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APS LEI DE SUPERENDIVIDAMENTO 9 SEMESTRE UNIP 2022
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UNIP – UNIVERSIDADE PAULISTA CAMPUS DE ARARAQUARA CURSO DE DIREITO CAMILA VICENTE PAULINO (N308EG0) JANIO ROGÉRIO DE SOUZA (D7568C3) JEFERSON DA SILVA SANTOS (D8268J9) JENIFER NATALIA N RAMOS (T912733) TAINÁ CRISTINA ROSENDO (N281952) THAIS SILVA DE SANTANA GAMA (N379JA2) LEI DE SUPERENDIVIDAMENTO. ARARAQUARA-SP MAIO DE 2022 CAMILA VICENTE PAULINO (N308EG0) JANIO ROGÉRIO DE SOUZA (D7568C3) JEFERSON DA SILVA SANTOS (D8268J9) JENIFER NATALIA N RAMOS (T912733) TAINÁ CRISTINA ROSENDO (N281952) THAIS SILVA DE SANTANA GAMA (N379JA2) LEI DE SUPERENDIVIDAMENTO. AVALIAÇÃO DA APS – ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISIONADA, A SER ENTREGUE PARA O PROF. CARLOS EDUARDO IMAIZUMI COMO REQUISITO DE CONCLUSÃO DA DISCIPLINA. ARARAQUARA-SP MAIO DE 2022 INTRODUÇÃO O presente trabalho, aborda o tema da Lei de Superendividamento e o percentual da população superendividada no Brasil. O superendividamento é o acúmulo de compromissos financeiros que uma pessoa tem ao mesmo tempo, sendo que o valor a ser pago é maior que sua renda mensal. Na prática, não é possível quitar os pagamentos e ainda ter condições de sustentar a si mesmo e a sua família. O superendividamento ocorre, principalmente, quando alguém faz um investimento que não dá certo, comprometendo sua renda para pagar algum débito. Há também os casos em que a pessoa tem um custo de vida superior à sua renda e acaba fazendo empréstimos em quantidade maior do que o recomendado para sua saúde financeira, ou comprando produtos e bens de consumo à prazo que acabam ultrapassando muito a renda mensal, gerando um descontrole no pagamento das contas mensais que levam ao superendividamento. Esse endividamento de grande porte ainda pode ocorrer por outros fatores, como uso excessivo do cartão de crédito, perda do emprego, custos elevados em função de uma doença na família e outras razões que possam interferir na renda. 1 LEI DE SUPERENDIVIDAMENTO A recém aprovada Lei 14.871/2021, conhecida como a lei do superendividamento nasce com objetivos de suprir lacuna adotando uma visão reducionista e destorcida da realidade. Vem também ignorando a falta de transparência e as práticas abusivas do que existem frequentemente no mercado de consumo e ofertas de credito. A Lei define como superendividamento a situação em que o consumidor de boa-fé assume sua impossibilidade de arcar com todas as dívidas que contraiu, sem comprometer o mínimo para sua sobrevivência. A legislação também estabelece como dever dos fornecedores informar corretamente o consumidor sobre o custo, taxas, encargos e tudo o que puder influenciar para elevar o preço final do produto ou serviço ofertado, bem como atuar de forma ostensiva, assediando ou pressionando o consumidor para sua contratação. Além disso, a lei traz medidas importantes para evitar e solucionar o problema do superendividamento, com alterações que alcançam o Código de Defesa do consumidor e o Estatuto do Idoso, duas classes muito afetadas por esse tipo de problemas. O consumidor, é de fato a parte mais vulnerável na relação consumerista, por esse motivo tem merecimento a proteção de forma especial do estado, a tutela conferida pelo Código de Defesa do Consumidor. No entanto, com a massificação dos meios de produção e o aumento da oferta de produtos no mercado de consumo, o consumidor continua sendo desrespeitado pelos meios de propaganda apelativos e através de cláusulas abusivas, inseridas pelos fornecedores, propositalmente nos contratos de adesão. E dessa forma, com o avanço descontrolado de produtos cada vez mais completos e repletos de tecnologia, o consumidor se vê obrigado a consumi-los com o propósito de se sentirem dentro de um status imposto, de certa forma, pela sociedade. Esse consumo na maioria das vezes desenfreado e inconsciente, gera ao consumidor parcelas e mais parcelas que somadas o impossibilitam de adimpli-las, as parcelas vão se acumulando e na maior parte dos casos a renda se torna insuficiente, levando ao superendividamento. A prevenção sempre foi um fato afirmativa, um agir de modo a evitar que algo potencialmente prejudicial possa acontecer. Logo, prevenir que o consumidor entre num ciclo de dívidas que possa gerar efeitos devastadores em si e em sua família, é dever não só do Estado, mas de toda a sociedade. Uma das coisas importantes presentes no capitulo de contratos de adesão no Código de Defesa do Consumidor (CDC), a Lei n° 14.181/2021 incluiu os artigos 54-A a 54-G que tratam especificamente da prevenção e tratamento ao superendividamento, com especificidades ao fornecedor do referido serviço e produto, matéria que carecia de tratamento mais aprofundado pelo Código de Defesa do Consumidor. O artigo 54-A vem trazendo importantes definições a respeito do conceito do superendividamento. O primeiro deles, define o seu §1º que o superendividamento é a "impossibilidade manifesta de o consumidor pessoa natural, de boa-fé, pagar a totalidade de suas dívidas de consumo, exigíveis vincendas, sem comprometer seu mínimo existencial". De certo plano ficam excluídas as pessoas jurídicas do conceito, é importante também saber que CDC se aplica a relação travadas por algumas delas. Cabe ressaltar que há uma inclusão no conceito de que se trata de dívida aquelas que já estão vencidas e as prestações futuras, na proporção do efeito que se tornaria uma “bola de neve “é evidente e não faria sentido a lei ignorar os débitos a vencer. Aborda também no § 2° a lei sujeita que os débitos objeto do superendividamento podem vir a surgir de quaisquer negócios jurídicos estabelecidos pelo consumidor, mesmo aqueles que não são referentes ao fornecimento puro de crédito. E no § 3 ° o legislador vem excluído a aplicação do novo regulamento ás hipóteses de débitos contraídos através de fraudes e má- fé, realizando assim com dolo de inadimplementos ou para aquisição de produtos e serviços de luxo de alto valor. São conceitos evidentemente abertos, os quais dependem de intepretação legal, especialmente no que tange ao luxo e má-fé, os quais deverão ser tratados em cada caso específico. O artigo 54-B destaca a necessidade do fornecedor de deixar claro com relação as taxas de juros mensais e de mora, bem como todos os encargos no caso de atraso de pagamento e deixar claro também ao consumidor do valor das prestações, bem como ao seu valor total (a soma de todo o débito) e a necessidade da oferta de pagamento com validade mínima de dois dias, que estejam bem claros também os dados do fornecedor no negócio e seus contatos caso o consumidor precise, e a possibilidade de liquidação antecipada do débito pelo consumidor, não onerosa. O artigo 54-D indica posturas a serem tomadas pelo fornecedor de crédito, das quais se destaca em especial a avaliação da condição econômica do consumidor, inclusive em órgãos de proteção de crédito. O parágrafo único já alerta ao fornecedor que eventual análise de descumprimento "poderá acarretar judicialmente a redução