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Introdução ao Jornalismo - Aula 2

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Introdução ao Jornalismo 
Jacqueline Sobral 
Tradição oral: mitos, contos e 
histórias eram transmitidos sem que 
houvesse qualquer tipo de registro... 
A narração só tem sentido se 
dirigida ao coletivo. 
Ideogramas, símbolos 
que representavam 
ideias... 
Depois veio a escrita 
(5 mil anos antes de Cristo)... 
Memória: faculdade humana encarregada de reter conhecimentos 
adquiridos previamente. 
Começa a ser possível a transmissão de conteúdos sem as alterações 
da comunicação oral. 
Marco de transição 
entre a Pré-história 
e a Antiguidade. 
“O armazenamento do acervo humano não 
depende mais de um ou mais cérebros que 
desaparecerão com a morte dos indivíduos. 
Armazena-se fora do cérebro para 
transcender a morte.” 
(Lúcia Santaella – linguista) 
O alfabeto não modifica apenas a forma de pensar, mas 
também a transmissão do pensamento. 
Outras mudanças fundamentais... 
Invenção do papel: século X 
Invenção da imprensa 
Começou a imprimir 
jornais a partir do século 
XVIII. 
Alguns historiadores dizem 
que, apesar da fama de 
Gutenberg, quem criou 
mesmo a imprensa foram os 
chineses – primeiro livro 
impresso no ano de 868. 
E quando surgiu o jornalismo? 
Não existe um consenso. 
Alguns historiadores dizem que os 
romanos podem ser considerados 
os “pais” da imprensa periódica. 
Acta Senatus e Acta Publica: 
Divulgavam decisões tomadas no 
Senado e informações oficiais 
sobre diversos acontecimentos do 
cotidiano – fixadas em locais 
públicos (cerca de 5 séculos antes 
de Cristo). 
E quando surgiu o jornalismo? 
Até o fim da Idade Média e 
início da Idade Moderna, na 
Europa, viajantes, 
mensageiros, diplomatas e 
negociantes é que faziam o 
papel de “jornalistas”, se 
reunindo em feiras e eventos, 
para compartilhar 
aacontecimentos do dia. 
E quando surgiu o jornalismo? 
No século XVI, Veneza tornou-se o 
centro de informações mais 
importante da Europa. 
Gazetas (do italiano gazette, que 
era a moeda do país): 
manuscritas, periódicas, com quatro 
páginas (frente e verso). 
Informações sobre cotações de produtos, chegadas de 
navio, relatos de guerra. 
Eram despachadas aos sábados pelos correios. 
Os governos serão os primeiros a tentarem controlar a nova 
atividade. 
E quando surgiu o jornalismo? 
O Primeiro periódico semanal teria sido criado em 
Amsterdam (1607). 
No Brasil, só em 1808, com a vinda da corte 
portuguesa para o Rio de Janeiro: Gazeta do Rio 
de Janeiro e Correio Braziliense. 
A profissionalização do jornalismo só começa 
no século XIX. 
O desenvolvimento dos canais de informação 
está sempre atrelado a interesses econômicos 
e/ou políticos. 
O jornalismo se consolida com o crescimento 
do comércio, ascensão da burguesia, 
consolidação de um modelo de vida urbano e 
formação de um público leitor. 
Jornalismo inserido na dinâmica da cultura do 
consumo e da modernidade, principalmente 
com a criação do rádio nos anos 1920 (década 
em que surgiram também a lavadora de roupa, 
o aspirador de pó, o telefone, e o automóvel 
começa a ser produzido em série - fordismo). 
Cultura do Consumo e Modernidade 
Consumo como um um processo social, como 
modo dominante de reprodução cultural; como 
forma de elaboração de nossos projetos de 
identidade. 
Cultura do Consumo e Modernidade 
O imediatismo do jornalismo é herdado da 
dinâmica de consumo, que tem “pressa” 
principalmente a partir da década de 1980 
(Dan Slater) – “fetiche da velocidade” (Felipe 
Pena). 
Sociedade de Consumo 
“O mundo inteiro é uma 
experiência passível de consumo.” 
(Dan Slater no livro “Cultura do Consumo e Modernidade”, 2004, p.23) 
Cultura do Consumo e Modernidade 
O imediatismo do jornalismo é herdado da 
dinâmica de consumo, que tem “pressa” 
principalmente a partir da década de 1980 
(Dan Slater). 
“Fetiche da velocidade” (Felipe Pena) 
“Na ânsia de trazer novidades, será que a 
imprensa simplesmente não repete os 
mesmos enredos?” 
Felipe Pena (2005) afirma que o medo do 
desconhecido é o que está por trás do 
jornalismo: o ser humano quer “saber das 
coisas” para se sentir mais seguro ao conduzir 
e organizar seu dia a dia. 
Jornalismo 
Funcão essencial do jornalismo: 
marcação do tempo. A imprensa é fundamental 
para a nossa experiência de temporalidade. 
Ao falar sobre pautas, Ricardo Kotscho diz 
que: 
“… qualquer assunto serve se pudermos, por 
meio dele, mostrar algo novo que está 
acontecendo, ainda que o tema seja batido.” 
Atualidade X Novidade 
Atualidade X Novidade 
O velho pode ser atual e o atual pode ser 
velho. A temporalidade não se refere ao fato, 
mas à forma como é transmitido, mediado. 
A novidade nem sempre é atual e a 
atualidade nem sempre é nova. 
É novo, mas 
não é atual. 
É atual, mas 
não é novo. 
-  apurar; 
-  reunir; 
-  analisar; 
-  interpretar; 
-  contextualizar; 
-  editar; 
-  e divulgar informações, transformando-as, 
assim, em notícias. 
O jornalista é o profissional capacitado 
para… 
"Jornais, emissoras de rádio, revistas, 
emissoras de televisão e todos os meios de 
comunicação são instituições sociais que, ao 
reunir, escrever e divulgar as notícias, 
servem à sociedade.” (JUAREZ BAHIA) 
Compromisso ético: veracidade, exatidão, 
objetividade, imparcialidade. 
Responsabilidades que devem ser seguidas, 
ainda que impossíveis de serem alcançadas. 
É como José Marques de Melo define: 
"apesar do jornalismo reconstruir o mundo tal 
como ele é, como ele é concebido, ele 
recebe uma inflexão ideológica (a visão dos 
veículos, ou dos indivíduos que o 
reproduzem). (...) não existe portanto um 
jornalismo objetivo ou neutro." 
É do final dos anos 1930 a publicação do 
Decreto-Lei que regula a profissão de 
jornalista. 
Decreto-Lei nº 910, de 30 de novembro de 
1938. De acordo com o Capítulo I Art. 1º § 
1º: "Entende-se como jornalista o 
trabalhador intelectual cuja função se 
estende desde a busca de informação até a 
redação de notícias e artigos e a 
organização e direção desse trabalho". 
O Mercado de Trabalho 
Cerca de 7 mil jornalistas recém-formados 
entram no mercado a cada ano… 
Diploma não é mais obrigatório, mas o próprio 
mercado cobra a formação… 
Há mais jornalistas hoje 
do que vagas 
disponíveis. 
O que fazer, então? 
Estudar muito. 
Investir na formação. 
Aprender a escrever. 
Você precisa se destacar na multidão. 
É inadmissível um jornalista que não domina a 
língua portuguesa. 
Não adianta saber falar em um microfone ou 
ter desenvoltura diante das câmeras, se o 
jornalista não tem conteúdo, ou não se 
preparou para a reportagem / flash / entrevista. 
Curiosidade 
Disposição para estudar 
Interesse em pessoas 
Ouvido atento 
Habilidades de um jornalista 
Áreas de atuação 
https://www.youtube.com/watch?v=MeeLwbo_EC8 
O profissional multimídia 
Exemplo de 
criatividade a 
serviço da 
informação. 
Por hoje, é só... ;)

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