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SOCIOLOGIA JURÍDICA
REFLEXÕES INICIAIS
SOCIOLOGIA E ANTROPOLOGIA DO DIREITO – EDUARDO IAMUNDO – SARAIVA – PARTE I – CAPITULO 3 A 8
SOCIOLOGIA E DIREITO – CLAUDIO SOUTO – PARTE III/IV
SOCIOLOGIA JURÍDICA CONTEMPORANEA – REGIS DE MORAIS – CAPITULO II E OUTROS TEMAS
SOCIOLOGIA GERAL DO DIREITO – ARNALDO LEMOS – TEMAS DIVERSOS
PROGRAMA DE SOCIOLOGIA JURÍDICA – SERGIO CAVALIERI FILHO – INTEIRO
MANUAL DE SOCIOLOGIA GERAL E JURÍDICA – PEDRO SCURO NETO
SOCIOLOGIA JURÍDICA OU SOCIOLOGIA DO DIREITO?
4.	SOCIOLOGIA GERAL DO DIREITO – ARNALDO LEMOS – TEMAS DIVERSOS
I
INTRODUÇÃO
O que é a Sociologia Jurídica? – Estuda fenômenos jurídicos configurados – valores, modelos definidos em normas na estrutura social vigente – nos aspectos patentes investigando as conexões em nível de latência.
A definição afirma que existem fenômenos jurídicos postos formalmente no ordenamento jurídico, leis, como também aqueles que se produzem a partir das relações sociais efetivas. O relacionamento entre leis e relações sociais é imperativo.
Campo amplo que estuda e inclui outras formas de justiça e de jurisdição – pluralismo jurídico (diversas formas de se criar e recriar, elaborar e reelaborar o direito para além do direito positivado), pois o Direito é criado na sociedade, não se encerrando absolutamente no ordenamento jurídico. A Sociologia se encarrega de estudar tal fenômeno na sociedade, restringindo-se a análises institucionais e de conduta, isto é, a eficácia do Direito. A Sociologia do Direito tem mais o sentido técnico da reflexão sobre as interações, recorrências, contradições e ambiguidades existentes entre o sistema forma de justiça e as práticas e concepções sociais a respeito da justiça, do Estado e do direito. Preocupa-se com as ambiguidades entre lei e ordem, entre regra formal e práticas informais, entre Estado e sociedade, entre direito positivo e direitos sociais, enfim entre legalidade e legitimidade. 
Estuda a base social de um direito específico. A maneira por que o nosso direito estatal reflete a sociedade brasileira, também o exame do Direito em geral, como elemento do processo sociológico, em qualquer estrutura dada. O estudo do Direito como instrumento, de controle, de mudanças sociais, da pluralidade de ordens normativas, decorrentes da cisão em classes, com normas jurídicas diversas, formando conjunto competitivos de normas, no contraste entre direito dessas classes. As pessoas formulam seu próprio direito.
Sociologia do direito – interpretar o sistema jurídico externa ao direito, analisando imparcialmente a totalidade do sistema jurídico. A Sociologia no direito – as decisões judiciais devem estar pautadas nos estudos sociológicos que demonstram o que a sociedade acha efetivamente certo ou errado, pautadas no que reflete a sociedade, não se restringindo aos limites da lei escrita.
Teorias que consideram o Direito sob o prisma dominante do fato social, como simples componente dos fenômenos sociais e suscetível de ser estudado segundo nexos de causalidade não diversos dos que ordenam os fatos do mundo físico. Prudente lembrar que todo o Direito não se reduz a fato social, pois compreende também características institucionais, assumindo caráter de realidade no mundo moderno. Exemplo, o Estado, ficção política também criadora do Direito e assentado nele, identifica-se com o ordenamento jurídico aqui, realmente um aparelho burocrático que atua diretamente e indiretamente sobre a vida de todos os indivíduos.
Logo, o Direito enquanto conjunto de regras positivadas, ordenamento jurídico posto, existe e aplica com maior ou menor eficácia sobre as pessoas, justificando a existência de uma ciência jurídica. De outro, se todo o Direito fosse apenas fato social, não seria necessária tal existência, bastando a Sociologia para entende-lo.
Entende-se então que: Sociologia Jurídica visa entender reações às normas jurídicas, mas também o caráter geral do Direito que prevalece em uma época determinada e as mudanças que afetam esse caráter momentâneo, quanto também pelos processos nos quais leis e normas não forjadas. 
É bom não perder de vista que a Sociologia Jurídica deve não somente ajudar ao Direito a compreender a realidade social em face da aplicação da lei, mas também traga subsídios para as decisões judiciais, com o universo geral da sociedade, cultura, política, economia, religiosos etc. 
Finalmente, o que importa, que a Sociologia Jurídica tem como objetos refletores de estudo, o pluralismo jurídico, o acesso à justiça e a eficácia do Direito.
QUESTÕES: QUAIS SUAS REFLEXÕES A RESPEITO DOS TEMAS PENSADOS?
ESTUDO DE CASOS: Pedro scuro neto - paginas 3 a 6.
QUAL(AIS) APRENDIZAGENS INDESEJÁVEIS (AI) VOCÊ APREENDE DOS CASOS.
SE CONTINUAR ASSIM, COM TAIS AI, COMO A SOCIEDADE DO EU PODERÁ CONTINUAR VIVENDO, SENTINDO?
QUE PROPOSTAS DE APRENDIZAGENS SAUDÁVEIS, JUSTAS, VOCÊ, ENQUANTO CIDADÃ)AO, E JURISTA TEM PARA TAIS CASOS, FATOS.
QUE RECURSOS VOCÊ ACHA QUE O SISTEMA JURÍDICO TEM PARA INTEGRAR TAIS SITUAÇÕES?
QUAIS ESTRATÉGICAS?
PROCURE O PROFESSOR DE DIREITO PENAL E PROCESSO PENAL E OUTROS QUE SE FIZEREM NECESSÁRIOS.
II – ESCOLA SOCIOLÓGICA DA GÊNESE DO DIREITO
PROGRAMA DE SOCIOLOGIA JURÍDICA
SÉRGIO CAVALIERI FILHO
II
O Direito é um fato social, e tem origem nas inter-relações sociais. 
É um fenômeno social decorrente do próprio convívio do homem em sociedade.
Sendo o homem um ser social, não pode viver isolado, obrigado a viver necessariamente ao lado uns dos outros, carecemos de regras de proceder, normas de disciplinamento da vida em coletividade. 
A sociedade, este complexo de coisas e pessoas, necessita de organização, orientando a vida coletiva, disciplinando a atividade dos indivíduos. 
Esta organização pressupõe regras de comportamento que permitam a convivência social.
O Direito é o conjunto de normas que regulam a vida social.
A sociedade humana é, portanto, o meio em que o direito surge e se desenvolve, pois a idéia do direito liga-se à idéia de conduta e de organização, provindo da consciência das relações entre os indivíduos.
Vivendo em sociedade, germina na consciência a idéia do direito, direito é realidade da vida social, e não da natureza física ou do mero psiquismo dos seres humanos. Em suma, não havia o direito sem sociedade.
O que caracteriza a Escola Sociológica é considerar o direito tendo como origem na sociedade, nas inter-relações.
	Para a Sociologia Jurídica, o direito é uma ciência essencialmente social, oriunda da sociedade e para a sociedade. 
As normas do direito são regras de conduta para disciplinar o comportamento do indivíduo no grupo, as relações sociais. 
Não são regras imutáveis e quase sagradas, mas sim variáveis e em constante mudança, como o são os grupos onde se originam.
REFLEXOES
Diante do apelo para a satisfação de necessidades fisiológicas, estima, segurança, social e de auto realização, quais os limites que o outro como integrante da relação interpessoal pode lhe colocar?
Quando realiza valores conforme os direitos do outro, é requisito aceitar opiniões arbitrárias, normas do outro, sem conseguir seus direitos, por medo, talvez da própria agressividade e da do outro?
Quando posso e devo, na interpessoalidade, exigir os meus direitos, separar minhas coisas das do outro, para expressar meu estatuto pessoal como o sinto e experiencio?
c.1 posso discutir meu contexto, realidade com o outro?
c.2 posso inventar caminhos mais jutos e adequados ás coisas e pessoas?
c.3 posso buscar soluções verdadeiras e justas com o outro?
D. Percebe-se tragado pelo outro/mundo em seus valores, quando não exige o seu código de “direitos e garantias individuais?”
E. Quando que o “bem próprio, direitos, facultas agendi” fica em segundo plano e os interesses do outro em primeiro plano?
F Reflita a sabedoria existente no fato de você derramar sua subjetividade na objetividade, sendo assegurado em sua expressão no mundo social e, aceitando o outrotambém da mesma forma?
G. Finalmente, reflita sobre a construção de um “campo jurídico, do justo”, onde fenômeno jurídico que lhe tocou acomoda-se com o fenômeno jurídico percebido e sentido pelo outro....
FUNÇÃO SOCIAL DO DIREITO
III
O Direito como fato social é uma peculiaridade da sociedade humana.
É difícil praticar-se um ato que não tenha repercussão no mundo do direito.
Relações com coisas, pessoas, móveis e imóveis tem repercussão no mundo do direito.
Por que o direito se faz assim presente na sociedade? Qual é a sua função social? 
Analisaremos antes, as atividades fundamentais que o indivíduo desenvolve em sociedade. 1. Cooperação e 2. Concorrência.
As de cooperação caracterizam-se: convergência interesses, fins e objetivos comuns (relação mercantil de compra e venda, de locação de bens imóvel e profissionais autônomos liberais).
As de concorrência: não convergem para um interesse comum. Podem ter objetivos idênticos, mas desenvolvem atividades independentes, paralelas, que os colocam em posição de competidor ou concorrente. Dois comerciantes, empresários no mesmo ramo de atividade mercantil. 
Em ambas podem ocorrer conflitos de interesses. Na de cooperação, no contrato de compra e venda mercantil, pode haver o surgimento de vício, defeito na mercadoria, se caso não houver a troca da coisa ou ressarcimento do dinheiro, surgem conflitos...
No caso da inadimplência do locatário em relação ao locador, ou em relações de concorrência quando um ou outro vão além do que lhes é permitido por lei, exemplo de concorrência desleal (mídia enganosa, preços irreais etc).
FUNÇÃO PREVENTIVA DO DIREITO
Tais conflitos quebram o equilíbrio e a paz social. A sociedade não tolera o estado litigioso porque necessita de ordem, tranquilidade, equilíbrio em suas relações. Por isso, o direito tudo faz evitar ou prevenir o conflito, e daqui surge a primeira função social do direito – prevenir conflitos, evitar a colisão de interesses, dentro do possível.
O direito pretende ter um caráter muito mais preventivo do que repressivo, para evitar conflitos ocorram, através de um disciplinamento social, estabelecendo regras de conduta na sociedade, direitos e deveres a todos. 
Basta respeitar o disciplinamento que evitar-se-ão conflitos.
Quando se diz que o direito é uma ciência social, é porque suas regras, normas são para disciplinar o comportamento do indivíduo em sociedade, visando atender a uma necessidade social, sem essas normas a vida social seria intolerável, sem limites, composições, respeito aos direitos e interesses dos outros.
Quanto maior a possibilidade de conflitos, cresce a necessidade de disciplina e organização.
A função compositiva do direito baseia-se no princípio que surgindo o conflito há que solucioná-lo, buscando recolocar as coisas num ponto de equilíbrio em que possam permanecer. Superar um conflito de interesses é o que se chama composição. Aqui está a segunda função social do direito, compor conflitos.
Em que consiste a composição? Colocar os interesses antagônicos na balança da justiça, determinar qual o que deve prevalecer e qual o que deve ser reprimido.
COMPOSIÇÃO VOLUNTÁRIA – estabelecido pelo mútuo acordo das partes, discutindo e resolvendo da melhor maneira possível, atentando para o regime específico jurídico do tema discutido.
AUTORITÁRIO – estabelecido pelo chefe do grupo pelo poder de compor os conflitos de interesses que ocorrem entre os indivíduos que se encontram sob sua autoridade, usando o foro íntimo, próprio senso de Justiça, daquilo que a consciência lhe inspira, para compor conflitos (sociedades antigas mais comum, hoje no meio familiar)
COM A COMPLEXIDADE CIVILIZATÓRIA – COMPOSIÇÃO JURÍDICA – utilizando-se critérios de anterioridade, publicidade e a universalidade.
ANTERIORIDADE – fundamental na composição jurídica, implica em dizer que o critério aplicado preexiste ao conflito. Elaborado antes para poder ser aplicado ao conflito que ocorrer depois. Saímos historicamente do autoritarismo e migra-se para o domínio do direito.
PUBLICIDADE - é necessário também que o critério tenha sido anunciado, revelado, declarado por autoridade que o elaborou, que se conhecimento do critério antes de sua publicação.
COMPOSIÇÃO JURÍDICA é somente aquela que obedece a um critério anteriormente elaborado e também previamente dado à publicidade, tornando-o conhecido.
UNIVERSALIDADE – o critério nunca pode ser cominado apenas para determinado caso concreto, mas sim para todos os casos que se apresentarem com o mesmo tipo. Que todos os conflitos semelhantes que surgirem após a elaboração e divulgação do critério deverão se compor pelo mesmo critério. 
CONCEITO SOCIOLÓGICO DO DIREITO
IV
O Direito é fato social como uma das realidades observáveis na sociedade, surgindo das inter-relações sociais destinando-se a satisfazer necessidades sociais, como prevenir e compor conflitos.
Antes de conceituar sociologicamente o Direito, vamos estudar alguns elementos fundamentais formatadores.
NORMAS DE CONDUTA: - se o Direito está ligado a idéia de organização e conduta, logo deve ser entendido como conjunto de normas de conduta que disciplinam as relações sociais. 
O mundo do Direito é o mundo das relações entre os homens, pois na conjugação sociedade e indivíduo, encontramos a razão de ser.
O Direito é a única relação inteiramente determinada pela coexistência humana e que se exaure de homem para homem. 
O Direito, pois cuida da disciplina das relações extrínsecas do homem, cabendo à moral a disciplina de suas relações intrínsecas.
	Relaçoes entre as partes, a parte e o todo, e do todo com a parte.
	CARACTERÍSTICAS DAS NORMAS DE CONDUTA: 
	Aquelas que se destinam a todos, aplicáveis a todas as relações abrangíveis pelo seu escopo. Logo, são normas universais ou genéricas.
São abstratas porque não se referem a casos concretos na elaboração, mas sim a hipóteses consideradas. 
	Obrigatoriedade: são normas obrigatórias, de observância necessária, sob pena de o direito não atingir os seus objetivos. Se fosse facultativa a observância da norma jurídica, tornar-se-ia inócua a disciplina por ela imposta. 
	A obrigação é elemento fundamental do direito, pois abrange não somente direitos, mas também deveres, pois na exata medida que nos confere um benefício, poder, cria obrigação ou dever para outro etc.
	A noção de direito está ligada com a de obrigação. 
	Estando habituados a seguir as normas, não sentimos o peso do direito, como a gravidade que já é habitual. 
	Um fato psicológico do direito, que tais normas refletem à nossa maneira de pensar e sentir, tal o nosso condicionamento social. Tão logo as transgredimos, tomamos consciência da sua obrigatoriedade e responderemos pelas consequências.
	Pode-se falar em coercibilidade em lugar de obrigatoriedade indicando que a norma envolve a possibilidade jurídica de coação, sendo esta uma importante característica da norma jurídica. 
	A SANÇAO - como o direito dirige-se a seres dotados de liberdade que agem pela vontade. 
	Como existe a possibilidade de pessoas não o observar, faz-se necessário estabelecer uma sanção, para tornar a norma jurídica de observância necessária.
	Praticamente a obrigação não pode existir sem sanção. Alguns definem o direito até como um sistema de sanções.
	Sanção é a ameaça de punição para o transgressor da norma. Prometimento de um mal, consistente em perda ou restrição de determinado bens, como na obrigação de reparar o dano causado, para todo aquele que descumprir uma norma de direito. É a possibilidade de coação da qual a norma é acompanhada. 
Pode-se brincar um pouco com as idéias dizendo que sanção é a possibilidade, ameaça de castigo e pena já é o próprio castigo imposto. Sanção é a pena abstratamente considerada, e pena é a sanção concretizada. Sanção é cominada pelo legislador, pena é fixada pelo juiz. Sanção exerce uma coação psicológica (prevenção geral, é a força psíquica do direito, quese dirige à vontade, constrangimento sobre a consciência) e pena uma coação física, material (prevenção especial).
	ORIGEM DAS NORMAS DE CONDUTA – VIDE psicologia jurídica.
	Divina, razão, consciência coletiva ou do Estado.
	Para a Sociologia Jurídica as normas tem origem no grupo social.
	Alguns entendem que apenas um grupo social produz normas jurídicas, o grupo político/sociedade global, Escola Monista. Justifica-se, tem sua razão de ser no que se refere à ciência do direito, mas não com a sociologia jurídica. De que existem prescrições jurídicas antes de a sociedade organizar-se como Estado, e que ainda existem prescrições, mesmo nas sociedades já política e juridicamente organizadas, além das que forma impostas pela autoridade política. 
	Ademais, houve e há direitos supranacionais (direito consuetudinário, e o profissional como o mercantil) e infranacionais que não emanam da competência dos órgãos da sociedade global, como o religioso, canônico, muçulmano, judaico etc.
	Já, de outra monta, há aqueles que consideram que as normas jurídicas tendo como origem todo agrupamento de certa consistência ou expressão pode expressar em normas de funcionamento.
	PROVISORIEDADE E MUTABILIDADE DAS NORMAS DE DIREITO - os defensores do direito natural e os que concebiam tendo como origem a Divindade e os que entendiam como fruto da razão, consideravam o direito como conjunto de princípios permanentes, estáveis e imutáveis.
	Tal concepção não se coaduna ao ponto de vista sociológico, que o considera como produto social. Se o direito emana do grupo social não pode ter mais estabilidade que o grupo, que sofre constantes modificações, (digitalização dos grupos) pois o ser humano está em constante mudança, hábitos, pensamentos etc. PERMANENTE, IMPERMANENTE, INTERDEPENDÊNCIA, TRANSPARÊNCIA, TRANSCENDÊNCIA.
	Mudando-se o grupo, muda-se as normas de direito, logo, o direito é instável, impermanente, provisório.(jurisprudência)
	CONCEITO SOCIOLÓGICO DO DIREITO – Conjunto de normas de conduta, universais (se destinam a todos), abstratas(para casos hipoteticamente considerados), obrigatórias (são de observância necessária) e mutáveis (sujeitas a constantes transformações), impostas pelo grupo social (não somente pelo Estado), destinadas a disciplinar as relações externas do indivíduo, objetivando prevenir e compor conflitos.
IMPORTÂNCIA DA SOCIOLOGIA JURÍDICA
V
Para o legislador fornece elementos necessários à elaboração das leis. Conhecendo os fatos que estão ocorrendo no grupo para melhor disciplinamento dos conflitos possíveis inseridos na realidade social. 
	Ademais, ajustar constantemente a lei às novas realidades sociais, visto que, sendo a lei estática e a sociedade dinâmica, com o passar do tempo a lei torna-se anacrônica, ultrapassada, obsoleta. Os ajustes ocorrem se o legislador estiver informado sobre aquilo que precisa mudar.
	Ao juiz, magistrado, possibilita aplicar o direito de modo compatível com as necessidades sociais, conhecendo-as poderá interpretar as leis ora de forma restritiva ou extensiva ou analogia, fazer o direito acompanhar as evoluções sociais.
	Para o advogado, o profissional do direito, proporciona uma visão mais ampla e real do fenômeno jurídico. Revela-lhes que o direito não é somente um conjunto de normas estáticas, frias, que devem ser aplicadas independentemente de qualquer finalidade ou objetivo, mas também um fato, a realidade social dinâmica em permanente evolução, à qual as normas deverão se ajustar sob pena de perderem a finalidade, tornando-se ineficazes e obsoletas.
	Conclui-se que se dermos a devida atenção e valor à Sociologia Jurídica e progredirmos suficientemente em seu estudo, será possível evitar a improvisação em inúmeras questões administrativas e legislativas, alcançando a necessária adequação entre os fins sociais e as normas jurídicas que se destinam a realiza-los. Os legisladores poderão cumprir melhor sua função prevendo as tendências da legislação, os governantes e juízes serão capazes de dar aplicação mais precisa às normas de direito que houverem sido editadas.
VI
AUTONOMIA CIENTÍFICA DA SOCIOLOGIA JURÍDICA
	Hoje é reconhecida, pois tem objeto próprio, método e leis.
	Preocupa-se com o direito como fato social concreto, integrante de uma superestrutura social. A finalidade é estabelecer uma relação funcional entre a realidade social e as diferentes manifestações jurídicas, sob a forma de regulamentação da vida social, fornecendo subsídios para suas transformações, no tempo e no espaço.
	O fenômeno jurídico, segundo Miguel Reale – Filosofia do Direito, é considerado sob três aspectos ou dimensões distintos: fato, valor e norma.
	A Sociologia tem por objeto, o direito como fato, a ciência do direito com a norma, e a Filosofia do Direito ao valor. Tal concepção é conhecida como Teoria Tridimensional do Direito.
	
Diferença com a Ciência do Direito: a sociologia jurídica descreve a realidade social do direito sem levar em conta sua normatividade. Preocupa-se com a existência do direito como produto ou fenômeno social, decorrente das inter-relaçoes sociais, e não como foi concebido pelo legislador. A sociologia somente relata e registra o fato sem se envolver com valores, ideologias ou normas. Somente descrever os fatos.
	Por sua vez, A Ciência do Direito foca o aspecto estritamente normativo, conjunto de leis e regras escritas emanadas do Estado, eliminado qualquer elemento não jurídico. Só interessa o conhecimento das normas jurídicas, que enunciam, não o que sucedeu ou como sucedeu, mas o que deve acontecer, já que o foco é o direito como norma, nada mais. A norma é um juízo hipotético destinado a expressar que fazer ou não fazer algo, acompanhado de uma medida de coação por parte do Estado.
	Diferença com a Filosofia do Direito: esta trata do estudo do direito no seu aspecto valor, determinando a formação e desenvolvimento em relação aos elementos infra-estruturais da sociedade com as modificações. Como foi concebido o direito em face da escala de valoração jurídica dos bens existentes na sociedade. A Filosofia preocupa-se com a essência, critério de valores jurídicos, que ajuda na manifestação humana para alcançar fins concretos. 
	EFICÁCIA, VIGÊNCIA E FUNDAMENTO
	A Teoria Tridimensional do Direito dá origem a três planos de problemas diferentes: o da eficácia, vigência e o do fundamento.
	A Sociologia Jurídica preocupa-se com a eficácia. 
	A Ciência do Direito com a vigência.
	A Filosofia do Direito com os fundamentos.
	EFICÁCIA – é objeto da Sociologia Jurídica saber se as normas jurídicas estão ou não adequadas às necessidades sociais. Primeiro, preocupa-se com o fato que repercutem na esfera jurídica e, depois com as relações que necessitam receber o disciplinamento do direito, pois uma vez elaborada a norma disciplinadora, empenha-se em saber se a referida norma atende ou não às necessidades sociais.
	É muita importância, mesmo que no momento de sua elaboração esteja perfeitamente adequada à realidade social, como correr do tempo pode se tornar ultrapassada, ineficaz, em razão da constante evolução social, tornando-se necessária reformulá-la. - SER
	VIGÊNCIA – a vez da Ciência do Direito. Foca a norma e a vigência. Em vigor, a lei deve ser estudada pelo jurista, interpretada e comentada, ainda que se trata de lei em desuso. A norma só deixa de ser vigente depois de expressamente ou tacitamente revogada por outra. DEVER SER 
	FUNDAMENTO – Enfim, a Filosofia do Direito foca nos fundamentos do direito, os problemas relacionados com o ideal do direito, a natureza do que é jurídico, causas e princípios últimos, conteúdo ético, mundo dos valores, as ideologias ou correntes de pensamento que elaboraram servindo de fundamento aos principais institutos jurídicos. PODER SER
		
 VII – FONTES DO DIREITO – MAIS IMPORTANTES DO PONTO DE VISTA SOCIOLÓGICO
Se o direito é um fato ou produto social do grupo, para a sociólogo a fonte material mais importanteé a sociedade, o próprio grupo humano.
Essa é a fonte primeira, suprema, sem a qual não haveria falar em direito.
Entre as fontes formais, o costume merecer a preferência da sociologia jurídica porque constitui a primeira e principal manifestação do direito criado pela sociedade. 
Tão logo a sociedade elabora uma determinada forma ou regra de conduta, exterioriza-a através do costume, a expressão autêntica da consciência jurídica social.
Para o jurista, que enfoca o direito pelo aspecto normativo, a principal fonte material é o Estado, os órgãos legislativos, sendo a Lei a mais importante fonte formal.
O COSTUME – ELEMENTOS CONSTITUTIVOS
Externo, objetivo, de natureza material, representado por uma série de atos semelhantes, uniformes e constantemente repetidos, indicando um comportamento idêntico pelos membros da comunidade. É a maneira pela qual o costume se exterioriza, tornando-se conhecido.
Para haver costume e preciso uniformidade na série de atos, além da repetição de atos diferentes, constante, ininterrupta, praticada com regularidade e certa duração, não suficiente a eventual.. Que a prática constante e uniforme seja também geral, praticada pela generalidade do grupo e não apenas por alguns dos seus membros.
Interno – natureza psicológica, convicção jurídica de que a observância dessa prática corresponde a uma necessidade de direito. Trata-se de elemento subjetivo e consiste na consciência da obrigatoriedade da norma, no convencimento íntimo de que a prática de tais atos representa uma necessidade coletiva. É aqui que se funda a razão da obrigatoriedade do costume, pois a coletividade só começa a ter um comportamento constante e uniforme quando intimamente convencida de que esse comportamento é adequado às suas necessidades jurídicas.
COSTUME é a repetição constante e uniforme de determinados atos pelos membros de certa comunidade social, com a consciência de que correspondem a uma necessidade jurídica. É a conduta social reiterada de forma constante e uniforme, por ser de necessidade jurídica.
ORIGEM - de uma necessidade social. Depara-se com um fato ou com uma relação social que ainda não está devidamente disciplinada, imaginando um meio de resolvê-la com uma idéia e a coloca em prática. 
Outras pessoas a aceitam, e a começa a expandir em determinado meio sócio-profissional. Com o correr do tempo a maioria do grupo passa a adotar aquela mesma forma de proceder, por estar convencida de que é a maneira correta, necessária que atende às conveniências sociais. Está formado o costume.
O costume é de formação livre, difusa, espontânea e gradativa. Formado paulatinamente pela própria sociedade, para suprir necessidades. Evolui no tempo e no espaço, de acordo com as condições sociais do grupo no qual se formou, com um caráter eminentemente histórico, transmitido por tradição oral.
O costume manifesta-se exteriormente por atos, que constituem seu elemento objetivo. Podendo ser positivo, negativo ou omissivo.
Positivo quando em face de uma lacuna no ordenamento jurídico, um fato ainda não disciplinado, a sociedade cria uma regra, um procedimento destinado a supri-lo, e assim vai criando o direito.
Negativo ou omissivo quando, estando as normas desatualizadas, ultrapassadas, ineficazes, não mais atendendo às necessidades sociais, a sociedade vai deixando em desuso, destruindo o direito.
O mais comum é o costume manifestar-se das duas maneiras: à medida que vão caindo em desuso as normas ineficazes, a sociedade vai elaborando outras normas de comportamento destinadas a substituí-las.
O PAPEL DO COSTUME – em sociedades modernas, de base legalista, o costume tem papel secundário, função meramente subsidiária ou supletiva.
Ponto de vista sociológico – tem papel relevante por: 1. A primeira regulamentação da vida social foi feita pelo costume. Vide sociedades primitivas. 2. Reside no fato de ser elaborado pelo grupo, condiciona os conceitos de bom e de mau, o que deve ser seguido e observado pelo grupo e distinguindo-o daquilo que deve ser seguido e observado daquilo que deve ser evitado e não praticado. O costume aqui é uma força produtora do direito em todas as fases do desenvolvimento deste, quer para completa-lo ou corrigi-lo, dando-lhe interpretação mais conforme às necessidades sociais.
ESPÉCIES DE COSTUME
Conforme a relação com a lei, o costume tem três espécies:
Secundum legem: costume que serviu de apoio ao ditame legislativo regular, ou como complemento. A opinião ou costume deve ser respeitado por encontrar respaldo na lei. Ex: praxe forense – atos praticados no foro não expressamente regulamentados, mas realizam-se de acordo com costumes que servem de complemento à lei.
Praeter legem: fonte supletiva, onde a lei nada dispôs, suprindo sua lacuna. Está além da lei, que não abrangeu aquele fato oriundo das inter-relações sociais. Ex, leis trabalhistas.
Contra legem: costume que opõe à lei. Introduz uma nova norma contrária às disposições legislativas, ou faz os próprios preceitos legais vigentes não serem aplicados, caindo em desuso. Para o jurista, o costume não pode prevalecer porque uma lei só pode ser revogada por outra e, ademais, um preceito legal caia em desuso, não pode produzir o efeito de fazer-se substituir por uma norma consuetudinária oposta. Do ponto de vista sociológico, temos que admitir a prevalência do costume, mesmo contra a lei. São naquelas situações de normas em desuso, que não correspondem mais as necessidades da sociedade. É o fenômeno de extinção por desuso.
JURISPRUDÊNCIA – Caso levado ao poder judiciário, e após tramitação processual, recebe uma decisão. Casos idênticos sucessivas vezes, com decisões semelhantes, guardam o mesmo entendimento. Decisões reiteradas que emanam dos órgãos judiciários constituem a jurisprudência.
A palavra jurisprudência designa o conjunto de decisões proferidas por juízes ou tribunais sobre casos idênticos. Em sociedades legalistas, a jurisprudência tem papel secundário, já que todo direito emana da lei. Alguns entendem que não seria nem fonte de direito, mas um meio de interpretação, pois cabe ao magistrado aplicar o direito/lei ao caso concreto e não o criar, mesmo quando lançam mão da analogia - dos costumes ou princípios gerais do direito (por interpretação ora extensiva, ora restritiva) quando não uma norma particular na legislação, Entre nós, nem as súmulas do Supremo Tribunal Federal não obrigado o juiz a acatá-la em suas decisões, com valor restrito, que não vai além de fixar um rumo, consagrar uma orientação. Sob a ótica sociológica, a jurisprudência cria direito mesmo nos sistemas legalistas, já que o juiz é obrigado a aplicar a norma que estabeleceria se fosse legislador. 
Ao contrário em sociedades baseadas no direito consuetudinário, sendo a jurisprudência fonte viva do direito. Common Law – direito costumeiro é definida nos julgamentos, donde a importância dos precedentes, que têm força obrigatória, como uma coleção de precedentes judiciários. 
A jurisprudência pode transformar-se em lei, quando tornar-se tão reiterado o entendimento que é absorvido pelo legislador. 
A LEI- vem de ligar, em sentido jurídico, obriga a agir. Ligar o ANTECEDENTE que é o fato social ou relação fática concreta a que a lei se reporta ou descreve e o CONSEQUENTE o efeito que a lei atribui à ocorrência fática. A lei transforma o fato ou relação fática, em fato jurídico gerador ou relação jurídica. 
A lei é o tegumento do direito, a forma escrita, através da qual o direito se exterioriza e se torna conhecido. Daí considerar-se a razão de ser da lei como fonte imediata, isto é, a lei é a forma, que nos transmite o conhecimento do núcleo jurídico que a anima – o direito. 
SEMELHANÇA E DISTINÇÃO ENTRE LEI E O COSTUME
Quanto ao conteúdo, ambos são regras de conduta decorrente das necessidades sociais. O costume tem origem nas necessidades sociais, logo, o legislador, ao elaborar as normas, deve estar atento às mesmas. Aqui, são semelhantes, expressãoda vontade do grupo, formas de exteriorização do direito.
DIFERENÇAS – 
Quanto à origem: costume emana diretamente da sociedade. A lei de um órgão estatal. O costume veio antes da lei. A lei surge quando a sociedade organizou-se política e juridicamente, criando o Estado.
Quanto ao processo de elaboração: o costume é de formação livre, espontânea, gradativa, paulatinamente, à medida que determinada conduta vai sendo aceita e reiterada pelo grupo. A lei é formal, preestabelecido, iniciando-se com um projeto, discussão, votação, sanção, promulgação, até chegar à publicação. 
Quanto à forma: o costume mostra-se por condutas reiteradas e transmitido em regra via oral, passa de geração a geração pela tradição. A lei exterioriza-se por escrito e fórmulas rígidas, precisas. 
SISTEMA PREFERIDO – LEI OU COSTUME:
Século XIX – Alemanha – Savigny – Escola Histórica – sustentatava que o costume devia prevalecer sobre a lei por ser a expressão direta e pura das aspirações da coletividade nacional. A codificação dificultaria a evolução natural do direito, o seu desenvolvimento e inadequado à realidade social. 
Opositor – Thibaut – defensor da codificação, o costume não é mais flexível que a lei, tendendo a incrustar, sendo mais difícil a modificação. A lei adapta-se mais facilmente às novas condições sociais, proporcionando conhecimento mais rápido e oferecer maior segurança do que o costume.
A maioria dos Estados modernos utiliza a codificação, a lei. 
Enfim, a Lei é objeto de estudo da Ciência do Direito. A Sociologia Jurídica só se preocupa com a eficácia da lei. 
 
VIII
OBJETO DA SOCIOLOGIA JURÍDICA
OBJETO entende-se o campo de atuação específico de uma ciência, o fim a que se propõe, o objetivo que visa alcançar. Método é o caminho a seguir para alcançar os objetivos de uma ciência, o processo a ser aplicado para realizar suas finalidades. Leis são as regularidades, os fenômenos que se reptem com frequência no campo de uma ciência.
O objeto da Sociologia Jurídica é o direito como fato e o que está contido no estudo direito como fato.
Alguns – Emile Durkheim – a) investigar como as regras jurídicas se constituíram real e efetivamente, isto é, o exame das causas que determinam o surgimento das regras jurídicas, dos fatos sociais que as suscitam, bem como das necessidades que visam satisfazer. Somente quando as normas estão ajustadas aos fatos é que poderão atender aos objetivos para os quais foram elaboradas. ; b) o modo como as normas jurídicas funcionam na sociedade, saber dos resultados decorrentes da existência da norma, isto é, se está ou não sendo aplicada, se há ou não estrutura para isso etc.
Outros – Georges Gurvitch – a)há a Sociologia Sistemática do Direito ou Microssociologia do Direito. Estudo das relações das formas de sociabilidade por interpenetrações (massa, comunidade, comunhão) com os fenômenos geradores do direito social, e das formas de sociabilidade por interdependência (relações de aproximação, de afastamento ou mistas) com os fenômenos originários do direito interindividual, bem como o estudo dos planos de profundidade do direito. B) Sociologia Diferencial do Direito, Tipologia Jurídica dos Grupos Particulares e uma Tipologia Jurídica das sociedades totais. Estuda as relações do direito com cada tipo de agrupamento social, dando ênfase especial ao estudo da soberania e das relações das diversas ordens jurídicas com o direito estatal; c) Sociologia Genética do Direito – relações de interinfluência que se estabelecem entre o direito, por um lado, e a base ecológica da sociedade, a economia, a religião, a moral, o conhecimento e a psicologia coletiva.
Ainda – Edmond Jorin – A Sociologia do Direito e a Ciência do Direito constituem uma só e mesma disciplina, tendo por objeto o fenômeno jurídico, no que, encontra-se superado. Alguns quadros de tarefas para a Sociologia Jurídica: a) observação e análise dos fatos; b) tratamento tipológico (reagrupamento, classificação, estudos comparativos); c) estudo da gênese das regras jurídicas e de sua evolução; d) relação entre o direito com fenômenos sociais ( direito x sociedade e vice-versa).
Finalmente – Recaséns Siches – a) estuda de como o direito representa o produto de processos sociais – Direito como fenômeno condicional pela sociedade, como produto resultante de complexo de fatores sociais. O direito é manipulado pela sociedade. Elementos de base dessa influência: relações sociais não reguladas juridicamente, a plenitude do ordenamento jurídico não permite tais vazios. Tendências e correntes que ainda não obtiveram expressão normativa. Representações axiológicas das pessoas que integram o grupo. Mútuas correlações empíricas entre o direito e outros produtos da cultura. Necessidades e fins da vida humana que estejam pressionando em dado momento; b) exame dos efeitos que o Direito constituído causa na sociedade, sejam eles positivos, negativos ou de interferência com outros fatores. Cuida da influência conformadora ou condicionante do direito sobre a sociedade. 
O que melhor colocou o objeto da Sociologia Jurídica – Renato Treves – italiano – a) Estudo da eficácia das normas jurídicas e dos efeitos sociais que tais normas produzem. B) estudo dos instrumentos humanos de realização da ordem jurídica e de suas instituições
IX- EFICÁCIA DAS NORMAS JURÍDICAS E SEUS EFEITOS SOCIAIS
Eficácia é diferente de validade da norma jurídica.
VALIDADE – o que é necessário para que uma coisa seja válida? 
Exemplo, um contrato no qual um das partes é incapaz não é válido porque lhe falta um dos elementos.
Logo, válido é aquilo que é feito com todos os seus elementos essenciais. 
Elementos essenciais são aqueles requisitos que constituem a própria essência ou substância da coisa, sem os quais ela não existiria; é parte do todo.
Para que o ato ou negócio sejam válidos, terão que estar revestidos de todos os seus elementos essenciais. Faltando um deles, o negócio é inválido, nulo, não alcançando os seus objetivos.
A receita do negócio jurídico está na lei. É nela que se estabelece os seus elementos essenciais. ‘Válido é aquilo que está revestido de todos os seus requisitos legais”. 
A VALIDADE DECORRE invariavelmente, de o ato haver sido executado com a satisfação de todas as exigências legais.
EFICÁCIA – Consequência da validade: é a força do ato para produzir os efeitos desejados. Só o ato válido, revestido de todos os elementos essenciais, tem força par alcançar os seus objetivos. 
Podemos deduzir que lei eficaz é aquela que tem força para realizar os efeitos sociais para os quais foi elaborada. Uma lei só tem essa força quando está ajustada às realidades sociais, às necessidades do grupo. Aí ela penetra no mundo dos fatos e consegue dominá-los.
Eficácia é a adequação entre a norma e as suas finalidades sociais, quando atinge os seus objetivos, que realiza as suas finalidades, que atinge o alvo por que está ajustada ao fato.
Então é tarefa da Sociologia Jurídica fornecer ao legislador elementos necessários e essenciais à elaboração dessa norma, tais como, conhecimento da realidade social, reais problemas e conflitos que se travam na sociedade, senão as normas estão fadadas a vazio de conteúdo, de propósito, sendo um conjunto de estéreis formalidades.
A sociedade não espera pelo legislador, condiciona o direito fato à sua imagem e semelhança, cabendo ao legislador ajustar o direito positivo a ela, sob pena da lei nascer ineficaz.
CAUSAS DA INEFICÁCIA DA NORMA JURÍDICA
A eficácia da norma depende do reconhecimento, aceitação ou adesão da sociedade a essa norma, da maior parte dos indivíduos. 
Esse reconhecimento pode depender da legitimidade da autoridade que a estabeleceu, do conteúdo da mesma.
“a lei nasce para viver e só valem quando podem entrar no mundo dos fatos e ali governar. Valem pela força que têm sobre os fatos e como são entendidas nessa aplicação.
Pode ocorrer: 1. Leis superadas pelos fatos e desmoralizando-se. 2. A lei quer alterarvelhos hábitos e dar-lhes nova disciplina, teimando em sobreviver os hábitos. 3. A leis avançadas que naufragam em meio social hostil, acanhado e despreparado. 
A causa primária da ineficácia da norma é a sua desatualização, em conflito com os fatos e acabando sendo superadas por estes.
Outra causa, é a lei que no momento de seu nascimento está em acordo com as necessidades sociais, entretanto, com o correr do tempo, vai se desatualizando, pois os fatos são dinâmicos, evoluindo rápido e constantemente, enquanto a lei é estática. 
Terceira causa é o misoneísmo, quando o legislador não consegue vencer as poderosas forças que retardam, impedem as reformas ou as tornam mofinas.
Misoneísmo é a aversão sistemática às inovações ou às transformações do status quo. Velhos hábitos, costumes emperrados, privilégios de grupos, impedem que a lei seja aplicada ou mesmo elaborada. Pode ser por interesses políticos, econômicos (reforma da previdência, tributária etc) ou religiosos em jogo (divórcio), ou comodismo da autoridade que não levou a sério a aplicação da lei. 
Quarta causa, é a antecipação da lei à realidade social existente. Lei que funciona muito bem em outro país e quer implantar no nosso. Sem o suporte social, correspondência com a realidade, a lei fica no vazio. 
EFEITOS POSITIVOS DA LEI
Efeitos são todos e quaisquer resultados produzidos pela norma. Os positivos são os resultados compatíveis com os interesses sociais e, negativos, não compatíveis.
O estudo dos efeitos da lei sobre a sociedade é o estudo da influência condicionante do direito constituído sobre a sociedade.
EXEMPLOS. 
Função de controle social. Prevenir e compor conflitos são as principais finalidades do direito.
Desta, a função preventiva tem papel relevante. O direito é muito mais preventivo do que repressivo. Como o direito previne os conflitos? 
Estabelecendo regras de conduta, de disciplinamento social. O direito exerce sobre todos um condicionamento que resulta num controle do comportamento do indivíduo, do grupo e das instituições. 
A função de controle social é exercida pela prevenção geral, coação psicológica ou intimidação exercida sobre todos, mediante a ameaça de uma pena para o transgressor da norma. 
Também é exercido o controle social pela prevenção especial – segregação do transgressor do meio social, ou aplicação de uma pena pecuniária, indenizatória, para da próxima vez que se sentir inclinado a transgressão, maior estímulo no sentido de ajustar sua conduta às condições existenciais. 
Função educativa da norma. Quando a lei, em seu processo legal de validade e eficácia, torna-se conhecida pela divulgação, publicação, educando e esclarecendo a opinião pública.
Função conservadora da norma. Tutelando bens da vida social, que se transforma em jurídicos quando recebem a proteção do direito. Móveis, imóveis, materiais ou imateriais, valores, instituições. 
Esta função liga-se ao caráter estático do direito que representa ao garantir a manutenção da ordem social existente, sendo mais verdade em países desenvolvidos, estabilizados e organizados. Ao contrário, outros países, tal função não vale muito literalmente, pois o direito ainda é fonte e instrumento de transformação.
Função Transformadora da norma. Aqui percebe-se o efeito condicionante do direito sobre a sociedade, em razão de necessidades sentidas, a norma estabelece diretrizes novas, novos princípios e modificações. A sociedade, de seu lado, para tal, estrutura-se, equipara-se, aparelha-se paulatinamente, operando gradativamente mudanças em seu meio. Ex. a situação dos trabalhadores antes das leis trabalhistas e após, como as industrias, os órgãos de amparo previdenciário tiveram que se adequar.
Outros exemplos são os planos econômicos que vem “salvar” a economia da bancarrota. 
EFEITOS NEGATIVOS DA NORMA
PRELIMINARMENTE – EFEITOS DA NORMA
São todos e quaisquer resultados produzidos pela norma, decorrentes de sua própria existência. Toda e qualquer consequência, modificação, alteração que a norma produza no mundo social. Sua própria existência já é um efeito. 
Se esta existência for contrária aos interesses sociais, temos efeitos negativos, chegando-se o tempo de revogar a lei, substituindo-a por outra mais adequada.
Três hipóteses em que a lei produz efeitos negativos:
Quando for ineficaz: é aquela que está ultrapassada, desatualizada, fora da realidade social. Ela não mais penetra no mundo dos fatos, não tem força para governa-los. A consequência é que a lei se desmoraliza e estende o desapego a todo o sistema.
Lei de Contravenções Penais que proíbe o jogo do bicho. Legalmente é proibido, cabendo à polícia dar flagrante, desmontar a fortaleza do bicheiro, se não o faz, surgem os efeitos negativos da lei, tornando-se um instrumento de corrupção, pois, para não se prender ou perturbar o negócio, dividem-se os lucros, forjam-se flagrantes e dar a falsa aparência de repressão. 
O que se poderia fazer com uma lei assim? Revogá-la, legalizando o bicho e permitindo o jogo.
Pela omissão da autoridade em aplicar a lei: A função principal do direito, é prevenir conflitos, controlar as relações sociais, o que realiza através do disciplinamento do comportamento mediante normas jurídicas com sanção. Quando transgredida e, por algum motivo de incompetência, irresponsabilidade ou outros da autoridade, a sanção não é aplicada, nenhum pena é aplicada. A lei vai se enfraquecendo em sua disciplina, diluindo a função preventiva e, a transgressão sem punição vai estimulando novas transgressões. A lei poderá ser eficaz, mas não produzirá efeitos positivos por omissão das autoridades. 
Pela falta de estrutura adequada à aplicação da Lei: Pode-se ter leis boas e eficazes, autoridades competentes e responsáveis, mas por falta de estrutura para eficiente aplicação do direito, não atingirá os objetivos sociais. Aqui é a falta de recursos humanos e materiais necessários. 
A consequência é um desmando de ilícitos, as pessoas que cometem crimes não acreditam que serão punidas, dissemina-se desordem social, descrédito nas instituições.
X. FINALMENTE, O QUE IMPORTA, QUE A SOCIOLOGIA JURÍDICA TEM COMO OBJETOS REFLETORES DE ESTUDO, O PLURALISMO JURÍDICO, O ACESSO À JUSTIÇA E A EFICÁCIA DO DIREITO.
EFICÁCIA DO DIREITO: é uma das valorações a que se submete o Direito Objetivo. As outras duas são a validade e a justiça. 
Validade – entende-se a legitimidade formal das normas, vistas em si mesmas ou como integrantes do ordenamento jurídico, com o qual devem manter relação de logicidade e harmonia. (Teoria Geral do Direito/Dogmática Jurídica0. 
Justiça – objeto de reflexão filosófica a propósito da adequação do Direito a um ideal de justiça que lhe seja anterior e superior, campo apropriado da Filosofia do Direito.
Eficácia – é de saber se as normas jurídicas são ou não cumpridas pelas pessoas a quem se dirigem e, no caso de violação é possível que se façam valer com meios coercitivos de que dispõe a autoridade púbica. Aqui estamos no campo da pesquisa sociológica sobre o Direito.
As normas são mais eficazes quando cumpridas de forma espontânea, guardam vínculo real com a sociedade que as instituiu, sendo fruto, da necessidade social. 
Outras tem eficácia condicionada ao exercício da coação estatal.
Outras nem assim são cumpridas, seja porque não efetivamente correspondem aos anseios populares em sua totalidade ou a parcela significativa da sociedade, ou constituem de fato simples instrumentos simbólicos do dever-ser social.
A questão da eficácia da norma jurídica evoca o chamado problema fenomenológico do Direito, é o terreno da aplicação das normas às situações pessoais concretas, qual seja, o comportamento efetivo dos homens, seus interesses pessoais, ações e reações. Então, temos investigar sobre a vida do Direito, origem, desenvolvimento e alterações significativas...
Toda norma vigente destina-se a influir efetivamente no meio social e é porque vige e influi que se tornapositiva. Daí a necessidade de se estudarem as condições empíricas da eficácia e as conexões de sentido no plano da cultura jurídica vigente.
A eficácia do Direito implica na aceitação pela sociedade como um todo ou por parte dela e à efetiva produção de efeitos, o que traz à tona o tema das relações entre as normas postas e a sociedade, haja a influência do Direito em todas as ciências humanas. O alargamento ou não do fenômeno jurídico tem como causa a maior ou menor eficácia da norma jurídica, levando a sociedade a criar instrumentos alternativos de regulação social e a solução dos conflitos cotidianos.
Na Filosofia do Direito, a corrente de pensamento que reduz a validade do Direito à sua eficácia constitui o chamado Realismo Jurídico, no qual o Direito não é o que está nas normas, mas sim no comportamento dos homens, como ele efetivamente é existente no seio da sociedade, na aplicação das normas, interpretação e cumprimento. (Escola Histórica do Direito)
A eficácia do Direito tem como obstáculo natural, o papel modesto exercido pelas normas e sua aplicação na solução dos problemas sociais, constituindo um limite fático à função crítica do Direito. Exe, punições criminais que não representa efetivo combate à criminalidade, impossibilidade de solução de um grande número de questões patrimoniais...Questões envolvendo a aplicação de normas internacionais em razão da inexistência de um poder jurisdicional soberano que possa fazer valer as normas internacionais na hipótese de conflitos entre Estados soberanos. ..Normas que já nascem com ineficácia técnica necessitando de outras normas para completar-se e inserir-se efetivamente no ordenamento jurídico...
Ao se cuidar da eficácia do Direito, não se deve esquecer que o Direito constitui amplo instrumento oficial de controle social. Não se destina à solução de conflitos por meio da ação do Estado e de seu poder coercitivo, mas também à construção de condutas, educação e transformação da sociedade, influindo sobre a opinião pública. Exemplo são as normas constitucionais, natureza eminentemente programática. Para tal intento, exercem papel importante os princípios jurídicos e valores solidificados ao longo da história do Direito, como o primado da lei, a igualdade formal dos cidadãos perante a lei, o direito ao contraditório e à defesa, necessidade de valorização da dignidade humana através dos direitos fundamentais etc.
Outro tema subjacente de obstáculos à eficácia do Direito é de natureza econômica e social, que diz respeito ao acesso à Justiça pelas classes populares. 
A reflexão sobre a eficácia do Direito leva-nos ao âmago da Sociologia Jurídica, ao campo das relações estreitas que ele mantém com a sociedade, no sentido de contínua produção de influências mútuas. Daí: 1. De que maneira as transformações sociais influem no Direito, alterando a eficácia de suas disposições? R: no momento da criação de um novo Direito Positivo, revogando disposições antigas, alterando a eficácia das normas, forçando os operadores do Direito a uma interpretação atualizadora. A ineficácia das normas jurídicas leva a um movimento social de recriação do Direito em: a) Criaççao de um novo Direito, alterando antigas, ou b) interpretando com inovações na aplicação diária das normas jurídicas e na solução de conflitos interpessoais, surgindo assim um novo sentido para o Direito Positivo. 2. Quais as influências que a norma jurídica exerce sobre os fatos sociais e sua evolução?
PLURALISMO JURÍDICO – o que pode acontecer com o Direito positivo? É uma ilusão o Direito Estatal? O que é o Direito afinal? Pode existir mais de um Direito?.
Durante muito tempo, o Estado moderno se assenta no pressuposto de que o direito opera segundo uma única escala, a escala do Estado. Nas últimas décadas, a pesquisa sobre o pluralismo jurídico chamou a atenção para a existência de direitos locais nas zonas rurais, nos bairros urbanos marginais, nas igrejas, nas empresas, no desporto, nas organizações profissionais. São formas de direito infra-estatal, informal, não oficial e mais ou menos costumeiro.
A Escala estatal é apontada hoje mas recomenda-se o pluralismo jurídico alcançando o plano da eficácia, existência e validade. 
Para configurar o pluralismo jurídico, é necessária a existência de duas ou mais normas aplicáveis à mesma situação válidas dentro do seu sistema, mas a eficácia por ser alcançada somente por uma norma que será aplicada ao caso concreto. Exemplo de uma pessoa fiel a uma religião que segue a norma religiosa desprezando a norma do Estado. Outro, normas dos traficantes em espaços dominados pelo tráfico, normas de criminosos dentro das celas.
Regra geral, o que faz alguém busca uma ou outra fonte de normas, estatal, infra-estatal etc, é a segurança investida na norma de distribuir justiça.
Então, há o pluralismo jurídico quando existem normas válidas várias de centros diferentes de poder, para serem aplicadas ao mesmo caso concreto. 
Algumas formas de pluralismo jurídico, chamadas de concepções atuais de pluralismo jurídico:
Interlegalidade: ordenamentos que se interagem, criando formas de soluções internas de conflitos. Não caracteriza essencialmente o pluralismo jurídico, pois é apenas uma complementação do ordenamento jurídico único, não havendo conflito entre ordenamentos. A divisão de competências existe para resolver conflitos de normas, típica de ordenamento complexo.
Multiculturalismo: o criador tanto o aplicador do direito precisam entender as mudanças sociais, criadas pelo contato mais profundo com culturas estrangeiras, propiciado pela imigração. Faz o direito se alterar, mas não há que se falar em pluralismo, pois reconhecendo as diferenças, elas passam a fazer parte do ordenamento único. Se não houver reconhecimento, migra-se para a letra d.
Internacionalização: influencia do direito internacional nas decisões internas, criando assim um verdadeiro ordenamento paralelo. O pluralismo jurídico é afastado aqui pelo instituto “elementos de conexão” autorizados pelo direito doméstico.
Direitos do povo: ordenamentos criados dentro da sociedade com os quais a população mais se identifica. Aqui, sim é exemplo de pluralismo jurídico. O indívíduo abdica do direito estatal. 
O pluralismo jurídico é forma de pressão para a alteração do direito estatal, como forma de que ele alcance legitimidade junto à maior parte da população, tornando por exemplo, seus procedimentos mais céleres ou encampando normas, como é o caso da proteção aos conviventes.
Há que se tomar cuidado com o fracasso do direito estatal, dando abertura aos direitos paralelos como crime organizado, onde as instituições são desacreditadas.
Dessa forma, há pluralismo jurídico nos casos em que existem normas diversas e válidas que podem ser aplicadas ao mesmo caso concreto, normas que convivem no mesmo espaço territorial, da vigência de dois ou mais ordenamentos jurídicos, no geral apenas uma alcança a eficácia por escolha do aplicador ou do invidívíduo que sofrerá a aplicação, não por força de uma regra que determina a aplicação dessa ou daquela. 
Logo, afasta-se o pluralismo jurídico dos casos em que, apesar de existirem várias fontes criadoras de normas, a aplicação de uma das normas é determinada por uma estrutura meta-jurídica. 
Na história do Direito temos diversos momentos de pluralismo jurídico, como o direito das religiões, diversificados, numerosos. Em toda a antiguidade clássica, temos exemplos de cuneiformes de várias regiões e períodos diferentes. No caso do novo testamento, no sistema hebraico de direito, pois com ele nasce novo regramento convivendo com o antigo. Outro exemplo é o princípio da jus patriae, do direito internacional. 
No direito romano aceitava-se o ius civile (entre romanos) e ius gentium(estrangeiros). 
Com a formalidade e codificação do direito, a partir essencialmente de 1804 com o código Napoleônico, o pluralismo ficou na informalidade. No direito internacional ele está mais intrincado pela característica dadescentralização do DIP que trabalha com a existência da pluralidade de direitos, servindo como ciência metajurídica de indicação da norma aplicável.
ACESSO À JUSTIÇA – há uma dimensão individual ou a pretensão de uma justiça social, meta de todos que atuam na área jurídica. 
No que tange o aspecto técnico defini-se o acesso à justiça como direito de todo cidadão, que aliado ao princípio da igualdade perante a lei, lhe é garantido o acesso ao órgão do Estado, através do Poder Judiciário, para reclamar de lesão ou ameaça de lesão a seus direitos. O acesso á justiça é uma das características essenciais do estado de direito, sendo obrigação do Estado através do Poder Judiciário. 
Se é obrigação do Estado, também lhe é obrigado garantir a efetividade das normas, feito através do Estado-juiz, do Poder Judiciário. Cabe ao juiz trazer o direito ao caso concreto, mesmo na ausência de norma expressa, o direito deve ser aplicado, por meio de processo de integração da prestação jurisdicional.
Há todo um aparato instrumental para garantir o acesso à Justiça, por meio de procedimentos, no caso, Direito Processual, que dita normas formais e homogêneas, cujos pedidos serão avaliados e julgados por que estiver habilitado. 
O acesso à Justiça é garantia representa garantia de que a sociedade sempre será ouvida, para que ninguém seja injustiçado.
Está previsto expressamente no texto constitucional brasileiro, artigo 5º, §1º, XXXV, “a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito”.
Este princípio somado ao devido processo legal, do contraditório, ampla defesa, consubstancia o acesso à justiça em seu sentido amplo.
Garantir o acesso à justiça não implica em ganho de causa, que envolve elementos técnicos, como perícias, impossibilidade de realização de provas, são limites fáticos.
 
X A SOCIOLOGIA JURÍDICA NOS VÁRIOS RAMOS DO DIREITO - SEMINÁRIOS

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