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1990 a 2015 Ano V junho/julho de 2015Órgão Oficial do Instituto Mineiro de Engenharia Civil Os desafios da construção civil em Minas Gerais NESTA EDIÇÃO Conheça as atribuições profissionais da engenharia civil Concreto conserta suas próprias fissuras com a luz solar IMEC disponibiliza peritos para convênios com prefeituras Página 02 Página 06 Página 07 Coloque o código 0419 no campo 34 da ART-CREA Em entrevista coletiva concedida no final do ano passado, o Sindicato da Indústria da Cons- trução Civil no Estado de Minas Gerais (Sin- duscon-MG) divulgou o balanço do setor em 2014. Durante a conversa, os dirigentes e espe- cialistas do Sindicato analisaram o cenário do mercado naquele momento em Minas Gerais e no Brasil e apontaram perspectivas para este ano diante de alguns cenários possíveis. Intitulado “Construção Civil (Brasil e Mi- nas Gerais) e Mercado Imobiliário de Belo Horizonte: Desempenho em 2014 e perspec- tivas”, o balanço foi elaborado pela Assesso- ria Econômica do Sinduscon-MG. O estudo apresenta vários indicadores setoriais, entre os quais os de nível de emprego, custos de construção, financiamentos imobiliários, lan- çamentos e vendas de unidades habitacionais em Belo Horizonte, além de dados atualizados do Programa Minha Casa, Minha Vida. Durante o evento o presidente do Sindus- con-MG, Luiz Fernando Pires defendeu a necessidade de medidas que promovam o re- torno da credibilidade no Brasil e que possibi- litem aos empresários planejar a longo prazo. Já o vice-presidente da Área Imobiliária do Sinduscon-MG, Lucas Guerra Martins, ressaltou que o mercado imobiliário de Belo Horizonte apresentou uma evolução. No perí- odo de janeiro a outubro de 2014, foram lan- çadas 3.062 unidades, incremento de 23,07% em relação a igual período do ano anterior. Já as vendas cresceram 2,89% na mesma base de comparação, acumulando 2.275 apartamentos comercializados de janeiro a outubro de 2014. Apesar dos números positivos, Lucas des- tacou que é preciso estímulos para que a In- dústria da Construção e o mercado imobiliá- rio se mantenham em expansão em 2015. O dirigente aproveitou para reforçar que aumen- tos de tributos, como o ITBI e o ISSQN, e mais restrições no coeficiente de aproveitamento em Belo Horizonte são prejudicais a toda a so- ciedade e, se implementadas, vão aumentar os custos e os valores de imóveis na capital. De acordo com a Fundação Getúlio Var- gas (FGV), atualmente, o déficit habitacional no Brasil está em cinco milhões de moradias. Ainda segundo o estudo, estima-se que, com a formação de 16,8 milhões de novas famílias nos próximos dez anos, a demanda por habitação de baixa renda será de 20 milhões de unidades até 2024. Entretanto, André ressaltou que são necessários ajustes no programa para que cres- ça ainda mais, principalmente na regularização dos pagamentos às construtoras sem atrasos. Nesse ponto, a continuidade e aprimora- mento do programa Minha Casa, Minha Vida se faz fundamental para a ampliação de uma política habitacional que vem dando certo. Em 2014, até novembro, foram 11.573 unidades contratadas na Região Metropolitana de Belo Horizonte. Em Minas, esse número sobe para 53.274. No acumulado de 2009 até novembro de 2014, mais de 370,5 mil unidades foram contratadas em Minas Gerais, representando montante superior a R$ 25,3 bilhões em inves- timentos. Números significativos. Segundo o vice-presidente de Comunica- ção do Sinduscon-MG, assim, com a demanda em expansão e com uma política habitacio- nal sólida, as perspectivas são positivas. “Isso porque, apesar dos desafios impostos pela conjuntura macroeconômica, o mercado da construção civil tem se mostrado hábil em en- contrar e desenvolver novas oportunidades de negócios”, afirmou. Informativo IMEC Ano V - junho/julho de 20152 Conheça as atribuições profissionais da engenharia civil Estudo de Impacto de Vizinhança - EIV O engenheiro civil tem atribuição para fazer EIV. Fundamentação: Decisão normativa do Confea de n° 83 de 23/09/2008 Decisão da câmara especializada de engenharia civil n°4.280/2013. Atividades de restauração e conservação de patrimônio histórico, sítios de valor cultural e seu entorno ou ambiência Fundamentação: A decisão normativa n° de 23/09/2008 dá atribuição aos engenheiros civis com o decreto 23.569 de 11/12/1933. Sistema de Proteção para Descarga Atmosférica (SPDA) Fundamentação: Conforme decisão de primeira instância da Justiça Federal de n°0805/2002-b, processo n°2002.34.00.006739-4 os engenheiros civis associados da Abenc ganharam o direito de fazer SPDA. Os engenheiros civis, com o decreto 23.569/33, também têm atribuição para fazer SPDA. Assuntos sobre aerofotos, ortofotos e imagens de satélite, inclusive análise de fotos aéreas para laudos para decadência de INSS na Receita Federal Fundamentação: conforme decisão normativa de n°47 de 16/12/1992 do CONFEA, o engenheiro civil possui atribuições para temas acima. Projetos Arquitetônicos Fundamentação: Os engenheiros civis já faziam projetos arquitetônicos antes de existir os arquitetos. E, em cima desta questão, a Justiça deu ganho de causa aos engenheiros civis em 24/07/2014 na 20° vara cível de MG - processo:0056507-71-2014-4.01.3800 Projetos elétricos em baixa tensão Fundamentação: Conforme resolução do CONFEA de n°1048/2013, são competência do engenheiro civil o estudo do projeto, direção, fiscalização e construção de edifícios, com todas as suas obras complementares. Os projetos elétricos estão nos projetos complementares. Em análise sobre o assunto de projeto elétrico, pode-se dizer que os engenheiros civis possuem total competência, pois possuem várias matérias, inclusive instalações elétricas domiciliares. Matéria que os engenheiros eletricistas não fazem na sua grade curricular. Projetos de parcelamento do solo Fundamentação: Os engenheiros civis que possuem a resolução 218/73 artigo 7°, como os que possuem o decreto n° 23569/33 artigo 28. Ou seja, todos os engenheiros civis estão aptos a fazer de acordo com a decisão normativa de 29/10/2014 n°104. Projeto e utilização de explosivos para desmonte de rochas e dá outras providencias, conforme decisão normativa de n° 71 de 14/12/2001 do Confea ART 1°, lll: os engenheiros civis com atribuições conferidas pelo decreto n° 23569 de 1933, nas obras civis a céu aberto e subterrâneas, possuem atribuição. A Resolução 1048 do Confea de 14/08/2013 consolidou as resoluções dos profissionais do sistema e estabeleceu que todos engenheiros civis possuem os artigos 28 e 29 do decreto 23569/33 e, portanto, possuem atribuição em todos os itens anteriores. Informa também que apenas o Confea tem o poder de aprovar resoluções que afetem as profissões dos engenheiros civis. MERCADO DE TRABALHO Informativo IMEC 3Informativo IMEC 3 Prazo para municípios apresentarem planos de mobilidade urbana encerrou dia 12 de abril Terminou, no dia 12 de abril, o prazo para que os municípios com mais de 20 mil habitantes apresentas- sem seus planos de mobilidade. A exigência está prevista na lei 12.587/12, que criou a Política Nacional de Mobi- lidade Urbana que estabelece que, sem esse documento - que fixa as diretrizes das ações voltadas para o tema em cada cidade - as prefeituras não terão acesso a recursos do OGU (Orçamento Geral da União) para investimen- tos nesse segmento. O impedimento, no entanto, é temporário e quando as administrações apresentarem seus planos ao Ministé- rio das Cidades, novos contratos poderão se celebrados. Segundo a pasta, contratos de obras e projetos de mobi- lidade urbana apoiados pelo órgão que estão em anda- mento não serão interrompidos paraos municípios que ainda não cumpriram as exigências da lei e até o mo- mento há expectativa de prorrogação do prazo. Além disso, o ministério esclarece que a lei impede apenas repasse de recursos do OGU, de modo que a rea- lização de financiamentos via FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço) ou outro tipo de financiamento não são impedidos. A vedação de disponibilização de recursos federais orçamentários também se estende a emendas parlamentares, exceto aquelas voltadas para elaboração ou revisão de planos de mobilidade. O secretário nacional de Transportes e Mobilida- de Urbana do Ministério das Cidades, Dario Rais Lo- pes, esclarece que as prefeituras poderão buscar outras fontes de financiamento, que não recursos do OGU, para custeio de projetos e que a legislação não afetará outros setores da administração pública. “É importan- te que aproveitemos este ano, que é de restrição orça- mentária, para trabalharmos em novos projetos”, disse o secretário. Conforme a Política Nacional de Mobilidade Ur- bana, os planos municipais devem ser debatidos com a comunidade, priorizar o transporte não motorizado e coletivo, com planejamento da infraestrutura urbana destinada aos deslocamentos a pé e por bicicleta, e estar de acordo com o plano diretor das cidades. A Praça Raul Soares, na Região Central de Belo Ho- rizonte, recebe fluxo pesado de veículos de quatro ave- nidas, sendo quatro entradas e oito saídas. Pela praça, passam as avenidas Amazonas, Olegário Maciel, Bias Fortes e Augusto de Lima. Naquele local, cada segundo é precioso e precisa ser bem aproveitado, para evitar en- garrafamentos que podem repercutir longe. Em 2008, a praça foi reformada e ganhou quatro ele- vações de piso para travessia de pedestre, com o intuito de mostrar que a cidade é para as pessoas. Este jargão, utilizado pelos idealizadores do projeto, permanece até hoje equivocadamente. De fato, a cidade é para as pessoas, as que estão a pé, de ônibus, bicicleta e para as que estão ao volante de quase dois milhões de veículos, se considerada a frota flutuante e a frota da cidade, que já ultrapassou a marca de 1,5 milhão de carros. Para cada pessoa que atravessa a pé as pistas da Praça Raul Soares, 50 automóveis passam no mesmo espaço, ao mesmo tempo. O volume de carros é muito maior do que o de pedestres e, naquele local, não deveria haver nenhum obstáculo que influenciasse negativamente a fluidez do transito. Esta é uma questão de bom senso e lógica. Seria ma- ravilhoso ter todos os pisos elevados se a nossa realidade permitisse este capricho e a cidade não tivesse o número de carros crescendo a taxa de 10% ao ano. O buraco, infelizmente, é bem mais embaixo. Os ur- banistas que copiaram esta ideia devem compreender que não é na Europa que estão os exemplos que devem servir de inspiração. Talvez fosse muito mais coerente buscar ex- periências bem-sucedidas em cidades dos Estados Unidos, cuja cultura do carro tem muito mais a ver com a nossa. Com efeito, as elevações de pisos nas travessias da Praça Raul Soares precisam ser rebaixadas para evitar que segundos preciosos sejam perdidos, diminuindo a fluidez do tráfego em toda a região central da cidade. Lembro, ainda, que o piso rebaixado no nível da pista de rolamento não traz qualquer prejuízo para a segurança ou conforto do pedestre. Trata-se apenas de um capri- cho para agradar urbanistas. MOBILIDADE URBANA www.imecmg.org.br São necessárias mudanças para melhorar o trânsito na Praça Raul Soares em BH ARTIGO *Marcelo Fernandes - Engenheiro civil e Presidente do IMEC Informativo IMEC Ano V - junho/julho de 20154 Mútua oferece auxílio e diversos benefícios aos profissionais de engenharia Saúde Mútua PREVIDÊNCIA A Mútua é a Caixa de Assistência dos Profissionais dos Creas e foi criada pelo Conselho Federal de Engenharia, Arquite- tura e Agronomia (Confea) em 1977. Seu principal objetivo é oferecer aos seus as- sociados planos de benefícios sociais, pre- videnciários e assistenciais. Em Minas Gerais, a entidade é dirigida pelo engenheiro civil Maurício Fernandes da Costa, que também é diretor do IMEC. Maurício foi eleito pelos profissionais li- gados ao Crea-MG em novembro de 2014 e tomou posse para o cargo de diretor ge- ral da Mútua em janeiro de 2015. A atual gestão estará à frente da entidade até o fim de 2017. O “Saúde Mútua” nasceu da percepção de que profissionais tinham dificuldades para encontrar um plano de saúde adequado às suas necessidades. Com isso, foi buscada, no mercado, uma solução que alia qualida- de de atendimento e condições acessíveis. Para tanto, a Mútua convocou as prin- cipais empresas brasileiras que atuam no setor para que entendessem a demanda e desenvolvessem uma proposta diferencia- da. O processo foi realizado através de cha- mada pública, dentro de todas as normas exigidas pela legislação. Hoje, a Mútua-MG trabalha em parce- ria com a Aliança Administradora de Be- nefícios de Saúde para oferecer condições especiais a seus associados no plano Uni- med-BH. Informativo IMEC 5Informativo IMEC 5 Para novo diretor da Mútua, o grande desafio é ampliar o atendimento ENTREVISTA Maurício Fernandes O engenheiro civil e diretor do IMEC, Maurício Fernandes assumiu a diretoria da Mútua para um mandato de três anos. A capacidade do engenheiro ficou evidente nas participações em importantes projetos do Crea-Minas durante as últimas gestões. A nova diretoria também conta com o engenheiro eletricista Augusto Pirassinunga e o técnico em Eletrotécnica Otávio Dutra. Com esta nova direção, novos tempos estarão por vir para a caixa de assistência. Na entrevista abaixo, Maurício Fernandes esclarece a importância da Mútua para os profissionais e seus planos para o próximo triênio. INFORMATIVO IMEC - Como fun- ciona a Caixa de Assistência? Maurício Fernandes - Na Mútua, temos três tipos de sócios: os contribuintes, que são aqueles que pagam anuidade, os corpo- rativos, que fazem parte de alguma entidade de classe ou são funcionários do Crea, e os institucionais. Os sócios corporativos e institucionais podem utilizar os convênios oferecidos pela Mútua, como planos de saúde com preços diferenciais. Já os contribuintes têm acesso a uma ampla variedade de benefícios sociais - como o pecuniário, o pecúlio e o auxílio funeral - e reembolsáveis, que englobam benefícios agropecuários, ajuda em caso de desemprego, custeio de despesas pessoais variadas, auxílio para construção, educação, empreendedorismo entre diversos outros. Em nosso site, os interessados podem encontrar todas as informações sobre cada um destes benefícios e conhecer mais sobre as vantagens em ser um associado. INFORMATIVO IMEC - Quais são os planos da atual gestão para a Caixa de As- sistência? Maurício Fernandes - A Mútua de Mi- nas Gerais é considerada uma das melhores do Brasil, com altos índices de desempenho e um atendimento eficiente a todos que nos procuram. Oferecemos atendimento por te- lefone, através de nosso site e também pes- soalmente em nossa sede. Um de nossos projetos para a gestão é ampliar este atendimento, garantindo que profissionais do interior não tenham que se deslocar até Belo Horizonte nos casos em que tenham que entregar documentos. A ideia é permitir que os profissionais en- treguem sua documentação nas inspetorias ou entidades de classe de seus respectivos municípios e que estas unidades locais pos- sam atuar também na divulgação de nossos benefícios. Além disso, a Mútua tem, em Minas Gerais, em torno de 7.000 associados atu- almente, sendo o maior número entre todos os estados brasileiros. Nosso objetivo é que este número chegue a 20.000 e que possa- mos auxiliar muito mais profissionais. De formageral, desejamos ampliar a divulgação de nossos serviços e produtos, melhorar os canais de atendimento aos pro- fissionais e aumentar o número de convê- nios, garantindo ainda mais benefícios aos associados mineiros. INFORMATIVO IMEC - O que é ne- cessário para se tornar um associado? Maurício Fernandes - Os interessados devem entrar em nosso site (www.mutua- -mg.com.br), fazer sua inscrição e impri- mir um boleto no valor de R$ 10. Após o pagamento, o profissional já passa a ser as- sociado e receberá pelos Correios o boleto da anuidade. Lembramos que, para usufruir dos benefícios, há um prazo de carência de um ano. INFORMATIVO IMEC - O que mais gostaria de destacar neste início de ges- tão? Maurício Fernandes - Gostaria de agradecer a todos os mutualistas e aos profissionais que votaram em mim e con- fiaram em minha capacidade para estar à frente desta grande e importante insti- tuição, que auxilia milhares de profissio- nais mineiros nas mais diversas áreas de suas vidas. Também agradeço a confiança daqueles que votaram para eleger nosso diretor Administrativo, Augusto Pirassi- nunga, e nosso diretor Financeiro, Otá- vio Dutra. Coloque o código 0419 no campo 34 da ART-CREA Acesse nosso site: www.imecmg.org.br Informativo IMEC Ano V - junho/julho de 20156 Emenda que promove alterações na norma de reformas em edificações é aprovada IMEC disponibiliza peritos para convênios com prefeituras Comissão de perícia entrega parecer sobre obras em BH LEGISLAÇÃO INFRAESTRUTURA MOBILIDADE URBANA No dia 21 de maio, a Comissão de Estudos de Re- formas em Edificações, do comitê brasileiro de cons- trução civil da Associação Brasileira de Normas Téc- nicas (ABNT), aprovou a emenda que irá promover alterações na NBR 16.280 Reforma em Edificações. Entre as alterações, o destaque é que a norma não vai mais exigir que o síndico contrate um profissional para analisar e aprovar o plano de reforma. A proposta de emenda estava em consulta pública e recebeu maioria de votos favoráveis. A normativa estabelece requisitos para a elabora- ção de plano de reforma, considerando alterações em áreas privativas das edificações. A revisão do texto contempla a inclusão da Emen- da 1, elaborada pela Comissão de Estudo de Reformas em Edificações da ABNT, que determina, entre outras coisas, a preservação dos sistemas de segurança exis- tentes na edificação durante a reforma; apresentação de toda e qualquer modificação que altere ou com- prometa a segurança da edificação ou do seu entorno e sistemas comuns da edificação à análise da incor- poradora, construtora e do projetista; descrição dos processos de reforma de forma clara e objetiva, aten- dendo aos regulamentos exigíveis para a execução das obras; e previsão de recursos necessários para o pla- nejamento da reforma, tais como materiais, técnicos, financeiros e humanos. Ainda sobre a segurança, a nova emenda estabe- lece para as áreas privativas que, durante a realização das obras de reforma, todos os sistemas de segurança da edificação devem permanecer em funcionamento ou, se necessário, devem ser previstos sistemas alter- nativos; e que não deve ocorrer obstrução, mesmo que temporária ou parcial, das saídas de emergência da edificação. A engenharia em sua função precípua é a ciência que instrui como projetar e construir da melhor forma o nosso habitat, visando melhorá-lo a cada dia, buscando uma forma mais racional, econômica, segura e agregan- do qualidade, melhorando continuamente os métodos anteriores. Isto implica em constante movimento no sentido de atualização, modernização e estudos visando uma maior eficiência em cada novo projeto. Infelizmente, este contexto não é o que temos visto ao longo dos anos em nosso país. Pelo contrário, temos presenciado uma sequência de desvios financeiros, ele- vando consideravelmente os preços das obras, nos mais diversos projetos executados em nosso país. Sendo no- tório que, quanto maior o preço, maior o gap marginal produzido indiretamente ou diretamente às partes inte- ressadas. Verificamos, a cada dia, uma crescente demanda de denúncias oriundas dos vários ministérios públicos, que se acumulam em processos nos gabinetes, pendentes de verificações periciais que os concluam. É notório o tra- balho que vem sendo elaborado pelos ministérios públi- cos e Polícia Federal em todo o país de forma a dar mais transparência e credibilidade a ações de governo neste sentido. Igualmente notório é o resultado do trabalho, onde temos presenciados inúmeros representantes de gover- no e de empreiteiras respondendo a inquéritos policiais e mesmo reclusos em presídios federais. Vivemos, hoje, em um país democrático e cami- nhando para uma democracia onde o cidadão e o ministério têm acompanhado com lupas as ações de governo, seja na esfera federal, estadual ou municipal. Entendemos ser muito difícil para qualquer um ocultar deslizes cometidos durante o desenvolvimento de pro- jetos que venham a passar despercebidos aos olhos de um especialista, deixando exposto qualquer um na linha sucessória de responsabilidade civil. Sabemos, ainda, que a lei vem produzindo o cer- ceamento da liberdade de muitos, em diferentes níveis hierárquicos e de áreas indistintas como pública ou pri- vada. A alegação de ignorância não prevalece sobre a de responsabilidade civil imposta pelo cargo que o mesmo ocupa. Sabemos, ainda, que a limitação de recursos dos governo implica em trabalhos com baixa qualidade, dei- xando lacunas e arapucas que levarão a questionamen- tos quanto à legalidade de aditivos futuros em contra- tações. Desta forma, o IMEC - Instituto Mineiro de Enge- nharia Civil vem disponibilizando seu corpo de peritos a disposição para convênios com prefeituras visando o assessoramento nos acompanhamentos dos projetos, focando em neutralizar os riscos e dando mais transpa- rências e credibilidade às ações de governança ao con- tratante. Um exemplo claro desta ação foi a assinatura do convênio CREA/IMEC 046/2013, que foi responsável pela resposta ao Ministério Público mineiro, através do procurador Eduardo Nepomuceno, quanto à existência de desvios nas obras do BRT de Belo Horizonte tão mos- trada na mídia impressa e televisiva. A comissão de perícia do IMEC en- tregou, no final de 2014, o parecer téc- nico sobre as obras do BRT em Belo Ho- rizonte. O trabalho executado pelos diretores Haidn Amaral e Carlos Eduardo Ayres teve boa repercussão e recebeu elogios da revista Veja. Informativo IMEC 7Informativo IMEC 7 INOVAÇÃO Confira abaixo alguns dos próximos cursos oferecidos pelo IMEC: O IMEC mantém sua tradição como uma entidade forte e oferece cursos que permitem aos profissionais se aperfeiçoar e ir além dos conhecimentos adquiridos na academia. Com uma grande variedade de ementas, os cursos do IMEC já se afirmaram como propulsores na carreira de engenheiros, à medida que permitem maior contato com o que há de novo no mercado em diversas áreas de atuação. • Alvenaria Estrutural não Armada para Edifícios - 27/06/2015 • Noções de Desenvolvimento Imobiliários - Introdução às Incorporações Imobiliá- rias - 29/06 30/06, 01, 02 e 03/07/2015 • Geologia Aplicada à Engenharia Geotécnica - 04/07/2015 • PBQP-H e PMQP-H - Interpretação e Auditoria - 07/07/2015 • Gestão de Projetos - 29/06 a 10/07/2015 • Parcelamento do Solo - 04 a 11/07/2015 • 5S - Organização e Limpeza na Construção Civil - 14/07/2015 • Oratória: Aprenda a Falar Bem em Público - 13, 14 e 15/07/2015 • Excel Avançado 2010 - 06 a 16/07/2015 • Orçamento de Obras Pesadas - 13 a 16/07/2015 Concreto conserta suas próprias fissuras com a luz solar CURSOS IMEC Resistente e durável, o concreto é a escolha ideal na hora de construir prédios, casas, calçadas, pon- tes eestradas. Mas, como qualquer outro material, o concreto também sofre com a ação do tempo, prin- cipalmente por ser utilizado para aguentar peso e impacto em excesso. Pequenas rachaduras podem se transformar em problemas graves na estrutura de uma edificação e, todos os anos, bilhões de reais são gastos com a manutenção de vias e construções, que precisam ser interditadas antes que acidentes aconteçam. A boa notícia é que pesquisadores da Holanda desenvolveram um tipo de concreto com um siste- ma de auto-cura das suas próprias rachaduras. Ao invés de reforçar o concreto, a tecnologia busca pro- teger sua superfície impedindo que água, dióxido de carbono e outras substâncias corrosivas penetrem na estrutura e aumentem as rachaduras e os danos. O novo concreto possui microcápsulas polimé- ricas preenchidas com uma solução bacteriana que se transforma em sólido resistente à água quando exposta à luz. Assim, quando as rachaduras surgem, as cápsulas se abrem e liberam a solução e as bacté- rias, preenchendo o buraco da rachadura e endure- cendo com a luz do sol. O novo material representa a possibilidade de construções mais resistentes e com baixo custo de manutenção a longo prazo, trazendo benefícios para a arquitetura e o planejamen- to urbano das grandes cidades. A expectativa é que o concreto chegue ao mercado nos próxi- mos dois ou três anos. Para mais informações sobre cada um dos cursos, outras turmas e inscrições, os interessados podem acessar o Portal do IMEC www.imecmg.org.br ou entrar em contato pelo telefone (31) 3292-9940. Informativo IMEC Ano V - junho/julho de 20158 Coloque o código 0419 no campo 34 da ART-CREA VALOR POR m² PARA OBRAS ATÉ VALOR POR m² PARA OBRAS ACIMA 400 m² DE 400 m² 1 - Projeto Arquitetônico de Aprovação R$ 20,00 R$ 17,00 2 - Projeto Definitivo de Arquitetura R$ 20,00 R$ 17,00 3 - Projeto Estrutural R$ 20,00 R$ 17,00 4 - Projeto de Instalações Elétricas de Baixa Tensão R$ 12,00 R$ 10,00 5 - Projeto do Padrão de Entrada de Energia 6 - Projeto de Instalação Telefônica 7 - Projeto de Instalação de Comunicação 8 - Projeto de Instalações Hidráulicas, Sanitárias. Pluviais e Gás R$ 12,00 R$ 10,00 9 - Projeto de Instalação de Prevenção e Combate à Incêndio 10 - Levantamento Plani-altimétrico R$ 4,00 R$ 3,00 11 - Locação do Lote R$ 4,00 R$ 3,00 12 - Visita Técnica à Obra 13 - Aprovação do Projeto na Prefeitura 14 - Baixa de Construção 15 - Consultoria Técnica 16 - Responsabilidade Técnica de Execução 17 - Administração da Obra 18 - Responsabilidade Técnica de Controle Tecnológico 19 - Responsabilidade Técnica de Fiscalização 22 - Laudo Técnico 23 - Perícia de Engenharia 24 - Avaliação de Bens 25 - Vistoria Cautelar TABELA DE HONORÁRIOS DE SERVIÇOS DE ENGENHARIA * Valor referente à instalação com extintor de incêndio. ** Valor referente à instalação com hidrante/sprinkler *** Está incluída uma visita quinzenal à obra. Valores para serviços com andamento normal e sem alterações após a aprovação. Para pavimento tipo descontar acumulativo de 7%, a partir do 4º pavimento tipo. R$ 350,00 por hora SERVIÇOS R$280,00 por Consumidor R$280,00 por Consumidor R$ 8,00 R$ 6,00 • Extintor:4 salários mínimos* • Hidrante: 5,00 m²** • Sprinkler: 6,00 m²** R$ 250,00 por hora 04 salários mínimos 04 salários mínimos 20 - Recebimento de Obra • Até 200 m²: 4 salários mínimos • De 200 a 400 m²: 6 salários mínimos • Acima de 400 m²: a combinar • Até 200 m²: 2 salários mín./mês*** • De 200 a 400 m²: 5 sal. mín./mês*** • De 400 a 1200 m²: 6 sal. mín./mês*** : • Acima de 1200 m²: a combinar % Sobre os custos a combinar • Até 200 m²: 2 sal. mín./mês*** • De 200 a 400 m²: 3 sal. mín./mês*** • Acima de 400 m²: a combinar*** • Até 200 m²: 2 sal. mín./trimestre • De 200 a 400 m²: 4 sal. mín./trimestre • Acima de 400 m²: a combinar Valor estimado em hora técnica trabalhada, com valor de R$220,00 por hora, considerando um valor mínimo de R$3.520,00, por perícia, e 16 horas trabalhadas, acrescido de despesas (locomoção, estadia, taxas, impostos). Valor estimado em hora técnica trabalhada, com valor de R$220,00 por hora, considerando um valor mínimo de R$2.200,00, por LAUDO, acrescido de despesas (locomoção, estadia, taxas, impostos). 21 - Manutenção de Edificações • Até 400 m²:2 sal. mínimo/ semestre • De 400 a 1200 m²: 6 sal. mín/semestre • Acima de 1200 m²: a combinar Valor estimado em hora técnica trabalhada com valor mínimo de R$220,00 por hora, acrescido de despesas. (locomoção, estadia, taxas e impostos). Valor estimado em hora técnica trabalhada, com valor de R$220,00 por hora, considerando um valor mínimo de R$3.520,00, por perícia, e 16 horas trabalhadas, acrescido de despesas (locomoção, estadia, taxas, impostos e serviços de terceiros). No caso de assistente técnico, o valor é até 80% do valor do perito oficial. EXPEDIENTE INFORMATIVO IMEC Uma publicação do Instituto Mineiro de Engenharia Civil – IMEC-MG - Av. Álvares Cabral, 1600 – 2º Andar – Tel: (31) 3292-9940 Site: www.imecmg.org.br - cur- sos@imecmg.org.br Presidente: Marcelo Fernandes 1º Vice Presidente: Ivan Carlos da Costa 2º Vice Presidente: Roberto Keller Carvalho Gonçalves 3º Vice Presidente: Ivo Silva de Oliveira Júnior 1º Secretário: Haydn Amaral 2º Secretário: Maurício Fernandes 1º Tesoureiro: Luiz Thadeu de Castro Barreto 2º Tesoureiro: Getúlio Alves Conselho Fiscal: Cyrano Vitali Viotti Teodoro José Bahia de Vasconcelos Costa Iano Rodrigues Aline Inácio Monteiro Geraldo Fernandes Santelmo Xavier Filho Departamentos: Dir. de Valorização Profissional: Salustiano Teixeira Diretoria Social e de Desenvolvimento: Ivan Flecha Diretoria Comercial: Sheila Meire Resende Diretoria Administrativa: Geraldo Magela da Silva Dir. de Marketing e Logística: Aguinaldo Vieira Maciel Suplente: Juliano Martins Alecrin Diretoria de Eventos: Getúlio Alves da Silva e Souza, Haydn Amaral Fernandes Dir. de Relações Institucionais: Anderson Silva Lima Adjunto: Maurício Fernandes Diretoria de Expansão e Interior: Jean Marcus Ribeiro 1º Suplente: Jobson Nogueira de Andrade 2º Suplente: Ismael Figueiredo Dias da Costa Cunha Diretoria de Fiscalização: Marcela Paula Grobério Diretoria de Transporte: Getúlio Alves da Silva e Souza Diretoria de Cursos: Luiz Thadeu de Castro Barreto Dir. de Meio Ambiente: Alaíze Elizabeth Gonçalves Dir. de assuntos Internacionais: Ivo Silva de Oliveira Jr Dir. de Rel. Públicas: Carlos Henrique Amaral Rossi Dir. Reg. Metropolitana Ouro Preto: Carlos Henrique Dir. Reg. Metrop. Juiz de Fora: Carlos Mendes Ferreira Dir. Regional Metropolitana Uberaba: Hafes Hallal COORDENAÇÃO EDITORIAL: Fábrica de Ideias Comunicação e Arte (fabricabh@yahoo. com.br), tel. (31) 2535-9691. Jornalista Responsável: José Wilson Barbosa Mtb 3.226/MG. Edição e Redação: José Wilson Barbosa e Glauber Guimarães. Projeto Gráfico, Edi- toração Eletrônica e Arte: Luís Cláudio de Freitas Ferreira. Tiragem: 4.000 exemplares. Impressão: Bigráfica.
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