Buscar

APG 23 - DEPOIS DE 9 MESES VOCÊ VÊ O RESULTADO

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 6 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 6 páginas

Prévia do material em texto

APG – SOI II Emilly Lorena Queiroz Amaral – Medicina/2º Período 
 
 1 
APG 23 –Depois de 9 meses você vê o resultado 
1) DESCREVER O CICLO MENSTRUAL 
→ A duração do ciclo reprodutivo feminino normalmente varia 
de 24 a 36 dias. Para essa discussão, assume-se uma duração 
de 28 dias e divide-se o ciclo em quatro fases: a fase 
menstrual, a fase pré-ovulatória, a ovulação e a fase pós-
ovulatória. 
❖ FASE MENSTRUAL 
→ A fase menstrual, perdura aproximadamente os 5 primeiros 
dias do ciclo. 
→ Por convenção, o primeiro dia da menstruação é o dia 1 de um 
novo ciclo. 
→ EVENTOS NOS OVÁRIOS: Sob influência do FSH, vários folículos 
primordiais se desenvolvem em folículos primários e, então, 
em folículos secundários. Este processo de desenvolvimento 
pode levar vários meses para ocorrer. Portanto, um folículo 
que começa a se desenvolver no início de um dado ciclo 
menstrual pode não alcançar a maturidade e ovular até vários 
ciclos menstruais mais tarde. 
→ EVENTOS NO ÚTERO: O fluxo menstrual do útero consiste em 
50 a 150 mℓ de sangue, líquido tecidual, muco e células 
epiteliais do endométrio descamado. Esta eliminação ocorre 
porque os níveis decrescentes de progesterona e 
estrogênios estimulam a liberação de prostaglandinas que 
fazem com que as arteríolas espirais do útero se contraiam. 
Como resultado, as células que elas irrigam são privadas de 
oxigênio e começam a morrer. Por fim, todo o estrato 
funcional descama. Nesta altura, o endométrio está muito fino, 
com cerca de 2 a 5 mm, porque apenas o estrato basal 
permanece. O fluxo menstrual passa da cavidade uterina pelo 
colo do útero e vagina até o meio externo. 
❖ FASE PRÉ-OVULATÓRIA 
→ A fase pré-ovulatória é o período entre o fim da menstruação 
e a ovulação. A fase pré-ovulatória do ciclo tem comprimento 
mais variável do que as outras fases e representa a maior 
parte das diferenças na duração do ciclo. Tem a duração de 
6 a 13 dias em um ciclo de 28 dias. 
→ Durante a fase pré-ovulatória, um grupo de folículos nos 
ovários começa a passar pela maturação final. 
→ Um folículo supera os outros e torna-se o dominante, 
enquanto os outros degeneram. Ao mesmo tempo, ocorre a 
reparação do endométrio no útero. Os estrogênios são os 
hormônios ovarianos dominantes durante a fase pré-
ovulatória. 
❖ OVULAÇÃO 
→ A ovulação consiste na ruptura do folículo maduro e liberação 
de um oócito secundário na cavidade pélvica. Geralmente 
ocorre no 14º dia em um ciclo de 28 dias. 
→ Durante a ovulação, o oócito secundário permanece cercado 
por sua zona pelúcida e coroa radiada. 
→ Os níveis elevados de estrogênios durante a última parte da 
fase pré-ovulatória exercem um efeito de feedback positivo 
sobre as células que secretam LH e hormônio liberador de 
gonadotropina (GnRH) e induzem à ovulação. Sendo assim, é 
provocada por um pulso de LH. 
→ Os sinais e sintomas da ovulação incluem elevação da 
temperatura corporal basal, muco cervical claro e elástico, 
alterações no colo do útero e dor abdominal. 
❖ FASE PÓS-OVULATÓRIA 
→ A fase pós-ovulatória do ciclo reprodutivo feminino é o 
período entre a ovulação e o início da menstruação seguinte. 
Em duração, é a parte mais constante do ciclo reprodutivo 
feminino. Tem a duração de 14 dias em um ciclo de 28 dias, 
do 15º ao 28º dia. 
→ Durante a fase pós-ovulatória, são secretados progesterona 
e estrogênios em grandes quantidades pelo corpo lúteo do 
ovário e o endométrio uterino se espessa em prontidão para 
a implantação. 
 
 
APG – SOI II Emilly Lorena Queiroz Amaral – Medicina/2º Período 
 
 2 
2) ENTENDER O PROCESSO DE FECUNDAÇÃO E IMPLANTAÇÃO 
❖ FECUNDAÇÃO = 1ª semana 
→ Processo pelo qual os gametas masculino e feminino se 
fundem, na ampola da tuba uterina, a porção mais larga e 
próximo ao ovário. Os espermatozoides duram 48 horas e 
ovos ovócitos que não foram fecundados degeneram após 24 
horas. *NÃO OCORRE NO ÚTERO 
→ O movimento dos espermatozoides do colo do útero para a 
tuba uterina ocorre pelas contrações musculares do útero e 
da tuba uterina, e muito pouco por sua própria propulsão. 
→ Os espermatozoides não são capazes de fertilizar o ovócito 
imediatamente após a chegada ao sistema genital feminino. 
Eles devem sofrer capacitação e reação acrossômica para 
adquirirem essa capacidade: 
✓ Capacitação: é um período de condicionamento no 
sistema genital feminino que dura aproximadamente 7 
horas. Sem ocorrer a capacitação o espermatozoide não 
consegue fertilizar o ovócito. A maior parte desse 
condicionamento acontece na tuba uterina e envolve as 
interações epiteliais entre os espermatozoides e a 
superfície mucosa da tuba. Há a remoção da capa 
glicoproteica, os espermatozoides ficam mais ativos. 
✓ Reação acrossômica: ocorre após a ligação à zona 
pelúcida, é induzida por proteínas da mesma. Essa reação 
culmina na liberação das enzimas necessárias para a 
penetração da zona pelúcida, incluindo substâncias 
semelhantes à acrosina e à tripsina. 
→ As fases da fertilização incluem: 
▪ Fase 1: penetração da coroa radiada; 
▪ Fase 2: penetração da zona pelúcida; 
▪ Fase 3: fusão entre as membranas do ovócito e do 
espermatozoide. 
FASE 1 - PENETRAÇÃO DA COROA RADIADA 
→ Dos 200 a 300 milhões de espermatozoides normalmente 
depositados no sistema genital feminino, apenas 300 a 500 
alcançam o local da fertilização, e somente UM deles 
fertilizam o ovócito. 
→ Nesta fase inicial o acrossomo (ponta da cabeça do 
espermatozoide) libera HIALURONIDRASES que dissolvem o 
ácido hialurônico da coroa radiada e o espermatozoide adentra 
e encontra a zona pelúcida. 
→ O flagelo também é essencial nessa fase. 
 
 
 
FASE 2 - PENETRAÇÃO DA ZONA PELÚCIDA 
→ A zona pelúcida é uma camada de glicoproteínas que cerca o 
ovócito, facilita e mantém a ligação do espermatozoide e induz 
a reação acrossômica. 
→ A liberação das enzimas acrossômicas: ACROSINA, 
principalmente, possibilita que os espermatozoides penetrem 
a zona pelúcida, entrando em contato com a membrana 
plasmática do ovócito. 
→ Após a penetração do espermatozoide na zona pelúcida, 
ocorrem alterações nas propriedades da zona pelúcida, 
tornando-a impermeável a outros espermatozoides, sendo 
essa a reação zonal/reação cortical = bloqueia a polispermia. 
FASE 3 - FUSÃO ENTRE AS MEMBRANAS DO OVÓCITO E DO 
ESPERMATOZOIDE 
→ O espermatozoide adere-se ao ovócito e, posteriormente, a 
membrana remanescente do espermatozoide funde-se à 
membrana plasmática do ovócito. A cabeça e a cauda do 
espermatozoide penetram no citoplasma do ovócito, mas a 
membrana plasmática fica retida na superfície. 
→ Após a entrada do espermatozoide, o ovócito completa sua 
segunda divisão meiótica, formando o segundo corpo polar e 
o chamado óvulo. 
→ No óvulo, os cromossomos estão dispostos em um núcleo 
denominado de pró-núcleo feminino. O núcleo do 
espermatozoide expande-se, formando o pró-núcleo 
masculino, e a cauda degenera-se. 
→ O pró-núcleo feminino entra em contato íntimo com o pró-
núcleo masculino e forma o ZIGOTO = 46 cromossomos. A 
partir desse momento, inicia-se o desenvolvimento 
embrionário. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A, O oócito secundário circundado 
por vários espermatozoides, dois 
dos quais penetram a corona 
radiata. (São mostrados apenas 4 
dos 23 pares de cromossomos.) B, 
A corona radiata não é mostrada. 
Um espermatozoide entrou no 
oócito, e ocorreu a segunda divisão 
meiótica, formando O oócito 
maduro. O núcleo do oócito é agora 
chamado de pronúcleo feminino. C, 
A cabeça do espermatozoide 
aumentou de volume para formar 
o pronúcleo masculino. Essa célula, 
agora chamada de oótide, contém 
os pronúcleos masculino e 
feminino. D, Fusão dos pronúcleos. 
E, Formação do zigoto, ele contém 
46 cromossomos, o número 
diploide. 
APG – SOI II Emilly Lorena Queiroz Amaral – Medicina/2ºPeríodo 
 
 3 
CLIVAGEM 
→ Após a fecundação, ocorrem divisões celulares mitóticas 
rápidas do zigoto chamadas de clivagem. 
→ A primeira divisão do zigoto começa aproximadamente 24 h 
após a fertilização e é 
completada 
aproximadamente 6 h 
mais tarde. 
→ Cada divisão 
subsequente leva um 
pouco menos tempo. 
No segundo dia após a 
fertilização, a 
segunda clivagem é 
concluída e existem 4 
células. 
→ No final do terceiro 
dia, existem 16 células. 
→ As células progressivamente menores produzidas pela 
clivagem são chamadas blastômeros. 
→ Clivagens sucessivas por fim produzem uma esfera sólida de 
células chamada de mórula. 
→ A mórula ainda está circundada pela zona pelúcida e tem 
aproximadamente o mesmo tamanho do zigoto original. 
FORMAÇÃO DO BLASTOCISTO 
→ A mórula alcança o útero cerca de quatro dias após a 
fecundação e o fluido da cavidade uterina passa através da 
zona pelúcida para formar um espaço repleto de líquido, a 
cavidade blastocística, no interior da mórula. À medida que o 
fluido aumenta na cavidade, a zona pelúcida desaparece e os 
blastômeros são separados em duas partes: 
✓ Trofoblasto: Camada celular externa que formará a 
parte embrionária da placenta. 
✓ Embrioblasto: Grupo de blastômeros localizados 
centralmente que dará origem ao embrião. 
→ Durante esse estágio o embrião é chamado de blastocisto. 
Cerca de 6 dias após a fecundação, o blastocisto adere ao 
epitélio endometrial por ação de enzimas proteolíticas 
(metaloproteinases) e a implantação sempre ocorre do lado 
onde o embrioblasto está localizado. Logo, o trofoblasto 
começa a se diferenciar em duas camadas: 
✓ Citotrofoblasto: Camada interna de células 
✓ Sinciciotrofoblasto: Camada externa de células. 
→ No final da primeira semana o blastocisto está 
superficialmente 
implantado na 
camada endometrial 
na parte póstero-
superior do útero. 
→ O sinciciotrofoblasto 
é altamente invasivo 
e se adere a partir 
do polo embrionário, liberando enzimas que possibilita a 
implantação do blastocisto no endométrio do útero. 
→ Esse é responsável pela produção do hormônio hCG que 
mantém a atividade hormonal no corpo lúteo durante a 
gravidez e forma a base para os testes de gravidez. 
❖ IMPLANTAÇÃO DO BLASTOCISTO 
→ Ela ocorre durante a segunda semana, em um período 
restrito, entre o 6º e o 10º dia após a ovulação. 
→ À medida que esse evento vai acontecendo, o trofoblasto vai 
imergindo no estroma endometrial e se diferencia em duas 
camadas: 
✓ Citotrofoblasto: uma camada interna de células 
mononucleadas mitoticamente ativa. 
✓ Sinciciotrofoblasto: uma zona multinucleada mais externa, 
sem limites celulares nítidos, pois as células se fundem e 
perdem suas membranas celulares. 
→ As células do citotrofoblasto se dividem, formando novas 
células, que migram para a massa crescente e erosiva que 
invade o tecido conjuntivo endometrial: o sinciciotrofoblasto. 
→ A implantação é um mecanismo molecular que ocorre de 
forma sincronizada. 
→ O blastocisto se aprofunda vagarosamente no endométrio, 
deslocando as células endometriais na parte central do sítio 
de implantação, que sofrem apoptose e servem de fonte de 
nutrição para esse blastocisto. As demais células 
endometriais, com suas microvilosidades, moléculas celulares 
de adesão, citocinas, prostaglandinas, genes homeobox, 
fatores de crescimento e metaloproteinases de matriz, 
tornam o endométrio receptivo. 
APG – SOI II Emilly Lorena Queiroz Amaral – Medicina/2º Período 
 
 4 
 
3) COMPREENDER A CONTAGEM DAS SEMANAS GESTACIONAIS 
E OS MARCOS DO DESENVOLVIMENTO EMBRIONÁRIO 
→ Existem diferentes termos utilizados para definir a idade fetal. 
São eles: 
→ Idade gestacional: Definida como o tempo decorrido desde o 
primeiro dia da última menstruação (DUM), momento que, na 
verdade, precede a concepção. 
✓ Também pode ser denominada idade menstrual. 
✓ É a forma utilizada pelos obstetras. 
✓ Como a menstruação (normalmente) precede a ovulação 
e, por consequência, a fecundação em duas semanas (14 
dias), essa idade se refere à diferença entre a data do 
parto e 14 dias antes da fecundação. 
✓ Pode ser utilizada para prever a data do parto através 
da regra de Naegele: 
▪ Data do parto = (DUM − 3 meses) + 7 dias 
✓ Definir corretamente a idade gestacional é de extrema 
importância, pois assim é possível acompanhar a evolução e o 
crescimento do feto, fazendo intervenções nos momentos 
adequados, quando for necessário. 
✓ IMPORTANTE: Só é possível realizar esse cálculo se: 
▪ O ciclo for de 28 dias; 
▪ A ovulação ocorreu geralmente no 14º dia do ciclo; 
▪ O ciclo foi normal, ou seja, não ocorreu imediatamente após 
a parada de contracepção oral ou após gravidez anterior. 
→ Idade embrionária: É o período decorrido desde a fecundação. 
✓ Também pode ser denominada idade pós-fecundação. 
✓ Alguns embriologistas descrevem o desenvolvimento 
fetal em termos de idade ovulacional, o período, em dias 
ou semanas, decorrido desde a ovulação. 
→ A idade embrionária e a ovulacional são praticamente idênticas. 
→ Caso a mulher não recorde a DUM ou o ciclo seja irregular, a 
ultrassonografia (USG) na primeira metade da gestação 
permite datar a idade gestacional. 
❖ 1 A 4 SEMANAS = PERÍODO EMBRIONÁRIO 
→ As camadas germinativas primárias e a notocorda se 
desenvolvem. 
→ Ocorre a neurulação. 
→ Desenvolvem-se as vesículas primárias do encéfalo, os 
somitos e o celoma intraembrionário. 
→ Começa a formação dos vasos sanguíneos e o sangue se 
forma no saco vitelino, no alantoide e no cório. 
→ O coração se forma e começa a se contrair. 
→ As vilosidades coriônicas se desenvolvem e começa a 
formação da placenta. O embrião se dobra. 
→ O intestino primitivo, os arcos faríngeos e os brotos de 
membros se desenvolvem. Os olhos e as orelhas começam a 
se desenvolver, a cauda se forma e os sistemas do corpo 
começam a se formar. 
❖ 5 A 8 SEMANAS = PERÍODO EMBRIONÁRIO 
→ Os membros se tornam distintos e surgem os dígitos e 
artelhos. 
→ O coração passa a ter quatro câmaras. 
→ Os olhos são bem afastados e as pálpebras são fundidas. O 
nariz se desenvolve e é achatado. O rosto é mais semelhante 
ao humano. 
→ Começa a formação dos ossos. 
→ As células do sangue começam a se formar no fígado. 
→ Os genitais externos começam a se diferenciar. 
→ A cauda desaparece. Formam-se os grandes vasos 
sanguíneos. 
❖ 9 A 12 SEMANAS = PERÍODO FETAL 
→ A cabeça constitui aproximadamente metade do comprimento 
do corpo do feto, e o comprimento fetal quase duplica. O 
APG – SOI II Emilly Lorena Queiroz Amaral – Medicina/2º Período 
 
 5 
encéfalo continua se ampliando. O rosto é largo, com os olhos 
totalmente desenvolvidos, fechados e bem separados. O nariz 
desenvolve uma ponte. As orelhas externas se desenvolvem 
e têm implantação baixa. 
→ A formação dos ossos continua. Os membros superiores 
quase alcançam seu comprimento relativo final, mas os 
membros inferiores não são tão bem desenvolvidos. 
→ A pulsação do coração pode ser detectada. 
→ O sexo é distinguível pelos genitais externos. 
→ A urina secretada pelo feto é adicionada ao líquido amniótico. 
→ A medula óssea vermelha, o timo e o baço participam da 
formação das células sanguíneas. O feto começa a se 
movimentar, mas seus movimentos ainda não podem ser 
sentidos pela gestante. 
❖ 13 A 16 SEMANAS = PERÍODO FETAL 
→ A cabeça é relativamente menor do que o restante do corpo. 
Os olhos se movem medialmente até as posições finais, e as 
orelhas se deslocam às posições finais nas laterais da cabeça. 
→ Os membros inferiores se alongam. O feto parece ainda mais 
semelhante a um ser humano. 
→ Ocorre um rápido desenvolvimento dos sistemas do corpo. 
❖ 17 A 20 SEMANAS = PERÍODO FETAL 
→ A cabeça é mais proporcional ao restante do corpo. As 
sobrancelhas e os cabelos são visíveis. Ocrescimento 
desacelera, mas os membros inferiores continuam se 
alongando. 
→ O verniz caseoso (secreções graxas de glândulas oleaginosas 
e células epiteliais mortas) e o lanugem (pelo fetal fino) 
recobrem o feto. A gordura marrom se forma é o local de 
produção de calor. Os movimentos fetais geralmente são 
sentidos pela mãe (“chutes”). 
❖ 21 A 25 SEMANAS = PERÍODO FETAL 
→ A cabeça se torna ainda mais proporcional ao restante do 
corpo. O ganho de peso é substancial, e a pele é rosa e 
enrugada. Os fetos de 24 semanas e mais velhos costumam 
sobreviver caso nasçam prematuramente. 
❖ 26 A 29 SEMANAS = PERÍODO FETAL 
→ A cabeça e o corpo são mais proporcionais e os olhos estão 
abertos. As unhas dos pés são visíveis. A gordura corporal 
corresponde a 3,5% da massa corporal total e uma gordura 
subcutânea adicional suaviza algumas rugas. 
→ Os testículos começam a descer em direção ao escroto da 
28ª à 32ª semana. 
→ A medula óssea vermelha é o principal local de produção de 
células sanguíneas. 
→ Muitos fetos nascidos prematuramente durante este período 
sobrevivem se receberem cuidados intensivos, porque os 
pulmões podem fornecer a ventilação adequada e a parte 
central do sistema nervoso é desenvolvida o suficiente para 
controlar a respiração e a temperatura corporal. 
❖ 30 A 34 SEMANAS = PERÍODO FETAL 
→ A pele é rosa e lisa. O feto assume a posição de cabeça para 
baixo. A gordura corporal corresponde a 8% da massa 
corporal total. 
❖ 35 A 38 SEMANAS = PERÍODO FETAL 
→ Por volta de 38 semanas, a circunferência do abdome fetal 
é maior do que a da cabeça. A pele geralmente é rosa-azulada, 
e o crescimento desacelera conforme o nascimento se 
aproxima. A gordura corporal corresponde a 16% da massa 
corporal total. Os testículos geralmente estão no escroto em 
fetos do sexo masculino a termo. 
→ Mesmo depois do parto, o recém-nascido não está 
completamente desenvolvido; é necessário mais 1 ano, 
especialmente para o desenvolvimento completo do sistema 
nervoso. 
4) ESTUDAR OS MECANISMOS FISIOLÓGICOS DO PARTO 
→ O início do trabalho de parto é determinado por complexas 
interações de vários hormônios placentários e fetais. 
→ Como a progesterona inibe as contrações uterinas, o trabalho 
de parto não pode ocorrer até que os efeitos da 
progesterona sejam diminuídos. 
→ Perto do final da gestação, os níveis de estrogênios no sangue 
da mãe sobem acentuadamente, produzindo alterações que 
superam os efeitos inibidores da progesterona. 
→ O aumento nos estrogênios resulta da secreção crescente do 
hormônio liberador da corticotropina pela placenta, que 
estimula a adenohipófise do feto a secretar ACTH. Por sua 
vez, o ACTH estimula a glândula suprarrenal fetal a secretar 
cortisol e desidroepiandrosterona (DHEA), o principal 
androgênio suprarrenal. 
→ A placenta então converte o DHEA em um estrogênio. 
→ Os níveis elevados de estrogênios fazem com que o número 
de receptores para a ocitocina nas fibras do músculo uterino 
aumente, e fazem com que as fibras do músculo uterino 
formem junções comunicantes entre si. 
APG – SOI II Emilly Lorena Queiroz Amaral – Medicina/2º Período 
 
 6 
→ A ocitocina liberada pela neurohipófise estimula as contrações 
uterinas, auxiliada pela relaxina liberada pela placenta que 
aumenta a flexibilidade da sínfise púbica e ajuda a dilatar o 
colo do útero. 
→ O estrogênio estimula também a placenta a liberar 
prostaglandinas, as quais induzem a produção de enzimas que 
digerem as fibras colágenas no colo do útero, fazendo com 
que ele amoleça. 
→ O controle das contrações durante o trabalho de parto 
ocorre por meio de um ciclo de feedback positivo. 
→ As contrações do miométrio uterino forçam a cabeça ou o 
corpo do recém-nascido contra o colo do útero, alongando-o. 
Os receptores de estiramento do colo do útero enviam 
impulsos nervosos às células neurossecretoras do hipotálamo, 
levando-as a liberar ocitocina nos capilares sanguíneos da 
neurohipófise. 
→ A ocitocina então é transportada até o útero, onde ela 
estimula o miométrio a se contrair com mais força. Conforme 
as contrações se intensificam, o corpo do recém-nascido 
distende ainda mais o colo do útero, e os impulsos nervosos 
resultantes estimulam a secreção adicional de ocitocina. Após 
o parto, o ciclo de feedback positivo é quebrado, porque a 
distensão do colo do útero repentinamente diminui. 
→ O trabalho de parto verdadeiro começa quando as contrações 
uterinas ocorrem em intervalos regulares, geralmente 
provocando dor. 
→ Conforme o intervalo entre as contrações se encurta, as 
contrações se intensificam. 
→ Além disso, em algumas mulheres é a dor localizada nas costas 
que se intensifica com a deambulação. 
→ O indicador mais confiável de trabalho de parto verdadeiro é 
a dilatação do colo do útero e a “saída do tampão”, uma 
descarga de muco contendo sangue do interior do canal do 
colo do útero. É dividido em 3 fases: 
✓ FASE DE DILATAÇÃO: O período de tempo que vai do 
início do trabalho de parto até a dilatação completa do 
colo do útero é a fase de dilatação. Esta fase, que 
normalmente dura de 6h a 12 h, apresenta contrações 
regulares do útero, geralmente uma ruptura do âmnio e 
a dilatação completa (10 cm) do colo do útero. Se o âmnio 
não se romper espontaneamente, ele é rompido 
intencionalmente. 
✓ FASE DE EXPULSÃO: O período de tempo (10 min a várias 
horas) que vai da dilatação cervical completa até o nascimento 
do recém-nascido 
consiste na fase de 
expulsão. 
✓ FASE PLACENTÁRIA: O 
período de tempo (5 a 30 
min ou mais) após o parto 
até que a placenta seja 
expelida pelas potentes 
contrações uterinas é a 
fase placentária. Essas 
contrações também 
contraem os vasos 
sanguíneos que foram 
dilacerados durante o 
parto, reduzindo a 
probabilidade de 
hemorragia. 
→ No trabalho de parto 
falso, a dor é sentida no abdome em intervalos irregulares, 
mas não se intensifica e a deambulação não a altera de modo 
significativo. Não há “saída de tampão” nem dilatação cervical. 
REFERÊNCIAS 
• TORTORA, G. J; DERRICKSON, B. Princípios de anatomia 
humana. 14. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2016. 
• MOORE, Keith L. et al. Embriologia clínica. 10. ed. Rio de Janeiro: 
Elsevier, 2016.

Outros materiais