem os empregados a 
agentes nocivos à saúde, acima dos limites de tolerância fixados em razão da natureza, 
intensidade do agente e o tempo de exposição aos seus efeitos. 
Artigo 192 da CLT 
 
O exercício do trabalho em condição insalubre, acima do limite de tolerância estabelecido 
pelo Ministério do Trabalho e Emprego, desde que impraticável a neutralização ou 
eliminação, assegura a percepção de um dos seguintes adicionais. A base de cálculo sobre a 
qual incidem é o salário mínimo, salvo disposição mais benéfica em documento coletivo da 
categoria: 
 
Grau máximo: 40% - R$ 510,00 x 40% = R$ 204,00 
Grau médio: 20% - R$ 510,00 x 20% = R$ 102,00 
Grau mínimo: 10% - R$ 510,00 x 10% = R$ 51,00 
 
Exemplo: 
Salário mensal: R$ 760,00 
Adicional de insalubridade grau máximo: 40% 
Adicional de insalubridade: R$ 204,00 
Salário mensal acrescido de insalubridade: R$ 926,00 
R$ 410,00 x 40% = R$ 204,00 
R$ 760,00 + R$ 204,00 = R$ 964,00 
 
Admissão - rescisão – afastamento: O empregado admitido, dispensado ou afastado no 
curso do mês, tem direito apenas ao adicional calculado proporcionalmente ao número de 
dias efetivamente trabalhados. 
 
Exemplo: 
 
Salário Mensal: R$ 1.504,00 
Data da rescisão: 17/09 
Adicional de insalubridade grau médio: 20% 
Valor do adicional de insalubridade: R$ 70,00 
Saldo de salário acrescido do adicional de insalubridade: R$ 899,13 
 
R$ 510,00 x 20% = R$ 102,00 
R$ 1.504,00 + R$ 102,00 = R$ 1.606,00 
R$ 102,00 ÷ 30 = R$ 3,40 x 17 – dias trabalhados = R$ 57,80 
R$ 1.504,00 ÷ 30 = R$ 50,13 x 17 – dias trabalhados = R$ 852,21 
R$ 852,21 + R$ 57,80 = R$ 910,06 
 
1.6.3 - Horas extras: Hora extra é a prorrogação da jornada normal de trabalho, até o 
limite de 2 horas por dia, isto é, a jornada normal de trabalho somente poderá ser acrescida 
de no máximo 2 horas diárias mediante acordo escrito entre empregado e empregador ou 
 7
contrato coletivo de trabalho. 
 
Para que seja realizada legalmente a jornada de trabalho, incluindo sua prorrogação, não 
poderá ultrapassar o total de 10 horas por dia. 
Art. 59 da CLT 
 
As horas extras deverão ser remuneradas com adicional mínimo de 50% do valor da hora 
normal. 
Constituição Federal art. 7º, inciso XVI. 
 
Percentuais superiores poderão ser fixados através de documento coletivo de trabalho. 
 
Poderão realizar horas extras os empregados cujos salários foram estipulados por comissão. 
 
Será devido a estes empregados o respectivo adicional de trabalho extraordinário, tendo em 
vista que as comissões auferidas durante a prorrogação da jornada de trabalho serão pagas 
juntamente as comissões auferidas durante a jornada normal de trabalho. 
 
Neste caso o adicional será calculado com base no valor-hora do total de comissões 
auferidas no mês, conforme orienta a Súmula 340 do TST. 
 
SSúúmmuullaa 334400 ddoo TTSSTT;; 
 
““OO eemmpprreeggaaddoo ssuujjeeiittoo aa ccoonnttrroollee ddee hhoorráárriioo,, rreemmuunneerraaddoo àà bbaassee ddee ccoommiissssõõeess,, tteemm ddiirreeiittoo 
aaoo aaddiicciioonnaall ddee,, nnoo mmíínniimmoo,, 5500%% ppeelloo ttrraabbaallhhoo eemm hhoorraass eexxttrraass,, ccaallccuullaaddoo ssoobbrree oo vvaalloorr--
hhoorraa ddaass ccoommiissssõõeess rreecceebbiiddaass nnoo mmêêss,, ccoonnssiiddeerraannddoo--ssee ccoommoo ddiivviissoorr oo nnúúmmeerroo ddee hhoorraass 
eeffeettiivvaammeennttee ttrraabbaallhhaaddaass..”” 
 
Artigo 7º, inciso XVI da Constituição Federal e Súmula 340. 
 
Para o cálculo do adicional será observado o seguinte critério: 
 
a) Total das comissões auferidas durante o mês (jornada normal e jornada 
extraordinária) dividido pelas horas efetivamente trabalhadas (incluídas horas extras 
e excluídas as horas do DSR). 
b) Resultado da operação anterior multiplicado por 0,50 (adicional de trabalho 
extraordinário – 50%). 
c) Resultado da operação anterior multiplicado pelo número de horas extras realizadas 
no mês. 
 
Poderão ser realizadas horas extras juntamente com a compensação de horas, desde que a 
jornada de trabalho total, incluída a hora extra e a compensação, não seja superior a 10 
horas por dia. 
 
Os empregados que trabalham sob o regime de tempo parcial não poderão realizar horas 
extras. 
 8
Artigo 59, parágrafo 4º da CLT. 
Exemplo salário mensal: 
Salário: R$ 1.110,00 
Quantidade de dias com horas extras: 26 
Quantidade de horas extras realizadas no mês: 52 
Adicional de horas extras: 60% (documento coletivo de trabalho) 
 
R$ 1.110,00 ÷ 220 = R$ 5,04 
R$ 5,04 x 1,60 = R$ 8,06 
52 x R$ 8,06 =R$ 419,32 
R$ 1.110,00 + R$ 419,32= R$1529,32 
Artigo 59 parágrafo 1º da CLT 
 
Exemplo salário-comissão: 
 
Comissões: R$ 2.513,25 (inclusive as relativas ao período de horas extras) 
Jornada de trabalho semanal: 44 horas 
Horas efetivamente trabalhadas – julho: 200 horas(inclusive as horas extras 
Salário-hora comissão: R$ 2.513,25 ÷ 200 = R$ 12,66 
Adicional de hora extra da comissão: R$ 12,56 x 50% = R$ 6,28 
Quantidade de horas extras realizadas no mês: 52 horas 
Valor do adicional das horas extras realizadas: 52 x R$ 6,28 = R$ 326,72 
 
Horas extras com adicional de periculosidade: Para o pagamento das horas extras ao 
empregado exposto a periculosidade, os adicionais de hora extra e de periculosidade serão 
acrescentados, cumulativamente, ao salário-hora. 
 
Súmula 264 do TST: 
 
“Para o cálculo, divide-se o salário contratual acrescido do adicional de periculosidade 
pela jornada de trabalho mensal, acrescenta-se a este resultado o adicional de hora extra, 
e finalmente, multiplica-se este resultado pela quantidade de horas extras realizadas no 
respectivo mês.” 
 
Exemplo: 
Salário: R$ 800,00 
Periculosidade 30%: R$ 240,00 
Quantidade de horas extras: 48 
Salário-hora: R$ 4,72 
Salário-hora extra compericulosidade: R$ 203,76 
 
R$ 800,00 x 30% = R$ 240,00 
R$ 800,00 + R$ 240,00 = R$ 1.040,00 
R$ 1.040,00 ÷ 220 horas = R$ 4,72 
R$ 4,72 x 50% = R$ 2,36 
R$ 4,72 + R$ 2,36 = R$ 7,08 
R$ 7,04 x 48 = R$ 339,84 
 9
 
Horas extras com adicional de insalubridade: Da mesma forma no cálculo das horas 
extras será acrescido o adicional de insalubridade à base de cálculo. 
Artigo 60 da CLT e Súmula 264 do TST 
 
Exemplo: 
Salário mensal: R$ 530,00 
Adicional de insalubridade grau médio: 20% 
Valor do adicional de insalubridade: R$ 102,00 
Adicional de hora extra: 50% 
Quantidade de horas extras: 48 
Salário-hora acrescido do adicional de insalubridade: R$ 2,87 
Salário-hora extra acrescido do adicional de insalubridade: R$ 1,43 
Valor da Hora Extra acrescida do adicional de periculosidade: R$ 206,40 
 
R$ 510,00 x 20% = R$ 102,00 
R$ 530,00 + R$ 102,00 = R$ 632,00 
R$ 632,00 ÷ 220 horas = R$ 2,87 
R$ 2,87 x 50% = R$ 1,43 
R$ 2,87 + R$ 1,43 = R$ 4,30 
48 x R$ 4,30 = R$ 206,40 
 
Horas extras com adicional noturno: As horas extras realizadas no período noturno serão 
calculadas com base no valor do salário-hora acrescido do adicional noturno. 
Súmula 264 do TST 
 
Exemplo: 
 
Salário mensal: R$ 980,00 
Jornada de trabalho mensal: 180 
Adicional noturno: 30% (documento coletivo de trabalho) 
Quantidade de horas extras noturnas: 52 
Adicional de hora extra: 60% (documento coletivo de trabalho) 
Valor total das horas extras noturnas: R$ 588,32 
 
R$ 980,00 ÷ 180 = R$ 5,44 
R$ 5,44 x 30% = R$1,63 – valor da hora noturna 
R$ 5,44 + R$ 1,63= R$ 7,07 
R$ 7,07 x 60% = R$ 11,31 – valor da hora extra noturna 
R$ 11,31 x 52 = R$ 588,32 
 
 10
SUPRESSÃO DE HORAS EXTRAS: As horas extras prestadas durante pelo menos 1 
ano, se suprimidas pelo empregador, será assegurado ao empregado o direito a uma 
indenização correspondente ao valor de um mês das horas suprimidas para cada ano ou ano 
e fração igual ou superior a 6 meses de prestação de serviço acima da jornada normal. 
 
Súmula 291 do TST: 
 
“Para o cálculo, será efetuada a média das horas efetivamente trabalhadas nos últimos 12 
meses, multiplicadas pelo valor da hora extra do dia da supressão, e o resultado será 
multiplicado pela quantidade de anos, sendo considerado mais um ano a fração igual ou 
superior a 6 meses.” 
 
Exemplo: 
Empregado faz horas extras durante 02 anos e 07 meses. 
No mês da supressão o salário contratual do empregado era R$ 745,00. 
Nos últimos 12 meses realizou 528 horas extras: 
 
R$ 528 ÷ 12 = 44 
R$ 745,00 ÷ 220 = R$ 3,38 
R$ 3,38 x 50% = R$ 1,69 
R$ 1,69 + R$ 3,38 = R$ 5,07 
R$ 5,07 x 44 = médias doas últimos 12 meses = R$ 223,08 
R$ 223,08 x 3 (quantidade de tempo de horas extras realizadas) = R$ 669,24 
 
1.7 - Descontos nos salários (art. 462 da CLT) 
 
Ao empregador é vedado efetuar qualquer desconto nos salários do empregado, salvo 
quando este resultar de adiantamentos, de dispositivos de lei ou de contrato coletivo. Em 
caso de dano causado pelo empregado, o desconto será licíto, desde que esta possibilidade 
tenha sido acordada ou na ocorrência de dolo (má-fé) do empregado. 
 
1.8- Prazo de pagamento (art. 458 da CLT) 
 
O pagamento do salário, qualquer que seja a modalidade do trabalho, não deve ser 
estipulado por período superior a um mês, salvo no que concerne a comissões, percentagens 
e gratificações, as quais só é exigível depois de ultimada a transação a que se referem. 
 
Quando o pagamento houver sido estipulado por mês, deverá ser efetuado, o mais tardar, 
até o 5º dia útil do mês subseqüente ao vencido. Na contagem dos dias será incluído o 
sábado, excluindo-se o domingo e os feriados, inclusive os municipais. 
 
Quando estipulado por semana ou quinzena, deverá ser efetuado até o 5º dia após o 
vencimento. 
 
 
 11
2. REPOUSO SEMANAL REMUNERADO 
 
2.1.Direito: 
Todo empregado tem direito ao repouso semanal remunerado de 24 horas consecutivas aos 
domingos e conforme as exigências técnicas do serviço, nos feriados civis ou religiosos, de 
acordo com a tradição local. Portanto, é vedado o trabalho nos dias de repouso. 
Artigos 67 da CLT e artigo 1º da Lei 605/49 
2.2.Integração ao salário: 
 
Súmula 91 do TST: 
 
O repouso semanal remunerado, inclusive o feriado, compõe o salário do empregado para 
todos os efeitos legais e com ele deve ser pago. 
 
Seu valor deve ser lançado discriminadamente em folha e em recibo de pagamento de 
salário, exceto quando se tratar de empregado contratado por mês, situação em que o 
repouso semanal remunerado está inserido no valor estipulado. 
 
 
2.3.Horas extras – reflexos – lançamento discriminado 
 
Tendo sido realizadas horas extras, deverá ser destacada em folha e recibo de pagamento, 
sua repercussão no repouso, inclusive para o empregado mensalista. 
 
Artigo 7º da Lei 605/49 
2.4.Trabalho aos Domingos - Escala de revezamento: 
Nas atividades em que se faz necessário o trabalho aos domingos deverá ser obtido 
autorização prévia do Ministério do Trabalho e Emprego, salvo quando se tratar daquelas 
atividades que já tiverem sido previamente autorizadas por decreto federal. 
 
Para que seja atendida a obrigação legal de conceder um descanso semanal ao empregado, 
será organizada uma escala de revezamento mensal, que deverá constar em quadro sujeito à 
fiscalização. 
Artigo 67 parágrafo único da CLT 
 
2.4.1.Trabalho do homem: 
O modelo da escala de revezamento é de livre escolha do empregador e deve ser organizada 
de forma que num período máximo de 3 semanas de trabalho, cada empregado usufrua pelo 
menos um domingo de folga. 
 
Artigos 6º , 6º-A e 6º-B, na redação dada pela Lei nº. 11.603/2007, 
2.4.2.Trabalho da mulher: 
 12
Para o trabalho da mulher, a escala de revezamento deve ser organizada de forma que seja 
concedido um repouso semanal no domingo a cada 15 dias. 
Artigo 386 da CLT 
2.5.Valor: 
 
2.5.1.Diarista – Semanalista – Quinzenalista – Mensalista: 
 
Corresponde a um dia normal de salário. 
O repouso semanal remunerado nas seguintes modalidades de contratação corresponde: 
 
Tipo de remuneração Valor Valor do DSR 
Diarista Salário-dia 20,00 20,00 
Semanalista Salário semanal 80,00 ÷ 06 13,33 
Quinzenalista Salário quinzenal 200,00 ÷ 15 13,33 
Mensalista Salário mensal 580,00 ÷ 30 19,33 
 
Lembra-se que o valor do repouso semanal remunerado dos empregados contratados por 
mês, já está inserido no salário contratual, não havendo necessidade de calcular 
separadamente seu valor, ficando assim vedado sua discriminação em folha e recibo de 
pagamento. 
2.5.2.Horista: 
Corresponde a sua jornada normal de trabalho. 
 
Salário-hora:R$ 5,00 
Jornada normal de trabalho: 06:00 horas por dia 
Repouso semanal remunerado: R$5,00 x 06:00 = R$ 30,00 
 
2.5.3.Tarefeiro: 
Corresponde a 1/6 do valor total das tarefas ou peças produzidas durante o horário normal 
de trabalho. 
 
Para apuração do valor total das tarefas ou peças produzidas, deve-se multiplicar a 
quantidade total pelo valor estipulado em contrato para cada unidade. 
 
Salário por tarefa:R$ 8,00 
Quantidade de tarefas da semana:60 
Salário por tarefa na semana: R$ 8,00 x 60 = R$ 480,00 
Dias trabalhados na semana:06 
Repouso semanal remunerado: R$ 480,00 ÷ 6 =R$ 80,00 
 
2.5.4.Comissionista: 
Corresponde ao valor das comissões auferidas na semana, dividido pelo número dias úteis 
da mesma semana. 
 13
 
Valor total das comissões auferidas na semana: R$ 820,00 
Número de dias úteis da semana: 06 
Repouso semanal remunerado:R$ 820,00 ÷ 6 = R$ 136,67 
 
 
2.5.4.1.Comissionista – cálculo mensal 
Para o cálculo mensal dividi-se o valor total das comissões auferidas pelo número de dias 
úteis e o resultado multiplica-se pelo número de domingos e feriados do respectivo mês: 
 
Valor total das comissões auferidas no mês: R$ 2.500,00 
Número de dias úteis do mês:24 
Número de feriados e domingos do mês:06 
Repouso semanal remunerado: R$ 2.500,00 ÷ 24= R$ 104,16 x 6 = R$ 625,002.5.5.Trabalho em Domicílio: 
O valor do repouso semanal remunerado dos empregados que trabalham em domicílio, 
desde que seus salários tenham sido estipulados por unidade de produção, corresponderá a 
1/6 do valor total da produção realizada durante a semana. 
 
Exemplo: 
Valor total da produção da semana:R$ 560,00 
Repouso semanal remunerado: R$ 560,00 ÷ 6 = R$ 93,33 
2.5.6.Trabalho em dias alternados: 
O repouso semanal remunerado do empregado contratado para trabalhar em apenas alguns 
dias da semana, desde que sua jornada de trabalho seja uniforme, corresponde ao mesmo 
número de horas de uma jornada de trabalho diária. 
 
Exemplo: 
Dias trabalhados na semana 03 
Remuneração da semana: R$ 400,00 
Repouso semanal remunerado: R$ 400,00 ÷ 3 = R$ 133,33 
 
Tratando-se de jornada de trabalho não uniforme, ou seja, cada jornada possui um número 
de horas diferente, o repouso semanal remunerado será calculado mediante a divisão do 
ganho semanal pelo número de dias efetivamente trabalhados na semana. 
 
Exemplo: 
Empregado trabalha segunda, quarta e sexta, sendo que na segunda sua jornada de trabalho 
é de 6 horas, na quarta, de 5 horas e na sexta, de 8 horas. 
 
Seu salário foi estipulado por hora e o valor da hora é de R$ 5,50 
 
Neste caso o repouso semanal remunerado deverá ser calculado mediante divisão do 
número total de horas da semana por 3. 
 14
 
Dias trabalhados na semana: 03 
Jornada de trabalho da semana:19 
Salário-hora: R$ 5,50 
Remuneração da semana: 19 x R$ 5,50 = R$ 104,50 
Repouso semanal remunerado: R$ 104,50 ÷ 3 = R$ 34,83 
 
 
2.5.7.Horas extras: 
As horas extras habitualmente prestadas devem repercutir no repouso semanal remunerado. 
 
Assim, para o cálculo do reflexo das horas extras no repouso semanal remunerado, deve-se 
dividir o valor total das horas extras prestadas durante o mês pelo número de dias úteis e o 
resultado desta operação multiplicar pelo número de domingos e feriados existentes no 
mês. 
Artigo 7º da Lei 605/49 
 
Exemplo: 
Salário-hora:6,00 
Número de horas extras realizadas no mês:42 
Salário-hora acrescido do adicional de horas extras:6,00 x 50% = R$ 9,00 
Valor total das horas extras do mês: R$ 9,00 x 42 =R$ 378,00 
Reflexo das horas extras no RSR: R$ 378,00 ÷ 24= R$ 15,75 x 6 = R$ 94,50 
 
2.5.8.Horas noturnas: 
O adicional noturno pago com habitualidade integra o salário do empregado para todos os 
efeitos legais. Portanto, repercute também na remuneração do repouso semanal 
remunerado. 
 
Para o cálculo do reflexo do adicional noturno no repouso semanal remunerado utiliza-se o 
mesmo critério adotado para o cálculo do reflexo das horas extras, salvo se a jornada de 
trabalho estiver totalmente inserida no período noturno, situação em que o adicional 
incidirá sobre o salário integral. 
 
Exemplo de jornada de trabalho totalmente inserida no período noturno: 
Jornada de trabalho das 22:00 às 05:00 horas 
Salário mensal: R$ 700,00 
Adicional noturno: R$ 700,00 x 20% = R$ 140,00 
Súmula 60 do TST 
 
2.5.9.Insalubridade: 
Tendo em vista que adicional de insalubridade é calculado com base no valor do salário 
mínimo, e que este se refere ao mês integral, não se calcula o reflexo do adicional no 
repouso semanal remunerado, pois este está naquele inserido. 
 
 
 15
2.5.10.Periculosidade: 
O mesmo critério deve ser adotado para o adicional de insalubridade. 
 
2.5.11.Gorjetas: 
A Justiça do Trabalho, por meio da Súmula 354 do Tribunal Superior do Trabalho, entende 
que as gorjetas não repercutem no repouso semanal remunerado. 
 
SSúúmmuullaa 335544 ddoo TTSSTT:: 
GGoorrjjeettaass.. NNaattuurreezzaa jjuurrííddiiccaa.. RReeppeerrccuussssõõeess.. RReevviissããoo ddaa SSúúmmuullaa 229900.. 
 
““AAss ggoorrjjeettaass,, ccoobbrraaddaass ppeelloo eemmpprreeggaaddoorr nnaa nnoottaa ddee sseerrvviiççoo oouu ooffeerreecciiddaass 
eessppoonnttaanneeaammeennttee ppeellooss cclliieenntteess,, iinntteeggrraamm aa rreemmuunneerraaççããoo ddoo eemmpprreeggaaddoo,, nnããoo sseerrvviinnddoo ddee 
bbaassee ddee ccáállccuulloo ppaarraa aass ppaarrcceellaass ddee aavviissoo--pprréévviioo,, aaddiicciioonnaall nnoottuurrnnoo,, hhoorraass eexxttrraass ee 
rreeppoouussoo sseemmaannaall rreemmuunneerraaddoo..”” 
2.6.Trabalho em dias de repouso: 
O trabalho nos dias de repouso é vedado, entretanto, tendo havido trabalho neste dia deve 
ser garantida a respectiva remuneração. 
 
2.6.1.Pagamento em dobro: 
O trabalho realizado em dia feriado, desde que não determinado outro dia de folga, deverá 
ser pago em dobro. 
 
A expressão em dobro, conforme entendimento da Justiça do Trabalho significa o valor das 
horas efetivamente trabalhadas no feriado pagas em dobro, independentemente do valor do 
repouso semanal remunerado já assegurado pelo cumprimento da jornada semanal integral. 
 
Salário mensal:R$ 660,00 
Salário-hora:R$ 660,00 ÷ 220 = 3,00 
Valor das horas do feriado:R$ 3,00 x 7,3333 = 22,00 
Valor da dobra das horas do feriado: R$ 22,00 x 2 = R$ 44,00 
Total a receber no mês:R$ 660,00 + R$ 44,00 = R$ 704,00 
 
As decisões da Justiça do Trabalho são no sentido de que a dobra se refere às horas 
efetivamente trabalhadas no dia destinado ao descanso, independentemente do valor do 
repouso semanal remunerado legalmente já assegurado no salário do empregado. 
 
Sendo assim, serão pagas em dobro as horas trabalhadas no dia de repouso sem prejuízo do 
valor relativo ao repouso semanal remunerado a ser pago juntamente com o salário do 
empregado. 
 
SSúúmmuullaa 114466 ddoo TTSSTT:: 
TTrraabbaallhhoo eemm ddoommiinnggooss ee ffeerriiaaddooss,, nnããoo ccoommppeennssaaddoo -- NNoovvaa rreeddaaççããoo:: 
 
““OO ttrraabbaallhhoo pprreessttaaddoo eemm ddoommiinnggooss ee ffeerriiaaddooss,, nnããoo ccoommppeennssaaddoo,, ddeevvee sseerr ppaaggoo eemm ddoobbrroo,, 
 16
sseemm pprreejjuuíízzoo ddaa rreemmuunneerraaççããoo rreellaattiivvaa aaoo rreeppoouussoo sseemmaannaall..”” 
2.7.Desconto do repouso semanal remunerado: 
Para que o empregado tenha direito ao repouso semanal remunerado é necessário que o seu 
horário de trabalho seja integralmente cumprido, sem faltas, atrasos, ausências por 
suspensões disciplinares ou saídas durante o expediente. 
2.7.1.Mensalistas: 
Há polêmica quanto ao desconto ou não do descanso semanal remunerado do empregado 
mensalista, quando faltam ao serviço sem justificativa legal, em virtude do disposto nos 
artigos 6º e 7º, parágrafo 2º, ambos da Lei 605/49: 
 
“Art.6º Não será devida a remuneração quando, sem motivo justificado, o empregado 
não tiver trabalhado durante toda a semana anterior, cumprindo integralmente o seu 
horário de trabalho”. 
 
Art.7º......................... 
 
Parágrafo 2º Consideram-se já remunerados os dias de Repouso Semanal do 
empregado mensalista ou quinzenalista, cujo cálculo de salário mensal ou 
quinzenal, ou cujos descontos por falta sejam efetuados na base do número de dias 
do mês ou de 30(trinta) e 15 (quinze) diárias, respectivamente” 
 
Há corrente jurisprudencial entendendo que o mensalista não está sujeito à assiduidade para 
fazer jus ao repouso semanal remunerado, ou seja, ainda que falte ao trabalho sem 
justificativa legal terá direito ao mencionado repouso, visto que este é considerado já 
remunerado, descontando-se apenas o valor do dia da falta. 
 
Esse entendimento, contudo, não é pacífico, pois outra corrente jurisprudencial entende que 
deve ser efetuado o desconto, não só do dia da ausência, como também do repouso semanal 
remunerado. Assim, o empregador pode adotar qualquer dos procedimentos expostos. 
 
Entretanto, se tiver adotado o critério de não desconto do repouso semanal remunerado do 
mensalista e vier a fazê-lo, poderá ser surpreendida com a argüição de nulidade dessa 
alteração por contrariar o artigo 468 da CLT, que considera lícita apenas alteração que não 
resulte, direta ou indiretamente, em prejuízos ao empregado. 
 
Exemplo: 
Salário mensal:R$ 1.581,00 
Faltas injustificadas: 03 
Faltasnos dias:04, 11 e 22 de dezembro/09. 
Desconto dos domingos: 07, 14 e 28 de dezembro/09 
 
R$ 1.581,00 ÷ 30 = R$ 52,70 
R$ 52,70 x 3 = R$ 52,70 (dias 07 14 e 28 de dezembro/09) 
R$ 1581,00 – R$ 52,70 = R$ 1.528,00 
 17
 
2.7.2.Horista – Diarista – Semanalista: 
O direito ao repouso semanal remunerado do horista, diarista e do semanalista, também está 
vinculado ao cumprimento integral da jornada de trabalho da semana anterior, ou seja, do 
cumprimento integral da jornada de trabalho daquele período. 
 
Cabe lembrar que, caso o empregador venha adotando o critério de não desconto do 
repouso semanal remunerado para tais empregados não poderá passar a descontar, sob pena 
de argüição de nulidade dessa alteração por ofensa ao princípio da inalterabilidade das 
condições contratuais que implique, direta ou indiretamente, em prejuízos ao empregado. 
 
2.8.Admissão ou demissão no curso da semana: 
 
2.8.1.Admissão: 
O empregado admitido no decorrer da semana também terá direito ao repouso semanal 
remunerado. 
 
O procedimento acima leva em consideração o fato de o empregado ter sido admitido no 
curso da semana, e por esta razão não há obrigatoriedade do trabalho nos dias anteriores à 
admissão. 
 
Assim, o empregador por ter admitido um empregado no decorrer da semana assume, 
normalmente, o pagamento do respectivo repouso semanal, salvo se o empregado nos dias 
posteriores à admissão tiver incorrido em faltas ou atrasos injustificados. 
 
2.8.2.Demissão: 
Perde o direito ao repouso semanal remunerado se o contrato for rescindido até sexta-feira, 
por não ter cumprido integralmente a jornada de trabalho semanal (jornada de trabalho 
semanal de segunda a sábado). 
 
2.9.Intervalo entre jornadas: 
É garantido ao empregado um intervalo mínimo de 11 horas consecutivas para descanso 
entre 2 jornadas de trabalho, devendo estas horas serem acrescidas às horas do descanso 
semanal remunerado de 24 horas totalizando 35 horas de paralisação no trabalho. 
 
Quando o empregador adota escala de revezamento deve observado esse intervalo mínimo 
de 35 horas na troca de turno de uma semana para outra, sob pena de ficarem obrigadas a 
remunerar as horas não concedidas como extras, conforme entendimento da Justiça do 
Trabalho, por meio da Súmula 110 do TST. 
 
SSúúmmuullaa 111100 ddoo TTSSTT 
 
Turnos de trabalho: 
 
A – das 8 às 16 horas 
B – das 16 às 24 horas 
 18
C – das 24 às 8 horas 
Turno B: 
Saída: sábado às 24 horas. 
Entrada: segunda-feira às 8 horas. 
Intervalo: 32 horas (24 horas e 8 horas de intervalo entre jornadas). 
Remuneração extra: 3 horas (35 horas – 32 horas) 
Artigo 66 da CLT 
 
2.10.Feriado em domingo: 
Quando o feriado recair no domingo ou no dia do repouso durante a semana para os que 
trabalham em regime de escala de revezamento, o pagamento do repouso corresponderá a 
um só dia não sendo cumulativas as remunerações. 
 
 
JORNADA DE TRABALHO 
 
3 - Duração normal 
 
A jornada máxima diária de trabalho é de 8 horas diárias, não podendo exceder a 44 horas 
semanais, facultada a compensação de horários e a redução de jornada, mediante acordo ou 
convenção coletiva. 
art. 58 da CLT e art. 7º, XIII da CF 
 
Em qualquer atividade privada a duração da jornada de trabalho não poderá exceder 8 horas 
diárias ou 44 horas semanais, totalizando 220 horas mensais. 
Lembre-se de que 7.33 não significa 7 horas e trinta e três minutos, pois este valor esta em 
centésimas e teremos que transformá-lo em horas, se não vejamos: 
 
0.33 x 60 = 20 minutos 
- Para legislação trabalhista sábado é considerado dia útil. 
 
3.1 - Intervalos para repouso e alimentação (art. 71 da CLT) 
 
O intervalo destinado ao repouso ou alimentação é considerado período de suspensão da 
jornada de trabalho, portanto, não são nela computados. Tais intervalos são os seguintes: 
 
 
Jornada de trabalho Intervalo 
Jornada de até 4 horas Não há intervalo 
Jornada de 4 a 6 horas Intervalo obrigatório de 15 minutos 
Jornada superior a 6 horas Intervalo mínimo de 1 hora e máximo de 2 horas 
 
 
 
 
 19
3.1.1 - Intervalo – não concessão: 
 
Quando o intervalo para repouso ou alimentação não for concedido conforme a legislação, 
o empregador ficará obrigado a remunerar o período correspondente com acréscimo de, no 
mínimo, 50% sobre o valor da hora normal. 
 
Reiteramos, porém, que o fato da empresa remunerar o respectivo período com acréscimo 
de 50%, não inibirá o auditor Fiscal do Ministério do Trabalho e Emprego de autuá-la, em 
eventual fiscalização, por não ter concedido o intervalo. 
 
3.2 - Sobreaviso entre jornadas de trabalho: 
 
Para os empregados que estejam obrigados a permanecer em regime de sobreaviso, após o 
término de sua jornada de trabalho portando telefone celular, por exemplo, o entendimento 
doutrinário e jurisprudencial predominante, é no sentido de que se aplica, por analogia, o 
regime de sobreaviso dos ferroviários. 
 
Neste caso sua remuneração será calculada por uma das 03 formas abaixo mencionadas: 
 
1ª Corrente: 
 
Considera-se como de serviço o período em que o empregado está à disposição do 
empregador, aguardando ordens. A remuneração das horas de sobreaviso é no valor de 1/3 
do salário-hora normal. 
 
Exemplo: 
Empregado em 8h de sobreaviso: 
- salário-hora normal R$ 4,80 
- salário-hora de sobreaviso = R$ 4,80 : 3 = R$ 1,60 
 
Devido = R$ 1,60 X 8h = R$ 12,80; 
 
 
 
2ª Corrente: 
 
O empregado não faz jus à remuneração das horas de sobreaviso, por não caracterizar 
tempo à disposição do empregador. 
 
Serão, entretanto, remuneradas com o respectivo adicional apenas as horas em que tenha 
efetivamente executado serviço extra. 
 
 
 20
 
 
 
 
3ª Corrente: 
 
Além de 1/3 do salário-hora por hora de sobreaviso, deve o empregado perceber a 
remuneração correspondente às horas extras trabalhadas, quando ocorrer a chamada para o 
serviço extraordinário. 
Cabe ao empregador definir a forma de remuneração mais adequada para a sua atividade. 
 
 
 
 
 
 
 
Nota: 
 
Em decorrência dos valores pagos a título de sobreaviso possuir natureza salarial, este 
integrará a remuneração do empregado para todos os efeitos, inclusive para o DSR. 
 
 
3.3 - Compensação de horas: 
A compensação de horas é o acordo escrito, individual ou coletivo, entre o empregador e 
seus empregados, que autoriza a prorrogação da jornada de trabalho durante determinado 
período, mediante a correspondente diminuição de jornada em outro período, de forma que 
Exemplo: 
Empregado em 8h de sobreaviso: 
- salário-hora normal R$ 4,80 
- salário-hora de sobreaviso = R$ 4,80 x 50% = R$ 7,20 (R$ 2,40 + R$ 
4,80) 
Devido = R$ 7,20 x 8 = R$ 57,60 
 
Empregado em 8h de sobreaviso, sendo 4horas pagos a 1/3 e 4 horas a título de 
hora extra: 
1/3: 
- salário-hora normal R$ 4,80 
- salário-hora de sobreaviso = R$ 4,80: 3 = R$ 1,60 
- R$ 4,80 + R$ 1,60 = R$ 6,40 
- 1/3 de horas de sobreaviso: R$ 6,40 x 4 = R$ 25,60 
Hora extra: 
- salário-hora: R$ 4,80 
- hora extra: R$ 4,80 x 50%= R$ 2,40 
- R$ 4,80 + R$ 2,40 = R$ 7,20 
- R$ 7,20 x 4 – horas extras = R$ 28,80 
 21
o número total de horas efetivamente trabalhadas no período vigência do acordo não 
ultrapasse o número total de horas estabelecido em contrato de trabalho ou o limite legal 
para o mesmo período. 
 
Neste caso, por se tratar de compensação de horas, é dispensado o acréscimo de 50% sobre 
o valor da hora extraordinária. 
 
Por outro lado jornada de trabalho acrescida da prorrogação de horas não poderá exceder o 
limite diário de 10 horas por dia. Caso a jornada de trabalho diária seja inferior a 8 horas, o 
limite a ser observado é de 2 horas de prorrogação. 
 
 
3.1 - Rescisão - horas não compensadas - banco de horas: 
Na hipótese de rescisão do contrato de trabalho sem que tenha havido a compensação das 
horas extras trabalhadas, o empregado terá direito ao pagamento destas horas, com o 
acréscimo de 50%. 
 
3.2 - Compensação do Sábado: 
Assim, tratando-se de acordode compensação integral de horas do sábado, a jornada diária 
pode ser de 08:48:00 horas de segunda à sexta ou outra que as partes estabelecerem, desde 
que não ultrapasse o limite de 10 horas por dia e nem 44 horas semanais. 
Artigo 59 da CLT 
 
Exemplo: 
 
Empregado com jornada de 8 horas diárias – segunda á sexta-feira e 4 horas no sábado, 
temos: 
 
4 x 60 = 240 
240 : 5 = 48 minutos 
 
Neste caso, o empregado deverá trabalhar 08:48 minutos de segunda a sexta-feira, 
compensando o sábado. 
 
 
 
4 - TRABALHO NOTURNO: (art. 73 da CLT; art. 7°, IX e XXXIII da CF; Lei n° 
5.889/73 e Decreto n° 73.626/74) 
 
O trabalho noturno exige maior esforço do indivíduo, tendo em vista que este horário 
normalmente é destinado ao descanso. Em função desta particularidade, a legislação 
determina que hora noturna seja reduzida e melhor remunerada, mediante o pagamento de 
um adicional, denominado adicional noturno. 
 
 
O trabalho noturno é assim definido, conforme o quadro abaixo: 
 22
 
Atividade Horário Atividade Duração Adicional 
Urbana 22:00 horas às 05:00 horas - 00:52:30 hora 20% 
Rural 21:00 horas às 05:00 horas Lavoura 01:00:00 hora 25% 
Rural 20:00 horas às 04:00 horas Pecuária 01:00:00 hora 25% 
 
 
Conversão do Trabalho normal em trabalho noturno – Equivalência Horária: 
 
O tempo de efetivo trabalho diurno ou normal pode ser convertido para o noturno mediante 
a seguinte fórmula: 
 
52,50 1 
 
60 X 
 
52,50X = 60 x 1 
 
52,50X = 60 
 
X = 60 = 1,1428571 
 52,50 
 
1,1428571 – 1 x 100 = 14,28571% (equivalência em horas) 
 
O legislador definiu a hora noturna em 52 minutos e 30 segundos, como resultado de uma 
redução em 12,5% da hora normal (60 minutos). 
 
60,00 – 52,50 = 7,50 
 
7,50 : 60,00 x 100 = 12,5% 
 
 
Assim, para se saber o tempo de efetivo trabalho noturno em função do diurno ou normal, 
basta dividir a sua duração por 1,1428571 ou reduzi-la em 12,5% 
 
Exemplo: 
 
Uma jornada de 8 horas diurnas ou normais corresponde a 7 horas de efetivo trabalho 
noturno: 
 
8 horas normais = 7 horas noturnas - redução de 12,5% de 8 horas normais 
 1,1428571 
 
 
Para facilitar os cálculos relativos ao horário noturno, elaboramos adiante a tabela de 
 23
equivalência de horas entre o trabalho diurno e noturno. 
 
Tabela “A” 
 
 
Trabalho Noturno/Diurno (Normal) - Equivalências - Horas 
 
 
Horas Normais Efetivamente 
Trabalhadas no Período 
Noturno 
 
(Horário de Relógio das 22 às 
5h) 
 
 
Jornada de Trabalho 
Equivalente 
 
(Horário Normal Acrescido 
de 14,28571%) 
 
 
Quantidade de Horas 
Noturnas a Pagar - 
Nº. Multiplicador (*) 
 
1 hora ( 60 minutos) 01h08min34s 1,1428571 
2 horas (120 minutos) 02h17min08s 2,2857142 
3 horas (180 minutos) 03h25min42s 3,4285713 
4 horas (240 minutos) 04h34min17s 4,5714284 
5 horas (300 minutos) 05h42min51s 5,7142855 
6 horas (360 minutos) 06h51min25s 6,8571426 
7 horas (420 minutos) 08h00min00s 8,0000000 
Equivalência em Minutos: 
 
1,1428571 = 0,01904762 
 60 
 
Conversão de Segundos: 
 
0,01904762 = 0,00031746 
 60 
 
Contagem – Tabela: 
 
A jornada de trabalho no período noturno observa a seguinte tabela: 
 
Das 22:00:00 h + 52:30 às 22:52:30 1ª h. noturna 
Das 22:52:30 h + 52:30 às 23:45:00 2ª h. noturna 
Das 23:45:00 h + 52:30 às 00:37:30 3ª h. noturna 
Das 00:37:30 h + 52:30 às 01:30:00 4ª h. noturna 
Das 01:30:00 h + 52:30 às 02:22:30 5ª h. noturna 
Das 02:22:30 h + 52:30 às 03:15:00 6ª h. noturna 
Das 03:15:00 h + 52:30 às 04:07:30 7ª h. noturna 
Das 04:07:30 h + 52:30 às 05:00:00 8ª h. noturna 
 
 24
4.1 – Menores: 
 
O trabalho em horário noturno é proibido aos menores de 18 anos, de ambos os sexos. 
 
4.2 - Remuneração adicional da hora noturna: 
 
A Constituição Federal assegura remuneração superior para o trabalho noturno. 
 
A legislação assegura aos empregados urbanos uma remuneração adicional para o trabalho 
noturno de 20% e para os empregados rurais de 25% sobre a hora normal. 
 
Por meio dos documentos coletivos de trabalho cada categoria pode estipular percentual 
superior ao definido na legislação. 
 
Assim, a cada período de 52min 30seg (1 hora noturna) será remunerado com o respectivo 
adicional noturno. 
 
Os adicionais por trabalho noturno devem ser discriminados em folha de pagamento. 
 
Exemplo: 
 
Jornada: 7:20 horas por dia de segunda a sábado (44 semanais e 220 mensais) 
Remuneração: R$ 3.300,00 mensais ou R$ 15,00 por hora (R$ 3.300,00 : 220 horas) 
Entrada: 22:00 horas 
Intervalo: das 2:00 às 3:00 horas (60 minutos = 1 hora) 
Saída: 5h29m. 
Valor do adicional noturno: R$ 20,57 
 
* Determinação do horário de saída: 
 
22:00 às 23:00 
23:00 às 24:00 
24:00 às 1:00 
1:00 às 2:00 
2:00 às 3:00 – intervalo para alimentação 
3:00 às 4:00 
4:00 às 5:00 
 
Total = 6 horas trabalhadas de 60 minutos 
 
60 : 52:5 = 1,1428571 
 
6 x 1,1428571 = 6.8571426 = 6 horas trabalhadas 
 8571426 x 60 minutos = 51 minutos 
 428556 x 60 minutos = 25 segundos 
 
Total = 6:51:25 
 25
 
Às 5:00 horas da manhã o empregado trabalhou 6:51:25, para completar 07:20 de trabalho 
o empregado terá de trabalhar mais 29 minutos, portanto, o horário de saída do mesmo será: 
5h:29m 
 
Assim, temos: 
 
Das 22:00 às 5:00 ( horário noturno) = 7 horas no relógio, menos 1:00 de intervalo, 
totalizam 6 horas no relógio, equivalendo a 6h51m25s noturnas, portanto para completar a 
jornada de 7:20 horas deverá encerrar o expediente às 5h28m35s. 
 
* Quantidade e valor das horas noturnas a pagar: 
 
• 6h x R$ 15,00 (valor/hora normal) = R$ 102,86 
 
* Cálculo do adicional noturno: 
 
• R$ 102,86 x 20% = R$ 20,57 
 
 
* Valor total das horas noturnas a pagar: 
 
• R$ 102,86 + R$ 20,57 = R$ 123,43, ou 
 
6h x 1,1428571 = 6,8571426 
 
6,8571426 x R$ 15,00 = R$ 102,86 
 
R$ 102,86 x 1,20 (adicional noturno) = R$ 123,43 
 
* Reflexo das horas noturnas no DSR: 
 
R$ 20,57 : 25 dias úteis X 5 DSR = R$ 4,18 
 
Hora extra noturna 
 
O trabalho executado no período das 22:00 horas de um dia até as 5:00 horas do dia 
seguinte, será pago com adicional mínimo de 20% sobre o valor da hora normal. 
 
Havendo prestação de horas extras, estas serão calculadas mediante a aplicação dos 
adicionais cumulativamente, ou seja, salário-hora acrescido do adicional noturno, e 
resultado acrescido do adicional de trabalho extraordinário. 
 
Exemplo: 
 
 26
Determinação do valor da jornada diária de 7 horas e 20 minutos e do horário de 
saída do serviço, de um empregado com salário de R$ 480,00 mensais (base 220 
horas),contratado em regime de prorrogação de horas (2 horas extras), cujo horário 
normal de entrada em serviço é às 19 horas, de 2ª feira a sábado, com 1 hora para 
repouso ou alimentação, das 23 às 24 horas. 
- Salário mensal: R$ 480,00 
 
- Salário-hora normal: R$ 2,18 = R$ 480 ÷ 220 
 
- Salário-hora noturno: R$ 2,18 + R$ 0,43 = R$ 2,61 (R$ 2,18 x 20% = R$ 0,43) 
 
- Salário-hora extra noturno: R$2,61 + R$ 1,30 = R$ 3,91 (R$ 2,61 x 50%= R$ 
1,30) 
 
- Duração da jornada: 9,3333333 horas, ou seja, 3 horas diurnas (das 19:00h 
às22:00h), 4,3333333 horas noturnas (das 22:00h às 02h47min30s) menos 1 hora 
de 60minutos de intervalo para refeição e mais 2 horas extras noturnas (das 
02h47min30sàs 04h32min30s). 
 
 Integração da insalubridade e periculosidade no cálculo do adicional noturno 
 
Muito embora a legislação seja omissa acerca da integração do adicional de insalubridade e 
periculosidade no salário do empregado para fins do cálculo do adicional noturno, o 
entendimento a Justiça do Trabalho é neste sentido. Portanto, caberá à empresa compor a 
base de cálculo do adicionalnoturno (salário-hora), com inclusão dos adicionais de 
insalubridade e periculosidade. 
 
Transferência para o período diurno 
 
Muito se discute sobre a possibilidade da supressão do adicional noturno quando da 
transferência do empregado que trabalha no período noturno para o período diurno, em face 
do que dispõe o art. 468 da CLT (Princípio da Inalterabilidade do Contrato de Trabalho). 
 
Entretanto, o TST, em sessão de 18.12.86, aprovou o seguinte Enunciado nº. 265: 
 
“A transferência para o período diurno de trabalho implica na perda do direito ao 
adicional noturno.” 
 
Adicional noturno-trabalho após às 5:00 hora-direito 
 
Embora inexista na legislação qualquer dispositivo legal neste sentido, a Justiça do 
Trabalho tem entendido que o trabalho exercido após as 5:00 horas, em continuação à 
jornada noturna, é considerado prorrogação desta, e por conseqüência, deverá ser 
remunerado com o adicional noturno. 
 
Súmula do TST nº. 60. Adicional noturno - Integração no salário e prorrogação em horário 
 27
diurno. 
 
“I - O adicional noturno, pago com habitualidade, integra o salário do empregado para 
todos os efeitos. 
 
II - Cumprida integralmente a jornada no período noturno e prorrogada esta, devido é 
também o adicional quanto às horas prorrogadas. Exegese do art. 73, § 5º, da CLT.” 
 
Intervalo no período noturno-60 minutos 
 
Os intervalos que forem concedidos entre as 22:00 horas de um dia e as 5:00 horas do dia 
seguinte terão sua duração computada de acordo com o horário diurno, sem a redução da 
hora noturna. 
 
Portanto, o intervalo durante o período noturno, para uma jornada de 8 horas, deverá ser de 
60 minutos e não de 52 minutos e 30 segundos. 
 
Jornada 12 x 36 
 
O turno de 12 horas de trabalho por 36 horas de descanso não possui previsão legal. 
Entretanto, alguns acordos ou convenções coletivas estabelecem em suas cláusulas a 
possibilidade de referida jornada, tendo em vista a natureza e peculiaridades dos serviços 
(ex.: médicos, enfermeiras), contudo a jurisprudência trabalhista não é pacífica a respeito 
do assunto. Nesta hipótese, ficará a cargo da autoridade competente o julgamento da 
questão, na ocorrência de eventual reclamação trabalhista ou autuação pela fiscalização. 
 
Exceções (art. 62 da CLT): 
 
Em alguns casos as normas de duração do trabalho não são aplicadas, são eles: 
 
a) os empregados que exercem atividade externa incompatível com a fixação de horário de 
trabalho, devendo tal condição ser anotada na CTPS e no registro de empregados; 
 
b) os gerentes, assim considerados os exercentes de cargos de gestão, aos quais se 
equiparam, os diretores e chefes de departamento ou filial. 
Entretanto, serão aplicadas as normas de duração do trabalho ao empregados mencionados 
na letra “b”, quando o salário do cargo de confiança, compreendendo a gratificação de 
função, se houver, for inferior ao valor do respectivo salário efetivo acrescido de 40%. 
 
 
5 - TRANSFERÊNCIA DE EMPREGADO: 
 
O empregado que tenha sido transferido, provisoriamente, para outra localidade, desde que 
tenha ocorrido mudança de domicilio, terá direito, enquanto durar esta situação, ao 
adicional de transferência de 25% sobre o salário contratual. 
 
 28
Exemplo: 
Empregado cujo salário é de R$ 1.530,00 foi transferido por 2 anos para outra localidade, 
com a finalidade implantar um novo sistema de trabalho na filial. 
 
Durante este tempo passará receber adicional de transferência. 
 
R$ 1.530,00 x 25% = R$ 382,50 
R$ 1.530,00 + R$ 382,50 = R$ 1.912,50 
 
Muito embora tenha sido calculado o valor total do salário do empregado, obrigatoriamente 
deverá o empregador discriminar, em folha de pagamento, cada parcela que esteja sendo 
paga, tanto a relativa ao salário contratual quanto aquela relativa ao adicional de 
transferência. 
Artigos 469 e 470 da CLT 
 
6 - FÉRIAS 
6.1. Direito: 
A Constituição Federal assegura o direito a um período anual de férias, remuneradas com 
pelo menos um terço a mais do que o salário normal. 
Artigo 7º, inciso XVII da Constituição Federal. 
 
A regulamentação deste direito, cuja finalidade básica é a recuperação das forças gastas 
pelo empregado no decurso de 12 meses de trabalho, está nos artigos 129 a 153 da 
Consolidação das Leis do Trabalho. 
 
Todo empregado tem direito a um período anual de férias, sem prejuízo da remuneração, o 
qual é concedido por iniciativa do empregador, na época que lhe seja mais adequada, não 
podendo ultrapassar o prazo de 12 meses seguintes à aquisição do direito pelo empregado, 
sob pena de pagamento em dobro da respectiva remuneração e sujeição à multa 
administrativa. 
Artigo 129 da CLT 
 
6.2.Escala: 
Após cada período de 12 meses de vigência do contrato de trabalho, o empregado terá 
direito a férias na seguinte proporção: 
 
 
Dias de férias 
 
Faltas injustificadas 
30 até 05 
24 de 06 a 14 
18 de 15 a 23 
12 de 24 a 32 
 
 29
Conclui-se que não terá direito à férias o empregado que tiver faltado por mais de 32 dias 
durante todo o período aquisitivo. 
 
A falta injustificada a que se refere a legislação é a ausência do empregado para cuja 
ocorrência não haja motivo ou justificativa legal. 
 
Não se consideram faltas injustificadas as ausências expressamente justificadas por lei ou 
abonadas por liberalidade do empregador. 
Artigo 130 da CLT 
6.3.Faltas não computadas (justificadas ou abonadas): 
A legislação trabalhista vigente estabelece quais são as faltas que devem ser abonadas e que 
conseqüentemente não reduzem o período de descanso das férias do empregado. 
 
São elas: 
 
a) 2 dias consecutivos úteis 
Falecimento de cônjuge, ascendente, descendente, irmão ou pessoa viva sob sua 
dependência econômica (Artigo 473 da CLT). 
 
b) 3 dias consecutivos úteis 
Casamento do empregado (Artigo 473 da CLT). 
 
c) 5 dias corridos 
Licença-paternidade, enquanto não fixado outro prazo em lei. 
(Artigo 7º, inciso XIX, da Constituição Federal c/c artigo 10 parágrafo 1º do 
ADCT). 
 
d) 1 dia a cada período de 12 meses de trabalho, para doação voluntária de sangue, 
devidamente comprovada (Artigo 473 inciso IV da CLT). 
 
e) 2 dias consecutivos ou não, para alistamento eleitoral (Artigo 473 inciso V da 
CLT). 
 
f) Período de tempo para cumprimento das exigências do serviço militar (Artigo 473 
inciso VI da CLT). 
 
g) Dias de realização de exame vestibular para ingresso em estabelecimento de 
ensino superior (Artigo 473 inciso VII da CLT). 
 
h) 120 dias de afastamento a título de licença maternidade (Artigo 392 da CLT). 
 
i) Por motivo de acidente do trabalho ou incapacidade por doença, salvo se o 
benefício perdurar por mais de 6 meses, ainda que descontínuos, dentro de um 
mesmo período aquisitivo, hipótese em que o empregado não tem direito às férias 
(Artigos 133 da CLT e 63 da Lei 8.213/91). 
 
j) Justificada pelo empregador, ou seja, a que não tiver determinado o desconto do 
 30
correspondente salário. 
 
l) Durante a suspensão preventiva para responder a inquérito administrativo ou de 
prisão preventiva, quando for impronunciado ou absolvido (Artigo 131 inciso V da 
CLT). 
 
m) Nos dias em que não tenha serviço, exceto se o empregado deixar de trabalhar 
por mais de 30 dias, com percepção de salário, caso em que não faz jus a férias 
(Artigo 133 inciso II da CLT). 
 
n) Comparecimento para depor como testemunha, quando devidamente arrolado ou 
convocado (Artigos 822 da CLT, 419, parágrafo único do CPC e 453, parágrafo 
único do CPP). 
 
o) Comparecimento como parte à Justiça do Trabalho (Súmula 155 do TST). 
 
p) Para servir como jurado (Artigo 430 c/c 434 do CPP). 
 
q) Afastamento por doença ou acidente do trabalho, nos 15 primeiros dias pagos 
pelo empregador, mediante comprovação (Artigo 60 parágrafo 3º da Lei 8.213/91). 
 
r) Convocação para serviço eleitoral (Artigo 365 da Lei 4737/65). 
 
s) Greve - desde que tenha havido acordo, convenção, laudo arbitral ou decisão da 
Justiça do Trabalho dispondo sobre a manutenção dos direitos trabalhistas aos 
grevistasdurante a paralisação das atividades (Lei 7.783/89). 
 
t) Período de freqüência em curso de aprendizagem (Decretos-leis 8.622/46, 
4.481/42 e 9.576/46). 
 
u) 9 dias, por motivo de casamento ou falecimento de cônjuge, pai, mãe ou filho, em 
caso de professor (Artigo 320 parágrafo 3º da CLT). 
 
v) Outros motivos previstos em acordo, convenção ou dissídio coletivo de trabalho 
do sindicato representativo da categoria profissional. 
 
Assim, o empregador deverá verificar as faltas injustificadas ocorridas no decorrer do 
período aquisitivo de férias, para apurar o número de dias de férias a que o empregado terá 
direito e efetuará a concessão na forma e no prazo legalmente estabelecidos. 
 
 
6.4.Não aquisição do direito: 
Não adquire direito a férias o empregado que, no curso do período aquisitivo: 
 
 Pedido de Demissão - Recontratação 
Pedir demissão e não for readmitido dentro de 60 dias subseqüentes à sua saída. 
 
 31
Esta regra tornou-se inaplicável, pois atualmente o empregado que pede demissão antes de 
completar 12 meses de vigência do contrato de trabalho, tem direito ao pagamento das 
férias proporcionais, conforme determina a Convenção 132 da Organização Internacional 
do Trabalho e a Súmula 261 do Tribunal Superior do Trabalho. 
 
Tanto é assim, que se o empregado for readmitido antes de 60 dias, não será computado o 
período aquisitivo do contrato de trabalho anterior, uma vez que por ocasião da rescisão 
contratual este foi devidamente indenizado do período proporcional de férias. 
 
 Licença remunerada 
Permanecer em licença, com percepção de salários, por mais de 30 dias. 
 
A licença remunerada não é disciplinada por lei trabalhista, ficando a sua concessão a 
critério do próprio empregador. Uma vez concedida ocorrerá a suspensão do contrato de 
trabalho. 
 
Observação: 
Indaga-se se ocorrer essa situação o empregado perderá o direito ao terço constitucional ou 
não. Diante de tal indagação surgiram duas correntes de entendimento, sendo que a 
primeira entende que o acessório (1/3 da CF) acompanha o principal (férias). Logo, a perda 
do direito a férias acarreta, também, a perda do respectivo acréscimo constitucional. A 
segunda corrente entende que a licença remunerada deve ser entendida como substituição 
do direito a férias. Assim, se a remuneração do período de licença resultar em importância 
inferior ao que equivaler às férias já acrescidas de 1/3 da CF, o empregado faz jus ao 
recebimento da diferença. 
 
 Deixar de trabalhar, com percepção do salário, por mais de 30 dias em virtude de 
paralisação total ou parcial do serviço 
 
Tiver percebido da Previdência Social prestações de acidente do trabalho ou de auxílio 
doença por mais de 6 meses, embora descontínuos 
 
Exemplo: 
Período aquisitivo: 22/04/2008 a 21/04/2008 
Afastamento: 01/06/2008 a 27/09/2008 (doença) 
Período de afastamento: 3 meses e 27 dias 
Novo afastamento: 01/01/2009 a 31/03/2009 (acidente do trabalho) 
Período de afastamento: 3 meses 
 
Houve perda do direito por ter permanecido afastado por mais de mais de 6 meses, no 
mesmo período aquisitivo. 
 
Observe-se que um novo período aquisitivo terá início quando, após o implemento de 
qualquer das condições acima previstas, o empregado retornar ao serviço, devendo a 
interrupção da prestação de serviço ser anotada na Carteira de Trabalho e Previdência 
Social. 
 32
Artigo 133 da CLT 
 
9.5.Serviço militar obrigatório: 
O tempo de trabalho anterior à apresentação do empregado para prestar serviço militar 
obrigatório computa-se no período aquisitivo, desde que ele compareça ao estabelecimento 
dentro do prazo de 90 dias da data em que se verificar a respectiva baixa. 
 
Portanto, o período de afastamento não é computado para efeito de férias, sendo 
considerado o período anteriormente trabalhado e complementado com o tempo que falta 
quanto o empregado retornar ao serviço. 
 
Exemplo: 
Início do período aquisitivo:01/08/2007 
Início do serviço militar: 01/01/2008 
Término do serviço militar:31/12/2008 
Retorno ao serviço: 9/01/2009 
Término do período aquisitivo: 18/08/2009 
Artigo 132 da CLT 
 
01/08/2007 até 01/01/2008 = 5/12 
+ 
9/01/2009 até 18/08/2009 = 7/12 
 
6.6.Concessão das férias: 
As férias devem ser concedidas nos 12 meses subseqüentes ao término do período 
aquisitivo. 
 
Este período denomina-se período concessivo, ou seja, aquele em que o empregador deve 
conceder as férias ao empregado, contando-se o referido período a partir do 1º dia após o 
empregado ter adquirido o direito, até completar 12 meses. 
 
Deve-se observar que o período de férias (descanso e abono pecuniário, se for o caso) 
deverá iniciar e terminar dentro desses 12 meses, pois se ultrapassar este período, o 
empregador pagará a remuneração em dobro. 
 
Como regra, as férias devem ser concedidas em um só período, tendo em vista sua própria 
finalidade, ou seja, que o empregado tenha o tempo necessário para recuperar as energias 
despendidas durante o período de trabalho. 
 
Para tanto, poderá o empregador efetuar o controle das concessões, através da escala anual 
de férias. 
 
Artigo 134 da CLT 
 
6.7.Abono Pecuniário: 
 
É facultado ao empregado converter 1/3 do período de férias a que tiver direito em abono 
 33
pecuniário, no valor da remuneração que lhe seria devida nos dias correspondentes. 
 
Assim, conforme o número de dias corridos de férias a que faz jus, o empregado pode 
pleitear a conversão e o pagamento do abono pecuniário na seguinte proporção: 
 
Abono pecuniário 
 
Férias descansadas 
 
 
Faltas injustificadas 
10 20 30 dias – até 05 faltas 
08 16 24 dias – de 06 a 14 faltas 
06 12 18 dias – de 15 a 23 faltas 
04 08 12 dias – de 24 a 32 faltas 
Artigo 143 da CLT 
6.7.1.Requerimento - Prazo: 
O abono pecuniário deve ser requerido pelo empregado, até 15 dias antes do término do 
período aquisitivo. Se for requerido após o citado prazo, a concessão ou não do abono fica a 
critério do empregador. 
Artigo 143 parágrafo 1º da CLT 
 
6.7.2.Dobra das férias: 
Nesta hipótese, se solicitado, o abono também é devido em dobro. 
 
A remuneração relativa a 10, 8, 6 ou 4 dias, conforme o caso é paga em dobro, embora o 
empregado trabalhe apenas o correspondente à metade, ou seja, 10, 8, 6 ou 4 dias, conforme 
o limite de faltas injustificadas . 
Artigo 137 da CLT 
6.7.3.Prazo para pagamento: 
O pagamento do abono vincula-se à concessão das férias. Vale dizer, não há pagamento de 
abono sem o respectivo descanso. 
 
O prazo de pagamento é de 2 dias, no mínimo, do respectivo período, independentemente 
de ter concedido antes ou depois do período de descanso. 
Artigo 145 da CLT 
6.7.4.Dispensa no período de abono pecuniário: 
Nos dias a serem trabalhados durante o período convertido em abono pecuniário, o contrato 
de trabalho vigora plenamente, com a prestação normal dos serviços por parte do 
empregado. 
 
Assim, entende-se que é permitido ao empregador dispensar o empregado durante tal 
período, não estando afastada, contudo, a possibilidade de manifestação em sentido 
contrário da Justiça do Trabalho no caso de uma eventual reclamação trabalhista. 
 34
6.7.5.Terço constitucional: 
O cálculo de 1/3 constitucional também será calculado com base no valor do abono 
pecuniário. 
 
Sendo assim, deverá constar discriminadamente no recibo de férias o valor do abono 
pecuniário, e separadamente o valor de 1/3 constitucional sobre aquele. 
 
6.8.Menores de 18 e maiores de 50 anos de idade: 
As férias sempre são concedidas, de uma só vez, aos menores de 18 e maiores de 50 anos 
de idade. 
 
Devem, portanto, descansar integralmente o período de férias, segundo a aquisição do 
respectivo direito: 30, 24, 18 ou 12 dias, conforme o número de faltas injustificadas no 
curso desse período aquisitivo. 
Artigo 134 parágrafo 2º da CLT 
 
6.9.Remuneração: 
O empregado perceberá, durante as férias, a remuneração que lhe for devida na data da sua 
concessão. 
 
Observar que, se após o pagamento da remuneração de férias (na vigência do contratode 
trabalho ou na rescisão) ocorrer reajustamento salarial, respectivamente, no mês da 
concessão ou da indenização, o empregado terá direito às diferenças apuradas, inclusive em 
relação ao terço constitucional e, se for o caso, também quanto ao abono Pecuniário. 
Artigo 142 da CLT 
Exemplos: 
6.10.Mensalistas: 
Remuneração mensal vigente no mês da concessão das férias acrescidas de 1/3 
constitucional. 
 
Férias em fevereiro: 
Empregado com salário mensal de R$ 2.100,00, entrará em férias a partir do dia 01 de 
fevereiro até 02 de março. Empregado tem 2 dependentes para imposto de renda 
 
R$ 2.100,00 
R$ 2.100,00 ÷ 3 = R$ 700,00 
R$ 2.100,00 + R$ 700,00= R$ 2.800,00 
 
Desconto da contribuição previdenciária: R$ 2.800,00 x 11% = R$ 308,00 
Desconto de Imposto de Renda Retido da Fonte: R$ 51,86 
 
R$ 2.800,00 
R$ - 301,38 (dependentes) - R$ 150,69 x 2 = R$ 301,38 
 35
R$ 2.498,62 
R$ - 308,00 (INSS) 
R$ 2.190,62 
 
R$ 2.190,62 x 7,5% = R$ 164,29 
R$ 164,29 – R$ 112,43 = R$ 51,86 - IR 
 
Valor líquido das férias: 
R$ 2.800,00 
R$ 308,00 (INSS) (-) 
R$ 51,86(IRRF) (-) 
R$ 2.440,14 (valor líquido) 
 
 
6.11.Horista: 
Remuneração horária vigente no mês da concessão das férias, multiplicada pelo número de 
horas correspondentes aos dias em que o empregado estará em férias, acrescidas de 1/3 
constitucional. 
 
Exemplo: 
Um empregado horista, com jornada de trabalho de 7:20 horas e salário-hora de R$ 8,25, 
entrará em férias no período de 01 a 30 de agosto, o cálculo deverá ser da seguinte forma: 
 
Empregado tem 01 dependente. 
 
7,33333333 x 30 = 220 
220 x R$ 8,25 = R$ 1.815,00 
R$ 1.815,00 ÷ 3= R$ 605,00 
R$ 1.815,00 + R$ 605,00 = R$ 2.420,00 
 
Desconto da contribuição previdenciária: R$ 2.420,00 x 11% = R$ 266,20 
Desconto do imposto de renda retido na fonte: R$ 37,80 
 
R$ 2.420,00 
R$ 150,69 (dependente) (-) 
R$ 2.269,31 
R$ 266,20 (INSS) (-) 
R$ 2.003,11 
 
R$ 2.003,11 x 7,5%= R$ 150,23 
R$ 150,23 – R$ 112,43 =R$ 37,80 
 
Valor líquido das férias: 
 
R$ 2.420,00 
R$ 266,20 (INSS) (-) 
R$ 37,80(IRRF) (-) 
 36
R$ 2.116,00 (valor líquido) 
 
6.12.Diarista: 
Remuneração diária vigente no mês da concessão das férias, multiplicada pelo número de 
dias de férias a que o empregado fizer jus, acrescidas de 1/3 constitucional. 
 
Exemplo: 
Admitindo que um empregado diarista perceba R$ 48,00 por dia, e tenha iniciado o período 
de férias a partir de 01 de agosto/2006, por 30 dias, o cálculo da respectiva remuneração 
será o seguinte: 
Empregado tem 3 dependentes: 
 
R$ 48,00 x 30 = R$ 1.440,00 
R$ 1.440,00 ÷ 3 = R$ 480,00 
R$ 1.440,00 + R$ 480,00 = R$ 1.920,00 
 
Desconto da contribuição previdenciária: R$ 1.920,00 x 11% = R$ 211,20 
Desconto do imposto de renda retido na fonte: Valor não tributável 
 
 
R$ 1.920,00 
R$ 452,07 (dependentes) (-) R$ 150,69 x 3 = R$ 452,07 
R$ 1.467,93 
R$ 211,20 (INSS) (-) 
R$ 1.256,73 
 
Este valor não está sujeito à incidência do imposto de renda na fonte por ser inferior ao 
valor mínimo tributável. 
 
Valor líquido das férias: 
R$ 1920,00 
R$ 211,20 (INSS) (-) 
R$ 1.708,80 (valor líquido) 
 
 
6.13.Comissão: 
Apura-se a média percebida pelo empregado nos 12 meses que precederam a concessão das 
férias, acrescentando-se o respectivo 1/3 constitucional. 
 
Exemplo: 
Supondo-se que um empregado comissionista tenha usufruído férias de 01 a 30 de junho de 
2009 tendo percebido as comissões adiante demonstradas, (já incluídas da integração do 
repouso semanal remunerado) nos 12 meses que precederem a concessão das mesmas, e 
que também perceba, como salário fixo, o valor de R$ 700,00: 
 
Empregado não tem dependentes para dedução do imposto de renda. 
 37
 
MESES COMISSÕES E RSR 
Junho/08 R$ 490,00 
Julho/08 R$ 580,00 
Agosto/08 R$ 443,00 
Setembro/08 R$ 446,00 
Outubro/08 R$ 448,00 
Novembro/08 R$ 451,00 
Dezembro/08 R$ 853,00 
Janeiro/09 R$ 857,00 
Fevereiro/09 R$ 961,00 
Março/09 R$ 965,00 
Abril/09 R$ 1.590,00 
Maio/09 R$ 2.750,00 
TOTAL R$ 10.834,00 
 
Cálculo do salário variável: 
R$ 10.834,00 ÷ 12 = R$ 902,83 
R$ 902,83: 3 = R$ 300,94 
R$ 902,83 + R$ 300,94 =R$ 1.203,77 
 
Cálculo do salário fixo: 
R$ 700,00 : 3 = R$ 233,33 
R$ 700,00 + R$ 233,33 = R$ 933,33 
 
Remuneração total de férias: 
R$ 933,33 + R$ 1.203,77 = R$ 2.137,10 
 
Desconto da contribuição previdenciária: R$ 2.137,10 x 11% = R$ 235,03 
Desconto do imposto de renda retido na fonte: R$ 30,22 
 
R$ 2.137,10 
R$ 235,03 (INSS) (-) 
R$ 1.902,07 
 
R$ 1.902,07 x 7.5% = R$ 142,65 
R$ 142,65 – R$ 112,43 = R$ 30,22 
 
Valor líquido das férias: 
R$ 1.920,07 
R$ 235,03 (INSS) (-) 
R$ 30,22 (IRRF) (-) 
R$ 1.654,82 (valor líquido) 
 
6.14.Adicionais: 
Os adicionais por trabalho extraordinário, noturno, insalubre, perigoso e por transferência 
 38
são computados no salário que serve de base de cálculo das férias. 
 
Também caberá o pagamento de 1/3 constitucional sobre a mesma base de cálculo. 
 
Exemplo: 
Número de horas extras no período aquisitivo: 396 horas 
Média mensal de horas extras: 33 horas 
Salário mensal: R$ 1.520,00 
Jornada de trabalho mensal: 180 horas 
Salário-hora normal: R$ 8,44 
Adicional da hora extra no período: 50% 
Valor da hora extra: R$ 8,44 x 50% = R$ 12,66 
 
Empregado tem 2 dependentes para dedução do imposto de renda. 
 
396 ÷12 = 33 
R$ 1.520,00 ÷180= R$ 8,44 
R$ 8,44 x 50%= R$12,66 
33 x R$ 12,66 = R$ 417,78 
R$1.520,00 + R$ 417,78 = R$ 1.937,78 
R$1.937,78 ÷ 3= R$ 645,92 
R$1.937,78 + R$ 645,92= R$ 2.583,70 
 
Desconto da contribuição previdenciária: R$ 2.583,70 x 11% = R$ 284,20 
Desconto do imposto de renda retido na fonte: R$ 37,42 
 
R$ 2.583,70 
R$ 301,38 (dependentes) (-) R$ 150,69 x 2 = R$ 301,38 
R$ 2.282.32 
R$ 284,20 (INSS) (-) 
R$ 1.998,12 
 
R$ 1.998,12 x 7.5% = R$ 149,85 
R$ 149,85 – R$ 112,43 = R$ 37,42 
 
Valor líquido das férias: 
 
R$ 2.583,70 
R$ 284,20 (INSS) (-) 
R$ 37,42 (IRRF) (-) 
R$ 2.262,08 (valor líquido) 
 
6.15.Trabalho em alguns dias da semana: 
Nesta hipótese, o empregado também faz jus a 30, 24, 18 ou 12 dias de férias, conforme o 
número de faltas injustificadas no período aquisitivo, percebendo, neste caso, a 
remuneração que receberia se neste período estivesse trabalhando. 
 39
 
Exemplo: 
Um empregado diarista contratado para trabalhar segundas, quartas e sextas, permanecerá 
em férias durante 30 dias, que serão usufruídas entre os dias 03/01/2007 e 01/02/2007. Sua 
remuneração relativa a este período corresponde a 13 dias, além da remuneração do 
repouso semanal remunerado. 
 
Mês do início das férias 
Janeiro 2007 
Domingo Segunda Terça Quarta Quinta Sexta Sábado 
-- 01 02 03 04 05 06 
07 08 09 10 11 12 13 
14 15 16 17 18 19 20 
21 22 23 24 25 26 27 
28 29 30 31 -- -- -- 
 
 
Mês do término das férias 
Fevereiro 2007 
Domingo Segunda Terça Quarta Quinta Sexta Sábado 
-- -- -- -- 01 02 03 
04 05 06 07 08 09 10 
11 12 13 14 15 16 17 
18 19 20 21 22 23 24 
25 26 27 28 -- -- -- 
 
 
Período de férias 
 
Salário-dia: R$ 42,00 
Período de descanso: 03 de janeiro a 01 de fevereiro 
Quantidade de dias de descanso: 13 
Repouso semanal remunerado: R$ 42,00 
Quantidade de repousos: 04 
 
Remuneração dias férias: 13 x R$ 42,00 = R$ 546,00 
Remuneração DSR de férias: 4 x R$ 42,00 = R$168,00 
Remuneração total de férias: R$ 546,00 + R$ 168,00 = R$ 714,00 
1/3 constitucional: R$ 714,00 ÷ 3 = R$ 238,00 
Total geral: R$ 714,00 + R$ 238,00= R$ 952,00 
 
Desconto da contribuição previdenciária: R$ 952,00 x 8% = R$ 76,16 
Desconto do imposto de renda retido na fonte: valor não tributável 
 
Valor líquido das férias: 
 
 40
R$ 952,00 
R$ 76,16 (INSS) (-) 
R$ 875,84 (valor líquido) 
 
6.16.Salário-utilidade: 
Computa-se na base de cálculo das férias a parte do salário paga em utilidades 
(alimentação, habitação e outras prestações in natura). Contudo, as utilidades usufruídas 
durante as férias (habitação, por exemplo) não são computadas, salvo para o cálculo do 
terço constitucional de férias, o qual deverá serapurado e pago separadamente. 
 
Exemplo: 
Empregado que tem alimentação e habitação fornecidas pelo empregador, em forma de 
salário utilidade, cujo salário contratual é de R$ 800,00. 
 
Concessão de férias em outubro/2008, entre os dias 02 a 31. 
 
O valor diário da alimentação é de R$ 8,00. 
Empregado não tem dependentes para dedução do imposto de renda. 
 
Alimentação: 
Valor total concedido pelo empregador no mês de 26 dias úteis: R$ 208,00 
Valor custeado pelo empregado: R$ 60,00 
Valor do salário in natura: R$ 148,00 
 
Alimentação diária R$ 8,00 
R$ 8,00 x 26 = R$ 208,00 
(Caso a empresa fosse inscrita no PAT, descontaria do empregado R$ 41,60 = R$ 208,00 x 
20% ) 
 
Habitação: 
Valor do aluguel do imóvel: R$ 325,00 
Valor custeado pelo empregado: R$ 200,00 
Valor do salário in natura: R$ 125,00 
 
Salário Contratual R$ 800,00 x 25% ( desconto previsto no artigo 458 da CLT) = R$ 
200,00 
 
Remuneração de férias: 
Salário contratual: R$ 800,00 
Salário in natura-alimentação: R$ 148,00 
 
 
Remuneração total de férias R$ 948,00 
Salário in natura – habitação R$ 125,00( habitação 
entrará apenas para o cálculo do 1/3 Constitucional, uma vez que, no período das férias o 
empregado está utilizando do salário in natura, ou seja, continua usufruindo no imóvel pago 
pelo empregador). 
 41
Total: R$ 1073,00 
 
 
1/3 constitucional remuneração de férias total: R$ 1.073,00 ÷ 3 = R$ 357,66 
Remuneração de férias + 1/3: R$ 1.073,00 + R$ 357,66 = R$ 1.430,66 
 
Desconto da contribuição previdenciária:R$ 1.430,66 x 9% = R$ 128,75 
Desconto do imposto de renda retido na fonte: valor não tributável 
 
Valor líquido das férias: 
R$ 1.430,66 
R$ 128,75 (INSS) (-) 
R$ 1.301,91 
R$ 60,00 (custeio empregado - alimentação) (-) 
R$ 1.241,91 
R$ 200,00 (custeio empregado - habitação) (-) 
R$ 1.041,91 (valor líquido) 
 
 
 
6.17.Pagamento em dobro: 
O empregado adquire direito à remuneração em dobro das férias quando as mesmas não são 
concedidas pelo empregador nos 12 meses subseqüentes à aquisição do respectivo direito. 
 
Nessas condições, faz jus ao dobro da remuneração correspondente ao direito adquirido. 
Logo, o empregado com direito há 30 dias corridos de férias faz jus à remuneração 
dobrada, inclusive a do adicional de 1/3. O descanso, contudo, corresponde a 30 dias. 
 
O pagamento de férias em dobro tem, por conseguinte, caráter de penalidade, imposta ao 
empregador que descumpre o prazo legal de concessão. Daí o descanso ser simples e a 
remuneração dobrada. 
 
Utiliza-se a expressão pagamento em dobro, quando do vencimento do 2º período de férias, 
o que equivale dizer término do período concessivo, conforme quadro abaixo: 
 
 
 
PERÍODO 
AQUISITIVO 
PERÍODO 
CONCESSIVO 
REMUNERAÇÃO EM 
DOBRO 
 
02/01/2007 a 01/01/2008 
 
 
02/01/2008 a 01/01/2009 A partir de 02.01.2008 
 
6.17.1.Férias parciais em dobro: 
Na omissão da legislação vigente, os Tribunais entendem que os dias de férias, usufruídos 
 42
após o período legal são remunerados em dobro. 
 
PERÍODO 
AQUISITIVO 
PERÍODO CONCESSIVO REMUNERAÇÃO EM 
DOBRO 
15/09/2006 a 14/09/2007 15/09/2007 a 14/09/2008 15/09/2008 em diante 
 
Suponha-se que o descanso das férias relativas a esse período aquisitivo venha a ser 
concedido a partir de 10.09.2008 e que o empregado tenha direito a 30 dias corridos. Neste 
caso tem-se o seguinte: 
 
04 dias remunerados de forma simples (10 a 14.09.2008) 
26 dias remunerados em dobro (15.09 a 10.10.2008) 
 
Exemplo: 
Salário mensal do empregado: R$ 1.560,00 
Período aquisitivo: 22/08/2006 até 21/08/2007 
Período concessivo: 22/08/2007 até 21/09/2008 
Concessão a partir: 01/08/2008 até 30/08/2008 
Período em dobro (09 dias): 22/08/2008 até 30/08/2008 
 
Empregado não tem dependentes para dedução do imposto de renda. 
 
Remuneração de férias: R$ 1.560,00 ÷ 31= R$ 50,32 x 30 = R$ 1.509,67 
1/3 constitucional de férias: R$ 1.509,67 ÷ 3 = R$ 503,22 
Dobra da remuneração de férias: 1.509,67 ÷ 30 = R$ 50,32 x 9 = R$ 452,90 
Dobra de 1/3 constitucional: R$ 503,22 ÷ 30 = R$ 16,77 x 9 = R$ 150,96 
Total da remuneração principal de férias: 1.509,67 + 503,22 = R$ 2.012,89 
Total da remuneração de férias em dobro: 452,90 + 150,96 = R$ 603,86 
 
Desconto da contribuição previdenciária: 2.012,89 x 11% = R$ 221,41 
Desconto do imposto de renda retido na fonte: R$ 78,36 
 
R$ 2.012,89 
R$ 603,86 (dobra) 
R$ 2.616,75 
R$ 221,41 (INSS) (-) 
R$ 2.395,34 
 
R$ 2.395,34 x 15% = R$ 359,30 
R$ 359,30 – R$ 280,94 = R$ 78,36 
 
Valor líquido das férias: 
R$ 2.616,75 
R$ 221,41 (INSS) (-) 
R$ 78,36 (IRRF) (-) 
R$ 2.316,98 (valor líquido) 
 43
6.17.2.Abono pecuniário: 
Na hipótese de férias devidas em dobro e tendo o empregado solicitado o abono pecuniário, 
este também é devido em dobro. Vale dizer: a remuneração relativa a 10, 8, 6 ou 4 dias, 
conforme o caso é paga em dobro (20, 16, 12 ou 8 dias, respectivamente), sem prejuízo do 
acréscimo constitucional de 1/3. 
 
6.18.Férias vencidas e proporcionais – Pagamento na rescisão contratual 
As férias proporcionais são devidas nas seguintes situações de rescisão do contrato de 
trabalho: 
 
a) Dispensa sem Justa Causa 
b) Pedido de Demissão 
c) Término de Contrato de Experiência 
d) Término de Contrato por Prazo Determinado 
 
Não serão devidas as férias proporcionais nos casos de demissão por justa causa. 
 
As férias proporcionais são calculadas na base de 1/12 por mês de serviço ou fração 
superior a 14 dias. 
 
Conforme a quantidade de faltas ao serviço, no período aquisitivo proporcional, terá o 
empregado direito a 1/12 de 30, 24, 18 ou 12 dias. 
 
Exemplo: 
Empregado admitido em 08/06/06 e cumpre o último dia do aviso prévio trabalhado em 
20/12/02. 
 
Usufruiu o direito de férias relativas ao período aquisitivo de 08/06/06 a 07/06/07. No 
período de 08/06/07 a 20/12/07 faltou, injustificadamente, 7 dias ao serviço. 
 
O salário mensal, à época, era de R$ 1.500,00. Faz jus a férias proporcionais? 
 
Considerando-se que a dispensa foi motivada pelo empregador, sem justa causa, que o 
período correspondente às férias proporcionais é de 08/06/08 a 20/12/08 (6 meses e 13 dias) 
e que o empregado teve 7 faltas injustificadas, tem-se: 
 
MESES QUANTIDADE DE 1/12 
08.06 a 07.07 1/12 
08.07 a 07.08 2/12 
08.08 a 07.09 3/12 
08.09 a 07.10 4/12 
08.10 a 07.11 5/12 
08.11 a 07.12 6/12 
08.12 a 20.12 13 dias 
 
 44
Direito de férias proporcionais: 12 dias 
 
24 dias de férias – artigo 130 ÷ 12(12/12) = 2 
2 x 6 (avos proporcionais)= 12 
 
Remuneração de férias proporcionais: 
R$ 1.500,00 ÷ 30 = R$ 50,00 x 12 = R$ 600,00 
 
1/3 constitucional: 
R$ 600,00 ÷ 3 = R$ 200,00 
 
Remuneração total de férias proporcionais: 
R$ 600,00 + R$ 200,00 =R$ 800,00 
 
Neste exemplo, caso o último dia do aviso prévio trabalhado recaísse em 22/12/07, o 
empregado faria jus a 7/12 (6 meses e mais a fração de 15 dias). 
Artigos 146 e 147 da CLT 
6.19.Férias proporcionais na vigência de contrato de trabalho: 
Quando da concessão de férias coletivas, os empregados com menos de 12 meses de 
serviço fazem jus a férias proporcionais, acrescidas do respectivo 1/3 constitucional, 
relativas ao período de efetivo trabalho, iniciando-se então, novo período aquisitivo. 
 
Trata-se, pois, de caso único de pagamento de férias proporcionais na vigência de contrato 
de trabalho. 
Artigo 139 da CLT 
 
 
 
6.20.Trabalho a tempo parcial: 
6.20.1.Conceito: 
Nos termos do art. 130-A da CLT, após cada período de 12 meses de vigência do contrato 
de trabalho em regime de tempo parcial, o empregado terá direito a férias, na seguinte 
proporção: 
 
Dias de Férias Duração do Trabalho Semanal 
18 De 22 A 25 Horas 
16 De 20 A 22 Horas 
14 De 15 A 20 Horas 
12 De 10A 15 Horas 
10 De 5 A 10 Horas 
08 Igual ou inferior a 5 horas 
 
O empregado contratado sob o regime de tempo parcial e que tiver mais de 07 faltas 
 45
injustificadas ao longo do período aquisitivo terá seu respectivo período reduzido à metade. 
6.20.2.Abono pecuniário - Não-aplicação: 
As regras pertinentes à concessão do abono pecuniário de férias não são aplicáveis aos 
empregados contratados sob o regime de tempo parcial. 
 
 
7- DÉCIMO TERCEIRO 
 
O 13° salário é devido a todos os empregados e deve pago em 2 parcelas. 
 
A primeira parcela deve ser paga entre os meses de fevereiro e novembro de cada ano e a 
segunda, até o dia 20 de dezembro. 
 
Seu valor corresponde a 1/12 da remuneração devida em dezembro, por mês de serviço do 
ano correspondente, considerando-se mês integral a fração igual ou superior a 15 dias de 
trabalho no mês civil. 
 
Portanto, o empregado terá seu direito ao 13º salário diminuído em 1/12 por mês, referente 
àqueles em que não tenha adquirido pelo menos 15 dias de remuneração, em decorrência de 
faltas injustificadas. 
 
Assim, para cada mês, restando um saldo de, no mínimo, 15 dias após o desconto das faltas 
injustificadas nos respectivos meses, assegura-se ao empregado o recebimento de 1/12 de 
13º salário por mês. 
Artigo 1º, 2º, 3º do Decreto 57.155/65 
 
7.1.Primeira parcela 
O valor da 1ª parcela equivale à metade do salário contratual do mês anterior, devendo ser 
paga até o dia 30 de novembro. 
Artigo 3º do Decreto 57.155/65 
 
O adiantamento é efetuado ao ensejo das férias se requerido pelo empregado no mês de 
janeiro do correspondente ano. 
Artigo 4º do Decreto 57.155/65 
 
7.1.1.Admissão até 17 de janeiro - exemplo: 
 
7.1.1.1.Mensalistas: 
 
Empregado com salário mensal de R$ 700,00: 
 
R$ 700,00 ÷ 2 = R$ 350,00 
 
7.1.1.2.Horista: 
Empregado com salário-hora de R$ 4,80 e jornada de trabalho de 44 horas semanais (220 
 46
horas mensais): 
 
R$ 4,80 x 220 =R$ 1.056,00 
R$ 1.056,00 ÷ 2 = R$ 528,00 
 
10.1.1.3.Diarista: 
Empregado com salário diário de R$ 44,00 
 
R$ 44,00 x 30 = R$ 1.320,00 
R$ 1.320,00 ÷ 2 = R$ 660,00 
 
7.1.1.4.Salário variável: 
Metade da média mensal até o mês de outubro, aos que percebem salário variável 
(comissionistas, tarefeiros, etc.). 
 
A média será calculada pela soma das parcelas percebidas mensalmente, até o mês anterior 
ao do pagamento, dividindo-se o total pelo número de meses considerados na soma, 
encontrando-se assim média mensal. 
 
A 1ª parcela do 13º salário equivale à metade da média mensal. 
 
Exemplo: empregado comissionista recebe de janeiro a outubro/2009: 
 
Comissões auferidas Valores: 
Janeiro R$ 882,00 
Fevereiro R$ 647,00 
Março R$ 715,00 
Abril R$ 785,00 
Maio R$ 874,00 
Junho R$ 818,00 
Julho R$ 789,00 
Agosto R$ 847,00 
Setembro R$ 829,00 
Outubro R$ 743,00 
Total R$ 7.929,00 
 
Média mensal: 
R$ 7.929,00 ÷ 10 = R$ 792,90 
R$ 792,90 ÷ 2 = R$ 396,45 
 
7.1.1.4.1.Tarefeiro: 
Empregado produz 5.000 peças de janeiro a outubro. 
Média mensal de produção de 500 peças. 
 47
Salário por peça R$ 4,00 em outubro/2009. 
 
500 x R$ 4,00 = R$ 2.000,00 
R$ 2.000,00 ÷ 2 = R$ 1.000,00 
 
7.1.1.4.2.Salário misto: 
Empregado com salário misto (fixo + variável): apura-se a média mensal da parte variável e 
a adiciona ao salário fixo contratual vigente no mês anterior ao do pagamento. 
 
Salário fixo: R$ 680,00 
Comissões de janeiro a outubro: R$ 13.500,00 
R$ 13.500,00 ÷ 10 = R$ 1.350,00 
R$ 1.350,00 + R$ 680,00 = R$ 2.030,00 
R$ 2.030,00 ÷ 2 = R$ 1.015,00 
 
7.1.2.Admissão após 17 de janeiro - exemplo: 
O valor da 1ª parcela para os empregados admitidos após 17 de janeiro corresponde à 
metade de 1/12 da remuneração mensal por mês de serviço ou fração igual ou superior a 15 
dias, considerados até o mês do pagamento. 
 
7.1.2.1.Mensalista: 
Empregado admitido em 15 de março com salário de R$ 768,00. 
Pagamento da 1ª parcela em novembro. 
 
R$ 768,00 ÷ 12 = R$ 64,00 x 9 = R$ 576,00 
R$ 576,00 ÷ 2 = R$ 288,00 
 
7.1.2.2.Comissionista: 
Empregado admitido em 28 de julho: 
 
Comissões pagas: 
Agosto R$ 815,00 
Setembro R$ 921,00 
Outubro R$ 829,00 
Total R$ 2.565,00 
 
Média das comissões: R$ 2.565,00 ÷ 3 = R$ 855,00 
Cálculo proporcionalidade:3/12 (agosto a outubro): R$ 855,00 ÷ 12= R$ 71,25 x 3 = R$ 
213,75 
Cálculo da 1ª parcela: R$ 213,75 ÷ 2 = R$ 106,87 
 
7.1.2.3.Tarefeiro: 
Empregado admitido em 20 de julho 
Produziu 1.200 peças em agosto, setembro e outubro 
O salário por peça em outubro é R$ 4,50 
Média da remuneração variável: 1200 x R$ 4,50 = R$ 5.400,00 ÷ 3 = R$ 1.800,00 
Cálculo proporcionalidade: 4/12 (agosto a outubro): R$ 1.800,00 ÷ 12 x 4 = R$ 600,00 
 48
Cálculo da 1ª parcela: R$ 600,00 ÷ 2 = R$ 300,00 
 
7.2. Segunda Parcela: 
O pagamento da 2ª parcela deve ser efetuado até o dia 20 de dezembro, deduzindo-se, após 
o desconto dos encargos legais incidentes, o valor da 1ª parcela. 
 
Para os admitidos após 17 de janeiro ou que, por motivo de rescisão ou extinção do 
contrato de trabalho, não trabalharam todos os meses do ano, o 13º salário será pago 
proporcionalmente, tantos 1/12 quantos forem os meses trabalhados, contados da data da 
admissão até 31 de dezembro ou até o término do contrato a prazo determinado. 
 
O valor da 2ª parcela corresponde ao salário do mês dezembro para os mensalistas, horistas 
e diaristas. 
 
Para os comissionistas, tarefeiros e outros, cuja remuneração é variável, recebem, nesta 
oportunidade, a média mensal das importâncias percebidas de janeiro a novembro. 
 
Os empregados que tem salário misto, sendo uma parte fixa e outra variável, receberão a 
média da parte variável percebida de janeiro a novembro, adicionada ao fixo vigente no 
mês de dezembro. 
 
O pagamento da 2ª parcela, nos casos dos que tem parte variável, dependerá de um acerto 
posterior dado a impossibilidade de se conhecer o resultado do trabalho relativo ao mês de 
dezembro até o dia 20 do próprio mês. 
 
Nesse caso, computada a parcela variável do mês de dezembro, o cálculo da gratificação 
deve ser revisto, pagando-se a diferença, se houver. 
 
O resultado pode ser a favor do empregado ou do empregador. Havendo diferença 
favorável ao empregado, entende-se que o prazo seja até o 5° dia útil de janeiro do ano 
seguinte, assim como o prazo de pagamento do salário mensal. 
 
7.2.1.Admissão até 17 de janeiro – exemplo 
 
7.2.1.1.Mensalista: 
Empregado com salário mensal de R$ 1.500,00 
Valor da 1ª parcela: R$ 750,00 
Valor da 2ª parcela: R$ 615,00 
Empregado tem 2 dependentes para dedução do imposto de renda 
 
Contribuição previdenciária: R$ 1.500,00 x 9% = R$ 135,00 
Imposto de renda retido na fonte: valor não tributável 
 
R$ 1.500,00 
R$ 301,38 (dependente) (-) R$ 150,69 x 2 = R$ 301,38 
R$ 1.198,62 
R$ 135,00 (INSS) (-) 
 49
R$ 1.063,62 
 
Cálculo da 2ª parcela: 
R$ 1.500,00 
R$ 135,00 (INSS) (-) 
R$ 1.365,00 
R$ 750,00 (1ª parcela) (-) 
R$ 615,00 
 
7.2.1.2.Horista: 
Empregado com salário-hora de R$ 15,00 
Jornada mensal: 180 horas 
Valor da 1ª parcela: R$ 1.350,00 
Valor da 2ª parcela: R$ 996,10 
Empregado tem 1 dependente para dedução do imposto de renda 
 
Contribuição previdenciária: 180 x R$ 15,00 = R$ 2,700,00 x 11% = R$ 297,00 
Imposto de renda retido na fonte: R$ 56,90 
 
R$ 2.700,00 
R$ 150,69 (dependente) (-) 
R$ 2.549,31 
R$ 297,00 (INSS) (-) 
R$ 2.228,31 
 
R$ 2.252,31 x 15% = R$ 337,84 
R$ 337,84 – R$ 280,94 = R$ 56,90 
 
Cálculo da 2ª parcela: 
R$ 2.700,00 
R$ 297,00 (INSS) (-) 
R$ 2.403,00 
R$ 56,90 (IRRF) (-) 
R$ 2.346,10 
R$ 1.350,00 (1ª parcela) (-) 
R$ 996,10 
 
7.2.1.3.Diarista: 
Empregado com salário-dia de R$ 52,00 
Valor da 1ª parcela: R$ 780,00 
Valor da 2ª parcela: R$ 608,40 
Empregado tem 3 dependentes para dedução do imposto de renda 
 
Contribuição previdenciária: 30 x R$ 52,00 = R$ 1.560,00 x 9% = R$ 171,60 
Imposto de renda retido na fonte: valor não tributável 
 
R$ 1.560,00 
 50
R$ 171,60 (INSS) (-) 
R$ 1.388,40 
R$ 452,07 (dependentes) (-) R$ 150,69 x 3 = R$ 452,07 
R$936,33 
 
Cálculo da 2ª parcela: 
R$ 1.560,00 
R$ 171,60 (INSS) (-) 
R$ 1.388,40 
R$ 780,00 (1ª parcela) (-) 
R$ 608,40 
 
7.2.1.4.Diarista 
Empregado com salário-dia em setembro de R$ 25,00 
Salário-dia em dezembro: 30,00 
Valor da 1ª parcela: R$ 375,00 
Valor da 2ª parcela: R$ 453,00 
Empregado tem 3 dependentes para dedução do imposto de renda 
 
Contribuição previdenciária: 30 x R$ 30,00 = R$ 900 x 8% = R$ 72,00 
Imposto de renda retido na fonte: valor não tributável 
 
Cálculo da 1ª parcela: 
30 x R$ 25,00 = R$ 750,00 
R$ 750,00 : 2 = R$ 375,00 
 
Cálculo da 2ª parcela: 
R$ 900,00 
R$ 72,00 (INSS) (-) 
R$ 828,00 
R$ 375,00 (1ª parcela) (-) 
R$ 453,00 
 
7.2.1.5.Comissionista; 
 
Empregado comissionista recebe comissões de janeiro a junho no valor de R$ 996,00. O 
salário fixo na época era R$ 600,00. Recebe a 1ª parcela do 13º salário, por ocasião das 
férias, em julho. 
 
Nesse caso, temos: 
1ª Parcela: 
- total das comissões de janeiro a junho = R$ 996,00 
- média mensal das comissões R$ 996,00 : 6 = 166,00 
- 1ª parcela => R$ 166,00 + R$ 600,00 = R$ 766,00 : 2 = R$ 383,00 
 
2ª Parcela: 
Sabendo-se que de julho a novembro o empregado recebe mais R$ 991,00 de comissões, 
 51
permanecendo o fixo em R$ 600,00, tem-se: 
 
- total das comissões de janeiro a novembro => R$ 996,00 + R$ 991,00 = R$ 1.987,00 
- média mensal: R$ 1.987,00 : 11/12= R$ 180,63 
- 2ª parcela = R$ 180,63 + R$ 600,00 = R$ 780,63 - R$ 383,00 (1ª parcela) = R$ 397,63 
 
Em dezembro o empregado recebe R$ 460,00 de comissões, mantendo-se o fixo em R$ 
600,00. Refaz-se o cálculo da seguinte forma: 
 
- total das comissões de janeiro a dezembro => R$ 996,00 + R$ 991,00 + R$ 460,00 = R$ 
2.447,00 
- média mensal= R$ 2.447,00 :12= R$ 203,91 
- 13º salário integral = R$ 203,91 + R$ 600,00 = R$ 803,91 
- 1ª + 2ª parcelas (R$ 383,00 + R$ 397,63) = R$ 780,63 
- valor a favor do empregado (R$ 803,91- R$ 780,63) = R$ 23,28 (*) 
 
(*) Acerto até 10 de janeiro do ano seguinte. 
 
7.2.2.Admissão após 17 de janeiro – exemplo 
 
7.2.2.1.Mensalista: 
Empregado admitido em 11 de julho recebe a 1ª parcela do 13º salário em novembro. À 
razão de R$ 990,00 mensais ( salário de outubro). Em dezembro seu salário passa a R$ 1. 
120,00 
 
1ª parcela : 
Salário mensal em outubro = R$ 990,00 
Valor da 1ª parcela: ( 4/12 de R$ 990,00) R$ 990,00 x 4 = R$ 330,00 
 12 
- R$ 330,00 : 2 = R$ 165,00 – 1ª parcela 
 
2ª parcela: 
Salário mensal em dezembro = R$ 1.120,00 
 
2ª parcela (6/12 de R$ 1.120,00) = R$ 1.120,00 x 6 = R$ 560,00 
 12 
- R$ 560,00 – R$ 165,00 (1ª parcela) = R$ 395,00 – valor da 2ª parcela sem desconto do 
INSS 
 
Contribuição previdenciária: R$ 560,00 x 8% = R$ 44,80 
Imposto de renda retido na fonte: valor não tributável 
 
R$ 560,00 
R$ 44,80 (INSS) (-) 
R$ 515,20 
R$ 165,00 (1ª parcela) (-) 
R$ 350,20 – valor da segunda parcela a receber 
 52
 
7.2.2.2.Horista: 
Empregado admitido 20 de setembro com salário-hora de R$ 20,00 
Pagamento da 1ª parcela em novembro: 
 
Jornada mensal: 220 horas 
220 x R$ 20,00 = R$ 4.400,00 
R$ 4.400,00 : 12 = R$ 366,66 x 2 = R$ 733,33 : 2 = R$ 366,66 
 
Valor da 1ª parcela: R$ 366,66 
 
Cálculo da 2ª parcela: 
R$ 20,00 x 220 = R$ 4.400,00 
 
R$ 4.400,00 ÷ 12 = R$ 366,66 x 3 = R$ 1.099,99 
R$ 1.099,99 – R$ 366,66 (1ª parcela) = R$ 733,33 
 
Valor da 2ª parcela: R$ 733,33 
 
Empregado tem 1 dependente para dedução do imposto de renda 
 
Contribuição previdenciária: R$ 1.099,99 x 9% = R$ 98,99 
Imposto de renda retido na fonte: valor não tributável 
 
R$ 1.099,99 
R$ 98,99 (INSS) (-) 
R$ 1.001,00 
R$ 366,66 (1ª parcela) (-) 
R$ 634,34 
 
 
7.2.2.3.Horas extras: 
As horas extras prestadas habitualmente integram o cálculo do 13º salário, devem ser 
pagas, aplicando-se o mesmo critério de cálculo adotado para as comissões. 
Súmula 45 do TST 
7.2.2.4.Adicional noturno: 
Segue o mesmo critério das horas extras. 
Súmula 60 do TST 
7.3.Faltas - Afastamentos – Desconto: 
Não se consideram faltas ao serviço para fins de apuração do 13º salário as mesmas 
ausências justificadas relacionadas no item de férias. 
 
7.4.Afastamento – Doença: 
Trata-se de afastamento por motivo de doença ou outra incapacidade não decorrente de 
acidente do trabalho, cujo tratamento se estende por mais de 15 dias, com suspensão 
contratual automática a partir do 16º dia. 
 
 53
Durante os primeiros 15 dias de afastamento do trabalho, cabe ao empregador pagar ao 
segurado o respectivo salário. 
 
O empregado que está ou esteve usufruindo esse benefício recebe do empregador o 13º 
salário proporcional, relativo ao período de efetivo trabalho, assim considerado até os 15 
primeiros dias de ausência, e o tempo anterior e posterior ao afastamento. E a Previdência 
Social assume o período relativo ao afastamento, a partir do 16º dia até o retorno ao 
trabalho, computando-o para fins de pagamento do abono anual. 
 
Exemplo: 
Empregado admitido em 08/02/09 ficou afastado do trabalho por motivo de auxílio-doença 
não decorrente de acidente do trabalho, no ano de 2009, de 03/04 (16º dia de afastamento 
da atividade) até 27/05. Nesse caso, o empregador deverá calcular e quitar o 13º salário 
desse empregado proporcionalmente aos períodos tidos como efetivamente trabalhados 
antes e depois do lapso de tempo em que esteve afastado percebendo benefício 
previdenciário. 
 
Assim, no caso, o empregador deverá computar 09/12 relativos ao 13º proporcional em 
2008, dos quais: 
 
2/12 correspondem ao período de 08/02 a 02/04/08 (anterior ao afastamento); 
07/12 relativos ao período de 28/05 a 31/12/08 (posterior ao afastamento). 
 
7.5. Afastamento - Acidente do trabalho: 
O entendimento da Justiça do Trabalho é de que as faltas decorrentes de acidente do 
trabalho não são consideradas para efeito de cálculo da gratificação natalina. Portanto, as 
ausências ao serviço por acidente do trabalho não repercutem no cálculo do 13º salário, 
conseqüente seu valor não deve ser reduzido. 
 
O empregador, entretanto, paga apenas a diferença entre o valor do 13º salário a que tem 
direito o empregado e o abono anual pago pela previdência social, de forma que a soma 
deste com aquela corresponda ao valor integral do 13º salário. 
 
Lembra-se que o abono anual corresponde à gratificação de natal do benefício por 
incapacidade, e é calculado da mesma forma que o 13º salário, baseado no valor do 
benefício. 
 
Assim, o valor do abono anual pago pela Previdência Social somado ao complemento pago 
pelo empregador, deve corresponder ao valor integral do 13º salário do empregado 
supracitado. 
Súmula 46 do TST 
 
Exemplo: 
Empregado admitido em 09/05/09 ficou afastado do trabalho por motivo de auxílio-doença 
de corrente de acidente do trabalho, no período de 26.06.09 (16º dia seguinte ao do 
afastamento do trabalho) até 21/10/09. Nessa hipótese, o empregador deverá calcular e 
pagar o 13º salário de 2009 desse empregado proporcionalmente aos períodos tidos como 
 54
efetivamente trabalhados antes e depois do lapso de tempo em que esteve afastado por 
acidente do trabalho, bem como pagar a diferença entre o efetivo valor do 13º salário no 
período de afastamento e o valor do abono anual pago pela Previdência Social. 
 
De acordo com o exemplo citado anteriormente, o empregador deverá pagar o 13º salário 
de 2008 de acordo com os seguintes critérios: 
 
2/12 período de 09/05 a 25/06/09 (anterior ao afastamento); 
4/12 período de 26/06 a 21/10/09 (afastamento), a ser deduzido como abono anual 2/12 
período de 22/10 a 31/12/09 (posterior ao afastamento); 
 
7.6.Serviço militar: 
No caso de convocação para prestação do serviço militar obrigatório, o empregado não faz 
jus ao 13º salário correspondente ao período de afastamento. 
 
Exemplo: 
Empregado admitido em 11/03/08 ficou afastado do trabalho em 2008 para cumprimento 
das exigências do serviço militar obrigatório no períodode 10/03 até 10/12 e retornou ao 
trabalho em 11/12/08. 
 
Nessa hipótese, o empregador pagará 13º salário proporcional correspondente aos períodos 
trabalhados antes e depois do afastamento para serviço militar. 
 
O empregador pagará somente 3/12 de 13º salário em 2008, dos quais: 
2/12 referem-se ao período de 01/01 a 09/03/08 (anterior ao afastamento); 
1/12 refere-se ao período de 11/12 a 31/12/08 (posterior ao afastamento). 
 
7.7.Salário-Maternidade - 13º Salário Proporcional – Pagamento: 
Com a edição da Lei 10.666/03, o empregador passou a ser responsável pelo pagamento do 
salário-maternidade às suas empregadas afastadas por licença-maternidade. 
 
Conseqüentemente, ficou obrigada ao pagamento do 13º salário relativo àquele período de 
afastamento. Portanto, 13º salário deverá ser pago integralmente à empregada. 
 
Em contrapartida poderá efetuar o reembolso do valor correspondente ao período de 
afastamento por licença-maternidade, na GPS da contribuição previdenciária relativa ao 13º 
salário. 
 
Para tanto, deverá observar o seguinte critério de cálculo para apuração do valor do 
reembolso: 
 
 Valor bruto do 13º salário dividido por 30. 
 
 Resultado da operação anterior dividido pelo número de meses considerados no cálculo 
do 13º salário. 
 
 Resultado da operação anterior multiplicado pelo número de dias em licença 
 55
maternidade durante o respectivo ano. 
 
Exemplo: 
Empregada ficou em licença maternidade de 01 de março a 28 de junho de 2009. O 
empregador, por sua vez, pagou-lhe o 13º salário cujo valor bruto foi de R$ 1.500,00 e 
efetuou o reembolso do valor relativo ao período de licença, por ocasião do pagamento da 
contribuição previdenciária sobre esta verba, no dia 20 de dezembro daquele ano. Abaixo 
segue o demonstrativo de cálculo do valor reembolsado: 
 
R$ 1.500,00 ÷ 30 = R$ 50,00 
R$ 50,00 ÷ 12 = 4,16666666666 
R$ 4,16 x 120 = R$ 500,00 
 
7.8.Justa Causa: 
 
Na hipótese de rescisão contratual por justa causa ou culpa recíproca, há o desconto relativo 
à primeira e segunda parcela, das verbas trabalhistas (saldo de salário e férias vencidas) 
pagas na rescisão, que o empregado tenha recebido. 
Súmula 14 do TST 
 
7.9.Empregado – Morte: 
A morte do empregado extingue automaticamente a relação empregatícia. 
 
Para fins de pagamento de verbas trabalhistas, a morte equivale a um pedido de demissão, e 
em conseqüência disso, o 13º salário é devido, proporcionalmente, até a data do evento. 
 
 
8. SALÁRIO MATERNIDADE: 
Sobre o valor do salário-maternidade incidirão os seguintes encargos: 
 
 Contribuição previdenciária: 
Durante o período de afastamento da empregada em decorrência de licença maternidade o 
empregador deve continuar recolhendo as contribuições previdenciárias, incidentes sobre a 
folha de pagamento, correspondentes a: 
 
- 20% 
- 1%, 2% e 3% (Riscos Ambientais do Trabalho) 
- Terceiros (Entidades e Fundos) 
 
 FGTS: 
O empregador deve continuar depositando os seguintes percentuais, no FGTS durante o 
período de afastamento por licença-maternidade: 
 
8% empregadores em geral; 
 
 
 56
9. VALE-TRANSPORTE: 
 
O vale-transporte constitui benefício que o empregador deve antecipar ao empregado para 
utilização efetiva em despesas de deslocamento residência-trabalho e vice-versa. 
 
Entende-se por deslocamento a soma dos segmentos componentes da viagem do 
beneficiário, por um ou mais meios de transporte, entre sua residência e o local de trabalho. 
 
Por ocasião da admissão do empregado, este deve informar, por escrito, ao empregador: 
 
- Endereço residencial. 
- Serviços e meios de transporte adequados ao deslocamento. 
 
O vale-transporte é custeado: 
 
- Pelo beneficiário - 6% do salário básico, excluídos adicionais ou vantagens. 
- Pelo empregador, no que exceder à parcela mencionada anteriormente. 
 
Exemplo: 
 
 Beneficiário – Custeio Integral: 
Fornecimento de VT = 20 dias úteis 
 
Deslocamento diário: 
2 conduções R$ 2,70 cada = R$ 5,40 /dia x 20 dias = R$ 108,00 
 
Salário mensal do beneficiário =R$ 4.000,00 
 
Custeio: 
Beneficiário 6% de R$ 4.000,00 = R$ 240,00 
Valor a ser descontado = R$ 108,00 
Empregador – Zero 
 
 Beneficiário e Empregador – Custeio Parcial: 
Fornecimento de VT = 20 dias úteis 
 
Deslocamento diário: 
4 conduções R$ 2,70 cada = R$ 10,80 /dia x 20 dias = R$ 216,00 
 
Salário mensal do beneficiário = R$ 2.200,00 
 
Custeio 
Beneficiário 6% de R$ 2.200,00 = R$ 132,00 
Empregador = R$ 216,00 – R$ 132,00 = R$ 84,00 
 
 
 57
10. CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA - EMPREGADO 
A contribuição previdenciária do segurado empregado é calculada pela aplicação da 
correspondente alíquota, de forma não cumulativa, sobre o seu salário-de-contribuição 
mensal, conforme a tabela do salário-de-contribuição, anteriormente mencionada: 
 
10.1.Salário-de-contribuição proporcional: 
 
Quando a admissão, a dispensa, o afastamento ou a falta do empregado ocorrer no curso do 
mês, o salário-de-contribuição será proporcional ao número de dias efetivamente 
trabalhados observadas as normas estabelecidas pelo Instituto Nacional do Seguro Social. 
 
10.2. Empregos simultâneos: 
 
Quando se tratar de empregado que tem dois ou mais vínculos empregatícios, caberá ao 
empregador somar as remunerações de cada emprego para determinar a alíquota a ser 
aplicada. 
 
Para estabelecer a alíquota a ser aplicada será levado em consideração a aquela 
correspondente da faixa da tabela do salário-de-contribuição a que estiver enquadrada a 
soma das remunerações. 
 
Para tanto, o empregado deverá comunicar mensalmente aos seus empregadores, a 
remuneração auferida até o limite máximo do salário-de-contribuição, em todos os 
vínculos. 
 
Quando em um dos vínculos a remuneração do empregado já atingir o limite máximo do 
salário-de-contribuição, os demais empregadores ficarão dispensados do desconto da 
contribuição previdenciária do empregado, desde que este tenha feito prova deste fato. 
 
 
 
Exemplo: 
 
- Empregado com 2 empregos: 
 
Empresas Remuneração 
 
A R$ 800,00 
 
B R$ 900,00 
 
Total nas 2 empresas R$ 1.700,00 
 
Empresa A = R$ 800,00 × 9% = R$ 72,00 
 
Empresa B = R$ 900,00 × 9% = R$ 81,00 
 58
 
Observação 
 
A alíquota de 9% foi determinada de acordo com a faixa salarial correspondente à soma das 
remunerações dos dois vínculos. 
 
 
Salário - de - Contribuição Alíquotas 
Até 1.024,97 8% 
De 1.024,98 até 1.708,27 9% 
De 1.708,29 até 3.416,54 11% 
À partir de 01.01.2009 
 
- Empregado com 2 empregos 
 
Empresas Remuneração 
 
A R$ 3.700,00 
 
B R$ 1.400,00 
 
Total nas 2 empresas R$ 5.100,00 
 
Empresa A = R$ 3.416,54 × 11% = R$ 375,81 
 
Empresa B = R$ 1.400,00 × 0% = R$ 00,00 
 
Observação 
 
O salário auferido na empresa "A" (R$ 3.700,00) é superior ao limite máximo do salário-
de-contribuição (R$ 3.416,54). Assim, o desconto da contribuição previdenciária foi 
efetuado totalmente na mencionada empresa (R$ 375,81 , ou seja, R$ 3.416,54 x 11%), 
ficando, então, a empresa "B" isenta de efetuar qualquer desconto a esse título. 
 
11. FUNDO DE GARANTIA DO TEMPO DE SERVIÇO: 
 
Os empregadores devem depositar mensalmente em conta bancária vinculada, até o dia 07 
do mês subseqüente ao da competência da remuneração, importância correspondente a 8% 
da remuneração paga ou devida no mês anterior, a cada trabalhador, incluídas na 
remuneração as parcelas de que tratam os artigos 457 e 458 da CLT e 13º salário 
estabelecido na Lei 4.090/62. Não sendo dia útil, antecipar o recolhimento. 
 
Os depósitos no FGTS devem ser efetuados por meio de GFIP, obrigatoriamente em meio 
magnético, gerada pelo SEFIP. 
 
 59
11.1.Dispensa sem justa causa – Depósito da multa: 
 
O empregador depositará, no caso de despedida sem justa causa, ainda que indireta na conta 
vinculada do trabalhador no FGTS, importância igual a 40% do montante de todos os 
depósitos realizados na conta vinculada durante a vigênciado contrato de trabalho, 
atualizados monetariamente e acrescidos dos respectivos juros, não sendo permitida, para 
este fim, a dedução dos saques ocorridos. 
 
O empregador deve depositar na conta vinculada do trabalhador dispensado sem justa 
causa, além da multa rescisória, 10% do montante de todos os depósitos devidos, referentes 
ao FGTS, durante a vigência do contrato de trabalho. 
 
11.2.Base de cálculo da multa rescisória: 
A base de cálculo da multa rescisória será obtida pela aplicação de 8,00% sobre o valor das 
verbas que estão sujeitas à incidência do FGTS. 
 
 
12. INDENIZAÇÃO ADICIONAL: 
 
A indenização adicional é a penalidade a que deve se submete o empregador que tenha 
dispensado sem justa causa seu empregado, cujo aviso prévio trabalhado ou a projeção do 
aviso prévio indenizado tenha recaído nos 30 dias que antecedem a data-base. 
 
Tal indenização corresponde a remuneração do trabalhador, ou seja, a soma do seu salário 
com outras parcelas lhe são pagas pelo empregador. 
Artigo 9º da 7.238/84 e Súmulas 314 e 182 do TST. 
 
 
Exemplos: 
 
 Empregador dispensa seu empregado e indeniza o aviso prévio no dia 01 de outubro, 
sendo que a data-base é novembro. 
 
Neste caso o empregado tem direito a indenização adicional. Vejamos: 
 
Aviso Prévio Indenizado 
 Outubro Novembro 
 
 
 01 – 02 Trintídio que antecede a data-base 31 01 Data-base 30 
 
 Início do cômputo da projeção 
 Término da projeção no trintídio 
 Data da notificação do aviso prévio 
 
 
 60
 Empregador dispensa seu empregado e indeniza o aviso prévio no dia 01 de setembro, 
sendo que a data-base é novembro. 
 
Neste caso o empregado não tem direito á indenização adicional, pois o início do cômputo 
da projeção do aviso prévio indenizado se dá em 02 de setembro e o termino em 01 de 
outubro, portanto, antes do trintídio que antecede a data-base. 
 
 Empregador dispensa seu empregado e indeniza o aviso prévio no dia 10 de outubro, 
sendo que a data-base é novembro. 
 
Neste caso o empregado não tem direito á indenização adicional, pois o início do cômputo 
da projeção do aviso prévio indenizado se dá em 11 de outubro e o termino em 09 de 
novembro, portanto, no próprio mês da data-base e não no trintídio que antecede esta. 
 
 
13. SEGURO-DESEMPREGO: 
 
O seguro-desemprego tem por finalidade promover a assistência financeira temporária do 
trabalhador desempregado auxiliando-o na busca de novo emprego, realizando ações 
integradas de orientação, recolocação e qualificação. 
 
O benefício é devido ao trabalhador dispensado sem justa causa, inclusive por rescisão 
indireta, que comprove: 
 
a) ter recebido salários de pessoa jurídica ou pessoa física a ela equiparada relativos a cada 
um dos 6 meses imediatamente anteriores à data da dispensa. 
 
b) ter sido empregado de pessoa jurídica ou pessoa física a ela equiparada ou ter exercido 
atividade legalmente reconhecida como autônoma durante pelo menos 06 meses nos 
últimos 36 meses. 
 
c) não estar em usufruindo de qualquer benefício previdenciário de prestação continuada 
previsto no Regulamento da Previdência Social, excetuados o auxílio-acidente e a pensão 
por morte. 
 
d) não possuir renda própria de qualquer natureza suficiente à sua manutenção e de sua 
família. 
 
13.1.Observação: 
Considera-se mês de atividade a fração igual ou superior a 15 dias; 
O aviso prévio indenizado será computado como tempo de serviço para essa contagem. 
 
13.2.Número de parcelas: 
O seguro-desemprego é concedido ao trabalhador desempregado por um período máximo 
variável de 3 a 5 meses, de forma contínua ou alternada, a cada período aquisitivo de 16 
meses, observando-se a seguinte relação: 
 61
 
13.3.Três parcelas: 
Se o trabalhador comprovar vínculo empregatício com pessoa jurídica ou pessoa física a ela 
equiparada de no mínimo 6 meses e no máximo 11 meses, nos últimos 36 meses. 
 
13.4.Quatro parcelas: 
Se o trabalhador comprovar vínculo empregatício com pessoa jurídica ou pessoa física a ela 
equiparada de no mínimo 12 meses e no máximo 23 meses no período de referência. 
 
13.5.Cinco parcelas: 
Se o trabalhador comprovar vínculo empregatício com pessoa jurídica ou pessoa física a ela 
equiparada de no mínimo de 24 meses no período de referencia. 
13.6.Período aquisitivo: 
O período aquisitivo de 16 meses é contado da data da dispensa que deu origem à última 
habilitação, não podendo ser interrompido quando a concessão do benefício estiver em 
curso. 
 
A primeira dispensa que habilitar o trabalhador determinará o número de parcelas a que terá 
direito no período aquisitivo. 
 
13.7.Tabela para cálculo do benefício do seguro-desemprego: 
Calcula-se o valor do salário médio dos últimos três meses trabalhados e aplica-se na tabela 
abaixo: A parcela não poderá ser inferior a um salário mínimo. 
 
Notas: 
 
1ª) A média salarial é obtida por meio da soma dos três últimos salários anteriores à 
dispensa. 
 
2ª) O resultado da média salarial poderá variar de acordo com o salário que o trabalhador 
recebia e ser inferior a R$ 841,88. Nesse caso, será aplicado o fator de 0,8 até o limite 
a) para a média salarial até R$ 841,88 o valor da parcela será o 
resultado da aplicação do fator 0,8, ou seja, R$ 673,50; 
 
 b) para a média salarial compreendida entre R$ 841,88 e R$ 
1.403,28 aplica-se o fator de 0,8 até o limite de R$ 841,88 e, no que 
exceder, fator 0,5. O valor da parcela será a soma desses dois valores, 
ou seja, (R$ 1.403,28 - R$ 841,88) = R$ 561,40 × 0.5 = R$ 280,70: 
 
 Valor da parcela: R$ 954,20 = (R$ 673,50 + R$ 280,70); e 
 
 c) para a média salarial superior a R$ 1.403,28 o valor da parcela 
será, invariavelmente, R$ 954,21. 
 
 62
estabelecido na referida Resolução do CODEFAT. De forma que, o valor de cada parcela 
poderá ser inferior a R$ 673,50. 
 
Procedimento semelhante vai ocorrer na segunda faixa, haverá variação de valor conforme 
o salário que o trabalhador dispensado recebia, hipótese em que a parcela do benefício será 
inferior a R$ 954,20. 
 
Somente na terceira faixa é que o valor da parcela é fixo, ou seja, R$ 954,21. Será pago ao 
trabalhador desempregado quando o resultado da média salarial for superior a R$ 1.403,28. 
 
 
O benefício deverá ser recebido pessoalmente pelo trabalhador, salvo no caso de morte, 
caso em que o pagamento de parcelas vencidas será feita aos dependentes, mediante 
apresentação de Alvará Judicial ou grave moléstia do segurado, comprovada por meio da 
perícia realizada pelo órgão previdenciário, quando o benefício será pago ao seu curador, 
ou ao seu representante legal, na forma admitida pela Previdência Social. 
 
As parcelas recebidas indevidamente devem ser restituídas, no prazo de 5 anos, mediante 
depósito em conta do Programa do SD, na CEF, por meio de instrumento próprio fornecido 
pelo MTE. 
 
 
14. NORMAS PARA HOMOLOGAÇÃO: 
 
O pedido de demissão ou o recibo de quitação do contrato de trabalho, firmado por 
empregado com mais de 01 ano de serviço, só será válido quando feito com a 
assistência do respectivo sindicato ou das autoridades mencionadas no art. 477 da 
CLT. 
 
14.1.Assistência na rescisão: 
A assistência ao empregado na rescisão de contrato de trabalho firmado há mais de 01 ano, 
no âmbito do Ministério do Trabalho e Emprego, consiste na orientação e esclarecimento 
do empregado e empregador sobre o cumprimento da lei, assim como no zelo pelo efetivo 
pagamento das parcelas devidas. 
 
 
14.2.Competência para a prestação da assistência na rescisão: 
São competentes para prestar a assistência ao empregado na rescisão do contrato de 
trabalho: 
 
 Sindicato profissional da categoria 
 Autoridade local do Ministério do Trabalho e Emprego 
 
Em caso de categoria não organizada em sindicato, a assistência será prestada pela 
federação respectiva. 
 
 63
Na falta das entidades sindicais ou da autoridade do Ministério do Trabalho, são 
competentes: 
 
 Representante do Ministério Público ou Defensor Público 
 Juiz de Paz,na falta ou impedimento das autoridades anteriores. 
 
14.3.Órgãos locais do MTE – Atendimento aos trabalhadores: 
A assistência será prestada, preferencialmente, pela entidade sindical, reservando-se aos 
órgãos locais do Ministério do Trabalho e Emprego o atendimento aos trabalhadores nos 
seguintes casos: 
 
 Categoria que não tenha representação sindical na localidade 
 Recusa do sindicato na prestação da assistência 
 Cobrança indevida pelo sindicato para a prestação da assistência 
 
O Auditor-Fiscal do Trabalho é a autoridade competente do Ministério do Trabalho e 
Emprego para a prestação da assistência gratuita. 
 
É facultado ao Delegado Regional do Trabalho, atendendo às peculiaridades regionais, 
autorizar a prestação da assistência por servidor não-integrante da carreira de Auditoria-
Fiscal do Trabalho. 
 
14.4.Sindicato – Recusa – Inexistência de declaração: 
Inexistindo declaração escrita pelo sindicato do motivo da recusa, caberá ao empregador ou 
seu representante legal, no ato da assistência, consignar a observância da preferência e os 
motivos da oposição da entidade sindical, no verso das 4 vias do Termo de Rescisão de 
Contrato de Trabalho. 
 
Ocorrendo cobrança indevida pelo sindicato para a prestação da assistência, o fato deverá 
ser comunicado à autoridade competente para as providências cabíveis. 
 
14.5.Empregado estável que pede demissão: 
No pedido de demissão de empregado estável, nos termos do art. 500 da CLT, e no pedido 
de demissão de empregado amparado por garantia provisória de emprego, a assistência 
somente poderá ser prestada pelo sindicato profissional ou federação respectiva e, apenas 
na falta da entidade sindical, pela autoridade do Ministério do Trabalho e Emprego ou da 
Justiça do Trabalho. 
 
14.7.Presença das partes: 
O ato de assistência à rescisão contratual somente será praticado na presença do empregado 
e do empregador. 
 
Tratando-se de empregado adolescente, também serão obrigatórias a presença e a assinatura 
de seu representante legal, que comprovará essa qualidade, exceto para os adolescentes 
comprovadamente emancipados nos termos da lei civil. 
 
O empregador poderá ser representado por preposto, assim designado em carta preposição 
 64
na qual haja referência à rescisão a ser homologada. 
 
O empregado poderá ser representado, excepcionalmente, por procurador legalmente 
constituído, com poderes expressos para receber e dar quitação. 
 
No caso de empregado analfabeto, a procuração será pública. 
 
14.8.Prazos para a formalização da rescisão assistida: 
Ressalvada disposição mais favorável prevista em convenção ou acordo coletivo de 
trabalho ou sentença normativa, o pagamento das parcelas devidas a título de rescisão 
contratual deverá ser efetuado nos seguintes prazos: 
a) Até o 1º dia útil imediato ao término do contrato. 
b) Até o 10º dia contado da data da notificação da demissão, por ausência do aviso 
prévio, indenização ou dispensa do seu cumprimento. 
 
Na hipótese prevista na letra “a”, se o dia do vencimento recair em sábado, domingo ou 
feriado, o termo final será antecipado para o dia útil imediatamente anterior. 
 
Havendo cumprimento parcial de aviso prévio, o prazo para pagamento das verbas 
rescisórias ao empregado será de 10 dias contados a partir da dispensa do cumprimento, 
desde que não ocorra primeiro o termo final do aviso prévio. 
 
 
14.9.Assistência à rescisão – Documentos necessários: 
Os documentos necessários à assistência à rescisão contratual são: 
 
a) Termo de Rescisão de Contrato de Trabalho, em 4 vias. 
b) Carteira de Trabalho e Previdência Social, com anotações atualizadas. 
c) Comprovante do aviso prévio ou do pedido de demissão. 
d) Cópia da convenção, acordo coletivo de trabalho ou de sentença normativa 
aplicáveis. 
e) Extrato para fins rescisórios da conta vinculada do empregado no FGTS, 
devidamente atualizado, e guias de recolhimento das competência indicadas no 
extrato como não localizadas na conta vinculada. 
f) Guia de recolhimento rescisório do FGTS, nas hipóteses do art. 18 da Lei 8.036/90. 
g) Comunicação da Dispensa e Requerimento do Seguro-Desemprego, para fins de 
habilitação, quando devido. Quando a rescisão decorrer de Plano de Demissão 
Voluntária ou quando se tratar de empregado aposentado, é dispensada a 
apresentação de CD ou Requerimento de Seguro-desemprego. 
h) Atestado de Saúde Ocupacional Demissional, ou Periódico, quando no prazo de 
validade, atendidas as formalidades especificadas na Norma Regulamentadora 7, 
aprovada pela Portaria MTb 3.214/78, e alterações. 
i) Ato constitutivo do empregador com alterações ou documento de representação. 
j) Demonstrativo de parcelas variáveis consideradas para fins de cálculo dos valores 
devidos na rescisão contratual. No demonstrativo de médias de horas extras 
habituais, será computado o reflexo no descanso semanal remunerado. 
k) Prova bancária de quitação, quando for o caso. 
 65
 
Excepcionalmente o assistente poderá solicitar, no decorrer da assistência, outros 
documentos que julgar necessários para dirimir dúvidas referentes à rescisão ou ao contrato 
de trabalho. 
 
14.10.Rescisão contratual - circunstâncias impeditivas: 
Por ocasião da assistência, serão verificadas as seguintes circunstâncias impeditivas da 
rescisão contratual arbitrária ou sem justa causa: 
 
a) Gravidez da empregada, desde a sua confirmação até 05 meses após o parto. 
 
b) Candidatura do empregado para o cargo de direção de Comissões Internas de 
Prevenção de Acidentes, desde o registro da candidatura e, se eleito, ainda que 
suplente, até 01 ano após o final do mandato. 
 
c) Candidatura do empregado sindicalizado a cargo de direção ou representação 
sindical, desde o registro da candidatura e, se eleito, ainda que suplente, até 01 
ano após o final do mandato. 
 
d) Garantia de emprego dos representantes dos empregados-membros, titulares ou 
suplentes, de Comissão de Conciliação Prévia, instituída no âmbito da empresa, 
até 01 ano após o final do mandato. 
 
e) Demais garantias de emprego previstas em lei, convenção ou acordo coletivo de 
trabalho ou sentença normativa. 
 
f) Suspensão contratual. 
 
g) Atestado de saúde ocupacional-ASO com declaração de inaptidão. 
 
É vedada a homologação de rescisão contratual sem pagamento de verbas rescisórias 
devidas, que vise, tão-somente, ao saque de FGTS e a habilitação ao Seguro-Desemprego. 
 
 
14.11.Pagamento das verbas salariais e indenizatórias: 
O pagamento das verbas salariais e indenizatórias constantes do TRCT será efetuado no ato 
da assistência, em moeda corrente ou em cheque administrativo. 
 
É facultada a comprovação do pagamento por meio de transferência eletrônica disponível, 
depósito bancário em conta corrente do empregado, ordem bancária de pagamento ou 
ordem bancária de crédito, desde que o estabelecimento bancário esteja situado na mesma 
cidade do local de trabalho, o trabalhador tenha sido informado do fato e os valores tenham 
sido postos à disposição para saque nos prazos legais para o pagamento das verbas. 
 
Na assistência à rescisão contratual de empregado adolescente ou analfabeto ou na 
realizada pelo Grupo Móvel de Fiscalização o pagamento das verbas rescisórias somente 
será realizado em dinheiro. 
 66
 
14.12.TRCT: 
O assistente especificará no versa das 4 vias do TRCT: 
 
• A discordância do empregado em formalizar a homologação. 
 
• Parcelas e complementos não-constantes no TRCT e quitados no ato da assistência, com 
os respectivos valores. 
 
• Matéria não solucionada nos termos da Instrução Normativa 03/02, assim como expressa 
concordância do trabalhador em formalizar a homologação. 
 
• O número do Auto de Infração e o dispositivo legal infringido. 
 
• Quaisquer fatos relevantes para assegurar direitos e prevenir responsabilidades. 
 
14.12.TRCT – Destinação das vias: 
Homologada a rescisão contratual e assinada pelas partes, as vias do TRCT terão a seguinte 
destinação: 
 
- As 3 primeiras vias para o empregado, sendo uma parasua documentação pessoal e as 
outras 2 para a movimentação do FGTS. 
 
- A 4ª via para o empregador, para arquivo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 67
ANEXOS: 
 
RESCISÕES – CONTRATUAIS - DIREITOS: 
 
Sem justa causa – iniciativa da empresa 
Direitos Antes de completar 1 ano Após 1 ano 
saldo de salário Sim Sim 
aviso prévio Sim Sim 
férias vencidas Não Sim 
férias proporcionais Sim Sim 
adicional de 1/3 (1) Sim Sim 
13º salário Sim Sim 
FGTS - 8% (mês da rescisão) (3) Sim Sim 
FGTS - 8% (mês anterior) (3) Sim Sim 
FGTS - 40% do montante (3) Sim Sim 
código de saque 01 01 
indenização Art. 479 CLT (2) Não Não 
 
 
Com justa causa - iniciativa da empresa (CLT, Art. 482) 
Direitos antes de completar 1 ano após 1 ano 
saldo de salário Sim Sim 
aviso prévio Não Não 
férias vencidas Não Sim 
férias proporcionais Não Não 
adicional de 1/3 (1) Não Sim 
13º salário Não Não 
FGTS - 8% (mês da rescisão) (3) Sim Sim 
FGTS – 8% (mês anterior) (3) Sim Sim 
FGTS – 40% do montante (3) Não Não 
código de saque Não (5) Não (5) 
indenização Art. 479 CLT (2) Não Não 
 
 
Empresa - estabelecimento - fechamento sem motivo de força maior 
Direitos antes de completar 1 ano após 1 ano 
saldo de salário Sim Sim 
aviso prévio Sim Sim 
férias vencidas Não Sim 
férias proporcionais Sim Sim 
adicional de 1/3 (1) Sim Sim 
13º salário Sim Sim 
FGTS - 8% (mês da rescisão) (3) Sim Sim 
FGTS – 8% (mês anterior) (3) Sim Sim 
FGTS - 40% do montante (3) Sim Sim 
código de saque 03 03 
indenização Art. 479 CLT (2) Não Não 
 
 
 
 68
Aposentadoria por idade requerida pela empresa (compulsória) 
Direitos antes de completar 1 ano após 1 ano 
saldo de salário Sim Sim 
aviso prévio Não Não 
férias vencidas Não Sim 
férias proporcionais Não Sim 
adicional de 1/3 (1) Sim Sim 
13º salário Sim Sim 
FGTS - 8% (mês da rescisão) (3) Sim Sim 
FGTS – 8% (mês anterior) (3) Sim Sim 
FGTS - 40% do montante (3) Não Não 
código de saque 05 05 
indenização Art. 479 CLT (2) Não Não 
 
 
Pedido de demissão 
Direitos antes de completar 1 ano após 1 ano 
saldo de salário Sim Sim 
aviso prévio Não (4) Não 
férias vencidas Não Sim 
férias proporcionais Não (*) Sim 
adicional de 1/3 (1) Não Sim 
13º salário Sim Sim 
FGTS - 8% (mês da rescisão) (3) Sim Sim 
FGTS – 8% (mês anterior) (3) Sim Sim 
FGTS - 40% do montante (3) Não Não 
código de saque Não (5) Não (5) 
indenização Art. 479 CLT (2) Não Não 
(*) Vide Súmula 261 do TST. 
 
Despedida indireta (justa causa - empregador - CLT, Art. 483) 
Direitos antes de completar 1 ano após 1 ano 
saldo de salário Sim Sim 
aviso prévio Sim Sim 
férias vencidas Não Sim 
férias proporcionais Não Sim 
adicional de 1/3 (1) Sim Sim 
13º salário Sim Sim 
FGTS - 8% (mês da rescisão) (3) Sim Sim 
FGTS - 8% (mês anterior) (3) Sim Sim 
FGTS - 40% do montante (3) Sim Sim 
código de saque 01 01 
indenização Art. 
479 CLT (2) 
Não Não 
 
 
 
 
 
Culpa recíproca (iniciativa de ambos) 
 69
Direitos antes de completar 1 ano após 1 ano 
saldo de salário Sim Sim 
aviso prévio Não Não 
férias vencidas Não Sim 
férias proporcionais Não Não 
adicional de 1/3 (1) Não Sim 
13º salário Não Não 
FGTS - 8% (mês da rescisão) (3) Sim Sim 
FGTS - 8% (mês anterior) (3) Sim Sim 
FGTS - 40% do montante (3) Sim (20%) Sim (20%) 
código de saque 02 02 
indenização Art. 479 CLT (2) Não Não 
 
 
 
Extinção antecipada sem justa causa - iniciativa da empresa - sem previsão de aviso prévio 
Direitos Contrato com duração inferior a 
1 ano 
contrato de 1 a 2 anos de 
duração 
saldo de salário Sim Sim 
aviso prévio Não Não 
férias vencidas Não Sim 
férias proporcionais Sim Sim 
adicional de 1/3 (1) Sim Sim 
13º salário Sim Sim 
FGTS - 8% (mês da rescisão) 
(3) 
Sim Sim 
FGTS - 8% (mês anterior) (3) Sim Sim 
FGTS - 40% do montante (3) Sim Sim 
código de saque 01 01 
indenização Art. 479 CLT (2) Sim Sim 
 
 
Extinção antecipada com justa causa - iniciativa da empresa - sem previsão de aviso prévio 
Direitos contrato com duração inferior a 
1 ano 
contrato de 1 a 2 anos de 
duração 
saldo de salário Sim Sim 
aviso prévio Não Não 
férias vencidas Não Sim 
férias proporcionais Não Não 
adicional de 1/3 (1) Não Sim 
13º salário Não Não 
FGTS - 8% (mês da rescisão) 
(3) 
Sim Sim 
FGTS - 8% (mês anterior) (3) Sim Sim 
FGTS - 40% do montante (3) Não Não 
código de saque Não Não 
indenização Art. 479 CLT (2) Não Não 
 
 
 
Empresa - estabelecimento - extinção sem motivo de força maior 
 70
Direitos contrato com duração inferior a 
1 ano 
contrato de 1 a 2 anos de 
duração 
saldo de salário Sim Sim 
aviso prévio Não Não 
férias vencidas Não Sim 
férias proporcionais Sim Sim 
adicional de 1/3 (1) Sim Sim 
13º salário Sim Sim 
FGTS – 8% (mês da rescisão) 
(3) 
Sim Sim 
FGTS - 8% (mês anterior) (3) Sim Sim 
FGTS - 40% do montante (3) Sim Sim 
código de saque 03 03 
indenização Art. 479 CLT (2) Sim Sim 
 
 
Aposentadoria por idade requerida pela empresa (compulsória) 
Direitos contrato com duração inferior a 
1 ano 
contrato de 1 a 2 anos de 
duração 
saldo de salário Sim Sim 
aviso prévio Não Não 
férias vencidas Não Sim 
férias proporcionais Sim Sim 
adicional de 1/3 (1) Sim Sim 
13º salário Sim Sim 
FGTS - 8% (mês da rescisão) 
(3) 
Sim Sim 
FGTS - 8% (mês anterior) (3) Sim Sim 
FGTS - 40% do montante (3) Não Não 
código de saque 05 05 
indenização Art. 479 CLT (2) Sim Sim 
 
 
Pedido de demissão 
Direitos contrato com duração inferior a 
1 ano 
contrato de 1 a 2 anos de 
duração 
saldo de salário Sim Sim 
aviso prévio Não Não 
férias vencidas Não Sim 
férias proporcionais Não Sim 
adicional de 1/3 (1) Não Sim 
13º salário Sim Sim 
FGTS - 8% (mês da rescisão) 
(3) 
Sim Sim 
FGTS - 8% (mês anterior) (3) Sim Sim 
FGTS - 40% do montante (3) Não Não 
código de saque Não Não 
indenização Art. 479 CLT (2) Não Não 
 
 
 
Despedida indireta (justa causa do empregador - CLT, Art. 483) 
 71
Direitos contrato com duração inferior a 
1 ano 
contrato de 1 a 2 anos de 
duração 
saldo de salário Sim Sim 
aviso prévio Não Não 
férias vencidas Não Sim 
férias proporcionais Sim Sim 
adicional de 1/3 (1) Sim Sim 
13º salário Sim Sim 
FGTS - 8% (mês da rescisão) 
(3) 
Sim Sim 
FGTS - 8% (mês anterior) (3) Sim Sim 
FGTS - 40% do montante (3) Sim Sim 
código de saque Sim – 01 Sim - 01 
indenização Art. 479 CLT (2) Sim Sim 
 
 
Culpa recíproca - iniciativa de ambos 
Direitos contrato com duração inferior a 
1 ano 
contrato de 1 a 2 anos de 
duração 
saldo de salário Sim Sim 
aviso prévio Não não 
férias vencidas Não Sim 
férias proporcionais Não Não 
adicional de 1/3 (1) Não Sim 
13º salário Não Não 
FGTS - 8% (mês da rescisão) 
(3) 
Sim Sim 
FGTS - 8% (mês anterior) (3) Sim Sim 
FGTS - 40% do montante (3) Sim (20%) Sim (20%) 
código de saque 02 02 
indenização Art. 479 CLT (2) Sim Sim (50%) 
 
 
 
Extinção automática de contrato a prazo determinado - com ou sem previsão de aviso prévio 
Direitos contrato com duração inferior a 
1 ano 
contrato de 1 a 2 anos de 
duração 
saldo de salário Sim Sim 
aviso prévio Não Não 
férias vencidas Não Sim 
férias proporcionais Sim Sim 
adicional de 1/3 (1) Sim Sim 
13º salário Sim Sim 
FGTS - 8% (mês da rescisão) 
(3) 
Sim Sim 
FGTS - 8% (mês anterior) (3) Sim Sim 
FGTS - 40% do montante (3) Não Não 
código de saque 04 04 
indenização Art. 479 CLT (2) Não Não 
 
 
 
 72
 
Extinção do contrato por motivo de falecimento do empregado - contrato a prazo indeterminado 
Direitos antes de completar 1 ano após 1 ano de serviço 
saldo de salário Sim Sim 
aviso prévio Não Não 
férias vencidas Não Sim 
férias proporcionais Não Sim 
adicional de 1/3 (1) Não Sim 
13º salário Sim sim 
FGTS - 8% (mês da rescisão) (3) Sim Sim 
FGTS - 8% (mês anterior) (3) Sim Sim 
FGTS - 40% do montante (3) Não Não 
código de saque 23 23 
indenização Art. 479 CLT (2) Não Não 
 
 
 
Extinção do contrato por motivo de falecimento do empregado - contrato a prazo determinado, com ou 
sem previsão de aviso prévio 
Direitos contrato com duração inferior a 
1 ano 
contrato de 1 a 2 anos de 
duraçãosaldo de salário Sim Sim 
aviso prévio Não Não 
férias vencidas Não Sim 
férias proporcionais Não Sim 
adicional de 1/3 (1) Não Sim 
13º salário Sim Sim 
FGTS – 8% (mês da rescisão) (3) Sim Sim 
FGTS - 8% (mês anterior) (3) Sim Sim 
FGTS - 40% do montante (3) Não Não 
código de saque 23 23 
indenização Art. 479 CLT (2) Não Não 
 
 
Extinção do contrato em virtude de cessação total da atividade da empresa por morte do empregador - 
contrato a prazo indeterminado 
Direitos antes de completar 1 ano após 1 ano de serviço 
saldo de salário Sim Sim 
aviso prévio Sim Sim 
férias vencidas Não Sim 
férias proporcionais Sim Sim 
adicional de 1/3 (1) Sim Sim 
13º salário Sim Sim 
FGTS - 8% (mês da rescisão) (3) Sim Sim 
FGTS - 8% (mês anterior) (3) Sim Sim 
FGTS - 40% do montante (3) Sim Sim 
código de saque 03 03 
indenização Art. 479 CLT (2) Não Não 
 
Extinção do contrato em virtude de cessação total da atividade da empresa por morte do empregador - 
contrato a prazo determinado, com ou sem aviso prévio 
 73
Direitos contrato com duração inferior a 
1 ano 
contrato de 1 a 2 anos de 
duração 
saldo de salário Sim Sim 
aviso prévio não Não 
férias vencidas Não Sim 
férias proporcionais Sim Sim 
adicional de 1/3 (1) Sim Sim 
13º salário Sim Sim 
FGTS - 8% (mês da rescisão) (3) Sim Sim 
FGTS - 8% (mês anterior) (3) Sim Sim 
FGTS - 40% do montante (3) Sim Sim 
código de saque 03 03 
indenização Art. 479 CLT (2) Sim Sim 
 
 
Extinção de contrato em virtude de morte do empregador constituído em empresa individual - 
continuação de atividade empresarial por parte dos herdeiros/sucessores/administradores - rescisão - 
faculdade do empregado - exercício de direito contrato a prazo indeterminado 
direitos antes de completar 1 ano após 1 ano de serviço 
saldo de salário Sim Sim 
aviso prévio Não Não 
férias vencidas Não Sim 
férias proporcionais Não Sim 
adicional de 1/3 (1) Não Sim 
13º salário Sim Sim 
FGTS - 8% (mês da rescisão) (3) Sim Sim 
FGTS - 8% (mês anterior) (3) Sim Sim 
FGTS - 40% do montante (3) Não Não 
código de saque 03 03 
indenização Art. 479 CLT (2) Não Não 
 
Extinção de contrato em virtude de morte do empregador constituído em empresa individual - 
continuação de atividade empresarial por parte dos herdeiros/sucessores/administradores - rescisão - 
faculdade do empregado - exercício de direito contrato a prazo determinado, com ou sem aviso prévio 
direitos contrato com duração inferior 
a 1 ano 
contrato de 1 a 2 anos de 
duração 
saldo de salário Sim Sim 
aviso prévio Não Não 
férias vencidas Não Sim 
férias proporcionais Não Sim 
adicional de 1/3 (1) Não Sim 
13º salário Sim Sim 
FGTS - 8% (mês da rescisão) (3) Sim Sim 
FGTS - 8% (mês anterior) (3) Sim Sim 
FGTS - 40% do montante (3) Não Não 
código de saque 03 03 
indenização Art. 479 CLT (2) Não Não 
 
Extinção da empresa ou de um dos estabelecimentos em que trabalhe o empregado, por motivo de força 
maior - rescisão do contrato de trabalho pelo empregador contrato a prazo indeterminado 
direitos antes de completar 1 ano após 1 ano de serviço 
saldo de salário Sim Sim 
 74
aviso prévio Não Não 
férias vencidas Não Sim 
férias proporcionais Sim Sim 
adicional de 1/3 (1) Sim Sim 
13º salário Sim Sim 
FGTS - 8% (mês da rescisão) (3) Sim Sim 
FGTS - 8% (mês anterior) (3) Sim Sim 
FGTS - 40% do montante (3) Sim (20%) Sim (20%) 
código de saque 02 02 
 
 
 
Extinção da empresa ou de um dos estabelecimentos em que trabalhe o empregado, por motivo de força 
maior - rescisão do contrato de trabalho pelo empregador contrato a prazo determinado, com ou sem 
previsão de aviso prévio 
direitos contrato com duração inferior 
a 1 ano 
contrato de 1 a 2 anos de 
duração 
saldo de salário Sim Sim 
aviso prévio Não Não 
férias vencidas Não Sim 
férias proporcionais Sim Sim 
adicional de 1/3 (1) Sim Sim 
13º salário Sim Sim 
FGTS - 8% (mês da rescisão) (3) Sim Sim 
FGTS - 8% (mês anterior) (3) Sim Sim 
FGTS - 40% do montante (3) Sim (20%) Sim (20%) 
código de saque 02 02 
indenização Art. 479 CLT (2) Sim (50%) Sim (50%) 
 
 
Extinção do contrato por paralisação temporária ou definitiva do trabalho motivada por ato de pessoa 
jurídica de direito público interno (factum principis) contrato a prazo indeterminado 
Direitos Antes de completar 1 ano após 1 ano de serviço 
saldo de salário Sim Sim 
aviso prévio Não Não 
férias vencidas Não Sim 
férias proporcionais Sim Sim 
adicional de 1/3 (1) Sim Sim 
13º salário Sim Sim 
FGTS - 8% (mês da rescisão) (3) Sim Sim 
FGTS - 8% (mês anterior) (3) Sim Sim 
FGTS - 40% do montante (3) Sim Sim 
código de saque 01 01 
indenização Art. 479 CLT (2) Não Não 
Extinção do contrato por paralisação temporária ou definitiva do trabalho motivada por ato de pessoa 
jurídica de direito público interno (factum principis) contrato a prazo determinado, com ou sem 
previsão de aviso prévio 
Direitos Contrato com duração 
inferior a 1 ano 
contrato de 1 a 2 anos de 
duração 
saldo de salário Sim Sim 
aviso prévio Não Não 
férias vencidas Não Sim 
 75
férias proporcionais Sim Sim 
adicional de 1/3 (1) Sim Sim 
13º salário Sim Sim 
FGTS - 8% (mês da rescisão) (3) Sim Sim 
FGTS - 8% (mês anterior) (3) Sim Sim 
FGTS - 40% do montante (3) Sim Sim 
código de saque 01 01 
indenização Art. 479 CLT (2) Sim Sim 
 
 
Extinção do contrato por iniciativa da empregada grávida e pelo responsável legal do empregado 
menor de idade contrato a prazo indeterminado 
Direitos Antes de completar 1 ano após 1 ano de serviço 
saldo de salário Sim Sim 
aviso prévio Não Não 
férias vencidas Não Sim 
férias proporcionais Não Sim 
adicional de 1/3 (1) Não Sim 
13º salário Sim Sim 
FGTS - 8% (mês da rescisão) (3) Sim Sim 
FGTS - 8% (mês anterior) (3) Não Não 
FGTS - 40% do montante (3) Sim Sim 
código de saque Não Não 
indenização Art. 479 CLT (2) Não Não 
 
Extinção do contrato por iniciativa da empregada grávida e pelo responsável legal do empregado 
menor de idade - contrato a prazo determinado, com ou sem previsão de aviso prévio 
Direitos Contrato com duração inferior 
a 1 ano 
contrato de 1 a 2 anos de 
duração 
saldo de salário Sim Sim 
aviso prévio Não Não 
férias vencidas Não Sim 
férias proporcionais Não Sim 
adicional de 1/3 (1) Não Sim 
13º salário Sim Sim 
FGTS - 8% (mês da rescisão) (3) Sim Sim 
FGTS - 8% (mês anterior) (3) Sim Sim 
FGTS - 40% do montante (3) Não Não 
código de saque Não Não 
indenização Art. 479 CLT (2) Não Não 
 
 
1- Terço constitucional (Constituição Federal, art. 7º, inciso XVII). 
2- Refere-se à indenização por metade da remuneração a que teria direito o empregado na 
rescisão antecipada do contrato de trabalho a prazo determinado. 
3- Nos termos do art. 31 da Lei 9.491/97, que deu nova redação, dentre outros, ao caput e 
aos parágrafos 1º e 3º do art. 18 e ao art. 20 da Lei 8.036/90, os valores relativos aos 
depósitos referentes ao mês da rescisão e ao imediatamente anterior, que ainda não houver 
sido recolhido, bem como a importância igual a 40% (despedida sem justa causa ou 
indireta, ou 20%, no caso de culpa recíproca ou força maior) do montante de todos os 
 76
depósitos realizados na conta vinculada, devidamente atualizados e acrescidos dos 
respectivos juros, devem ser depositados na conta vinculada do trabalhador no FGTS. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 77
Tabelas Práticas de Contribuição dos Segurados Empregados, empregados 
Domésticos e Trabalhador Avulso, contados a partir de 01/01/2010 – Portaria n.° 
350/2009. 
 
 
 
 
Salário - de - Contribuição Alíquotas 
Até 1.024,97 8% 
De 1.024,98 até 1.708,27 9% 
De 1.708,28 até 3.416,54 11% 
 
 
Tabela de Salário-Família, contados a partir de 01/01/2010: 
 
 
 
Salário Família – 01/01/2010 
Remuneração Valor unitário da quota 
 
Até R$ 531,12 
 
De R$ 531,12 a R$ 798,30 
 
R$ 27,24 
 
R$ 19,19 
 
 
 
 
15.5 Tabela de Imposto de Renda – Alíquota de Imposto de Renda na Fonte – A partir 
do Ano Calendário – 2010: 
 
 
Base de Cálculo em R$ Alíquota (%) Parcelaa Deduzir no 
imposto em R$ 
Até 1.499,15 
De 1.499,16 até 2.246,75 
De 2.246,76 até 2.995,70 
De 2.995,71 até 3.743,19 
Acima 3.743,19 
- 
7.5% 
15% 
22,5% 
27.5% 
- 
112,43 
280,94 
505,62 
692,78 
Dependente: R$ 150,69

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