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ENEM 2015 (4)

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Ciências Humanas e Ciências Humanas e Ciências Humanas e Ciências Humanas e Ciências Humanas e Ciências Humanas e Ciências Humanas e Ciências Humanas e Ciências Humanas e 
Suas TecnologiasSuas TecnologiasSuas TecnologiasSuas TecnologiasSuas TecnologiasSuas TecnologiasSuas TecnologiasSuas TecnologiasSuas Tecnologias
115
EUROPA
INTRODUÇÃO:
O termo continente, muitas vezes aplicado à Europa, 
na verdade é inadequado para a defi nição desta porção 
de terra. Um continente, do ponto de vista geográfi co, é 
um grande pedaço de terra cercado por água por todos 
os lados. Tal fato não se aplica a Europa, pois uma de 
suas fronteiras é terrestre. Desta maneira o termo corre-
to para defi nir a Europa seria de península, que se trata 
de um prolongamento de terra em direção ao mar. 
Chamado também de “velho continente” é o berço 
da cultura ocidental, que atualmente é hegemônica no 
mundo. Seus países, apesar de perderem força desde o 
fi m da segunda guerra mundial, são considerados gran-
des infl uenciadores da cultura, da política e da econo-
mia de todo o mundo. Apesar deste cenário positivo é 
possível encontrar graves problemas sociais que per-
meiam o continente, como o crescimento da xenofobia 
e de deteriorações de seu sistema social.
Quadro Físico:
Relevo:
O relevo do continente europeu pode ser dividido 
de maneira bem simples:
Norte: Escudos cristlinos: Terrenos elevados de for-
mação cristalina e antiga, resultantes de dobramentos 
antigos. Destacam-se: Alpes Escandinavos, Planalto 
Central Russo e Montes Urais (este último é considera-
da a fronteira entre Europa e a Ásia.
Centro: Planícies. As extensas planícies favorece-
ram o transporte fl uvial e ferroviário pelo continente. 
Destacam-se a planície germano-polonesa, planície 
Russa e planície parisiense.
Sul: Dobramentos modernos. Região de encontro 
de placas sujeitas a tectonismo ativo causando terre-
motos e vulcanismos. Região cortada por extensas cor-
dilheiras montanhosas de elevadas altitudes. 
http://omelhordomundoeinternet.blogspot.com.br/2012/01/mapa-fi sico-da-europa.html
geografia
116
Destacam-se: Pirineus, Alpes, Apeneninos, Carpa-
tos, Balcãs e Cáucaso.
Hidrografi a.
O Continente europeu possui uma extensa rede hi-
drográfi ca de rios navegáveis, o que colabora para a in-
tegração de vários de seus países. Destacam-se
Rio Sena (França), Rio Ruhr (Alemanha), Rio Reno 
(Alemanha), Rio Pó (Itália), Rio Tâmisa (Londres), Da-
núbio (Leste Europeu) e Volga (Rússia).
Basicamente grande parte da Europa possui clima 
temperado, ou seja, com grande amplitude térmica anu-
al e chuvas regulares. Há uma divisçao neste clima ao 
qual a parte ocidental, próxima ao oceano, possui o cli-
ma temperado oceânico e a oriental o temperado conti-
nental. A vegetação varia da Taiga a fl oresta temperada. 
No sul encontra-se o clima mediterrâneo que possui 
verões quentes e secos e invernos amenos e chuvosos. 
A vegtação encontrada nesta parte é arbustiva com pre-
sença de maquis e guarrigues. Ao norte o predomínio é 
do clima polar que possui temperaduras baixas e vege-
tação polar e tundra.
http://pt.scribd.com/doc/7146368/Geografi a-Aula-10-Euro-
pa-Quadro-Natural-e-Humano
Os rios europeus acabaram por ser grandes polos de 
atração populacional e atualmente possuem densidades 
demográfi cas bem elevadas.
Clima e vegetação:
O Clima europeu é bem variado devido as diferentes 
topografi as e zonalidades ao qual este continente está 
exposto. 
http://pt.scribd.com/doc/7146368/Geografi a-Aula-10-Euro-
pa-Quadro-Natural-e-Humano
http://pt.scribd.com/doc/7146368/Geografi a-Aula-10-Euro-
pa-Quadro-Natural-e-Humano
CONTINENTE AMERICANO:
O continente americano pode ser dividido de duas 
maneiras principais:
Divisão Geográfi ca: América do Norte, América 
Central e América do Sul.
Divisão Sócio-Economica: América Anglossaxôni-
ca e América Latina
AMERICA DO NORTE 
A América do Norte (EUA, Canadá e México) Po-
siciona-se na porção setentrional do continente america-
no. {e caracterizado por uma grande assimetria no que 
tange a realidade sócio economica. Os EUA possuem 
a economia mais forte, o Canadá é o de melhor IDH e 
o México o mais pobre e com pior IDH. Os três países 
estão inserido em uma zona de livre comércio (NAF-
TA) que é uma das que mais movimenta dinheiro no 
mundo (Figura 1).
CANADÁ
Quadro Natural:
Relevo.
No oeste encontramos uma cordilheira de formação 
recente na parte central planícies, a qual é muito utiliza-
da na agricultura e na parte leste escudos cristalinos ricos 
em recursos minerais que ajudaram o estabelecimento 
de importantes pólos industriais. Veja a Figura 2.
117
Figura 1: http://wwwblogdoprofalexandre.blogspot.com.br/2010/11/as-divisoes-do-conti-
nente-americano.html
Figura 2: http://www.voyagesphotosmanu.com/mapa_do_canada.html
118
A hidrografi a é rica em rios e lagos, na qual muitos 
destes congelam durante o inverno. O rio mais impor-
tante é o rio São Lourenço que fi ca na região sudeste. 
Este rio é o mais importante escoadouro industrial ca-
nadense e faz ligação com os EUA na região dos gran-
des lagos. 
O Clima canadense é divido basicamente em dois 
grupos. Ao norte o clima é polar, Este clima possui bai-
xas temperaturas o ano todo com um inverno muito ri-
goroso.Ao sul o clima é o temperado frio. Apesar das 
temperaturas médias serem também baixas, este clima 
é mais ameno que o anterior propiciando, desta forma, 
o estabelecimento da maior parte da população e das 
atividades agrícolas.
Vegetação. Devido a rigorosidade do clima, o Cana-
dá possui pouca biodiversidade vegetal. Ao norte o cli-
ma frio possibilita o aparecimento da Tundra (liquens e 
musgos) no Sul a vegetação é de Pradarias (nas áreas de 
planície centrais) e de Taiga, tanto na costa oeste como 
leste. A Taiga é uma vegetação de coníferas que muito 
utilizada economicamente pelo Canadá, o qual extrai 
dai a matéria prima para produção de papel.
Quadro Humano
O Canadá é um país pouco populoso e pouco povoa-
do. Seu alto IDH e predomínio de população urbana faz 
forte pressão na sua estrutura demográfi ca. O País pos-
sui um baixo crescimento vegetativo o que vem acar-
retando graves problemas ligados a previdência social, 
reposição da PEA e gastos com saúde. Para tentar mi-
nimizar este problema, o Canadá incentiva a natalidade 
e a imigração. 
Dados demográfi cos - Canadá
População Absoluta - 33.milhões de habitantes
População relativa – 3,3 Habitantes por km2 
Filhos por mulher 1.5 
IDH - 0.888 (8. position)
Expectativa de vida - 81.4 anos
Estrutura etária
0 - 4 anos: 5.3 %
5 - 14 anos: 11.0 %
15 - 24 anos: 13.3 %
25 - 59 anos: 50.4 %
Acima de 60 anos: 20.0 %
O Canadá é considerado um país bilígue, pois foi 
colonizado por franceses e ingleses. Estes grupos são a 
maioria da população. Os Franceses encontram-se prin-
cipalmente em Quebec, onde é possível perceber movi-
mentos separatistas. Devido a necessidade de reposição 
da PEA o Canadá atrai muitos imigrantes que totalizam 
quase 30% da população. No país ainda existem indígi-
nas (os Inuits) que se localizam em reservas ao norte na 
região de Nunavut.
Economia:
No setor primário destaque para a extração mine-
ral (petróleo, ferro, Urânio e Alumínio), agropecuária 
(trigo nas pradarias, policultura e pecuária leiteira no 
vale do São Lourenço), extrativismo vegetal (madeira 
para fabricação de papel) extrativismo animal (caça e 
pesca).
O setor industrial é bem desenvolvido e cresceu 
após a segunda guerra mundial. Este setor é fortemente 
dependente dos EUA, que é o principal parceiro econo-
mico do país. A maior parte da industria concentra-se 
no vale do São Lourenço.
EUA
Quadro natural.
Os EUA possuem uma estrutura de relevo muito pa-
recida com o Canadá. A oeste dobramentos modernos 
(montanhas rochosas),no centro planícies e na costa 
leste escudos cristalinos (montes apalaches) (Figura 3).
Figura 3: http://home.comcast.net/~DiazStudents/ahistoryspa-
nish_units.htm
O Clima estuduninse, por sua vez, é bem mais di-
verso que o do seu visinho do norte. Este fato deve-se 
a uma combinação de fatores, o relevo é o principal 
agente na determinação do clima da costa oeste, en-
quanto que a latitude é o da costa leste. Na região oeste 
encontramos climas montanhosos e secos e na leste cli-
mas temperados frios ao norte e tropicais ao sul.
Quadro Humano.
Os EUA é muito populoso, com mais de 300 mi-
lhões de habitantes. Sua população é mal distribuída 
com a maior concentração na região nordeste, áerea de 
colonizaçaão mais antiga, e os maiores vazios na parte 
central. 
Apesar de ser a maior economia do mundo os EUA 
apresentam uma série de problemas sociais, que apesar 
119
de não serem semelhantes com os dos países pobres 
latinoamericanos, são muito relevantes. A desigualdade 
social é grande, bem como problemas relacionados a 
violência, racismo e pobreza. 
A força economica deste país atrai muitos imi-
grantes em busca de melhores condições de vida, tal 
fato propicia ao país uma grande riqueza cultural, 
devido a sua diversiade, porém é inegável a difi cul-
dade enfrentada por muitos imigranes no processo de 
socialização. Os imigrantes latinos, principalmente 
os mexicanos, apresentam os maiores problemas de 
segregação social.
MÉXICO
QUADRO NATURAL
O relevo do México pode ser dividido em duas par-
tes distintas. O norte é montanhoso, dobramanentos 
modernos, enquanto no sul predomina planícies. Tal 
distinção pode ser feita também ao clima, pois o norte 
apresenta clima árido enquanto o sul tropical.
Quadro humano
O México possui uma população absoluta da ordem 
de 110 milhões de habiantes, o que o coloca como o 
mais populoso país de lingua espanhola e o terceiro da 
América. A população está concentrada nas grandes 
cidades na região central do país (cidade do México, 
Puebla, Monterrey e Guadalajara). Este fato é chamado 
de macrocefalia urbana e é comum em países onde a 
economia é concentrada em poucas cidades. 
O México possui também uma população dividida 
entre indios e mestiços, que correspondem a imensa 
maioria da população e uma minoria branca, que de-
tém o poder político e economico. Desta maneira o país 
apresenta graves problemas sociais. O mais grave é en-
contrado no sul, na província de Chiapas, considerado 
o mais pobre estado mexicano. 
Figura 4: imigrantes mexicanos tentando entrar nos EUA - fonte: 
http://centraldotrabalhador.wordpress.com/2010/02/05/o-numero-
-de-brasileiros-presos-ao-tentar-cruzar-a-fronteira-entre-os-
-estados-unidos-e-mexico-caiu-de-31-mil-em-2005-para-menos-
-de-1-mil-em-2008/
Economia:
Os EUA são a maior economia do mundo,15 trilhões 
de dólares (mais que o dobro do segundo colocado). 
A diversidade econômica é mjuito grande e seu poder 
econômico se reverte em poder político quando seus 
interesses estão em jogo na comunidade internacional. 
O setor primário é forte, tanto no extrativismo mi-
neral como na agropecuária. Porém apesar de possuir 
um agrande quantidade de recursos o país é ainda um 
grande importador, tal fato é devido ao estilo de con-
sumo dos seus habitantes. O “American Way of Life” 
é baseado em um consumo desenfreado o que obriga 
o país ter uma política externa muitas vezes agressiva 
para satisfazer as necessidades de matéria prima de sua 
indústria. O desenvolvimento industrial estadunidense 
expandiu além das fronterias do páis. Os Eua contam 
com grande quantidade de multinacionais espalhadas 
por vários países do mundo, além de ditar padrões de 
moda e consumo por todos os continentes da Terra.
A maior parte da produção agrícula emcontra-se 
nas regiões centrais, onde o predomínio é de grandes 
propriedades altamente mecanizadas (Belts). O setor 
industrial divide-se em dois grupos: O manufactoring 
belt (industrai tradicional) na região nordeste e o Sun 
belt (indústria de alta tecnologia) na costa oeste e sul.
Figura 5 http://blogdetrabalhos.blogspot.com.br/2009/11/agricul-
tura-dos-eua.html
Figura 6: http://marcosbau.com.br/geogeral/principais-localiza-
coes-industriais/
120
Nesta provincia existe um movimento nacionalista 
indígena armado chamado de EZLN (Exército Zapa-
tista de Libertação Nacional) que ganhaou força após 
1994 com a criação do NAFTA, que, segundo membos 
do grupo, pioram a vida dos indígenas mexicanos.
Quadro Natural:
O relevo é montanhoso, de baixa altitude, e recente. 
O clima é predominatemente tropical, porém sofre a 
infl uencia da altitude.
A região está sobre um grande berçário de furações 
que muitas vezes devastam as já frágeis economias 
destes países. Outro problema natural é a instabilidade 
geológica que pode por muitas vezes gerar terríveis ter-
remotos como o que devastou o Haiiti em 2010.
Quadro Humano.
Possui um total de 45 milhões de habitantes, ape-
sar de não ser um número alto, se comparado as outras 
duas Américas, é densamente povoado devido ao fato 
de seu diminuti território.
Quanto a etnia na região do istmo há predomínio de 
mestiços indígenas, enquanto nas ilhas o predomínio é 
de negros. O IDH é baixo e a região possui gravíssimos 
problemas sociais, como a fome, pobreza extrema e ele-
vado grau de analfabetismo. No Haiti a situação é am-
pliada devido ao fato deste país, além de estar sob confl i-
to civil, ter sofrido um violento terremoto em 2010. Um 
país distinto é Cuba. Este país foi o primeiro, e único, 
país sul americano a adotar o socialismo e a economia 
planifi cada. Durante a guerra fria, cuba recebeu ajuda 
direta da URSS, porém com o fi m da bipolaridade e a 
fragmentação da União Soviética, cuba perde um im-
portante alidado e sua economia despenca. Atualmente 
há muitos problemas de abastecimento no país que ge-
ram graves problemas, tal fato ainda agrava-se quando 
se leva em conta a presença de um bloqueio econômico 
ao país imposto pelos EUA desde os anos 60.
Economia:
A América central é carente de recursos minerais, 
com excessão a Jamaica que é um grande produtor de 
Bauxita. Desta maneira as principais atividades econô-
micas são: a agricultura (plantation) e o turismo. Outro 
ponto relevante é a presença de paraísos fi scais, como 
as ilhas Cayman.
Figura 7: cartaz do grupo nacionalista EZLN - 
fonte: http://fabiotadeugeografi asdomundo.blo-
gspot.com.br/2012/04/ezln-movimento-contra-
globalizacao.html
Outro grave problema é o narcotráfi co, que tomou 
conta de vários estados e aumentaram a violência ur-
bana. A iniciativa Mérida é uma associação de forças 
entre EUA e Méxio no combate ao narcotráfi co, po-
rém muitos especialistas e defensores de grupos sociais 
vem neste plano como mais uma interferenncia dos 
EUA na política e economia mexicana do que um com-
bate efetivo as drogas. A situação é mais grave quando 
se observa que o narcotráfi co também se associou ao 
processo de imigraçlão ilegal aos EUA.
Economia.
A economia mexicana é diversicada. È um grande 
produtor de petróleo e sua produção, quase toda no 
golfo do México, é exportada principalmente para os 
EUA. No tocante a recursos minerais o Mèxico é um 
grande produtor de cobre, chumbo e prata. A Agrope-
cuária se divide em: ao norte pecuária extensiva e ao 
sul produção agrícola diversa. O País foi o primeiro 
a realizar uma reforma agrária que criou um sistema 
de coletivização de terras chamado de Ejidos. Apesar 
disto, no país ainda predomina a grande propriedade 
monocultora, as Haciendas.
O setor industrial é forte, apesar de ser bem menor 
que dos dois outros países norte americanos. Sua indús-
tria é fortemente dependente dos EUA.
AMÉRICA CENTRAL.
A América Central é dividida em:
Istmo (parte continetal)
Insular (ilhas, que por sua vez dividem-seem pe-
quenas e grandes Antilhas e Bahamas)
Figura 8: http://educacao.uol.com.br/geografi a/america-central-
-mapa-dos-paises.jhtm
121
AMÉRICA DO SUL.
QUADRO NATURAL
O continente sul americano apresenta uma grande 
cordilheira longitudinal na parte ocidental (cordilhei-
ra dos Andes), dois grandes planaltos cristalino, um ao 
norte (escudo da Guianas) e um ao sul (escudo brasi-
leiro). O continente ainda apresenta duas planícies com 
importantes bacias hidrográfi cas, como a platina ao sul 
e a amazônica ao norte.
sil (pardos), Argentina, Uruguai e Chile (Brancos). O 
IDH, em média, é baixo. A Argentina, Chile e Uruguai 
possuem os melhores índices de qualidade de vida, en-
quanto o mais pobre é a Bolívia.
Economia 
Pode-se dividir a América do Sul, do ponto de vista 
econômico, em:
Guianas: (Guiana, Suriname e Guiana Francesa): 
Pecuária e extrativismo de bauxita.
América Andina: Venezuela, Equador (Petróleo), 
Colômbia (café), Chile (cobre, pesca), Peru (Chumbo, 
Pesca) e Bolívia (gás natural, estanho).
América Platina: Paraguai (soja e pecuária), Uru-
guai (carne e couro), Argentina (agropecuária e indus-
tria).
Brasil: Agroextrativismo e setores industriais diver-
sos.
Figura 8: http://www.submarino.com.br/produto/37/21428353/
mapa+ da+america+do+sul+fi sico
O clima é predominantemente tropical, porém a 
diversidade climática é muito grande. Ao norte clima 
equatorial. Nesta região ocorre uma importante cober-
tura vegetal, a Floresta Amazônica, dotada de enorme 
biodiversidade. Na região oeste o clima predominante 
é o fri de montanha, porém ao sul andino é observado a 
presenta de dois desertos; o Atacama (no Chile) e o da 
Patagônia (na Argentina). Na região nordeste brasileira 
é encontrado o clima semi-árido, com presença de uma 
vegetação xerófi ta (caatinga). O litoral atlântico possui 
importantes formações vegetais como o mangue e a 
mata Atlantica. Vegetação de pradarias são encontradas 
na região sul do Brasil, Argentina e Uruguai, a qual são 
muito utilizadas na criação de gado.
Quadro Humano.
Região populosa com aproximadamente 360 mi-
lhões de habitantes. O mais habitado é o Brasil, com 
190 milhões. Na maioria dos países sulamericanos a 
população é mestiça ou indígena, com exceção do Bra-
Figura 9: http://www.igeo.ufrj.br/fronteiras/pesquisa/fronteira/p02 
pub03.htm
ÁSIA
A Ásia é o maior continente da Terra, com 8,6% da 
Figura 10 http://www.travelnotes.org/Asia/
122
superfície planetária (ou 29,5% das terras emersas). 
Parte oriental da Eurásia, a Ásia é também o continente 
mais populoso, com mais de 60% da população mun-
dial.
Localizada principalmente nos hemisférios oriental 
e setentrional, a Ásia costuma ser defi nida como a por-
ção da Eurafrásia (o conjunto África-Ásia-Europa) que se 
encontra a leste do mar Vermelho, canal de Suez e montes 
Urais, e ao sul do Cáucaso e dos mares Cáspio e Negro. É 
banhada a leste pelo oceano Pacífi co (mar da China Meri-
dional, mar da China Oriental, mar Amarelo, mar do Japão, 
mar de Okhotsk e mar de Bering), ao sul pelo oceano Ín-
dico (golfo de Áden, mar Arábico e golfo de Bengala) e ao 
norte pelo oceano Ártico.
GRANDES REGIÕES DA ÁSIA
As diferenças e semelhanças entre os países asiáti-
cos fazem com que a regionalização do continente pos-
sa ser feita em cinco grandes conjuntos:
Oriente Médio
Ásia Meridional
Ásia Oriental
Sudeste asiático
Comunidade dos Estados Independentes (CEI), a ex-
-União Soviética
Outra divisão possível, em grandes áreas geográfi -
co-culturais, é a seguinte:
Ásia Central
Extremo Oriente
Indochina
Médio Oriente
Sibéria 
Subcontinente indiano
Sudeste asiático
ORIENTE MÉDIO
Posicionada em região de contato entre a África, 
Europa e o restante da Ásia e recortada por estreitos e 
golfos possui as maiores reservas de petróleo do pla-
neta. Isto faz desta região uma área estratégica e de in-
teresse mundial. O caldeirão étnico e religioso é força 
motriz de confl itos políticos e de disputa de territórios.
Quadro Natural
O Oriente Médio possui dobramentos modernos ao 
norte, esudos cristalinos no oeste e planícies no centro. 
O clima é predominantemente árido que faz com que a 
hidrografi a seja principalmente de rios intermitentes e 
efemeros, porém a existencia de rios perenes, como o 
Tigre, Eufrates e Jordão ajudam na agricultura e fazem 
parte do chamado crescente fértil. 
Quadro humano:
Região com 270 milhões de habitantes, os quais ha-
bitam principalmente as áreas do crescente fértil. Re-
gião marcada por grande diversadade étnica e religiosa 
o que impulsiona confl itos. Destaque para:
Questão Curda: Maior nação sem estado do mundo. 
Habitam o curdistão que está entre Iraque, Turquia, Irã 
e Síria
Figura 11: http://pt.wikipedia.org/wiki/Crescente_F%C3%A9rtil
Figura 12 http://geointocaveis.blogspot.com.br/2011/10/separatis-
tas-curdos-na-turquia.html
123
Questão Palestina: Confl ito pelos territórios a oes-
te do rio Jordão. Os confl itos tiveram como ponto de 
partida o fi m da primeira guerra mundial, quando logo 
após a derrota do império turco migrantes judeus, ins-
pirados no movimento sionista, partiram em direção a 
palestina, então administrada pelos ingleses. A disputa 
é entre palestinos e Judeus. Ambos reividicam a posse 
do território utilizando, muitas vezes argumentos reli-
giosos.
Os judeus alegavam ser a “terra prometida” por 
Deus e perdida durante a dominação romana. Após o 
fi m da segunda guerra e com a revelação ao mundo do 
holocausto (o massacre de milhares de judeus nos cam-
pos de concentração nazista) é criado a partilha da pa-
lestina em 1947. Em 1948 o estado judeu é criado. No 
mesmo dia de sua criação, países árabes liderados pelo 
Egito e Jordânia atacam Israel num confl ito que vai ser 
conhecido posteriormente como a guerra da idependen-
cia. A vitóriria israelense permite ao páis ampliar suas 
fronteiras. Além deste confl ito ocorreram também ou-
tros como 1956 – guerra de Suez, 1967 guerra dos seis 
dias e 1973 guerra do Yom Kippur, todos vencidos por 
Israel. A região passou por duas tentativas de acordos 
de paz, uma em Oslo (1990) e outra em 2001 conhecido 
como o “mapa da estrada”. Ambos não conseguiram o 
resultado desejado. Atualmente os palestinos possuem 
um duvidoso controle político sobre a Faixa de Gaza 
(controlada pelo grupo Hamas) e a Cisjordânia (contro-
lada pelo Fatah) e lutam pelo reconhecimento da Pales-
tina na ONU.
QUESTÃO IRANIANA.
O Irã é atualmente um dos países que mais preo-
cupam o mundo ocidental, em especial os EUA. Até 
1979 o Irã era uma país de maioria muçulmana, porém 
progressista. O governo era feito pelos xás e aliados 
dos EUA. No fi nal dos anos 70 ocorreu uma revolução 
que culminou com a entrada dos muçulmanos no poder 
(regime dos aiatolás) e criação de uma teocracia. 
O rompimento com EUA tornou-se evidente. Nos 
anos 80 pais entra em guerra com o Iraque (este apoia-
do pelos EUA) Atualmente desenvolve um programa 
nuclear, que segundo os dirigentes iranianos possui fi ns 
pacífi cos, opnião não compartilhada pelos EUA e Is-
rael que acusam o Irã de tentar produzir armamentos 
nucleares.
O isolamento, somado à recente crise econômica 
que gerou índice de infl ação e desemprego em mais de 
20% no país, acirrou o descontentamento das classes 
urbanas, mais instruídas e não religiosas no Irã, com 
destaque para mulheres e jovens na campanha pró-
-reformas. Foram eles que apoiavam o candidato de 
oposição, Mousavi, mesmo que não fossem esperadas 
grandes mudanças na condução da política teocrática.
Com a repercussão dos protestos, trava-se nos basti-
dores uma disputa entre aiatolás pelo comando do país. 
Na tentativa de manter o controle, o governo pode a 
qualquer hora reprimir com violência os protestos, o 
que terá um saldo negativo aos olhos da comunidade 
internacional.Se, por outro lado, relutar numa resposta 
rápida ao povo, o crescimento do movimento popular 
poderá, três décadas depois, desencadear uma nova re-
volução.
Figura 13: http://blogln.ning.com/profi les/blogs/porque-nao-se-
-publica-mapas
Após o anúncio da reeleição do presidente Mah-
moud Ahmadinejad, no último dia 12 de junho, a ca-
pital iraniana, Teerã, virou palco dos maiores protestos 
contra o governo nos últimos 30 anos. As manifesta-
ções expuseram a fragilidade da democracia no país 
controlada pelos aiatolás e uma sociedade dividida en-
tre a tradição e a modernidade.
Na verdade, o Irã está longe de ser uma democracia. O 
país é uma república teocrática, em que o poder político 
e religioso é concentrado na fi gura do Líder Supremo, o 
aiatolá Ali Khamenei. É ele quem controla as Forças Arma-
das, o Poder Judiciário e a imprensa estatal iraniana (radio 
e TV), além de escolher quem pode concorrer às eleições 
presidenciais no país.
124
De 475 candidaturas, apenas quatro foram aprova-
das pelo Conselho dos Guardiões, órgão formado por 
seis clérigos e seis juristas que, na estrutura do poder 
legislativo iraniano, só está abaixo do Líder Supremo. 
Todos os candidatos que concorreram são homens e 
mulçumanos xiitas.
Na disputa eleitoral, o Irã fi cou polarizado entre o 
atual presidente e o “moderado” Mir-Hossein Mousavi, 
que tem apoio das mulheres, dos estudantes e da classe 
média reformista do país. Ahmadinejad é considerado 
radical por negar o holocausto, defender o fi m do Esta-
do judeu e por desafi ar o Ocidente com um programa 
nuclear com fi ns militares.
O clima de tranqüilidade das campanhas eleito-
rais, no entanto, deu lugar aos protestos que reuniram 
centenas de milhares de pessoas nas ruas de Teerã. As 
manifestações já deixaram sete mortos e dezenas de 
feridos em confrontos com milícias governistas e a te-
mida Guarda Revolucionária, grupo militar de elite do 
aiatolá.
As suspeitas de fraudes levaram o Líder Supremo, 
que raras vezes faz pronunciamentos, a determinar a 
recontagem parcial de votos e investigação pelo Con-
selho dos Guardiões. Os oposicionistas, por sua vez, 
liderados por Mousavi, querem a anulação do pleito.
Segundo analistas, a recontagem de votos difi cil-
mente irá alterar o resultado, ratifi cando o sentimento, 
entre os iranianos, de que as eleições não passaram de 
uma representação teatral, num jogo previamente de-
cidido.
Mas foi a vontade de mudar que levou a um índi-
ce recorde de 84% de iranianos que compareceram às 
urnas (o voto não é obrigatório no país). Ahmadinejad 
foi reeleito com 24,5 milhões de votos, 62,7%, contra 
33,7% de Mousavi. Em 2005, o presidente foi eleito 
no segundo turno com 14 milhões de votos e compare-
cimento de pouco mais da metade dos eleitores, 52%.
O que levantou suspeita sobre as eleições presi-
denciais foi o anúncio da vitória duas horas depois do 
fechamento das urnas. Em geral, a contagem de mais 
de 40 milhões de votos em cédulas de papel, escritas à 
mão, leva até três dias. Além disso, pesquisas aponta-
vam ao menos uma disputa apertada entre os candida-
tos, não uma vitória do presidente com folgada margem 
de votos no primeiro turno.
Em represália às manifestações, o Estado mandou 
prender líderes reformistas, bloqueou a internet e servi-
ços de telefonia móvel, além de fechar universidades, 
proibir comícios e reuniões e cerceou o trabalho da im-
prensa estrangeira no país. 
Um dos maiores “inimigos” do Estado iraniano 
são as redes sociais na internet e o microblog Twitter, 
usados pelos manifestantes para romper a censura da 
imprensa estatal e o impedimento de jornalistas estran-
geiros de cobrirem os protestos de rua na capital.
SUDESTE ASIÁTICO.
Também conhecido como Ásia de Monções, englo-
ba países como a Índia, Paquistão, Bangladesh, Cam-
boja, Laos, Mianmar e Vietnã. 
QUADRO NATURAL.
O relevo é caracterizado por uma cadeia monta-
nhosa ao norte, escudos cristalinos ao sul e planícies 
aluvionares no centro. Nestas existem grandes rios 
alimentados pelos altos índices pluviométricos do ve-
rão monçonoico. Destaque para os rios Ganges, Indu e 
Mekong.
QUADRO HUMANO.
Trata-se de uma das região mais populosas do mun-
do, com a população se aglomerando junto aos rios. A 
grande diversiadde religiosa marca estes países e tam-
bém, a exemplo do Oriente Médio, motiva confl itos, 
destaque para a disputa de indus (Índia) e muçulmanos 
(Paquistão) pelo controle da Caxemira.
CHINA.
País mais populoso do mundo com mais de 1,3 bi-
lhões de habitantes. A maior parte da população con-
centra-se na porção sudeste. O regime político chinês 
é de partido único, mas a economia é um misto de eco-
nomia de mercado com planifi cação. Atualmente é a 
segunda economia do mundo e a que mais cresce no 
mundo. O desenvolvimento foi uma combinação de 
desenvolvimento tecnológico com super exploração da 
mão de obra. Na região litorâne a china desenvolveu 
cidades de capital aberto de plataformas de exportação, 
as ZEEs (Zonas Economicas Especiais).
JAPÃO
O país é um grande arquipélago montanhoso sujeito 
a tectonismo ativo, responsável pela grande trajédia de 
2011, um terremoto de 9º na escala Richter seguido de 
um violento tsunami. 
Figura 14 http://geografi aaovivo.blogspot.com.br/2008/06/confl i-
tos-tnicos-na-atualidade-1.html
125
O Japão é uma grande potencia econômica com 
forte desenvolvimento tecnológico e produção de alto 
valor agregado. O processo de industrialização japonês 
se no século XIX (era Meji) e se fortaleceu ogo apõs a 
segunda grande guerra mundial, o conhecido milagre 
japonês. Apesar de ser ainda uma grande força econô-
mica o Japão sofre com a turbulência econômica gera-
da pela crise de 2008 nos EUA.
TIGRES ASIÁTICOS
São países que tiveram grandes avanços econômi-
cos na década de 80 do século XX, combinando inves-
timentos em educação, infraestrutura com produção 
voltada para a exportação. Trata-se de países que ini-
cialmente eram formados por Coréia do Sul, Singapu-
ra, Taiwan e Hong Kong.
CEI E RÚSSIA.
Antigos países da ex URSS. O fi m do socialismo e 
a entrada da economia de mercado marcou profundas 
mudanças econômicas e sociais nestes países. Na Rús-
sia houve o fortalecimento do crime organizado (máfi a 
Russa) e o desemprego. Recentemente a economia vol-
tou a crescer, mas são notórios os casos de corrupção e 
controle da imprensa. Movimentos separatistas como o 
da Chechênia e o do Daguestão tornam o clima políti-
co instável e violento. Os Paises próximos ao Caspio, 
como o Cazaquistão, Azerbaijõ, Turcomenistão, pos-
suem maioria muçulmana e enfrentam ainda grandes 
problemas sociais e confl itos étnicos.
ÁFRICA
A África é o terceiro continente mais extenso (atrás 
da Ásia e das Américas) com cerca de 30 milhões de 
quilômetros quadrados, cobrindo 20,3 % da área total 
da terra fi rme do planeta. É o segundo continente mais 
populoso da Terra (atrás da Ásia) com cerca de 900 mi-
lhões de pessoas, representando cerca de um sétimo da 
população do mundo, e 53 países independentes; apesar 
de existirem colônias pertencentes a outros países fora 
desse continente, principalmente ilhas, por exemplo Ma-
deira, pertencente a Portugal, Ilha de Ascensão perten-
cente ao Reino Unido entre outras.
Apresenta grande diversidade étnica, cultural e po-
lítica. Nesse continente são visíveis as condições de 
pobreza, sendo o continente africano o mais pobre de 
todos; dos trinta países mais pobres do mundo (com 
mais problemas de subnutrição, analfabetismo, baixa 
expectativa de vida, etc.), pelo menos 21 são africanos.
[2] Apesar disso existem alguns poucos países com um 
padrão de vida razoável (comparável no máximo ao 
Brasil ou Bulgária), assim não existe nenhum país real-
mente desenvolvido na África. O subdesenvolvimento, 
os confl itos entre povos e as enormes desigualdadesso-
ciais internas, são o resultado das grandes modifi cações 
introduzidas pelos colonizadores europeus. 
A África costuma ser regionalizada de duas formas, a 
primeira forma, que valoriza a localização dos países e os 
dividem em cinco grupos, que são a África setentrional 
ou do Norte, a África Ocidental, a África central, a África 
Oriental e a África meridional. A segunda regionalização 
desse continente, que vem sendo muito utilizada, usa cri-
térios étnicos e culturais (religião e etnias predominantes 
em cada região), é dividida em dois grandes grupos, a 
África Branca ou setentrional formado pelos oito países 
da África do norte, mais a Mauritânia e o Saara Ocidental, 
e a África Negra ou subsaariana formada pelos outros 44 
países do continente.
Cinco dos países de África foram colónias portu-
guesas e usam o português como língua ofi cial: Angola, 
Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique e São Tomé e 
Príncipe; em Cabo Verde, Guiné-Bissau e São Tomé e 
Príncipe são ainda falados crioulos de base portuguesa.
QUADRO NATURAL
O relevo africano, predominantemente planáltico, 
apresenta considerável altitude média - cerca de 750 
metros. As regiões central e ocidental são ocupadas, 
em sua totalidade, por planaltos intensamente erodi-
dos, constituídos de rochas muito antigas e limitados 
por grandes escarpamentos.
Os planaltos contornam depressões cortadas por 
rios, nas quais também se encontram lagos e grandes 
bacias hidrográfi cas, como as do Nilo, do Congo, do 
Chade, do Níger, do Zambeze, do Limpopo, do Cuban-
go e do Orange. Ao longo do litoral, situam-se as planí-
cies costeiras, por vezes bastante vastas. Destacam-se, 
a oeste e nordeste do continente, quando se estendem 
para o interior. As planícies ocupam área menor do que 
a dos planaltos. Podemos citar as planícies do Níger e 
do Congo.
Na porção oriental da África encontra-se uma de 
suas características físicas mais marcantes: uma falha 
geológica estendendo-se de norte a sul, o Grande Vale 
do Rift, em que se sucedem montanhas, algumas de 
origem vulcânica e grandes depressões. É nessa região 
que se localizam os maiores lagos do continente, cir-
cundados por altas montanhas, de mencionar o Quili-
manjaro (5895 metros), o monte Quênia (5199 metros) 
e o Ruwenzori (5109 metros).
Figura 15 http://educacao.uol.com.br/geografi a/africa-mapa.jhtm
126
Podemos destacar ainda dois grandes conjuntos de 
terras altas, um no norte, outro no sul do continente:
• a Cadeia do Atlas, que ocupa a região setentrional do 
Marrocos, da Argélia e da Tunísia. É de formação re-
cente a apresenta montanhas cujos picos chegam a 
atingir 4000 metros de altura; nesta região, o subsolo 
apresenta signifi cativas reservas de petróleo, gás na-
tural, ferro, urânio e fosfato.
• a Cadeia do Cabo, na África do Sul. É de formação 
antiga, culminando nos Montes Drakensberg, com 
mais de 3400 metros de altura.
Completando uma visão do relevo africano, é pos-
sível observar ainda a existência de antigos maciços 
montanhosos em diferentes pontos do continente: o da 
Etiópia, formado a partir de erupções vulcânicas, o de 
Fouta Djalon e o de Hoggar, além de vários outros.
O Planalto dos Grandes Lagos assinala o início de 
inclinação do relevo africano, do leste para o continen-
te, que favorece a drenagem de bacias fl uviais interio-
res, como as dos rios Congo, Zambeze e Orange.
CLIMA
Mapa climático da África de acordo com a classifi -
cação climática de Köppen-Geiger.
A linha do Equador divide a África em duas partes 
distintas: o norte é bastante extenso no sentido leste-oes-
te; o sul, mais estreito, afunila-se onde as águas do Índico 
se encontram com as do Atlântico. Quase três quartos do 
continente estão situados na zona intertropical da Terra, 
apresentando, por isso, altas temperaturas com pequenas 
variações anuais.
Distinguem-se na África os climas equatorial, tropi-
cal, desértico e mediterrâneo.
O clima equatorial, quente e úmido o ano todo, abran-
ge parte da região centro-oeste do continente; o tropical 
quente com invernos secos domina quase inteiramente as 
terras africanas, do centro ao sul, inclusive a ilha de Ma-
dagascar; o clima desértico, por sua vez, compreende uma 
grande extensão da África, acompanhando os desertos do 
Saara e de Calaari.
O clima mediterrâneo manifesta-se em pequenos tre-
chos do extremo norte e do extremo sul do continente, 
apresentando-se quente com invernos úmidos. No Magre-
be, a agricultura é importante, cultivando-se vinhas, oli-
veiras, cítricos e tâmaras, enquanto que no sul, principal-
mente na península do Cabo, o vinho, introduzido pelos 
imigrantes franceses, no século XVII, é igualmente uma 
fonte de riqueza local.
A pluviosidade na África é bastante desigual, sendo 
a principal responsável pelas grandes diferenças entre 
as paisagens africanas. As chuvas ocorrem com abun-
dância na região equatorial, mas são insignifi cantes nas 
proximidades do Trópico de Câncer, onde se localiza o 
Deserto do Saara, e do Trópico de Capricórnio, região 
pela qual se estende o Calaari.
Localizados no interior do território africano, os de-
sertos ocupam grande parte do continente. Situam-se 
tanto ao norte (Dyif, Iguidi, da Líbia - nomes regionais 
do Saara) quanto ao sul (da Namíbia - denominação lo-
cal do Deserto de Calaari).
HIDROGRAFIA
O Rio Nilo como visto do espaço sideral.
127
Tendo as regiões norte e sul praticamente tomadas 
por desertos, a África possui relativamente poucos rios. 
Alguns deles são muito extensos e volumosos, por es-
tarem localizados em regiões tropicais e equatoriais; 
outros atravessam áreas desérticas, tornando a vida 
possível ao longo de suas margens.
A maior importância cabe ao rio Nilo, o segundo mais 
extenso do mundo (após o Solimões-Amazonas), cujo 
comprimento é superior a 6.500 quilômetros. Nasce nas 
proximidades do Lago Vitória, percorre o nordeste afri-
cano e deságua no mar Mediterrâneo. Forma, com seus 
afl uentes, uma bacia de quase três milhões de quilôme-
tros quadrados, cinco vezes mais extensa que o estado de 
Minas Gerais. O vale do rio Nilo, abaixo da confl uência 
entre o Nilo Branco e o Nilo Azul, apresenta um solo 
extremamente fértil, no qual se pratica intensamente a 
agricultura, onde as principais culturas são o algodão e 
o trigo. As grandes civilizações egípcia e de Meroé, na 
Antiguidade existiram, em parte, em função de seu ciclo 
anual de cheias.
Além do Nilo, outros rios importantes para a África 
são o Congo, o Níger e o Zambeze. Menos extensos, 
mas igualmente relevantes, são o Senegal, o Orange, o 
Limpopo e o Zaire.
No que se refere aos lagos, a África possui alguns 
mais extensos e profundos, a maioria situada no leste do 
continente, como o Vitória, o Rodolfo e o Tanganica. Este 
último, com quase 1.500 metros de profundidade, eviden-
cia com mais ênfase a grande falha geológica na qual se 
alojaram os lagos. O maior situado na região centro-oeste 
é o Chade.
VEGETAÇÃO
Vegetação de savana na Tanzânia.
aparecem as savanas, que constituem o tipo de vege-
tação mais abundante no continente. Circundam essa 
região zonas em que as temperaturas são mais amenas, 
a pluviosidade menor e as estações secas bem pronun-
ciadas. Aí se encontram estepes, que, à medida que al-
cançam áreas mais secas, tornam-se progressivamente 
mais ralas, até se transformarem em regiões desérticas.
Ao longo do litoral do mar Mediterrâneo e da África 
do Sul, sobressai a chamada vegetação mediterrânea, 
formada por arbustos e gramíneas. Nesta área concen-
tra-se a maior parte da população branca do continente.
Leão descansando na Namíbia.
Nas áreas de clima equatorial as chuvas são abun-
dantes o ano inteiro; graças à pluviosidade, a vegetação 
dominante é a fl oresta equatorial densa e emaranhada. 
Ao norte e ao sul dessa faixa, onde o verão é menos 
úmido e a regiãoestá sujeita às infl uências marítimas, 
Como parte signifi cativa de sua vegetação está pre-
servada, a África conserva ainda numerosos espécimes 
de sua fauna: a fl oresta equatorial constitui abrigo, prin-
cipalmente, para aves e macacos; as savanas e estepes 
reúnem antílopes, zebras, girafas, leões, leopardos, ele-
fantes, avestruzes e animais de grande porte em geral.
COLONIZAÇÃO EUROPEIA
No período da expansão marítima europeia, no século 
XV, os portugueses tentavam contornar a costa africana 
para chegar nas Índias em busca de especiarias. Muitas 
áreas da costa africana foram conquistadas e o comércio 
europeu foi estendido para essas áreas.
Na África existiam muitas tribos primitivas (segun-
do a visão etnocentrista europeia) que viviam em con-
tato com a natureza e não tinham tecnologia avançada. 
Havia guerras entre tribos diferentes, a tribo derrotada 
na guerra se tornava escrava da tribo vencedora.
No período de Colonização da América, ocorria o 
tráfi co negreiro, em que eram buscados negros da Áfri-
ca para trabalhar como escravos nas colônias como 
mão de obra, principalmente nas plantações. Os escra-
vos eram conseguidos pelos europeus por negociações 
com as tribos vencedoras, trocando os escravos por 
mercadorias de pouco valor na Europa, como tabaco e 
aguardente, e levados para América como peças (mer-
cadorias valiosas).
128
Após a Revolução Industrial e a independência das 
colônias do continente americano, no século XVIII, as 
potências europeias começaram a dominar adminis-
trativamente várias áreas da África e da Ásia para ex-
pandir o comércio, buscar matérias-primas e mercado 
consumidor, e deslocar a mão de obra desempregada 
da Europa.
Na colonização, a África foi dividida de acordo com 
os interesses europeus, que culminou com a partilha do 
continente pelos estados europeus na Conferência de 
Berlim, em 1885. Tribos aliadas foram separadas e tri-
bos inimigas unidas. Após a Segunda Guerra Mundial, 
as colônias na África começaram a conquistar a inde-
pendência, formando os atuais países africanos.
perpétua. De 1958 a 1976, a política do apartheid se 
fortaleceu com a criação dos bantustões, apesar dos 
protestos da maioria negra (vide Massacre de Soweto).
Diante de tal situação, cresceram o descontentamen-
to e a revolta da maioria subjugada pelos brancos; os 
choques tornaram-se frequentes e violentos; e as ma-
nifestações de protesto eram decorrência natural desse 
quadro injusto. A comunidade internacional usou algu-
mas formas de pressão contra o governo sul-africano, 
especialmente no âmbito diplomático e econômico, no 
sentido de fazê-lo abolir a instituição do apartheid.
Finalmente, em 1992, Frederik de Klerk aboliu as 
leis discriminatórias e libertou Mandela. Em 1994, ti-
veram lugar as primeiras eleições multirraciais na Áfri-
ca do Sul, em que o CNA ganhou a maioria, embora 
dando o lugar de Vice-presidente a De Klerk; o CNA 
continuou a ganhar as eleições até 2009, continuando 
a governar.
DESCOLONIZAÇÃO DA ÁFRICA
HISTÓRIA DA DESCOLONIZAÇÃO DE ÁFRICA
Apartheid
Placa na praia em Durban que indica “área de banho 
para integrantes do grupo branco”, em Inglês, em Afri-
caner e Zulu (1989).
A questão racial assumiu uma forma radical na Áfri-
ca do Sul: embora os negros, mestiços e descendentes 
de indianos constituíssem 86% da população, eram os 
brancos que detinham todo o poder político, e somente 
eles gozavam de direitos civis.
A origem desse sistema, denominado apartheid, 
data de 1911, quando os africânderes (descendentes 
de agricultores holandeses e franceses que emigraram 
para a África do Sul) e os britânicos estabeleceram 
uma série de leis para consolidar seu domínio sobre os 
negros. Em 1948, a política de segregação racial foi 
ofi cializada, criando direitos e zonas residenciais para 
brancos, negros, asiáticos e mestiços.
Na década de 1950, foi fundado o Congresso Nacio-
nal Africano (CNA), partido político contrário ao apar-
theid na África do Sul. Em 1960, o CNA foi declarado 
ilegal e seu líder Nelson Mandela, condenado à prisão 
As duas grandes guerras que fustigaram a Europa 
durante a primeira metade do século XX deixaram 
aqueles países sem condições para manterem um domí-
nio econômico e militar nas suas colônias. Estes pro-
blemas, associados a um movimento independentista 
que tomou uma forma mais organizada na Conferência 
de Bandung, levou as antigas potências coloniais a ne-
gociarem a independência das colônias, iniciando-se a 
descolonização.
Este processo foi geralmente antecedido por um 
confl ito entre as “forças vivas” da colônia e a admi-
nistração colonial, que pode tomar a forma duma guer-
ra de libertação (como foi o caso de algumas colônias 
Mapa de África com as várias datas de independência.
129
portuguesas e da Argélia). No entanto, houve casos em 
que a potência colonial, quer por pressões internas ou 
internacionais, quer por verifi car que a manutenção de 
colônias lhe traz mais prejuízos que benefícios, deci-
de por sua iniciativa conceder a independência às suas 
colônias, como aconteceu com várias das ex-colônias 
francesas e britânicas. Nestes casos, foi frequente o es-
tabelecimento de acordos em que a potência colonial 
tem privilégios no comércio e noutros aspectos da eco-
nomia e política.
A África está separada da Europa pelo mar Mediter-
râneo e liga-se à Ásia na sua extremidade nordeste pelo 
istmo de Suez. No entanto, a África ocupa uma única 
placa tectônica, ao contrário da Europa que partilha 
com a Ásia a Placa Euro-asiática.
Do seu ponto mais a norte, Ras ben Sakka, em Mar-
rocos, à latitude 37°21′ N, até ao ponto mais a sul, o 
cabo das Agulhas na África do Sul, à latitude 34°51′15″ 
S, vai uma distância de aproximadamente 8 000 km. 
Do ponto mais ocidental de África, o Cabo Verde, no 
Senegal, à longitude 17°33′22″ W, até Ras Hafun na 
Somália, à longitude 51°27′52″ E, vai uma distância de 
cerca de 7 400 km.
Para além do mar Mediterrâneo, a norte, África é 
banhada pelo oceano Atlântico na sua costa ocidental e 
pelo oceano Índico do lado oriental. O comprimento da 
linha de costa é de 26 000 km.
Localização
Com uma área territorial de pouco mais de 30 mi-
lhões de quilômetros quadrados, o continente africano 
é o terceiro em extensão. Cortam a África, três dos 
grandes paralelos terrestres: Equador, Trópico de Cân-
cer e Trópico de Capricórnio, além do Meridiano de 
Greenwich. Há cinco diferentes fusos horários. O con-
tinente tem o formato aproximado de um crânio huma-
no visto de lado com o nariz - a península da Somália 
- apontado para leste.
Estendendo-se de 37 graus de latitude norte a 34 
graus de latitude sul e de 18 graus de longitude oeste a 
51 graus de longitude leste, o território africano distri-
bui-se pelos quatro hemisférios do planeta Terra. Por 
outro lado, está compreendido em apenas duas zonas 
climáticas: a zona intertropical (equatorial e tropical 
norte e sul) e temperada do norte e do sul.
A África apresenta litoral pouco recortado e é ba-
nhada, a oeste, pelo oceano Atlântico; a leste, pelo 
oceano Índico; ao norte, pelo mar Mediterrâneo; e a 
nordeste, pelo mar Vermelho.
Dentre os acidentes geográfi cos litorâneos, merecem 
destaque o golfo da Guiné no Atlântico Sul; e o estreito 
de Gibraltar, entre o Oceano Atlântico e o mar Mediter-
râneo, junto da península Ibérica, na Europa. Há ainda 
no leste do continente, a península da Somália, chamada 
também de Chifre da África, e o golfo de Áden, formado 
por águas do oceano Índico e limitado pela península 
Arábica, que pertence à Ásia. Ao sul, encontra-se o cabo 
da Boa Esperança.
A África não possui muitas ilhas ao seu redor. No 
Atlântico, localizam-se algumas, formadas por picos 
submarinos, como as Ilhas Canárias e a Ilha da Madei-
ra, bem como os arquipélagos de São Tomé e Príncipe 
e de CaboVerde. No Oceano Índico encontram-se uma 
grande ilha — a de Madagáscar — e outras de extensão 
reduzida, entre as quais Comores, Maurício e Seychel-
les.
Regiões
Os contrastes presentes na África manifestam-se em 
diversos níveis: suas paisagens são diversifi cadas; os 
povos que a habitam, pertencentes a várias etnias dis-
tintas, expressam-se em múltiplos idiomas ou dialetos 
e professam diferentes credos religiosos. Além disso, 
movimentos separatistas têm frequentemente alterado 
as feições políticas do continente, em que atualmente 
se contam 53 Estados autônomos e seis territórios não-
-independentes.
Por isso, agrupar os países da África em conjuntos 
homogêneos não constitui tarefa simples. Entretanto, 
por razões didáticas, vamos dividir o continente em 
cinco regiões principais: África do Norte, África Oci-
dental, África Centro-ocidental, África Centro-oriental 
e África Meridional.
ÁFRICA DO NORTE
A porção setentrional do continente é a mais extensa, 
comportando três subdivisões: os países do Maghreb, 
os países do Saara e o vale do Nilo.
A palavra maghreb, de origem árabe, signifi ca “onde o 
Sol se põe”, ou seja, o ocidente. Essa sub-região correspon-
de ao noroeste africano e engloba o Marrocos, a Argélia e 
a Tunísia.
Na paisagem, os traços físicos mais marcantes são a 
Cadeia do Atlas, junto ao Mar Mediterrâneo, e o grande 
Deserto do Saara em que se distinguem dois trechos: 
um dominado por dunas arenosas, conhecido por Erg, e 
outro bastante pedregoso, denominado Hamadas.
Vista aérea de Argel, a capital da Argélia.
130
O clima da região é do tipo mediterrâneo na verten-
te norte do Atlas e do tipo desértico ao sul dessa cadeia. 
A população distribui-se de modo irregular: é densa nas 
áreas mais úmidas e, naturalmente, escassa nas áreas 
desérticas, onde predominam os árabes e os berberes, 
que geralmente professam o islamismo.
Em virtude de condições naturais desfavoráveis, a 
agropecuária é pouco desenvolvida, embora empregue 
grande parte da população ativa desses países. Destaca-
-se a agricultura mediterrânea, em que se cultivam vi-
nhas, oliveiras, cítricos e tâmaras. Pratica-se a pecuária 
extensiva nas áreas semiáridas e a pecuária nômade no 
deserto.
Ricos em minérios, de que são grandes exportado-
res, os países do Maghreb conseguiram implantar vá-
rios centros industriais de destaque, como Argel, Túnis, 
Orã, Casablanca, Rabat, Fez e Marrakesh, que são al-
gumas das maiores e mais belas cidades da África.
A Argélia é rica em petróleo e gás natural, sendo 
também membro da OPEP. Marrocos e Tunísia são 
grandes exportadores de fosfatos, matéria-prima para a 
indústria de fertilizantes.
Tais restrições do meio conduzem ao nomadismo 
grande parte da população, que, formada basicamen-
te por negros e árabes, tem a pecuária como principal 
atividade econômica. Entretanto, o subsolo apresenta 
signifi cativas reservas de petróleo, gás natural, ferro e 
urânio.
A Líbia é o país mais importante desse grupo, tanto 
pela produção petrolífera quanto pela controvertida polí-
tica externa, que tem chamado a atenção do mundo, em 
diversas ocasiões. Recentemente o então presidente, Mu-
amar Kadhafi , foi deposto e assassinato por dissidentes. 
Tal acontecimento resultado da “primavera árabe” que 
ocorreu em 2011 em vários países árabes do norte da Áfri-
ca, que envolviam protestos exigindo o fi m de governos 
considerados ditariais e a exigencia de maior participação 
popular nas decisões políticas.
Inclui-se ainda nessa sub-região o território do Saa-
ra Ocidental, que até 1976 pertenceu à Espanha e ain-
da não conseguiu tornar-se uma nação independente, 
pois é disputado pelo Marrocos, pela Mauritânia e pela 
Argélia, que pretendem anexá-lo ao seu território. Isso 
porque, entre outras razões, essa é uma região muito 
rica em fosfato.
VALE DO NILO
Magrebe, a parte ocidental do mundo árabe.
Mapa topográfi co do Saara
O vasto Deserto do Saara se estende por diversos 
países, mas é o traço físico que nos permite agrupar 
Mauritânia, Mali, Níger, Chade e Líbia na mesma 
sub-região. A aridez do solo e a predominância do 
clima desértico não favorecem as atividades econô-
micas; os obstáculos para a implantação de indús-
trias são muitos, e a agricultura só é possível junto 
aos oásis e em curtos trechos do litoral.
Apesar de Egito e Sudão também se encontrarem 
em meio ao Deserto do Saara, a presença do rio Nilo 
permite que os agrupemos em outra sub-região. For-
mado pelos rios Nilo Branco e Nilo Azul, o Nilo atra-
vessa todo o território desses países, proporcionando 
melhores condições de vida para suas populações.
O vale por onde corre apresenta um solo extrema-
mente fértil, no qual se pratica intensamente a agri-
cultura. Em consequência desse fato, Egito e Sudão 
contam com uma população numericamente superior 
à dos outros países em que o deserto se faz presente. O 
Cairo é, aliás, a mais populosa cidade africana e uma 
das maiores do mundo, com mais de 11 milhões de ha-
bitantes.
Há predominância de brancos, principalmente ára-
bes e berberes, mas é grande a presença de negros na 
parte meridional do Sudão.
As Pirâmides de Guizé, no Egito.
131
Sustentáculo da economia local, a atividade agrícola 
responde por uma grande produção de algodão, à qual 
se seguem as colheitas de milho, trigo e arroz. O cultivo 
não ocorre apenas nas terras próximas às margens do 
Nilo, pois foram construídas várias barragens que pos-
sibilitam a irrigação de áreas desérticas relativamente 
distantes do leito.
Pouco signifi cativa no Sudão, a indústria é no Egito 
mais desenvolvida e diversifi cada, notadamente a side-
rúrgica, a elétrica e a têxtil, bem como as de produ-
tos químicos e alimentícios. Também em solo egípcio 
encontram-se reservas de petróleo e gás natural, além 
de ferro, fosfato e potássio.
Esse quadro, aliado à posição estratégica, confere 
ao Egito o título de país mais importante da sub-região, 
cujas cidades principais são Cairo, Alexandria ambas 
egípcias e Cartum (no Sudão).
ÁFRICA OCIDENTAL
senvolvidos no setor são: Nigéria, Costa do Marfi m e 
Senegal. Regiões
Os contrastes presentes na África manifestam-se em 
diversos níveis: suas paisagens são diversifi cadas; os 
povos que a habitam, pertencentes a várias etnias dis-
tintas, expressam-se em múltiplos idiomas ou dialetos 
e professam diferentes credos religiosos. Além disso, 
movimentos separatistas têm frequentemente alterado 
as feições políticas do continente, em que atualmente 
se contam 53 Estados autônomos e seis territórios não-
-independentes.
Essa região situa-se entre o Deserto do Saara e o 
Golfo da Guiné e abrange 17 países independentes, al-
guns de reduzida área territorial.
Os terrenos são antigos e, por essa razão, bastante 
erodidos, verifi cando-se a presença de formações ro-
chosas cristalinas. Devido à sua posição geográfi ca, a 
região apresenta clima equatorial, com áreas de sava-
nas ao norte e densas fl orestas ao sul, onde os índices 
de pluviosidade são mais elevados.
Em virtude dessas características, a África Ociden-
tal possui densidade demográfi ca maior que a da região 
do Saara. Concentra-se na Nigéria 60% de sua popula-
ção, composta por negros do grupo sudanês.
Todos os países são economicamente subdesenvol-
vidos, constituindo a agricultura sua atividade predo-
minante. A lavoura de subsistência alterna-se com o 
cultivo de produtos tropicais destinado à exportação - 
café, cacau, amendoim, banana e borracha.
A industrialização local, em expansão, depende em 
grande parte do capital estrangeiro. Os países mais de-
Mapa do Golfo da Guiné
ÁFRICA CENTRO-OCIDENTAL
Essa região agrupa quatro países: República Centro-
-Africana, Congo, República Democrática do Congo e 
Angola. Situa-se na porção equatorial do continente, li-
mitada pelo Atlântico a oeste e poraltas escarpas mon-
tanhosas e grandes falhamentos a leste, verifi cando-se, 
no restante do território, a alternância de planaltos e 
planícies cortados por rios caudalosos.
O clima é quente e úmido nos países mais ao nor-
te, verifi cando-se aí a presença de fl orestas equatoriais. 
Mais ao sul da região predominam o clima tropical e a 
formação vegetal das savanas.
Trata-se de uma região de baixa densidade demo-
gráfi ca, cuja população compõe-se basicamente de ne-
gros, pertencentes em sua maioria ao grupo banto. As 
principais concentrações humanas ocorrem no Zaire e 
em Angola.
A agricultura assemelha-se à da África Ocidental. A 
exploração mineral é muito importante para o Zaire e 
Angola, onde se encontram jazidas de cobre, cobalto, 
manganês e ferro. O extrativismo vegetal, notadamente 
de madeira, reforça a economia da região.
Como em quase todo o continente, as indústrias são 
escassas, mas as descobertas de lençóis petrolíferos na 
faixa litorânea e o grande potencial hidrelétrico desses 
país es oferecem-Ihes perspectivas de progresso.
Vista aérea da cidade de Kinshasa, capital da República De-
mocrática do Congo.
132
ÁFRICA CENTRO-ORIENTAL ÁFRICA MERIDIONAL
Imagem de satélite de Adis Abeba, a capital da Etiópia, situada a 
2.400 metros de altitude.
Compreendida entre a Bacia do Congo e as águas 
do Mar Vermelho e do Oceano Índico, esta região agru-
pa dez países: Eritreia, Etiópia, Djibuti, Somália, Quê-
nia, Tanzânia, Uganda, Ruanda, Burundi e Seychelles. 
Sua paisagem é bastante diversifi cada, verifi cando-se, 
em meio a poucas planícies e planaltos elevados, a pre-
sença de maciços montanhosos, grandes falhamentos, 
muitos vulcões e lagos. Predomina o clima tropical, 
com temperaturas atenuadas pela altitude. A vegetação 
também oferece um quadro variado: fl orestas equato-
riais, savanas, estepes e formações típicas de áreas de-
sérticas.
Tampouco sua composição étnica revela-se homo-
gênea: na Península da Somália, conhecida como Chi-
fre da África por causa do formato peculiar, a popula-
ção predominante é de negros do grupo banto, ao passo 
que em outras áreas encontra-se expressivo número de 
camitas, árabes, indianos e europeus. O contingente 
que habita a zona rural é mais numeroso do que o urba-
no; dentre as cidades, destacam-se Nairóbi, Mogadís-
cio e Adis-Abeba.
A economia regional baseia-se na agricultura, que, 
organizada principalmente segundo o sistema de plan-
tation, dedica-se aos produtos de exportação, como o 
café e o algodão. Os escassos recursos minerais con-
sistem em pequenas jazidas de ouro, platina, cobre, 
estanho e tungstênio. Também nessa região a industria-
lização não atingiu um satisfatório grau de desenvol-
vimento.
A África Centro-oriental é uma das regiões mais po-
bres e confl ituadas do continente e tem vivido crises de 
seca e fome (Somália e Etiópia) e sangrentos confl itos 
étnicos, como entre hutus e tutsis em Ruanda e Burundi.
Centro de Joanesburgo, cidade mais rica da África do Sul.
Esta região, atravessada pelo Trópico de Capricór-
nio, é composta de doze Estados independentes. Em 
seu relevo predominam planaltos circundados pelas 
baixas altitudes da faixa litorânea. Em correspondência 
com o clima, que varia do tropical úmido ao desértico 
(na região do Calaari), passando pelo mediterrâneo, en-
contra-se uma vegetação também diversifi cada, em que 
se verifi ca a presença de savanas, estepes e até mesmo 
fl orestas (junto à costa do Oceano Índico).
As reservas minerais constituem seu principal sus-
tentáculo econômico. Destaca-se a mineração na Áfri-
ca do Sul (ouro, diamantes, cromo e manganês) e na 
Zâmbia (cobre e cobalto). Como atividade geradoras 
de renda pode-se citar ainda a agricultura, representada 
por produtos de clima mediterrâneo (vinhas, oliveiras e 
frutas) e de clima tropical (cana-de-açúcar, café, fumo 
e algodão), além da criação extensiva de gado bovino.
Mapa de satélite da Namíbia com híbrido.
133
Na África do Sul, o país mais industrializado do 
continente, as indústrias concentram-se nas regiões 
metropolitanas de Joanesburgo, Cidade do Cabo e Dur-
ban. Este país teve a segregação racial ofi cializada pelo 
apartheid. Através desse regime, 15,5% da população, 
formada por brancos, dominava o país até 1994. As 
desigualdades sociais entre brancos e não-brancos são 
muito grandes.
A Namíbia - país independente desde 1990 - esteve 
subordinada à África do Sul por 70 anos. Originalmen-
te colonizada por alemães, passou para o controle sul-
-africano após a Primeira Guerra Mundial. O primeiro 
governante eleito da Namíbia independente foi Sam 
Nujoma, líder do movimento guerrilheiro por 30 anos.
RELEVO
O relevo terrestre pode ser defi nido como as for-
mas da superfície do planeta. O relevo se origina e se 
transforma sob a interferência de dois tipos de agentes: 
os agentes internos(endógenos) e externos (exógenos).
endógenos: vulcanismo e tectonismo;
exógenos: intemperismo (destruição) e erosão 
(transporte)
Simplifi cando, o relevo é o conjunto das formas da 
crosta terrestre, manifestando-se desde o fundo dos 
oceanos até as terras emersas, e é resultado da ação de 
forças endógenas, ou exógenas. Encontramos formas 
diversas de relevo: montanhas, planaltos, planícies, de-
pressões, cordilheiras, morros, serras, inselbergs, vul-
cões, vales, escarpas, abismos, etc.
A exemplo do Brasil as formas de relevos são; costas 
litorâneas e planícies constituídas por pequenas eleva-
ções que variam entre 0 e 200 metros que se estendem 
nas regiões sedimentares dos grandes rios e suas bacias. 
Na América do Sul, encontramos relevos na região do 
Amazonas e do Rio da Prata; na América do Norte nas 
bacias do Rio Mississipi e na região dos Grandes Lagos. 
A parte central é composta por planaltos que chegam a 
atingir 1.500 metros acima do nivel do mar. Já as gran-
des cadeias de montanhas se prolongam em uma coluna 
dorsal pela parte ocidental das américas, ao sul os An-
des, Sierra Madre Ocidental e Oriental, ao norte as Mon-
tanhas Rochosas e Montes Apalaches. 
OS AGENTES MODELADORES OU 
MODIFICADORES DO RELEVO
Entre os principais conjuntos fi siográfi cos ou dife-
rentes aspectos apresentados pelo relevo terrestre po-
demos distinguir quatro tipos principais: montanhas, 
planaltos, planícies e depressões.
O relevo terrestre é o resultado da ação da erosão 
que agiu no decorrer de milhões de anos. Essas for-
ças erosivas são chamadas agentes do relevo. Quan-
do essas forças ou agentes agem de dentro para fora 
da Terra, são denominados agentes modeladores 
internos(endogenos), como o tectonismo, o vulcanis-
mo e os abalos sísmicos. Quando ocorrem da atmosfera 
para a litosfera, isto é, de fora para dentro da superfície, 
temos os agentes modeladores externos (exógenos) do 
relevo, como: as chuvas (ação pluviométrica), o gelo 
(ação glaciar), mares (ação marítimica), rios (ação fl u-
viométrica ou hidrométrica), animais e vegetais (ação 
biológica)e o próprio homem (ação antrópica) que al-
tera (construindo e/ou reconstruindo) a superfície do 
planeta...
INTEMPERISMO
O processo de intemperismo é o responsável pela 
desagregação do material rochoso. Ele pode ser físico 
, quando envolve variação na temperatura ou pressão, 
químico ou biológico
A rocha decomposta transforma-se num material 
chamado manto ou regolito, um resíduo que repousa 
sobre a rocha matriz, sem ter ainda se transformado em 
solo.
As rochas podem partir-se sem que se altere sua 
composição: é a desintegração física ou mecânica. Nos 
desertos, as variações de temperatura entre os dias e as 
noites acabam por partir as rochas.
Nas zonas frias, a água que se infi ltra na rachadura 
das rochas pode congelar, se dilatar e partir a rocha, 
num processo denominado gelivação. O intemperismo 
químico acontece quando a água, ou as substâncias nela 
dissolvidas,reage com os componentes das rochas. 
Nesse processo, as rochas modifi cam sua estrutura 
química, sendo mais facilmente erodidas, com o ma-
terial sendo levado pelos agentes de transporte (vento, 
chuva,rios).
O oxigênio que existe na água oxida os minerais que 
contêm ferro e forma sobre as rochas o que costuma-
mos chamar de ferrugem. A ação da água sobre o grani-
to, por exemplo, o converte em quartzo e argilas. Ação 
das águas das chuvas
EROSÃO
Os processos erosivos são aqueles levam o mate-
rial, ja desagregado da rocha, para um outro ponto onde 
poderá ocorrer um processo de sedimetação. A erosão 
pode ser pluvial (chuva), fl uvial (rios), marítima (mar), 
glacial (gelo) e eólica (ventos). Quando as chuvas caem 
sobre a Terra, suas águas podem seguir três caminhos: 
evaporar-se, indo para a atmosfera; infi ltrar-se no solo 
para dentro do lençol freático; e escorrer pela superfície 
da Terra, sob a forma de enxurradas e torrentes. São um 
dos mais efi cazes agentes de erosão.
134
TECTONISMO
A Terra é formada basicamente por três camadas; 
Crosta, Manto e Núcleo. A crosta é a camada mais ex-
terna e esta é formada por placas que ao se movimenta-
rem originam grandes cordilheiras ou mesmo oceanos.
Os movimentos tectônicos resultam de pressões, 
vindas do interior da Terra e que agem na crosta ter-
restre. 
VULCANISMO
Chama-se vulcanismo as diversas formas pelas 
quais o magma do interior da Terra chega até a su-
perfície. Os materiais expelidos podem ser sólidos, 
líquidos ou gasosos (lavas, material piroclástico e 
fumarolas). Esses materiais acumulam-se num depó-
sito sob o vulcão até que a pressão gerada faz com 
que ocorra a erupção. As lavas escorrem pelo edifí-
cio vulcânico, alterando e criando novas formas na 
paisagem. O relevo vulcânico caracteriza-se pela ra-
pidez com que se forma e com que pode ser destruí-
do. Localização dos vulcões: A maioria dos vulcões 
da Terra está concentrada em duas áreas principais: 
Círculo de Fogo do Pacífi co: desde a Cordilheira dos 
Andes até as Filipinas, onde se concentram 80% dos 
vulcões da superfície.
Outras localizações: América Central, Antilhas, 
Açores, Cabo Verde, Mediterrâneo e Cáucaso. 
Quando as pressões são verticais, os blocos conti-
nentais sofrem levantamentos e baixamentos. Os mo-
vimentos resultantes de pressão vertical são chamados 
epirogenéticos. Quando as pressões são horizontais, 
são formados dobramentos ou enrugamentos que dão 
origem às montanhas. Esses movimentos ocasionados 
por pressão horizontal são chamados orogenéticos. 
Também denominado diastrofi smo (distorção), carac-
teriza-se por movimentos lentos e prolongados que 
acontecem no interior da crosta terrestre, produzindo 
deformações nas rochas. Esse movimento pode ocor-
rer na forma vertical (epirogênese) ou na horizontal 
(orogênese).
A Epirogênese ou falhamento consiste em movimen-
tos verticais que provocam pressão sobre as camadas 
rochosas resistentes e de pouca plasticidade,causando 
rebaixamentos ou soerguimentos da crosta continen-
tal. São movimentos lentos que não podem ser ob-
servados de forma direta,pois requerem milhares de 
anos para que ocorram. A orogênese ou dobramento 
caracteriza-se por movimentos horizontais de grande 
intensidade que correspondem aos deslocamentos da 
crosta terrestre. Quando tais pressões são exercidas 
em rochas maleáveis,surgem os dobramentos,que dão 
origem às cordilheiras. Os Alpes e o Himalaia, dentre 
outras,originam-se dos movimentos orogênicos.
SÍSMOS OU TERREMOTOS
Um terremoto ou sismo se origina devido aos mo-
vimentos convectivos que ocorrem na astenosfera. 
Esses movimentos forçam as placas tectonicas da 
litosfera (camada rochosa) movendo-as, como resul-
tado as placas podem se chocarem (formando bor-
das convergentes), se separarem (formando bordas 
divergentes) ou deslizarem (formando bordas trans-
formantes). O terremoto é resultado do alívio da 
pressão que existe entre essas placas gerando, desta 
maneira, uma vibração. Essa vibração propaga-se 
através das rochas pelas ondas sísmicas. O ponto do 
interior da Terra onde é gerado o sismo é designado 
por hipocentro ou foco enquanto que o epicentro é 
o ponto da superfície terrestre. Os sismógrafos são 
os aparelhos que detectam e medem as ondas sísmi-
cas. A intensidade dos terremotos é dada pela Escala 
Mercali Modifi cada, que mede os danos causados 
pelo sismo.
135
RIOS, OS GRANDES CONSTRUTORES
A união de várias torrentes acaba formando os rios, 
que são correntes de água com leito defi nido e vazão 
regular. A vazão pode sofrer mudanças ao longo do 
ano. Essas mudanças devem-se tanto a estiagens pro-
longadas quanto a cheias excepcionais, às vezes com 
efeitos catastrófi cos sobre as populações e os campos.
O poder erosivo de um rio será tanto maior quanto 
maior for sua vazão e a inclinação de seu leito, que 
pode sofrer variações ao longo do percurso. Em seu 
curso, os rios realizam três trabalhos essenciais para a 
construção e modifi cação do relevo:
Erosão, ou seja, escavação dos leitos.
Transporte dos sedimentos, os chamados aluviões.
Sedimentação, quando há a formação de planícies 
e deltas.
 Podemos dividir o caminho que o rio percorre da 
nascente até a foz em três porções que podem ser com-
paradas com as três fases da vida humana: alto curso, 
equipara-se à juventude; o curso médio equivale à ma-
turidade; e o baixo curso, à velhice.
Alto Curso - O curso superior do rio é sua parte 
mais inclinada, onde o poder erosivo e de transporte de 
sedimentos é muito intenso. A força das águas escava 
vales em forma de V. Se as rochas do terreno são muito 
resistentes, o rio circula por elas, formando gargantas 
ou desfi ladeiros.
Curso médio
No curso médio do rio, a inclinação se suaviza e as 
águas fi cam mais tranqüilas. Sua capacidade de trans-
porte diminui e começa a depositar os sedimentos que 
não pode mais transportar.
Na época das cheias, o rio transborda, depositando 
nas margens grande quantidade de aluviões. Nessas re-
giões formam-se grandes planícies sedimentares, onde 
o rio descreve amplas curvas, chamadas meandros. A 
sedimentação é um processo muito importante para a 
humanidade. Culturas antigas, como as do Egito, Me-
sopotâmia e Índia, são relacionadas à fertilidade dos 
sedimentos depositados por rios.
Baixo Curso
O curso inferior do rio corresponde às zonas próxi-
mas de sua foz. A inclinação do terreno torna-se quase 
nula e há muito pouca erosão e quase nenhum transpor-
te. O vale alarga-se e o rio corre sobre os sedimentos 
depositados.
 A foz pode estar livre de sedimentação ou podem 
surgir aí acumulações de aluviões que difi cultam a saí-
da da água. No primeiro caso, recebe o nome de estuá-
rio e no segundo, formam-se os deltas.
Abrasão Marinha
A ação das águas do mar
O mar exerce um duplo trabalho nos litorais dos 
continentes. É um agente erosivo, que desgasta as cos-
tas em um trabalho incessante de destruição chamado 
abrasão marinha. As águas dos mares e oceanos des-
gastam e destroem as rochas da costa mediante três mo-
vimentos: as ondas, as marés e as correntes marítimas. 
Ao mesmo tempo, o vaivém de suas águas traz sedi-
mentos que são depositados nos litorais, realizando um 
trabalho de acumulação marinha.
A ação contínua das ondas do mar ataca a base, os 
paredões rochosos do litoral, causando o desmorona-
mento de blocos de rochas e o conseqüente afastamen-
to do paredão.
Esse processo dá origem a costas altas denominadas 
falésias. Algumas falésias são cristalinas, como as de 
Torres, no Rio Grande do Sul. No Nordeste do Brasil, 
encontramos falésias formadas por rochas sedimenta-
res denominadas barreiras.
AÇÃO DAS ONDAS 
Formação de uma onda: na arte à direita, a onda momentos antes 
de quebrar
136
Quando a costa é formada por rochas de diferentes 
durezas, formam-sereentrâncias (baías ou enseadas) 
e saliências no lado escarpado, de acordo com a re-
sistência dessas rochas à erosão marinha. A ação da 
água do mar pode transformar uma saliência rochosa 
do continente em uma ilhota costeira
Se um banco de areia se depositar entre a costa e 
uma ilha costeira, esta pode unir-se ao continente, for-
mando então um tômbolo. Caso um banco de areia se 
deposite de modo paralelo à linha da costa, fechando 
uma praia ou enseada, poderá formar uma restinga e 
uma lagoa litorânea
As praias são depósitos de areia ou cascalho que 
se originam nas áreas abrigadas da costa, onde as 
correntes litorâneas exercem menos força. Quando o 
depósito de areia se acomoda paralelamente à costa, 
formam-se as barras ou bancos de areia.
AÇÃO DOS VENTOS
ma de montes. Em uma duna podem ser distinguidas 
duas partes: uma área de aclive suave ou barlavento, 
pela qual a areia é empurrada, e uma área de declive 
abrupto ou sotavento, por onde a areia rola ao cair
As dunas deslocam-se a velocidades que podem 
ultrapassar 15 metros por ano. Quando o avanço das 
dunas ameaça as populações humanas ou a plantação, 
colocam-se obstáculos, tais como estacas, muros ou ar-
bustos, para detê-las.
CLIMA
Segundo a OMM (Organização Mundial de Mete-
rologia) clima é “a sucessão habitual de tipos de tempo 
em um intervalo de 30 anos”. Para melhor compreen-
são desta frase, no entanto, é necessário entender o que 
signifi ca “tempo” no sentido meteorológico. Tempo é 
o instante atmosférico. Exemplifi cando: dizemos que 
o tempo está chuvoso, frio ou quente e seco e dizemos 
que o clima é subtropical ou temperado.
O clima possui atributos (características) e fatores (ele-
mentos que modifi cam constantemente seus atributos).
Fatores: latitude, altitude, maritimidade, massas de 
ar e uso do solo.
Atributos: temperatura, amplitude térmica e umidade.
Como os fatores modifi cam os atributos:
O vento é o agente com menor poder erosivo, pois 
só pode mover partículas pequenas e próximas do 
solo. Ainda assim, ele transporta partículas fi nas a 
centenas de quilômetros de seu lugar de origem. A 
ação erosiva do vento, que atinge o ponto máximo 
nas zonas desérticas, secas e de vegetação escassa, 
também contribui para a destruição do relevo da 
Terra. O vento desprende as partículas soltas das ro-
chas e vai polindo-as até transformá-las em grãos de 
areia. A erosão eólica tem dois mecanismos diferen-
tes: A defl ação, que é a ação direta do vento sobre as 
rochas, retirando delas as partículas soltas.
A corrosão, que é o ataque do vento carregado 
de partículas em suspensão, desgastando não só as 
rochas como as próprias partículas.
O trabalho de movimentação eólica carrega a 
areia até depositá-la nas praias e nos desertos, onde 
pode formar grandes acumulações móveis conheci-
das como dunas. São enormes montes de areia acu-
mulada pelo vento e que mudam freqüentemente de 
lugar.
As dunas são elevações móveis de areia, em for-
Figura 16: http://www.coladaweb.com/geografi a/as-zonas-climati-
cas-da-terra
Latitude: quanto maior a latitude menor serão as 
médias térmicas.
Quanto maior for a latitude maior serão as ampliti-
des térmicas anuais, ou seja variações de temperatura 
ao longo do ano.
Quanto maior a altitude menor a temperatura. Isto 
ocorre devido a variação de pressão, nais áreas mais 
elevadas a pressão é menor e isto se refl ete numa tem-
peratura média mais baixa.
137
Maritimidade. 
Nas regiões continentais mais próximas dos ocea-
nos a umidade é maior, tal fato se refl ete na umidade do 
ar modifi cando a amplitude térmica. Quanto maior for a 
maritimidade menor será a amplitude térmica.
Massas de Ar:
Os movimentos atmosféricos podem levar modifi -
cações nas condições do tempo de uma região a outra. 
As massas de ar são impulsionadas devido a diferenças 
de pressão.
mPa – Fria e úmida
mTa – Quente e úmida
mEa – Quente e úmida
mEc – Quente e úmida
mTc – Quente e seca
USO DO SOLO:
Dependendendo da cobertura do solo, seja antró-
pica ou não, as qualidades climáticas são profunda-
mente alteradas. O caso mais emblemático é o efeito 
da “ilha de calor”, no qual as temperaturas das áreas 
urbanas são mais elevadas que das áreas mais natu-
rais. Veja esquema abaixo:
Figura 17: http://romulograndi.blogspot.com.br/2011/06/solsticio-
-de-inverno.html
Figura 18: http://professoralexeinowatzki.webnode.com.br/climatolo-
gia/fatores-do-clima/latitude-e-altitude/
O Brasil sofre a infl uência de cinco massas de ar:
Figura 19: http://geoblogueiro.blogspot.com.br/2009/04/mapas-e-
-texto-massas-de-ar-lince.html
CARTOGRAFIA
Os mapas são extremamente importantes para a ge-
ografi a, desta maneira o estudo da cartografi a se torna 
essencial nos estudos geogrpafi cos. A cartografi a pode 
ser dividida em cartografi a sistemática (sistemas de ma-
pas e cartas) e temática (cartografi a como representante 
de fenômenos espaciais).
Figura 20: http://geoconceicao.blogspot.com.br/2012/03/1-ori-
gem-das-ilhas-de-calor-os-grandes.html
138
CARTOGRAFIA SISTEMÁTICA
Rosa dos ventos:
Coordenadas Geográfi cas
Latitude: 
“Distância” em graus em relação ao Equador (0 a 90º) (N ou S)
Utiliza os Paralelos.
Longitude:
“Distância” em graus em relação ao Meridiano de Greenwich (0 a 180º) (L ou O)
Norte – Setentrional – Boreal
Leste – Ocidental
Oeste – Oriental
Sul – Meridional – Austral
139
Utiliza os Meridianos
Escala:
Instrumento cartográfi co que permite entender as proporções entre um modelo e seu correspondente na realida-
de.
0 50 100 150Km
Dois tipos:
Escala Gráfi ca
Escala Numérica
1 : 100.000 ou 1/100.000 
Lê-se um para cem mil
Entende-se 1 parte no modelo equivale a 100 mil partes na realidade ou o modelo é 100 mil vezes menor que o 
correspondente real.
Curva de Nível.
140
Através dos mapas em curva de nível tenta-se reproduzir o modelado de um terreno.
As linhas representam pontos de igual altitude. Quanto mais próximas estas se 
encontram maior será a declividade do terreno.
Bloco Diagrama
141
Diagrama de bloco é a representação gráfi ca de um processo ou modelo de um sistema complexo
Figura 21 Mercator
Figura 22 Peters
Figura 23 Cônica
Figura 24 Azimutal
SIG.
Com o advento de novas tecnologias a ciência cartográfi ca tornou-se mais acessível e adquiriu novas funções.
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Mapeamento Digital. GPS. Projeções Cartográfi cas. Fusos Horários.
A Terra possui 24 Fusos Horários dividi-
dos em 360º de longitude.
Para facilitar os cálculos admita que:
A cada 15º de longitude temos 1h.
Quanto mais para o Leste “mais tarde é”.
Urbanização é um processo de afastamento das 
características rurais de uma localidade ou região 
para características urbanas. Usualmente, esse fenô-
meno está associado ao ao exodo rural, ou seja saí-
da do habitante rural para o meio urbano. O termo 
também pode designar a ação de dotar uma área com 
infra-estrutura e equipamentos urbanos, o que é simi-
lar a signifi cação dada à urbanização pelo Dicionário 
Aurélio - Século XXI: “conjunto dos trabalhos ne-
cessários para dotar uma área de infra-estrutura (por 
exemplo, água, esgoto, gás, eletricidade) e/ou de ser-
viços urbanos (por exemplo, de transporte, de educa-
ção, de saúde)”. Ainda pode ser entendid o somente 
como o crescimento de uma cidade. São Paulo, por 
exemplo, é uma cidade urbanizada. Por incrível que 
pareça os detentores do título de maiores aglome-
rações mundiais pertencem aos países emergentes. 
Tudo isso apenas reforça a ideia de que quanto mais 
um país demora para se industrializar, mais rápida é 
sua urbanização.
A urbanização é estudada por ciências diversas, 
como a sociologia, a geografi a e a antropologia, cada 
uma delas propondo abordagens diferentes sobre o 
problema do crescimento das cidades. As

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