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TVP e TEP: > Assistência de enfermagem ao adulto e idoso com Trombose Venosa Profunda e Tromboembolismo Pulmonar. A TVP caracteriza-se pela formação de trombos na face interna das veias profundas, com obstrução parcial ou oclusão, sendo mais comum nos membros inferiores - em 80 a 95% dos casos. > As principais complicações decorrentes são: /síndrome pós- trombótica (edema e/ou dor em membros inferiores, mudança na pigmentação, ulcerações na pele). , que por sua vez possui extrema importância clínica, por apresentar alto índice de mortalidade. Aproximadamente 5 a 15% de indivíduos não tratados da TVP podem morrer de EP. Fatores de risco: TVP O desenvolvimento do TEV depende da Tríade de Virchow: > Os fatores de risco poderão ser hereditários ou adquiridos: - Pré-disposição genética. - Portadores de trombofilias. - Imobilizações. - Hospitalização e repouso prolongados, (viagens). - Procedimentos cirúrgicos recentes, (principalmente de grande porte). - Uso de estrogênio. - Gestação. A TVP nos membros inferiores é dividida, simplificadamente, segundo sua localização: > Distal: quando acomete as veias localizadas abaixo da poplítea. > Proximal: quando acomete veia ilíaca e/ou femoral e/ou poplítea. - Dor a palpação no membro afetado. - Edema. - Eritema. - Calor local. - Cianose de extremidades. Tratamento: TVP O tratamento com anticoagulantes requer uma avaliação e estratificação precisa de fatores de risco para o desenvolvimento da trombose venosa profunda, bem como suas consequências. Sua aplicação e aderência correta reduz significativamente os fatores de risco da doença, no entanto, é necessário atentar-se para efeitos colaterais da terapia anticoagulante, cuja a ocorrência pode ser fator determinante para um evento fisiopatológico grave. > Tratamento farmacológico: - Anticoagulantes; - Terapia Trombolítica Sistêmica > Tratamento não farmacológico: - Meias compressivas; - Deambulação; - Remoção precoce dos trombos; > Tratamento Profilático: por meio de ações de prevenção. Uso de heparina: - Uso em excesso pode provocar hematoma. - Impede a formação do trombo. - Diminui fatores de riscos. - Pode causar trombocitopenia -Após a interrupção do uso permanece por dias no organismo. - Sua administração pode ser EV, SC. Uso de heparina com baixo peso molecular: - Biodisponibilidade mais alta: meia vida longa; redução ou ausência de influência nas plaquetas; sensibilidade reduzida aos inibidores plasmáticos. Menos efeitos colaterais. Tratamento com Varfarina: - Inibe a enzima da vitamina K, alterando os fatores de coagulação II, VI, IX e X, impedindo a formação de coágulos que atuam diretamente na ativação da protrombina. - Administração por uma via oral, com absorção no TGI, após 1 a 4 horas. - Orientar o paciente quanto às complicações da doença. - Atentar aos sinais e sintomas. - Observar e anotar características da dor, administrar analgesia conforme prescrição médica, se necessário. - Prover conforto e bem estar ao paciente; manter membros elevados a 45o, de acordo com a prescrição. - Aplicar terapia compressiva com meia elástica. - Estimular exercícios para ativação da bomba muscular da panturrilha em parceria com o fisioterapeuta; movimentação ativa e/ou passiva no leito. - Controle rigoroso de sinais vitais; atentar-se para padrão respiratório. - Observar e relatar presença de sangramentos. - Atentar-se para ocorrência de trombocitopenia. - Medir o membro afetado diariamente. Tromboembolismo pulmonar (TEP) consiste na obstrução aguda da circulação arterial pulmonar pela instalação de coágulos sanguíneos, geralmente, oriundos da circulação venosa sistêmica, com redução ou cessação do fluxo sanguíneo pulmonar para a área afetada. Essas condições inter-relacionadas constituem o tromboembolismo venoso (TEV), no qual, a trombose venosa profunda (TVP) é o evento básico e o TEP, a principal complicação aguda. - Trauma, fraturas, pós operatório; - Idade superior a 40 anos; - Tromboembolismo venoso prévio; - Imobilização (membros inferiores) - Doença maligna; - Infarto Agudo do Miocárdio; - Obesidade; - Uso do estrogênio; - Puerpério. Fisiopatologia: TEP Oclusões da artéria pulmonar geralmente são por causa embólica. A resposta fisiopatológica depende da: > Extensão da obstrução arterial; > Tamanho do vaso ocluído; > Número de êmbolos; > Estado geral do sistema cardiovascular; > Liberação de fatores vasoativos das plaquetas no local da trombose. Podem causar morte súbita devido a dissociação eletromecânica, ou seja, falta de sangue na circulação pulmonar. Ou ainda, cor pulmonale aguda, o que significa uma insuficiência cardíaca direita, podendo agravar ainda mais o quadro clínico. É comum os seus sintomas serem mais silenciosos, ou apenas apresentarem dor torácica transitória e ou hemoptise devido a hemorragia pulmonar. Ocasionalmente, múltiplos êmbolos, produzem cor pulmonale crônico. Consequências: O êmbolo localizado na artéria irá causar: - Comprometimento respiratório: devido a falta de perfusão do pulmão ventilado. - Comprometimento hemodinâmico: devido a resistência arterial pulmonar aumentada. Dispneia aguda: o quadro é muito inespecífico, outros sintomas e sinais podem se associar em maior ou menor frequência. A presença de fatores de risco para TEP deve ser considerada para reforçar a possibilidade diagnóstica. Infarto pulmonar: o indivíduo, geralmente apresenta dispneia, taquipneia, dor torácica pleurítica e tosse com hemoptise. > O exame físico do tórax pode revelar discretos estertores, sibilos ou sinais de pequeno derrame. Cor pulmonale: pode manifestar-se de forma isolada ou associado ao choque cardiogênico. Ocorre quando há obstrução de 50-70% da circulação pulmonar ou mesmo em níveis menores, em pacientes com doença cardiopulmonar prévia. Pode manifesta-se de forma aguda, podendo apresentar-se tambémde forma crônica. > O paciente apresenta-se com taquicardia, hipotensão, palidez, sudorese fria, turgência jugular. Pode haver síncope ou mesmo morte. - Dor pleurítica; - Tosse; - Dor em membros inferiores; - Hemoptise; - FR > 20mrpm; - Estertores crepitantes; - FC > 100bcpm; - Atrito pleural. - Rx de tórax; - Gasometria arterial; - Dosagem de D- dímero - produto da degradação da fibrina (fator de coagulação). - Eletrocardiograma e ecocardiograma; - Cintilografia computadorizada; - Tomografia de tórax; - Arteriografia pulmonar; - Avaliação de membros inferiores, através de flebografia e flebotomografia; Tratamento: TEP - Anticoagulantes orais; - Heparina; - Inibidores do fator Xa - fator fundamental na propagação da coagulação; - Trombolíticos; - Procedimento cirúrgico: embolectomia. - Realizar exame físico periodicamente, atentando-se para sinais de desenvolvimento de TEP; (constatação da Tríade de Virchow, quadro clínico, diagnóstico médico); - Controle rigoroso de sinais vitais, atentar-se para hipotensão e queda de SpO2, > 94%; - Manter via aérea pérvia, oferta de O2 suplementar, se necessário; - Atentar-se para sinais de dispneia: cianose, palidez cutânea, sudorese e choque cardiogênico; - Cuidados com a pele; - Cuidados com higiene e conforto, assim que houver estabilidade do quadro clínico; - Administrar a terapêutica prescrita atentando-se para efeitos colaterais; - Controle de exames laboratoriais, fatores de coagulação, gasometria; - Realizar balanço hídrico preciso; - Evitar administração de medicamentos via IM, se acaso for inevitável, realizar o rodízio do local de aplicação, não realizar massagem após aplicação e usar agulha de menor calibre. - Orientar e acolher familiares. > Atenção maior com os idosos: Geralmente há uma doença crônica associada, déficit de atenção e compreensão, muitas vezes poderá estar sozinho, sem familiares e ou cuidadores para auxiliá-lo na administração do medicamento, e ainda possui alto risco de trauma.
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