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Esquizofrenia: Sintomas e Tratamentos

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 Doença em que há perda de 
contato com a realidade; 
 Presença de alucinações visuais, 
auditivas, gustativas, etc/ delírios 
paranoides / perseguitórios; 
 Apresentações: 
 Pensamento desorganizado; 
 Personalidade Borderline; 
 Depressão severa; 
 Desordem bipolar; 
 Fase maníaca. 
 Tipos de sintomas / padrões de 
comportamento: 
 Positivos: alucinações, delírios, 
excitação catatônica, 
interagem muito, expõem as 
alucinações e os sentimentos, 
boa comunicação. Associados 
a agentes farmacológicos 
antigos / clássicos; 
 Negativos: calado, 
depressivos, monotônico, 
poucas manifestações 
emocionais, baixa motivação. 
Associados a fármacos 
atípicos (“S2-D2”). 
 
 Doença crônica altamente 
incapacitante (não tem cura, apenas 
tratamento para controle); 
 1% da população; 
 Pessoas jovens (geralmente a 
manifestação se inicia na 
adolescência); 
 Paciente em geral não tem 
consciência sobre a patologia, 
dificultando a aderência ao 
tratamento; 
 Paciente se sente pior sob 
efeito dos medicamentos do 
que quando não está 
medicado; 
 Alguns pacientes apresentam 
bipolaridade em alguns 
momentos. 
 Tipos: 
 Paranóide: organizado e 
muitas vezes plausível, 
demora para perceber que o 
paciente está em um surto, 
prognóstico melhor; 
 Catatônica: muito excitado, 
rigidez muscular; 
 Desorganizada: fala coisas 
sem sentido, pensamento 
desorganizado, 
superficialidade emocional e 
perde a capacidade de 
associação; 
 Indiferenciada: desilusões, 
alucinações e comportamento 
agressivo; 
 Tipo residual: ausência de 
desilusões proeminentes, mas 
continua a evidenciar um 
pensamento perturbado. 
 Hipótese da esquizofrenia: 
 Anfetamina libera dopamina 
no cérebro -> abuso de 
 
 
anfetamina pode produzir 
síndrome esquizofrênica; 
 Dopamina = regulação de 
emoções, humor e atenção; 
 Agonistas 
dopaminérgicos D2 
(apomorfina e 
bromocriptina) 
exacerbam os sintomas 
de pacientes 
esquizofrênicos. Portanto 
se ligam as vias 
dopaminérgicas  
sintomas; 
 Os primeiros anti-
psicóticos são 
antagonistas dos 
receptores 
dopaminérgicos D2. 
Portanto inibem a 
dopamina  sintomas. 
 Sugerem que:  dopamina ou 
Hiperativação de receptores 
dopaminérgicos estão 
associados a apresentação de 
esquizofrenia. 
 Evidências desfavoráveis: 
 Quantidade de ácido 
homovanílico (AHV) normal 
ou baixa no LCE de 
esquizofrênicos; 
 Ácido homovanílico = 
principal substância 
produzida durante a 
metabolização da 
dopamina. 
 Se a esquizofrenia está 
associada ao  da dopamina, 
deveria haver  da 
quantidade desse produto de 
degradação no liquor; 
 Prolactina normal em 
esquizofrênicos. 
 Deveria ser  já que a 
dopamina inibe a secreção de 
prolactina. 
 Enzimas da via de síntese 
de dopamina normais em 
esquizofrênicos. 
 Vias dopaminégicas: 
 Sintomas negativos: 
diminuição de dopamina no 
córtex; 
 Sintomas positivos: excesso 
de dopamina na região 
subcortical, nucleus 
accumbens; 
 Clozapina: aumenta os níveis 
extracelular de dopamina no 
córtex pré frontal. 
 Teoria da serotonina (5HT): 
 Comportamentos alterados 
na esquizofrenia eram 
conhecidos por serem 
regulados pela via da 
serotonina; 
 Provável influência da via 
dopaminérgica sobre a via 
serotoninérgica; 
 Modulação do glutamato; 
 LSD. 
 Sintomas associados a serotonina: 
 Desenvolvimento neurológico: 
cognição, agressividade, 
apetite, alterações no limiar 
da dor. 
 LSD: 
 Gera efeitos típicos de um 
paciente esquizofrênico: 
alucinações auditivas e 
visuais; 
 Antagonista de receptores de 
serotonina (5HT) no cérebro; 
 
 
  da síntese de serotonina 
pela via paraclorofenilalanina 
não aumenta a esquizofrenia 
ou produz psicose em pessoas 
normais. 
 Glutamato: 
 Principal neurotransmissor 
excitatório no cérebro; 
 Antagonistas dos 
receptores NMDA 
(feniclidina, cetamina, 
dizocilpina) podem 
produzir sintomas 
positivos, negativos e 
déficit cognitivo; 
 Cérebros de pacientes 
esquizofrênicos 
expressam menos 
transportador de captura 
do glutamato VGLUT1. 
 VGLUT1 = Transportador de 
glutamato, expresso em 
regiões ricas em neurônios no 
cérebro; 
 Camundongos 
transgênicos para baixa 
expressão de NMDA 
apresentam sinais de 
esquizofrenia e 
respondem a anti-
psicóticos. 
 NMDA = receptor do sistema 
glutamatérgico, mediação 
importante nas funções de 
cognição, memória, 
plasticidade neural e 
neurotoxicidade. 
 Definição e história: 
 Antipsicóticos, neurolépticos, 
tranquilizantes maiores; 
 Clorpromazina: primeiro 
fármaco anti-psicótico 
usado (1953). 
 Causou êxodo dos 
manicômios, pacientes 
apresentavam melhoras e 
recebiam alta. 
 Características dos anti-
psicóticos 
 Famílias, estruturas, 
potência... 
 No momento da criação da 
cloropromazina, ela era 
entendida como antagonista 
dopaminérgica, começaram 
então a produzir novas drogas 
para inibir o efeito 
dopaminérgico. 
 Famílias, estruturas, potência e 
S.E’s; 
 Clorpromazina: foi a primeira 
droga; 
 No momento da criação da 
droga era entendida como 
antagonista dopaminérgico. 
 As drogas da tabela que estão 
acima da cloropromazina 
apresentam efeitos dopaminérgicos 
cada vez maiores até o haloperidol 
que é o mais potente inibidor; 
 Essas drogas são denominadas 
anti-psicóticos clássicos – indicados 
para tratamento de sintomas 
positivos; 
 Abaixo da cloropromazina tem 
drogas mais recentes chamadas de 
 
 
anti-psicóticos atípicos e que foram 
criados para apresentar mais efeitos 
na via da serotonina e menos efeitos 
na via da dopamina – indicados para 
tratamento de sintomas negativos. 
 
Clorprom
azina 
equiv. 
Butyroph
enone 
 
HALDOL 
Haloperid
ol 
3mg 
Thioxanth
ene 
 
NAVANE 
Thiothixen
e 
5mg 
Phenothia
zenes 
Piperazine 
derivatives 
PROUXIN 
Fluphenaz
ine 
2mg 
 
TRILAFON 
Trifluoper
azine 
5mg 
 
STELLAZI
NE 
Perphena
zine 
8mg 
 Piperidine 
Thioridazi
ne 
95mg 
 
Aliphatic 
THORAZI
NE 
Chlorpro
mazine 
100mg 
 
 
Dibenzodia
zepines 
CLOZARIL 
Clorzapin
e 
80mg 
 
 Efeitos colaterais da inibição 
dopaminérgica - síndrome 
extrapiramidal / parkinsonismo; 
 Parkinson = pouca dopamina no 
SNC; 
 Fármacos que atuam na via 
da serotonina espera-se + 
efeitos colaterais sedativos. 
 As drogas possuem receptores 
com baixa capacidade de distinção 
entre os receptores, atuando assim 
em mais de 1 receptor; 
 Ou seja, uma droga tem maior 
afinidade por um receptor, mas 
também tem afinidade por outros, 
gerando efeitos diferentes de acordo 
com o perfil de ligação que pode 
gerar efeitos adversos; 
 Indicações: 
 Esquizofrenia, Toureette’s, 
desordens esquizoafetivos, 
distúrbios bipolares, 
comportamentos agressivos; 
 Uso não psicóticos – 
antieméticos (trata náusea e 
vômito). 
 Antipsicóticos clássicos x novos – 
EPS: 
 Quanto mais efeito 
dopaminérgico maior o risco 
de efeito colateral 
extrapiramidal e melhor o 
tratamento de paciente com 
sintomas positivos; 
 Quanto mais efeitos 
serotonérgicos mais indicado 
para pacientes com sintomas 
negativos. 
 Droga de escolha: 
 Testar o que melhora os 
sintomas e o que causa menos 
efeito colateral; 
 Sintomas positivos ou 
negativos? 
 
 
 Considerar condições 
médicas do paciente, 
entender como ele responde a 
droga; 
 Paciente com parkinson e 
esquizofrenico: não devo inibir 
mais ainda o efeito 
dopaminérgico pois vai piorar 
o parkinson, então, deve-se 
evitar o uso de fármacos 
clássicos; 
 Clozapina pode ser usado 
quando após a falha no 
tratamento com anti-
psicóticos em dose máxima 
de 2 outros anti-psicoticos; 
 Seroquel, Zyprexa, risperidol, 
clozapina tratam melhor os 
sintomas negativos em 
relação a outros agentes. 
 Farmacocinética: 
 Sãoabsorvidos rapidamente, 
porém de modo incompleto; 
 Sofrem metabolismo de 
primeira passagem 
significativo -> quanto menor 
o metabolismo, maior a 
disponibilidade sistêmica; 
 Metabolismo hepático. 
 Droga clássica; 
 Primeira que surgiu; 
 Interagem com maiores afinidades 
com receptores 5HT2 (via de 
serotonina), D3, D2 (vias 
dopaminérgicas); 
 Inibição dopaminérgica e 
serotonérgica. 
 Mais clássico; 
 Muito efeito dopaminérgico -> 
interação com D2 e D3; 
 Inibe também alfa-1, muscarínicos 
e histaminérgicos -> sedação e efeito 
extrapiramidal; 
 Efeito adverso: hipotensão 
postural, sonolência, boca seca e 
visão turva. 
 Droga atípica; 
 Principalmente anti-
serotoninérgico -> antipsicótico 
atípico; 
 Hipotensão, sonolência, 
constipação intestinal, visão turva, 
boca seca. 
 Droga atípica; 
 Tem efeito principalmente anti-
serotoninérgico, mas também inibe 
dopamina; 
 Inibe muito receptores de alfa 1 e 
alfa 2 -> efeitos colaterais; 
 Hipotensão. 
 Droga atípica; 
 Principalmente anti-serotonérgico. 
 Droga mista; 
 Faixa de transição entre anti-
serotoninérgico e anti-
dopaminérgico. 
 
 
 Droga atípica; 
 Mais serotonina. 
 Droga clássica; 
 Dopamina; 
 Mais a fim da serotonina. 
 Bem dopaminérgicos.
 Efeitos cardiovasculares: 
hipotensão (bloqueio alfa-
adrenérgico); 
 Efeitos sedativos: tende a 
desenvolver tolerância (haloperidol, 
mexe com a histamina); 
 Efeitos autonômicos: semelhantes 
a atropina (boca seca, distúrbios 
visuais, constipação); 
 Efeitos extrapiramidais: 
parkinsonismo (rigidez, tremores), 
acatisia (agitação motora e 
ansiedade) - agudos e reversíveis. 
Discinesia tardia (movimentos 
involuntários na face e nos membros; 
 Efeitos endócrinos: aumento de 
prolactina (ginecomastia, lactação), 
ganho de peso, risco aumentado de 
diabetes (mais com antipsicóticos 
atípicos); 
 Efeitos de hipersensibilidade ou 
idossincráticos: icterícia, leucopenia 
e agranulocitose, urticária (comum 
nas primeiras semanas), síndrome 
maligna; 
 Aparece nos primeiros dias de 
uso da droga, tipicamente no 
início do tratamento. 
 Clozapina com possível 
agranulocitose que pode aparecer 
em qualquer momento; 
Obs: É importante fazer hemograma 
de repetição no início do tratamento 
com clozapina para identificar se tem 
agranulocitose, leucopenia. 
 Síndrome do coelho: longa data no 
uso de antipsicóticos; 
 Parece que o paciente fica o 
tempo todo mastigando. 
 Clorpromazina: pode se depositar 
na córnea, cristalino e lente; 
tioridazida na retina -> efeitos 
colaterais associados a doses altas; 
 Tioridazina: pode causar arritmias 
cardíacas em pacientes que usam 
doses altas; 
 Todos os antipsicóticos podem 
induzir ao risco de malformação fetal 
no caso de gestantes. 
 Reação de hipersensibilidade que 
pode se desenvolver a partir de 
qualquer antipsicótico; 
 Manifestação de febre e dor 
muscular; 
 Rigidez em cano de chumbo: 
sinal semiológico que 
descreva a contração/rigidez 
muscular; 
 
 
 Instabilidade autonômica; 
 Pressão arterial e frequência 
cardíaca oscilam muito; 
 Hiperexia (aumento da 
temperatura corpórea - 41•C) 
- não cede com antitérmicos 
(tem que fazer compressa 
gelada em locais que passam 
grandes vasos). 
 Laboratório: 
 CK elevada – morte da célula 
muscular evidenciando danos 
musculares;
 Mioglobinuria (mioglobina na 
urina) - é tóxica no epitélio dos 
túbulos renais (causa 
insuficiência renal aguda);
 Leucocitose (acima de 
15.000);
 Aumento das enzimas de 
função hepática.
 Afeta 1/2 - 2,4% em pacientes que 
fazem uso de antipsicóticos;
 Leva a morte em 3-30 dias em 
cerca de 11-18% dos pacientes; 
 Se desenvolve em 24-72h após 
início do tratamento; 
 Tratamento: 
 Bromocriptina – contrapõe à 
rigidez muscular; 
 Dantroleno – 2° linha, ajuda no 
controle muscular e da 
hiperexia.

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