Buscar

Cardiologia- Síndrome Coronariana Aguda

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 3, do total de 9 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 6, do total de 9 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 9, do total de 9 páginas

Prévia do material em texto

Cardiologia 
Dor torácica 
 
 
 
Síndrome Coronariana Aguda 
• Sindrome Coronariana sem 
supradesnivelamento de segmento 
ST(SCASST) -> endocárdio. 
• Sindrome Coronariana com 
supradesnivelamento de segmento 
ST(SCACSST) -> epicárdio. 
 
 
Diferencial para infarto: marcador de morte 
miocárdica elevada (troponina) 
Outras causas de SCA (5-6%): 
Espasmo coronariano (contração da coronária 
estimulada por algo, como em angina de 
prinzmetal e usuários de drogas) 
Dissecção coronariana (pode ser complicação de 
cateteterismo) 
Embolia coronariana (pode surgir de um trombo 
vindo de FA) 
Síndrome Coronariana Aguda SEM supra de ST 
(70%): não se pode esperar o marcador 
miocárdico, melhora dos diagnósticos com o uso 
de troponina ultrassensível. 
Síndrome Coronariana Aguda COM supra de ST 
(30%) 
Síndrome Coronariana Aguda 
sem Supra de ST (SCASST) 
Paciente sintomático claro: homem de meia 
idade, tabagista, dor no peito, mão em garra 
pressionando o peito. 
Sintomatologia 
O sintoma mais representativo da síndrome 
coronariana aguda é a dor (ocorre em 3/4 dos 
pacientes) ou desconforto no peito (aperto), que 
pode irradiar-se para o braço, mandíbula e 
abdome. 
Alguns pacientes, especialmente diabéticos e 
idosos (principalmente as mulheres), podem não 
sentir dor, apenas náuseas, palidez e sudorese 
fria. 
 
 
Localização da dor na SCA 
Clínica 
Dor precordial anginosa com duração > 20 min 
em repouso 
Angina CCS II ou III de início com menos de 2 
meses 
Cuidado com angina pós IAM (importância da 
anamnese) 
Cuidado! 
A angina atípica é mais comum em idosos, 
mulheres, diabéticos, DRC e pacientes com 
quadro de demência. 
De acordo com a Canadian Cardiovascular 
Society: 
 
Anamnese 
Prestar muita atenção ao histórico do paciente. 
Avaliar os fatores de risco. 
Importante: idade avançada, sexo masculino, 
HAS, DM, Dislipidemia, histórico familiar ou pessoal 
de DAC, histórico de doença arterial periférica 
(DAP), presença ou histórico de doença 
carotídea AUMENTAM a probabilidade de SCA 
sem supra de ST. 
O que diferencia a SCASST é que no IAMSST 
ocorre necrose das células miocárdicas enquanto 
na angina instável ocorre apenas isquemia 
miocárdica transitória sem presença de necrose 
Exame físico 
Geralmente inespecífico 
Útil para avaliar complicações (Sopro de IM,sinais 
de ICA, Estertores crepitantes em bases 
pulmonares, presença de B3,hipotensão ) 
Útil para diagnóstico diferencial de dor torácica 
(Eao, diferença de pulso e pressão), diminuição 
de MV= pneumotórax 
Exames complementares 
ECG em até 10 minutos após entrada no hospital, 
com suspeita de síndrome coronariana aguda. 
Principais alterações: 
• Infradesnivelamento de segmento ST 
persistente ou transitório 
• Inversão de onda T em quase todas as 
derivações (invertida ou apiculada) 
• ECG normal ou supra desnivelamento 
(este raro) 
Infradesnivelamento de ST (magnitude e 
número de derivações) tem relação com pior 
prognóstico 
Se ECG for inconclusivo e pacientes com 
sintomas=V3R-V4R +V7-V9 
 
 
Anatomia coronariana 
 
 
Marcadores de Necrose Miocárdica (MNM) 
Devem ser realizados o mais rápido possível 
Troponina Ultrassensível 
Exame de escolha (diagnóstico e seguimento de 
IAM) 
Protocolos de 0-1 hora e 0-3, 6, 9 e 12 horas 
Infarto de VD: V7 e V8, também derivações 
imaginárias do lado direito. 
Marcadores de necrose miocárdica (MNM) 
Devem ser realizados o mais rápido possível 
Troponina Ultrassensível = exame de escolha 
(diagnostico e seguimento de IAM) 
CKMB 
Preferencialmente MASSA (sensibilidade 97% e 
especificidade de 90%) e não ATIVIDADE 
Repetir 0, 6 e 12 horas (se o primeiro for -) 
Mioglobina 
Descartar rapidamente chance de IAM em PS 
(alto valor preditivo negativo) 
Não pedir mais TGO e DHL 
 
Usar sempre os estratificadores de risco (Escore 
de Risco) 
TIMI Risk 
GRACE 
Todo paciente admitido na emergência com dor 
precordial deve ser estratificado para avaliar quais 
devem ser internados e quais podem receber 
alta com a devida medicação e orientação 
• TIMI Risk 
Idade > 65 anos 
CATETERISMO prévio com estenose coronária 
> 50% 
Elevação de MNM 
Uso de AAS nos últimos 7 dias 
Infra de ST > 0,5 
2 ou + episódios de angina nas últimas 24 horas 
3 ou mais fatores de risco para DAC (HAS, 
Dislipidemia, DM, tabagismo ativo, história familiar 
de DAC) 
 Cada item vale 1 ponto 
 0-2 pontos= baixo risco 
 3 ou 4 pontos= risco intermediário 
 5 ou mais pontos= alto risco 
 
• GRACE 
 
Mais acurado que o Escore TIMI pois prevê risco 
não só durante a internação, mas também após 
alta hospitalar 
Definição de infarto na SCA 
Elevação dos MNM associado há pelo menos 2 
dos seguintes parâmetros: 
 1- Sintomas de isquemia 
 2- Nova alteração de segmento ST, onda T ou 
BRE sabidamente NOVO 
 3- evidência de nova perda de miocárdio ou 
nova alteração segmentar em exame de 
imagem 
 4- presença de trombo intracoronário visto á 
angiografia ou necrópsia 
Tipos de infarto 
 
O score de grace é melhor, mas raramente feito 
na prática. 
Em homens e mulheres abaixo de 50 anos sem 
fatores de risco relevantes SEMPRE interrogar 
sobre uso de COCAÍNA e MACONHA 
Condutas/ tratamento: 
• Oxigênio 
Não é necessário para todos os pacientes. 
Indicação para pacientes de risco 
INTERMEDIÁRIO e ALTO (2 a 4 l/min) por 3 
horas se saturação < 94% (Indicação Classe I) 
Graus de recomendação e níveis de evidência 
 
• Analgesia e sedação 
Indicação Classe I = Risco intermediário e alto 
(morfina) 
Risco alto (Benzodiazepínicos) 
Obs: sulfato de Morfina EV pode ser razoável 
para dor torácica persistente nos pacientes já 
em uso de anti-isquêmicos em sua dosagem 
máxima) 
• Nitratos: 
São drogas vasodilatadoras diretas 
Não existem estudos que comprovem redução 
de mortalidade com uso de Nitratos 
Devem ser usados por 24 a 48 horas após o 
último episódio de dor torácica 
Indicação Classe I= Risco intermediário e Alto 
com DOR 
Contraindicações 
Hipotensão com PAS < 100 mmHg 
Uso de Sindenafila nas últimas 24 horas 
Infarto de VD 
• Betabloqueadores 
Benefício principal por sua ação nos receptores 
Beta-1 promovendo diminuição da PA e FC, 
contratilidade miocárdica, aumentando tempo da 
diástole com isso melhorando com consumo de 
O2 pelas células miocárdicas 
Devem ser usados nos pacientes com dor 
torácica que a FC permita seu uso, não havendo 
contra-indicação. Não há superioridade entre os 
betabloqueadores 
 Indicação Classe I= Risco intermediário e alto 
Exemplos: Atenolol, Metoprolol, Carvedilol, 
Bisoprolol. 
• Antagonistas dos canais de Cálcio 
Apresentam ação anti-isquêmica ao reduzir o 
influxo de cálcio através da membrana celular do 
miócito diminuindo a contratilidade e consumo de 
o2 miocárdico 
Em pacientes com DVE importante e/ou 
alterações de condução A-V estão 
CONTRAINDICADOS (efeito inotrópico e piora da 
condução A-V) 
Indicação Classe I 
Risco Intermediário e Alto 
ACC não di-hidroperidínicos em pacientes com 
contraindicação aos BB 
Angina variante de Prinzmetal 
Exemplos: Di-hidropiridínicos: Nifedipina, 
Amlodipina, Felodipina, Manipidina 
Não di-hidropiridínicos: verapamil e Diltiazem 
• IECA/BRA 
Não existem estudos que comprovem benefício 
na fase aguda do IAM 
Há comprovação ROBUSTA na redução de 
óbito, IAM, AVC com seu uso na fase crônica 
Indicação Classe I 
Risco intermediário e alto 
Com disfunção ventricular esquerda, HAS e DM 
BRA em pacientes com contraindicação ao IECA 
Exemplos: Enalapril, Captopril, Ramipril, Lisinopril 
• Ácido acetilsacílico (AAS) 
 A trombose coronariana é o evento 
fundamental para o desencadeamento e 
progressão dos quadros isquêmicos agudos, 
portanto o uso de um anti-trombínico é 
FUNDAMENTAL 
 Inibe a via da COX 2 reduzindo produção de 
tromboxano A2 que é um estimuladorda 
agregação plaquetária 
Indicação Classe I 
Pacientes de risco Intermediário e Alto 
TODOS, salvo contraindicações 
• Estatinas 
 O uso de estatinas mostrou ser benéfico 
independente do perfil lipídico na admissão 
hospitalar 
 Pacientes devem ter seu colesterol reduzido 
para valores menores de 50 mg/dl (MUITO 
ALTO RISCO) ou abaixo de 70mg/dl (ALTO 
RISCO) 
Indicação classe I 
Pacientes de risco Alto e Intermediário 
Iniciar e continuar estatinas de alta potência 
Indicação classe IIa 
Dosar perfil lipídico nas primeiras 24 horas 
Exemplos: Sinvastatina 40 + Ezetimiba, 
Atorvastatina 40-80 mg, Rosuvastatina 20-40mg. 
• Clopidogrel 
 Inibidor tienopiridínico e inibe a ativação 
plaquetária pela via do ADP 
 Bloqueia de forma IRREVERSÍVEL o receptor 
P2Y12 
 Recomenda-se em associação ao AAS por 
pelo menos 12 semanas após evento agudo 
Indicação classe I 
Pacientes de risco Intermediário ou Alto 
Dose de ataque= 300 mg 
Manutenção= 75 mg dia+ AAS 100 mg/dia por 
12 meses 
Indicação Classe IIa 
Dose de ataque= 600 mg (se ATC com alto 
risco de evento isquêmico e baixo risco de 
sangramento) 
Manutenção= 150 mg dia por 7 dias seguidos de 
75 mg + AAS por 12 meses 
• Prasugrel 
 Também tienopiridínico e inibe ativação 
plaquetária pela via do ADP bloquendo tbém de 
forma IRREVERSÍVEL o receptor P2Y12 
 Só pode ser administrado após o 
conhecimento da anatomia coronariana (Pós 
CATE) 
Indicação Classe I 
Paciente de Risco intermediário ou Alto após 
CATE e indicado ATC sem fatores de risco para 
sangramento (Id>= 75 anos, <60 Kg, AVE ou 
AIT prévios) 
Dose = 60mg de ataque + 10 mg/dia 
(manutenção) com AAS 100 por 12 meses 
• Ticagrelor 
 Derivado da ciclopentiltriazolopirimidina, inibidor 
da via do ADP, bloqueando de forma 
REVERSÍVEL o receptor P2Y12 
Indicação Classe I 
Risco intermediário ou alto 
180 mg (ataque) + 90 mg/dia + AAS por 12 
meses 
• Heparina não fracionada (HNF) 
 Usada na dose de 60 ui/Kg ataque (máx- 
5000UI) + 12 a 15 UI/Kg em BIC sendo necessário 
monitorização de TTPa objetivando 1,5 a 2,5 
vezes o controle 
Indicação classe I 
Risco Intermediário e Alto 
Interromper anticoagulação pós ATC 
Fazer uso por 8 dias ou até a alta hospitalar em 
caso de tratamento clínico 
• Heparina de baixo peso molecular (HBPM) 
 Melhor opção em relação a HNF 
 Mais fácil administração e sem necessidade de 
controle de TTPa 
 Prescrita nas doses: 
 1 mg/kg SC de 12 em 12 horas 
 0,75 mg/Kg de 12 em 12 horas (> 75 anos) 
 1 mg/kg/ 1 x dia se clearence de creatinina < 
30 ml/min 
Indicações classe I 
Risco intermediário e alto 
Interromper anticoagulação pos ATC 
Por 8 dias ou até alta hospitalar caso se opte por 
tratamento clínico 
Mais indicada = enoxaparina 
• Fondaparinux 
Inibidor seletivo do fator Xa 
Medicação de escolha de acordo com a Diretriz 
Europeia de SCACSST 
Vantagens em relação a heparina=não necessita 
ajuste de dose conforme peso, dose de 
aplicação 1 x dia, não precisa de correção em 
casos de DRC 
Dosagem =2,5 mg SC 1 x dia 
Se indicada ATC deve receber bolus de HNF 85 
UI/Kg EV antes 
Interromper anticoagulação após ATC, após 8 
dias ou até a alta do paciente se optar por 
tratamento clínico 
• Antagonistas dos receptores IIb/IIIa 
Não tem indicação rotineira 
Iniciado na sala de hemodinâmica em pacientes 
que serão submetidos a angioplastia 
Paciente com troponina fortemente alterada 
Presença de trombos intracoronarianos 
verificados pela angiografia 
 Abciximab e Tirofiban -> Iniciados na Sala de 
Hemodinâmica 
 
Exames Complementares 
• Cinecoronariografia : 
 Permite: 
 1- confirmar ou excluir a presença de DAC 
obstrutiva, guiando o tratamento antitrombótico 
e evitando exposição desnecessária aos 
medicamentos 
 2- Identificar lesão culpada 
 3- Estabelecer a indicação de revascularização 
e qual a melhor estratégia de acordo com a 
anatomia cardíaca (tratamento percutâneo ou 
cirúrgico) 
 4- Estratificar o risco do paciente - curto e 
longo prazos 
A estratégia invasiva precoce reduz a ocorrência 
de óbito, infarto, angina e re-hospitalizações por 
angina quando comparada a estratégia 
conservadora, PRINCIPALMENTE NOS 
PACIENTES DE ALTO RISCO 
Tratamentos cirúrgicos 
Cirurgia de Revascularização do miocárdio 
 
Syntax Score 
O SYNTAX Score é calculado analisando 12 
perguntas à respeito das características da DAC 
em cada paciente. As primeiras 3 perguntas 
determinam onde a DAC está 
predominantemente localizada (CE ou CD), assim 
como o número de lesões e de segmentos 
vasculares envolvidos. As nove perguntas 
restantes classificam a complexidade de cada 
lesão significativa (≥ 50% em vasos de calibre 
≥1,5mm). Isto inclui a informação do 
comprimento, posição e tortuosidade de cada 
lesão, e se esta ocorre em bifurcações ou 
trifurcações. Os fatores tais como a calcificação, 
trombos e presença de doença difusa ou calibre 
pequeno dos vasos também são considerados. A 
soma da classificação individual de cada lesão e 
seu fator de complexidade é o SYNTAX Score 
geral do paciente. Uma contagem mais elevada 
do SYNTAX Score indica uma maior dificuldade 
terapêutica e um prognóstico potencialmente 
pior a curto e longo prazo.

Outros materiais

Materiais relacionados

Perguntas relacionadas

Materiais recentes

Perguntas Recentes