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PROTOCOLOS ADESIVOS para restaurações em resina composta Esse projeto nasceu com base em um tripé que, na nossa opinião, deveria sempre nortear a ação pedagógica dentro da universidade: observação, atitude e engajamento discente. Há tempos, nós professores, observamos certa insegurança em parte dos nossos estudantes para a realização do correto protocolo de aplicação dos diferentes sistemas adesivos. Sempre procuramos enfatizar a importância de se conhecer os componentes do sistema adesivo e suas respectivas funções no processo de adesão para que os protocolos clínicos de aplicação dos vários sistemas “façam sentido” e não sejam meramente “receitas de bolo”. Continuamos (e continuaremos!) a adotar essa postura por acreditarmos na educação pelo significado, não pela mera reprodução, embora reconheçamos e incentivamos a prática como um importante instrumento de aprendizagem. No entanto, precisávamos fazer mais. O ritmo frenético e a intensidade da clínica diária em uma instituição da dimensão da Universidade Católica de Brasília (UCB-DF), assim como certamente ocorre em muitas outras universidades privadas e federais no Brasil, não nos permitem acompanhar, em todos os detalhes, cada um dos procedimentos adesivos realizados pelos estudantes. Desde 2013, oferecemos material de estudo complementar online por meio do nosso canal do Youtube e do perfil do Instagram, mas sentimos falta de algo físico, permanentemente disponível para o apoio na clínica. Assim, pensamos nesse material. São “pranchas” pensadas para serem impressas no formato A3 e disponibilizadas em todas as clínicas, com o objetivo de deixar um guia rápido “à mão” para quando “bate aquela dúvida de última hora” no estudante. A ideia é melhorarmos os planejamentos para o atendimento e sua própria execução e, desse modo, evitarmos os erros e suas consequências clínicas. Para aumentarmos a legitimidade do projeto, gostaríamos da participação dos estudantes na construção desse material. Foi assim que apresentamos a ideia às organizadoras da LAORD-UCB (Liga Acadêmica Odontológica de Reabilitações Diretas da UCB-DF), que prontamente “toparam” o desafio e abraçaram o projeto com a mesma paixão. Muito obrigado, meninas. Vocês foram essenciais! O mérito é de todos nós. Sobre o conteúdo, algumas observações. Optamos por trabalhar as “pranchas” com as marcas comerciais que os estudantes trabalham mais comumente na clínica. Não temos qualquer relação técnico-científica ou comercial com as empresas cujos produtos são aqui demonstrados. O objetivo desse projeto é exclusivamente pedagógico. Além disso, gostaríamos de ressaltar que pode haver diferenças nos protocolos de outros produtos de outras marcas, mesmo sendo sistemas adesivos de classificação semelhante. Portanto, recomendamos que todos leiam atentamente a bula do sistema que pretendam utilizar. Obrigado pela confiança no trabalho das nossas equipes, LAORD-UCB e DENTÍSTICA UCB. Aproveite esse material e sinta-se à vontade para utilizá-lo quando e onde desejar. Só pedimos que referencie a autoria e não o utilize para fins comerciais, certo? (licença Creative Commons CC BY-NC-ND 4.0) No mais, bom estudo e estamos à disposição. Abraço! Thiago Calabraro Menegazzi Equipe Dentística UCB PROTOCOLOS ADESIVOS para restaurações em resina composta 4 PROTOCOLOS ADESIVOS para restaurações em resina composta 3 5 6 Sistemas convencionais de 2 passos Sistemas convencionais de 3 passos Sistemas autocondicionantes de 2 passos Sistemas universais 7 Observações importantes z Condicionamento da dentina (15s.). Lavagem abundante com spray de ar e água por 30 a 60s. Secar o esmalte e controlar a umidade da dentina com a utilização de papel absorvente. Aplicar primer de maneira ativa (fricção). Promover a evaporação do solvente com a aplicação de leve jato de ar por 10s. TOTAL: 30s. em esmalte e 15s. em dentina. 3 4 5 6 ** Caso haja excesso, remover com um micropincel novo antes da fotoativação. Fotoativação do adesivo. Posicionar a ponta da unidade fotoativadora o mais próximo possível da superfície. Protocolo adesivo finalizado. Remover fita de teflon, para posterior instalação do sistema matriz/cunha. **** Condicionamento seletivo do esmalte (15s.). Após profilaxia inicial, proteger os dentes adjacentes com fita teflon ou tira de poliéster. Não se esqueça de adaptar a ponta aplicadora fornecida pelo fabricante. 1 2 * 3 Todas as observações (*) serão descritas na página 7. Sistemas convencionais de 3 passos Aplicar adesivo de modo que “molhe" toda a cavidade. Sugere-se a aplicação de duas camadas. 7 8 9 10 Ácido fosfórico 1º Passo Adesivo 3º Passo Primer 2º Passo z Condicionamento da dentina (15s.). Lavagem abundante com spray de ar e água por 30 a 60s. Secar o esmalte e controlar a umidade da dentina com a utilização de papel absorvente. Aplicar primer + adesivo de maneira ativa (fricção). Sugere-se a aplicação de duas camadas. Promover a evaporação do solvente do primer com a aplicação de leve jato de ar por 10s. TOTAL: 30s. em esmalte e 15s. em dentina. 3 4 5 6 ** Caso haja excesso, remover com um micropincel novo antes da fotoativação. Fotoativação do adesivo. Posicionar a ponta da unidade fotoativadora o mais próximo possível da superfície. Protocolo adesivo finalizado. Remover fita de teflon, para posterior instalação do sistema matriz/cunha. 7 8 9 **** Condicionamento seletivo do esmalte (15s.). Após profilaxia inicial, proteger os dentes adjacentes com fita teflon ou tira de poliéster. Ácido fosfórico 1º Passo Primer + Adesivo 2º Passo Não se esqueça de adaptar a ponta aplicadora fornecida pelo fabricante. 1 2 * 4 Todas as observações (*) serão descritas na página 7. Sistemas convencionais de 2 passos *** z Lavagem abundante com spray de ar e água por 30 a 60s. Secar o esmalte e a dentina com a utilização de papel absorvente. 3 4 5 Caso haja excesso, remover com um micropincel novo antes da fotoativação. Fotoativação do adesivo. Posicionar a ponta da unidade fotoativadora o mais próximo possível da superfície. Protocolo adesivo finalizado. Remover fita de teflon, para posterior instalação do sistema matriz/cunha. 7 8 9 **** Condicionamento seletivo do esmalte (15s.). Após profilaxia inicial, proteger os dentes adjacentes com fita teflon ou tira de poliéster. Não se esqueça de adaptar a ponta aplicadora fornecida pelo fabricante. 1 2 * 5 Todas as observações (*) serão descritas na página 7. Sistemas autocondicionantes de 2 passos Ácido fosfórico 1º Passo Primer acídico 2º Passo Adesivo 3º Passo Aplicar adesivo de modo que “molhe" toda a cavidade. Sugere-se a aplicação de duas camadas. 6 Aplicar primer acídico de maneira ativa (fricção). Promover a evaporação do solvente com a aplicação de leve jato de ar por 10s. z Lavagem abundante com spray de ar e água por 30 a 60s. Secar o esmalte e a dentina com a utilização de papel absorvente. Aplicar primer acídico de maneira ativa (fricção). Promover a evaporação do solvente do primer com a aplicação de leve jato de ar por 10s. Sugere-se a aplicação de duas camadas. 3 4 5 Caso haja excesso, remover com um micropincel novo antes da fotoativação. Fotoativação do adesivo. Posicionar a ponta da unidade fotoativadora o mais próximo possível da superfície. Protocolo adesivo finalizado. Remover fita de teflon, para posterior instalação do sistema matriz/cunha. 7 8 **** Condicionamento seletivo do esmalte (15s.). Após profilaxia inicial, proteger os dentes adjacentes com fita teflon ou tira de poliéster. Não se esqueça de adaptar a ponta aplicadora fornecida pelo fabricante. 1 2 * 6 Todas as observações (*) serão descritas na página 7. Sistemas universais 6 Ácido fosfórico 1º Passo Primer acídico + adesivo 2º Passo *** 7 Observaçõesimportantes Para a profilaxia, utilizar pedra-pomes ou pasta profilática não-oleosa na escova Robinson. O nível de umidade final da dentina dependerá da natureza do solvente presente no primer. Caso ocorra o contrário, da dentina secar em excesso, reidrate-a com água e realize o processo novamente. Nos sistemas em que o primer e o adesivo estejam no mesmo frasco, reforçamos o cuidado no momento da evaporação do solvente. O jato de ar deve ser aplicado de forma leve, de modo que não interfira na homogeneidade da película de adesivo. O tempo de fotoativação pode variar em razão da potência da unidade fotoativadora, da translucidez e saturação da resina composta e da profundidade da cavidade. *** ** * Visite nosso canal no Youtube QUER SABER MAIS? **** PROTOCOLOS ADESIVOS para restaurações em resina composta AUTORIA Ac. Alexia Ramos Ac. Sofia Rangel Ac. Renata Oliveira ORIENTAÇÃO MsC. Thiago Calabraro Menegazzi MsC. Raquel Passos Dr. Gustavo Rivera REFERÊNCIAS CONCEIÇÃO, Everton Nocchi. Dentística: saúde e estética. 3. ed. São Paulo: Quintessence, 2018. 636p. BARATIERI Luiz Narciso et al. Odontologia restauradora: fundamentos e técnicas, volume 1. 1. ed [reimpr.]. São Paulo: Santos, 2018. 2 v. (431, 330p.) @dentisticaucb youtube.com/dentisticaucb @laorducb FOTOGRAFIAS MsC. Thiago Calabraro Menegazzi
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