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Radiobiologia e Dosimetria Aula 8: Efeitos biológicos das radiações nos seres vivos - parte 2 Apresentação Abordaremos a natureza dos efeitos biológicos e a diferenciação dos efeitos físicos, químicos e biológicos, resultantes de exposição à radiação ionizante. Veri�caremos como ocorre o processo de indução de doenças decorrentes da exposição a radiações ionizantes relacionando os efeitos biológicos com os valores de exposição a ela. Objetivos Examinar conceitos importantes referentes a grandezas como LET e RBE, que contribuem para o entendimento da relação entre o câncer e o sistema biológico irradiado; Diferenciar os efeitos produzidos por radiações de Baixo LET e alto LET. Conceito de dose Para a medição do efeito produzido pela radiação ionizante a nível macroscópico se utiliza o conceito de dose. A dose corresponde ao valor esperado de energia depositada pela partícula incidente na matéria por unidade de massa pontual. Sua unidade no sistema internacional é o Gray (Gy), em que Gy=J/kg. Como será visto mais adiante, o dano biológico está relacionado à quantidade de ionizações produzidas pela radiação no meio. Na passagem da radiação por um material, parte da energia se consome nas ionizações dos átomos que liberam elétrons com determinada energia cinética. A energia depositada é proporcional ao número de ionizações, e, portanto, a dose �ca diretamente relacionada a o dano biológico produzido. "O dano biológico vai depender também do tipo de partícula e da energia. Assim é necessário, para a análise do dano biológico das radiações, o conceito de Transferência Linear de Energia (LET, Linear Energy Transfer)." - (MILAN, 2006) Transferência linear de energia A transferência linear de energia, ou LET, avalia a quantidade de energia recebida pelo meio por unidade da distância percorrida pela partícula no meio. Pode-se considerar que o LET é uma estimativa da energia transferida para o meio na forma de energia cinética para elétrons. Essa expressão considera todos os níveis de energia e, em proteção radiológica, pode ser chamada de Transferência Linear de Energia Irrestrita. O mais comum é que a LET seja obtida para água, e sua unidade no SI seja o (j.m ). Uma distinção importante da LET para o Stopping Power é que, apesar das duas grandezas se referirem à transferência de energia, a LET avalia a energia transferida por fótons aos elétrons de um meio qualquer. A tabela abaixo mostra alguns valores de LET para radiações. L = dE dx -1 Radiação Energia (MeV) L (keV.µm ) Radiação gama do Co 1,25 0,2 Raios x produzido com 250 kV Até 250 keV 2 prótons 10 4,7 prótons 150 0,5 alfa 2,5 166 lons de Fe 2000 1000 Tabela: Valores de LET para alguns tipos de radiação e energia, em água. (OKUNO, 2013) -1 60 Pode-se a�rmar que a LET vai depender do tipo de radiação, da energia (como vimos acima) e do meio. Raios-X e raios gama são considerados como radiações de baixo LET ou ligeiramente ionizantes. Por outro lado, nêutrons rápidos, prótons e partículas carregadas pesadas são considerados de alto LET ou altamente ionizantes. Entretanto, o fato de ter fornecido uma mesma dose num meio com radiação de altas e baixas LET não indica que os efeitos biológicos sejam iguais. Em ambos os casos a energia depositada é a mesma, mas a distribuição espacial dos processos de ionização será diferente. As partículas de alto LET produzem muitas ionizações ao longo do seu caminho, ao contrário das partículas de baixo LET, nas quais esse número não é tão grande. Atenção! Aqui existe uma videoaula, acesso pelo conteúdo online E�ciência biológica relativa (RBE) A E�ciência Biológica Relativa, ou Relative Biological Effectiveness (RBE), mede a in�uência da qualidade de um tipo de radiação na produção de efeitos radiobiológicos no tecido e nos sistemas biológicos irradiados. Ela depende da dose de radiação, da taxa de dose, do fracionamento da dose e da idade da pessoa exposta. A RBE é uma função da qualidade da radiação, a qual é expressa pela Transferência Linear de Energia (LET), que representa a perda média de energia, por colisão, de uma partícula carregada por unidade de comprimento da trajetória no tecido irradiado. A RBE é de�nida pela relação adimensional. (THAUATA, 2013) Dose é a dose da radiação de referência necessária para produzir um especí�co nível de resposta e Dose é a dose da radiação A necessária para produzir igual resposta. RBE (A) = Dose referência Dose radiação A referência radiação A Pode-se a�rmar que a RBE é dependente de outros fatores como a taxa de dose, fracionamento da dose, órgão ou tecido irradiado e da idade do indivíduo irradiado. Pode-se a�rmar que as radiações γ, β + e β – e raios X são considerados radiações de baixo LET. Os raios X e a radiação γ foram incluídos devido ao fato de que, após a primeira interação com a matéria, aparecem elétrons por efeito fotoelétrico, por espalhamento Compton ou por formação de pares. Por esta razão, essas radiações são conhecidas como indiretamente ionizantes. Os elétrons Auger são também considerados radiações de baixo LET, mas podem apresentar valores de RBE maiores do que os demais elétrons. Entretanto, se o radionuclídeo que os emite não penetrar na célula, os elétrons Auger são incapazes de produzir efeitos biológicos devido ao seu pequeno alcance. Para os que penetram na célula, mas não se incorporam ao DNA, o RBE é de 1,5 a 8. Para os que se incorporam no DNA, como o 125I, o RBE de seus elétrons Auger �ca na faixa de 20 a 40. (THAUATA, 2013) Atenção! Aqui existe uma videoaula, acesso pelo conteúdo online Clique nos botões para ver as informações. Pode-se a�rmar que as radiações γ, β + e β – e raios X são considerados radiações de baixo LET. Os raios X e a radiação γ foram incluídos devido ao fato de que, após a primeira interação com a matéria, aparecem elétrons por efeito fotoelétrico, por espalhamento Compton ou por formação de pares. Por esta razão, essas radiações são conhecidas como indiretamente ionizantes. Os elétrons Auger são também considerados radiações de baixo LET, mas podem apresentar valores de RBE maiores do que os demais elétrons. Entretanto, se o radionuclídeo que os emite não penetrar na célula, os elétrons Auger são incapazes de produzir efeitos biológicos devido ao seu pequeno alcance. Para os que penetram na célula, mas não se incorporam ao DNA, o RBE é de 1,5 a 8. Para os que se incorporam no DNA, como o 125I, o RBE de seus elétrons Auger �ca na faixa de 20 a 40. (THAUATA, 2013) Radiações de baixo LET As radiações consideradas de alto LET são aquelas que possuem um alto poder de ionização e uma alta taxa de transferência de energia num meio material. (THAUATA, 2013) Tais radiações, mesmo produzindo o mesmo valor de dose absorvida, provocam mais dano biológico, e são conhecidas como diretamente ionizantes. São consideradas radiações de alto LET as partículas alfa, íons pesados, fragmentos de �ssão e nêutrons. As partículas carregadas interagem com os átomos situados à frente da linha de incidência e nas proximidades, devido à ação da sua carga elétrica e sua massa. Radiações de alto LET In�uência do LET na indução do câncer Radiações de baixo LET Devido à proteção radiológica, os valores de dose comumente medidos no cotidiano são relativamente baixos (mGy, micro Gy). Para esses valores, não existem estudos epidemiológicos su�cientes para indicar um limiar e/ou o formato aproximadamente exato da curva dose – resposta. A solução é a realização de uma extrapolação, levando em consideração as informações obtidas para doses maiores (acima de 0,1 Gy) a �m de obter informações sobre a indução do câncer devido a radiações que produzem baixas doses. O comportamento dos efeitos biológicos que resultam em tumores cancerosos pode ser descrito da seguinte forma: 1. Em casos em que os valores de dose são extremamente baixos, há carência de dados inequívocos e, por esta razão, considera-se que a incidência do câncer tenha probabilidade proporcionalà dose absorvida. 2. Quando os valores de dose são elevados, a probabilidade de incidência de câncer varia, na maioria dos casos, com o quadrado da dose. Esses dados foram obtidos de vítimas de Hiroshima e Nagasaki, acidentes radiológicos e experiências em laboratório. 3. Quando os valores de dose são elevados, a probabilidade de indução de câncer diminui devido à alta frequência de morte celular, impedindo evolução para uma neoplasia. Radiações de alto LET Para as radiações de alto LET, o fracionamento da dose produz o mesmo efeito ou até o aumenta, sendo um fenômeno denominado de efeito reverso da taxa de dose. As radiações de alto LET causam mais danos por unidade de dose do que as de baixo LET (THAUATA, 2013). Efeito das radiações ionizantes na água A molécula de água é a mais abundante em um organismo biológico. A água participa praticamente de todas as reações metabólicas em um organismo. Na espécie humana, são cerca de 2 x 1025 moléculas de água por quilograma, o que re�ete a composição química da célula e permite a�rmar que, em caso de exposição às radiações, as moléculas atingidas em maior número serão moléculas de água. Moléculas de água irradiadas sofrem radiólise. (CNEN, 2010) A �gura ao lado demonstra o efeito causado pela interação da radiação ionizante com a água. Figura: Processo de radiólise na água (fonte:CNEN) Efeitos físicos da radiação ionizante Quando o indivíduo é exposto à radiação ionizante, há o surgimento de elétrons e íons livres nos locais atingidos, bem como de radicais produzidos na quebra das ligações químicas e energia cinética adicional decorrentes da transferência de energia da radiação ao material do tecido, por colisão. Parte desta energia pode ser dissipada através da excitação de átomos e moléculas, no processo de excitação, sob a forma de fótons. Tratando-se de radiações eletromagnéticas (raios X e gama), estes efeitos são identi�cados de maneira mais homogênea e distribuída devido ao grande poder de penetração e modo de interação. Para radiações corpursculares, os efeitos são diferentes: No caso da partícula beta, os efeitos são mais super�ciais, podendo chegar a vários milímetros, dependendo da energia da radiação. Já as partículas alfa não conseguem penetrar nem um décimo de milímetro na pele de uma pessoa. Seus efeitos provocados por exposições externas são pouco relevantes. Entretanto, caso haja inalação ou ingestão de radionuclídeos emissores de partícula alfa, o dano pode ser extremamente severo, produzindo acometimento das células de alguns órgãos e/ou tecidos devido ao fato de serem emitidas no interior do corpo humano. Esta fase física tem uma duração da ordem de 10 segundos.-13 "Se o material irradiado for o ar, e se a radiação for fótons X ou gama, a relação entre a carga adicional, de mesmo sinal, e a massa permite definir a Exposição." - (THAUATA, 2013) Efeitos químicos Os efeitos químicos são caracterizados pela desestruturação das ligações químicas entre os átomos e moléculas devido à ionização e às ligações químicas que ocorrem nas células na tentativa de reestruração. Nesta fase, as células podem alcançar a reparação completa do dano através da reintegração da estrutura química das ligações. A recuperação pode ser parcial, na qual a célula recupera parte da ligação química e, por consequência, possui um comprometimento parcial de sua funcionalidade. Caso a célula não se recupere, a ruptura nas ligações químicas leva à morte celular. Efeitos biológicos e orgânicos A radiação nuclear sempre fez parte do nosso cotidiano. Ela pertence ao nosso ecossistema e a luz solar é uma fonte natural radioativa. Por ano, um ser humano absorve entre 110 milirem a 150 milirem de radiação de fontes diversas. Por exemplo, qualquer ser humano submetido a um exame de detecção de radiação obterá um resultado de concentração de potássio radioativo, que foi acumulado pelo consumo de batata (o cigarro apresenta chumbo e polônio radioativos.). Quando expostas à radiação ionizante, as células do tecido biológico podem sofrer danos devido à ação de eventos físicos, químicos e biológicos, que começam com a interação da radiação com os átomos que formam essas células. A ionização dos átomos afeta as moléculas, que poderão causar danos às células e, consequentemente, aos tecidos e órgãos, até afetarem o funcionamento do corpo inteiro. O efeito biológico constitui a resposta natural de um organismo, ou parte dele, a um agente agressor ou modi�cador. O surgimento destes efeitos não signi�ca uma doença. A reação de um indivíduo à exposição de radiação depende de diversos fatores, tais como: 1. Quantidade total de radiação recebida; 2. Quantidade total de radiação recebida anteriormente pelo organismo, sem recuperação; 3. Textura orgânica individual; 4. Dano físico recebido simultaneamente com a dose de radiação (queimadura, por exemplo); 5. Intervalo de tempo durante o qual a quantidade total de radiação foi recebida. Sobre os efeitos orgânicos, é possível a�rmar que as doenças surgem quando a quantidade ou a frequência dos efeitos biológicos produzidos pela radiação começam a desestabilizar o organismo humano. Geralmente, essa desestabilização se manifesta no comprometimento funcional de um órgão e no surgimento de diversos sintomas clínicos, os quais evidenciam a incapacidade de recuperação do organismo. Logo, o possível aparecimento de um tumor cancerígeno radioinduzido signi�ca quase o �nal de uma história de danos, reparos e propagação de vários anos após o período de irradiação. A ocorrência de leucemia nos japoneses, vítimas das bombas de Hiroshima e Nagasaki, obteve seu máximo cinco anos depois. "As queimaduras originárias de manipulação de fontes de Ir, em acidente com irradiadores de gamagrafia, aparecem horas após. Porém, os efeitos orgânicos mais dramáticos, como a redução de tecido ou possível perda dos dedos, podem levar até seis meses para acontecer. " - (THAUATA, 2013) 192 Atenção! Aqui existe uma videoaula, acesso pelo conteúdo online Atividade 1. Pode-se considerar que o LET é uma estimativa da energia transferida para o meio na forma de energia cinética para elétrons, que avalia: a) A quantidade de energia recebida pelo meio por unidade da distância percorrida pela partícula no meio. b) A quantidade de energia recebida pelo meio por unidade de tempo de permanência da partícula no meio. c) O nível de interações produzidas pela radiação eletromagnética no meio por unidade da distância percorrida pela partícula no meio. d) O nível de interações produzidas pela radiação eletromagnética no meio por unidade de tempo de permanência da radiação no meio. e) A quantidade de energia cedida pelo meio por unidade da distância de tempo de permanência da partícula no meio. 2. Suponha que, em um acidente radiológico, um homem é exposto à radiação alfa com energia de 2,5 MeV, prótons com energia de 150 MeV e radiação gama com energia 1,25 MeV. Podemos a�rmar que as radiações com maior LET, em ordem decrescente, serão: a) Prótons, Alfa e Gama. b) Prótons, Gama e Alfa. c) Alfa, Gama e prótons. d) Alfa, prótons e Gama. e) Gama, prótons e Alfa. 3. Quando a radiação é classi�cada de baixo LET, devem ser feitas algumas considerações na associação do LET com a incidência do câncer. Para valores de dose muito baixos, por não se ter dados experimentais inequívocos, supõe-se que a probabilidade de incidência de câncer não seja proporcional à dose absorvida; Na região de doses elevadas, com dados obtidos das vítimas de Hiroshima e Nagasaki, acidentes radiológicos e experiências em laboratório, a probabilidade de incidência de câncer varia, na maioria dos casos, com o quadrado da dose; Para doses muito elevadas, a probabilidade de indução de câncer decresce. Podemos dizer que a associação incorreta é descrita na(s) alternativa(as): a) I e II. b) II e III. c) Apenas I. d) Apenas II. e) Apenas III. 4. A reação de um indivíduo à exposição de radiação depende de diversos fatores, tais como: a)Quantidade total de radiação recebida; quantidade total de radiação recebida anteriormente pelo organismo, sem recuperação; textura orgânica individual; dano físico recebido simultaneamente com a dose de radiação (queimadura, por exemplo); intervalo de tempo durante o qual a quantidade total de radiação foi recebida. b) Textura orgânica individual; dano físico recebido simultaneamente com a dose de radiação (queimadura, por exemplo); intervalo de tempo durante o qual a quantidade total de radiação foi recebida. c) O nível de interações produzidas pela radiação eletromagnética no meio e a quantidade de energia recebida pelo tecido por unidade de tempo de permanência da partícula no tecido biológico. d) Textura orgânica individual; dano físico recebido simultaneamente com a dose de radiação (queimadura, por exemplo); intervalo de tempo durante o qual a quantidade total de radiação foi recebida; e quantidade de energia recebida pelo tecido por unidade de tempo de permanência da partícula no tecido biológico. e) Quantidade total de radiação recebida; quantidade total de radiação recebida anteriormente pelo organismo, sem recuperação; textura orgânica individual; intervalo de tempo durante o qual a quantidade total de radiação foi recebida. 5. Sobre a grandeza E�ciência Biológica Relativa, ou Relative Biological Effectiveness (RBE), pode-se a�rmar que: a) Verifica a quantidade de energia transferida pelo tecido biológico durante a interação com a radiação ionizante. b) Mede a influência da qualidade de um tipo de radiação na produção de efeitos radiobiológicos no tecido e nos sistemas biológicos irradiados. c) Verifica a taxa de transferência de energia por unidade de caminho percorrido pela radiação cedida ao sistema biológico irradiado. d) É definida apenas para fótons. e) É definida apenas para nêutrons. Notas Título modal 1 Lorem Ipsum é simplesmente uma simulação de texto da indústria tipográ�ca e de impressos. Lorem Ipsum é simplesmente uma simulação de texto da indústria tipográ�ca e de impressos. Lorem Ipsum é simplesmente uma simulação de texto da indústria tipográ�ca e de impressos. Título modal 1 Lorem Ipsum é simplesmente uma simulação de texto da indústria tipográ�ca e de impressos. Lorem Ipsum é simplesmente uma simulação de texto da indústria tipográ�ca e de impressos. Lorem Ipsum é simplesmente uma simulação de texto da indústria tipográ�ca e de impressos. Referências COSTA, P.R. Apostila interação da radiação com a matéria. São Paulo DFN/IFUSP, 2010. ICRP. Basic anatomical and physiological data for use in radiological protection: reference values. International Comission on Radiaological Protection publication 89. Elsevier Science Ltd., 2002. ICRP. Adult Reference Computational Phantoms. International Comission on Radiaological Protection publication 110. Elsevier Ltd., 2009. Disponível em: //journals.sagepub.com/doi/10.1016/j.icrp.2009.07.001 <//journals.sagepub.com/doi/10.1016/j.icrp.2009.07.001> . Acesso em 08 jan. 2020. ICRU. Radiation Quantities and Units, Nat. Bur. Stand, U.S., Handbook 84, 1962. LIMA, A.R. Estimativa de Dose nos Cristalinos de Operadores de Gamagra�a Industrial Usando o Método de Monte Carlo. Dissertação. 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