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Alimentação gato com anorexia

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ALIMENTAÇÃO DO PACIENTE FELINO 
 Porque alimentar? 
 
 
 
 Característica da espécie felina: 
 
 
 Em gatos com anorexia = doentes e/ou estressados, logo, são animais que estão sofrendo com HIPERGLICEMIA! 
· NÃO ADMINISTRAR GLICOSE nesses pacientes. 
· SORO COLORIDO NÃO, só se tiver completamente protegido da luz, ou seja, soro e toda a extensão. 
 Nutrição parenteral: NÃO É RECOMENDADA, visto que tem alto custo, necessário muitas bolsas ao longo do dia, tem alto risco 
de infecção, só pode fazer em animais reidratados e NÃO ALIMENTA ENTERÓCITO E COLONÓCITO. 
· Energia do colonócito vem 70% da alimentação que passa pelo cólon. 
 Alimentação forçada: NÃO É RECOMENDADA, causa muito mais estresse e gera resistência a insulina. 
· Além disso, tem risco de aspiração do alimento, causando pneumonia aspirativa. 
· Perigosa para o veterinário. 
· Dificilmente não suplementa tudo o que o gato precisa. 
· Induz aversão profunda ao alimento que foi forçado e a qualquer outro alimento na vida do animal. 
 Aversão alimentar: evitar a TODO CUSTO. 
— Evitar tigela de plástico (quando arranha deixa cheiro), uso de pratos rasos, longe da caixa de areia, imitar rotina diária de luz. 
· Animais internados tem que COMER, independente da sua condição, tem que ser o que ele aceita ingerir, só se atentar a: 
 Cardiopatas: pode aumentar mais o REB, devido a perda muscular 
Anormalidade eletrolíticas: perdas de fósforo em DRC, vômitos, uso de furosemida etc. 
Hiperglicemia: diminuição de carboidrato e glicose, pode usar sachês normais no internamento, se dão super bem e não 
tem problemas. 
Hipertrigliceridemia: usar rações com menor quantidade de gordura. 
Uremia ou alt. Hepática: redução da proteína. 
SONDAS ALIMENTARES 
 Nasogástrica: duração de 3-5 dias normalmente, mas em casos excepcionais pode fazer uso por 7 dias. 
· Custo baixo e fácil colocação; 
· Não precisa de anestesia; 
· Precisa de uma dieta muito líquida - Nutralife (1,22kcal/ml) 
· Dificilmente voltam a comer com a sonda, porque incomoda; 
· Primeira opção para a estabilização do paciente, para que em seguida, possa passar por uma anestesia para colocação 
de uma sonda esofágica para utilização a longo prazo. 
— Como colocar: 1° - Mede a sonda até o 9° espaço intercostal do animal e marca a posição com um esparadrapo na sonda. 
2° - Colocar gel de lidocaína na narina/lidocaína injetável misturada com soro fisiológico na narina. 
3° - Lubrificar a sonda e fazer a sua passagem no sentido MEDIAL da narina – gato é normal espirrar muito. 
4° - Colocar várias fitas enroladas na sonda e colar essa fita com superbonde no PELO do animal (não na pele) 
– lembrar de não colocar a cola na própria sonda, porque altera o plástico dela (AVISAR QUE VAI CAIR PELO AO 
TUTOR). 
· NÃO PODE CHEGAR NA CÁRDIA, porque o estômago vai tentar expulsar a sonda, logo a sonda tem que estar 
localizada antes da entrada do estômago, não perto ou dentro do cárdia. 
 Esofágica: utilização por longo tempo. 
· Custo mais elevado, devido a necessidade de anestesia e fácil colocação quando se tem prática; 
· Possibilidade de alimentações mais grossas; 
· Animais conseguem voltar a comer sozinhos com a sonda, não interfere muito. 
· Pode ficar por 3 a 6 semanas, mas pode durar bem mais tempo dependendo da necessidade do animal. 
· As vezes gera inflamação no local da sonda, porém é só limpar que evita essa inflamação. 
— Como colocar: 1° - Mede a sonda até o 9° espaço intercostal do animal e marca a posição com um esparadrapo na sonda. 
2° - Empurra com uma pinça hemostática no lado esquerdo (CUIDADO COM JUGULAR), faz um corte com o 
bisturi e depois acopla a sonda na pinça hemostática, puxando-a para dentro. 
3° - Após puxar para dentro, vira para o esôfago e inserir. 
4° - Após colocação no esôfago, fazer uma sutura de bailarina no restante da sonda externa para prender. 
· NÃO PODE CHEGAR NA CÁRDIA, porque o estômago vai tentar expulsar a sonda, logo a sonda tem que estar 
localizada antes da entrada do estômago, não perto ou dentro do cárdia. 
· Energia para combater enfermidades; 
· Evitar perda de peso; 
· Evitar atrofia de vilosidades intestinais; 
· Evitar translocação bacteriana. 
· Maior flora bacteriana intestinal 
· Intestino mais curto e com maior motilidade que os outros mamíferos 
· Menor capacidade gástrica: 45ml/kg. 
 
 Gástrica: utilização por longo tempo. 
· Custo mais elevado, devido a necessidade de anestesia e cirurgia; 
· Em casos de infecção, ocorre a formação de peritonites; 
· Possibilidade de alimentações bem mais grossas que as demais. 
 Obs7: VITAMINA K deve ser administrada em hepatopatas em pelo menos 3 doses a cada 12h, antes de qualquer 
procedimento que possa sangrar, devido a baixa na produção de fatores de coagulação (guideline lipidose). 
· Pode iniciar com uma sonda nasogástrica, fazer a administração das 3 doses de vitamina K e depois de estável, partir 
par uma sonda esofágica. 
 
SINDROME DA REALIMENTAÇÃO 
PATOGENIA 
 Com a anorexia, ocorre a baixa ingestão de glicose, gerando uma baixa quantidade no sangue. Para ajeitar isso, as células 
doam a sua glicose intracitoplasmática para a circulação, carreando também o potássio, visto que a bomba atua nelas duas. 
 Com a administração de altas quantidades de alimento (Ex: calcula o REB e administra tudo de uma vez), ocorre a grande 
passagem de glicose para o interior das células junto com o K+, gerando uma alta necessidade de produção energética por 
parte dessas células, puxando muito fósforo da circulação. 
 Com a necessidade de passagem de fósforo, ocorre a diminuição de P na circulação e nas membranas fosfolipídicas das células 
(eritrócitos, leucócitos, plaquetas, músculos, SNC etc), resultando na criação de “poros” na membrana celular, devido a perda 
de P, gerando diversas consequências: 
· Hemólise 
· Disfunção leucocitária 
· Trombocitopenia 
· Letargia 
 
 
 
 
 
 
 
 
MANEJO NUTRICIONAL 
 Requerimento energético basal: energia necessária para sobreviver 
· <2kg: 70 x (Peso do animal)^0,75 
· >2kg: 30 x (Peso do animal) + 70 
 Indicação p/ manejo nutricional 
· Hiporexia por 3-5 dias (menos de 85% do REB) 
· Anorexia de 1 dia 
COMO ALIMENTAR 
 Começar com 25% do volume total do REB no 1° dia e vai aumentando ao longo do tempo (P/ EVITAR SINDROME DE REALIM.) 
 Intervalo de alimentação de pelo menos 2 a 3 horas entre as administrações. Fazer 4 (casa) a 6 (internamento) alimentações 
por dia. 
 Alimento em temperatura ambiente! 
 Administração deve ser feita de forma devagar, porque o alimento não pode cair de uma vez no estômago, porque gera 
desconforto. 
 Sempre administrar 5-10ml de água na sonda depois da alimentação e pensar também no volume aplicado (DEVE SER FEITO 
DE ACORDO COM A CAPACIDADE GÁSTRICA!). 
► Volume gástrico do gato: 25-50ml/kg (Com a anorexia, o estômago tem uma redução de tamanho! CUIDADO!) 
 RETIRAR A SONDA DEPOIS QUE O ANIMAL PASSA 1 SEMANA COMENDO SOZINHO! 
· Estimular a ingestão sozinho de alimentos: 
 
 Alimentos SEMPRE FRESCOS!!! 
 
 
 
 LEMBRAR DE AJUSTAR A FLUIDOTERAPIA! Porque nós vamos administrar 5-10ml a cada alimentação. 
· Fraqueza muscular 
· Êmese 
· Ataxia 
· Convulsão 
FAFatores de correção: Repouso – 1,25 
 Pós-cirúrgico – 1,3 
 Traumatismo - 1,5 
 Sepse – 1,7 
 Queimadura grave – 2,0 
 
— Alimentos mornos; 
— Texturas diferentes; 
— Aromas diferentes (tem gatos que gostam de aromas mais fortes como peixe, 
outros tem náusea); 
— Umidade é importante, alguns gostam de sachês em cima; 
— Colocar manteiga, frango, peixe, caldo da carne pode ajudar a estimular.

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