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Leucemias e Linfomas LEUCEMIAS TIPOS DEFINIÇÃO FISIOPATOLOGIA CLÍNICA DIAGNÓSTICO TRATAMENTO LMA Adultos (80%), incidência aumenta com idade Etiologia: maioria indefinida, mas tem relação com vírus, benzeno, radiação... Fatores de risco: idade, leucograma ↑, LDH ↑, longo intervalo de diagnóstico e remissão clínica, > 1 ciclo de indução, classificações que não sejam M2 e M3, cariótipos ruins Ocorrem pelo acúmulo de progenitores que não se diferenciam e formam blastos Proliferação clonal e maturação anormal de blastos. Células da linhagem mieloide não conseguem se diferenciar pelo bloqueio na maturação - Evolui rapidamente com sinais inespecíficos - Astenia (anemia) - Hemorragia (plaquetopenia) - Febre (neutropenia) - É comum infiltrações extramedulares causando hiperplasia gengival, leukemia curtis - Leucostase - Imunofenotipagem pelo aspirado de MO (mielograma) – confirmação diagnóstica! Outros para estratificação: - Microscopia: células grandes jovens com bastonetes de Auer - Mielograma: > 20% de blastos na MO ou no sangue periférico - Cariótipo: avalia cromossomos; importante para fator prognostico; ruim é t (8,22) 7 + 3 - Indução: 7 dias citarabina (ARA-C) + 3 dias daunorrubicina remissão! - Consolidação: citarabina em doses mais altas Remissão completa é quando tem < 5% de blastos na MO e recuperação da hematopoeise LLA Crianças! LLA B é a mais comum! Fatores de risco: envolvimento SNC! - LLA B: trombocitopenia, anemia, neutropenia, leucometria variável, linfonodo/hepato/esplenomegalia, dor óssea, artralgias - LLA T: rara, leucometria alta, alargamento do mediastino, linfonodo/hepato/esplenomegalia - Microscopia: célula menor do que LMA - Mielograma: > 25% de blastos na MO ou no sangue periférico - Cariótipo: indica melhor prognostico se hiperploidia, t (12;21) ou trissomias 4,10,17 2 anos - Profilaxia SNC: MTX por punção lombar - Pré-fase: corticoides - Indução: V+P (vincristina e prednisona) - Consolidação: MTX (metrotrexato) alta dose - Manutenção - TMO autólogo e alogênico LMC Adultos/idosos (55-60 anos) Doença de células maduras, não há bloqueio na maturação! É uma doença mieloproliferativa (PV, TE, MF) Prognóstico: depende muito da idade e resposta ao tratamento Ocorre translocação entre os cromossomos 9 e 22 dando origem ao cromossomo Filadelfia, que aproxima também o gene BCR-ABL - Fase inicial: crônica, indolente - Fase acelerada - Fase blástica: agudização para LMA ou LLA, acometimento extramedular Ocorre hipercelularidade com aumento de TODAS as células mieloides Leucocitose neutrofilica com desvio à esquerda + esplenomegalia acentuada Anemia + Hiperleucocitose + Trombocitose - Mielograma: > 20% de blastos na MO ou no sangue periférico Tratamento imediato!!! Ou evolui para óbito ou alguma leucemia aguda - Inibidores da tirosinaquinase (TKI) (imatinibe) LLC Adultos/idosos 40% > 65 anos É indolente, cresce devagar, mas não tem cura! 50% evoluem para forma agressiva Sobrevida média 7 anos Ocorrem pelo acúmulo de células maduras que derivam de células neoplásicas que se diferenciaram normalmente - Sintomas B (febre > 38°, sudorese noturna e perda 10% peso em 6 meses) - Síndrome de Richter: transformação em LNH agressivo - Linfonodomegalia - Falência medular progressiva - Anemia - Trombocitopenia - Esplenomegalia maciça - Hipogamaglobulinemia (↓ Ig) - Microscopia: células pequenas com manchas de Gumprecth - Estadiamento RAI e BINET Formas leves (RAI I ou II): se não tem sintomas, não trata! - esquema FR: fludarabina + rituximab; pode associar com ciclofosfamida (FRC) LINFOMAS Causados por erro de maturação do linfócito TIPOS DEFINIÇÃO FISIOPATOLOGIA CLÍNICA DIAGNÓSTICO TRATAMENTO NÃO HODGKIN (88%) 85% células B 15% células T e NK Etiologia: doenças que afetam sistema imune, HIV, transplante de órgãos, Helicobacter pylori, doenças autoimunes, doença celíaca, exposição a fatores ambientais... Indolentes: respondem quem a QT mas não curam Agressivos: maior chance de cura - Linfoma folicular: indolente, 2º mais frequente, maioria tem t (14;18), bom prognostico com recidiva frequente - Linfoma Malt: indolente, surge devido complicações de DIC, principalmente pelo H.pylori - Linfoma difuso de grandes células B: agressivo, mais frequente dos LNH, pode evoluir de um indolente ou ser novo; tem acometimento extranodal - Linfoma de Burkitt: muito agressivo, forma endêmica Africana ou esporádica. LDH aumentado, tem t (8;14), com acometimento extranodal Llinfadenomegalia indolor INFERIOR (axilar, abdome, inguinal) Sintomas B Sintomas gerais Esplenomegalia Acometimento extranodal (TGI e MO) Pode ter sintomas mais localizados dependendo do local acometido (mediastino, peritoneo, ossos, pele, seio nasal) - Biopsia excisional do linfonodo - Estadiamento: PET-scan TC de pescoço, tórax, abdome e pelve Hemograma, sorologias, VHS, LDH, EDA, aspirado e biopsia de MO... - Indolentes: só trata se tem sintomas, esperar e aguardar, QT, RT, TMO, TARV - Agressivos: QT com esquema R-CHOP (rituximab, ciclofosfamida, doxorrubicina, vincristina e prednisona), RT, TMO, TARV HODGKIN (15%) Exclusivos de células B Sempre é um linfoma agressivo que precisa de tratamento - 2 picos de incidência – entre 20-30 anos e 50-60 anos com predomínio sexo masculino - Etiologia: relacionada com HIV, Epstein-Barr e vírus HTLV-1 Pode ter 4 tipos: - Predominância linfocitária: raro, - Esclerose nodular: mais prevalente! Tem feixes de colágeno - Celularidade mista: - Depleção linfocitária: raro, escassez de linfócitos Mesmos sintomas que LNH, porém com linfadenomegalia SUPERIOR (cervical) Prurido Dor nos linfonodos após ingestão de álcool Mesmos exames que LNH Células de Reed-Stemberg, multinucleada (aparecem em infecções pelo Epstein-Barr tbm) - Estadiamento AnnHarbor e IPI Bom prognóstico se responder bem ao tratamento! Boas chances de cura - QT com esquema ABVD ou BEACOPP, RT, TMO, TARV Doenças Mieloproliferativas DOENÇAS MIELOPROLIFERATIVAS Doenças crônicas que causam aumento de algum componente sanguíneo e que não tem alteração molecular BCR-ABL Risco de transformação em LMC TIPOS DEFINIÇÃO FISIOPATOLOGIA CLÍNICA DIAGNÓSTICO TRATAMENTO POLICITEMIA VERA ou poliglobulia Aumento de eritrócitos Homem e idosos Prognostico: bom, sobrevida > 15 anos Pode ser primaria (mutações nos progenitores mieloides, ou seja, MO) ou secundária (fatores que atuam nos progenitores mieloides, ou sejam EPO) Causas secundária: carcinomas (por altercação na EPO), DPOC, obesidade, apneia do sono, grandes altitudes, alteração na Hb, doença vascular renal Lento, pode ser assintomático por anos - Tromboembolismo (Síndrome de Budd Chiari) - Hemorragias - Eritromelalgia - Prurido aquagênico generalizado Poliglobulia (com neutrofilia/plaquetose) Biópsia MO: hipercelular com panmielose JAK2 ↑ EPO ↓ Flebotomia e AAS (todos) Hidroxiureia (alto risco) Alfa interferon e ruxolitinibe – inibidor do JAK2 (especiais) TROMBOCITOPENIA ESSENCIAL Aumento de plaquetas (megacariócitos) Mulheres e adultos jovens (<40) e idosos (>60) Causas: doenças inflamatórias/infecciosas, neoplasias, anemias (ferropriva e hemolítica), sangramentos agudos Assintomáticos Esplenomegalia Trombose Sintomas vasomotores (cefaleia, parestesia, sincope) Sangramentos (FvW) Plaquetas > 450.000 Biópsia MO: 1ª linhagem aumentada Mutações JAK2, CALR ou MPL AAS Hidroxiureia Alfa interferon MEILOFIBROSE Quadro leucoeritroblástico (eritroblastos + mielócitos) – células jovens ↑ Homens 50-69 anos Mutação nas células hematopoeticas com proliferação anômala de fibroblastos Primeiro ocorre uma fase hipercelular com poliglobulia, leucocitose, plaquetose (difícil diagnostico), depois evolui para fase hipocelular/fibrótica com anemia, sintomas gerais, reação leucoeritroblásticca e dacriócitos Insidiosos Esplenomegalia volumosa Astenia, perda de peso, dor óssea Anemia NORMOcitica, NORMOcrômica Anisiocitose Poiquilocitose Hemácias “em lagrimas” (dacriócitos) Biópsia de MO: fibrose e proliferação de megacariócitos Mutações JAK2, CALR ou MPL Ruxolitinibe TMO alogênica Suporte Hidroxiureia Prognóstico: pior!, sobrevida < 6 anos, 30% evoluem para LMC
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