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➢ Clara Rosa Exame físico: Ectoscopia Primeira etapa do exame físico realizado para obter dados gerais, possibilitando uma visão do paciente como um todo. Exame geral ou Ectoscopia Preliminares para um adequado exame físico: local adequado, iluminação correta e posição do paciente. Além disso, a parte a ser examinada deve estar descoberta, sempre se respeitando o pudor do paciente. O paciente deve ser examinado nas posições de decúbito, sentada, de pé e andando. Para conforto do paciente a melhor sequência é: 1. Examinar o paciente sentado na beira do leito, a menos que ele seja incapaz de permanecer nessa posição. 2. O examinador deve ficar de pé, em frente ao paciente, deslocando -se para os dois lados, conforme necessário. 3. Iniciar o exame com o paciente deitado, caso essa posição seja mais confortável para o paciente. Semiotécnica O exame físico geral inclui: ➔ Avaliação do estado geral ➔ Nível de consciência ➔ Humor ➔ Estado de nutrição ➔ Estado de hidratação ➔ Fácies ➔ Respiração ➔ Coloração das mucosas ➔ Presença de icterícia ➔ Presença de cianose ➔ Perfusão periférica ➔ Palpação do pulsos periféricos ➔ Inspeção e palpação dos gânglios periféricos ➔ Avaliação da pele e fâneros ➔ Sinais vitais ➔ Dados antropométricos Avaliação do estado geral 01 Estado geral É a impressão inicial que o médico tem do paciente, sendo um quesito absolutamente subjetivo. Poderá ser classificado em três categorias: 1. Estado geral bom: Paciente calmo, postura ativa e fácies atípico, sem sinais de doenças graves presentes. 2. Estado geral regular: Paciente apresenta algumas alterações à observação. Sugere alteração da normalidade. 3. Estado geral ruim: Presente em pacientes que apresentam doenças debilitantes e com repercussão à observação clínica. Avaliação do nível de consciência 02 Nível de consciência É a percepção do nível de consciência e do estado mental do paciente. Entre o estado de vigília ou plena consciência e o estado comatoso, é possível distinguir diversas fases intermediárias em uma graduação cujo principal indicador é o nível de consciência. Sempre que houver qualquer grau de alteração do nível de consciência, deve-se observar: ➔Perceptividade ➔Reatividade ➔Deglutição ➔Reflexo A percepção consciente do mundo exterior e de si mesmo caracteriza o estado de vígilia. ➢ Orientado em tempo e espaço Paciente em plena consciência. ➢ Obnubilação Quando a consciência é comprometida de modo pouco intenso, mas seu estado de alerta é moderadamente comprometido. ➢ Sonolência Paciente é facilmente despertado, responde mais ou menos apropriadamente e volta logo a dormir. ➢ Confusão mental Perda de atenção, o pensamento não é claro, as respostas são lentas e não há percepção normal do ponto de vista temporoespacial, podendo surgir alucinações, ilusão e agitação. ➢ Estupor Alteração de consciência mais pronunciada, mas o paciente ainda for despertado por estímulos mais fortes, tiver movimentos espontâneos e não abrir os olhos. ➢ Coma Se não há despertar com estimulação forte, e o paciente está sem movimentos espontâneos. Utiliza-se a escala de coma de Glasgow (EG) para se avaliar alterações do nível e consciência: Parômetro Resposta observada Escore Abertura ocular Abertura espontânea Estímulos verbais Estímulos dolorosos Ausente 4 3 2 1 Resposta verbal Orientado Confuso Palavras inapropriadas Sons ininteligíveis Ausente 5 4 3 2 1 Resposta motora Obedece a comandos verbais Localiza estímulos Reage a dor, mas não localiza Flexão anormal Extensão anormal Ausente 6 5 4 3 2 1 Interpretação: 3 – coma profundo (vegetativo); 4 – coma profundo; 7 – coma intermediário; 11 – coma superficial; 15 – normalidade. Avaliação do humor 03 Humor Identificar como o paciente aparenta estar: ➔Calmo ➔Agitado ➔Irritado ➔Melancólico ➔Não cooperativo ➔Ansioso Avaliação estado de nutrição 04 Estado de nutrição A avaliação nutricional é um processo dinâmico, feito por meio de comparações entre os dados obtidos no paciente e os padrões de referência, sendo importante a reavaliação periódica do estado nutricional no curso da doença. Na avaliação do estado nutricional, é necessário obter informações corretas, a fim de se identificar distúrbios e/ ou agravos ligados à alimentação e à doença de base. Sobrepeso e obesidade Sobrepeso e obesidade são definidos como o acúmulo excessivo de gordura corporal, favorecendo o surgimento de enfermidades como dislipidemias,doenças cardiovasculares,diabetes tipo 2 e hipertensão arterial. Para avaliação de sobrepeso e obesidade, o IMC é um indicador prático, contudo, atletas que possuem elevado percentual de massa muscular podem ser considerados com sobrepeso ou obesos, o que seria um falso- positivo. Para indivíduos com esse perfil, o mais adequado seria realizar uma análise de composição corporal. Sobrepeso e obesidade A obesidade abdominal está associada a: dislipidemia,diabetes tipo 2, resistência insulínica, hipertensãoarterial, infarto agudo do miocárdio. Este tipo de obesidade está associado a maior risco de mortalidade. Classificação da circunferência abdominal Desnutrição Há um conjunto de parâmetros para identificar a desnutrição em adultos na prática clínica, fazendo- se necessária a presença de dois ou mais dos seguintes elementos: ◗ Ingestão insuficiente de energia ◗ Perda de peso ◗ Perda de gordura subcutânea ◗ Perda de massa muscular ◗ Acúmulo de líquido localizado ou generalizado ◗ Capacidade funcional diminuída A desnutrição aumenta a morbimortalidade de pacientes institucionalizados, incluindo risco de infecções, úlceras por pressão e complicações pós cirúrgicas. Avaliação estado de hidratação 05 Hidratação O estado de hidratação do paciente é avaliado observando-se: ◗ Alteração abrupta do peso ◗ Alterações da pele quanto à umidade, à elasticidade e ao turgor ◗ Alterações das mucosas quanto à umidade ◗ Alterações oculares ◗ Estado geral ◗ Fontanelas (em crianças). Em idosos a avaliação do estado de hidratação torna-se complicada, uma vez que a boca seca e a diminuição do turgor da pele são característicos do processo de envelhecimento. Nessa faixa etária os sinais de desidratação são: fraqueza muscular, confusão mental, dificuldade da fala, prostração e retração do globo ocular. O paciente que apresenta um grau de hidratação adequado é descrito como hidratado. Desidratação A desidratação caracterizando -se pelos seguintes elementos: ◗ Sede ◗ Diminuição abrupta do peso ◗ Pele seca, com elasticidade e turgor diminuídos ◗ Mucosas secas ◗ Olhos afundados (enoftalmia) e hipotônicos ◗ Estado geral comprometido ◗ Excitação psíquica ou abatimento ◗ Oligúria ◗ Fontanelas deprimidas no caso de crianças. Na descrição da ectoscopia, quando o paciente for descrito como desidratado, tem-se que graduar a desidratação por meio de cruzes, de 1 (+) até 4 (++++). Fácies 06 Fácies É o conjunto de dados exibidos na face do paciente. É a resultante dos traços anatômicos mais a expressão fisionômica. Sendo analisada, também, pela expressão do olhar, pelos movimentos das asas do nariz e pela posição da boca. Fácies atípica Face sem aparente alterações sindrômicas. Fácies hipocrática Falta de gordura facial, pele escurecida, boca entreaberta, lábios afilados,olhos fundos, parados e inexpressivos. Esse tipo de fácies indica doença grave. Fácies renal Observa-se um edema que predomina ao redor dos olhos. Completa o quadro a palidez cutânea. É observada nas doenças dos rins. Fácies leonina As alterações que a compõem são produzidas pelas lesões do mal de Hansen. A pele é espessa e sede de grande número de lepromas. Os supercílios caem, o nariz se espessa e se alarga. Os lábios tornam -se mais grossos.. As bochechas e o mento se deformam pelo aparecimento de nódulos. Fáciesadenoidiana O nariz apresenta-se pequeno e afilado e a boca sempre entreaberta. Aparece nos indivíduos portadores de hipertrofia das adenoides. Fácies parkinsoniana Caracteriza- se por ser inexpressiva, com rigidez facial. É observada na síndrome ou na doença de Parkinson Fácies basedowiana Caracteriza-se por nos olhos salientes (exoftalmia) e brilhantes, destacando -se sobremaneira no rosto magro. A presença de um bócio também é característico dessa fácies. Indica hipertireoidismo Fácies mixedematosa Rosto arredondado, nariz e lábios grossos, pele seca, espessada e com acentuação de seus sulcos. As pálpebras tornam -se infiltradas e enrugadas. Os supercílios são escassos e os cabelos secos e sem brilho. Uma expressão fisionômica indicativa de desânimo. Indica hipotireoidismo. Fácies acromegálica Caracterizada pela saliência das arcadas supraorbitárias, proeminência das maçãs do rosto e maior desenvolvimento do maxilar inferior, além do aumento do tamanho do nariz, lábios e orelhas. Fácies cushingoide Chama a atenção o arredondamento do rosto, com atenuação dos traços faciais. Deve ser assinalado o aparecimento de acne. É observada nos casos de síndrome de Cushing. Fácies mongolóide A fenda palpebral é uma prega cutânea (epicanto) que torna os olhos oblíquos, bem distantes um do outro. Nota- se um rosto redondo e boca quase sempre entreaberta. É observado na síndrome de Down. Fácies de depressão O paciente apresenta- se cabisbaixo, os olhos com pouco brilho e fixos em um ponto distante. O sulco nasolabial se acentua, e o canto da boca se rebaixa. O conjunto fisionômico denota indiferença e tristeza. É observada na síndrome de depressão. Fácies pseudobulbar Tem como principal característica súbitas crises de choro ou riso, involuntárias, mas conscientes, que levam o paciente a tentar contê- las, dando um aspecto espasmódico à fácies. Aparece geralmente na paralisia pseudobulbar. Fácies de da paralisia facial periférica Chama a atenção a assimetria da face, com impossibilidade de fechar as pálpebras, repuxamento da boca para o lado são e apagamento do sulco nasolabial. Fácies miastênica Caracterizada por ptose palpebral bilateral que obriga o paciente a franzir a testa e levantar a cabeça. Ocorre na miastenia gravis e em outras miopatias. Fácies etílica Os olhos avermelhados e certa ruborização da face chamam atenção. O hálito etílico, a voz pastosa e um sorriso meio indefinido completam a fácies etílica Fácies esclerodérmica A característica fundamental é a quase completa imobilidade facial. Avaliação do padrão respiratório 07 Padrão respiratório O paciente está eupneico quando não apresenta nenhuma alteração do padrão respiratório. Quando alguma alteração está presente, o paciente está dispneico. A intensidade da dispnéia é classificada pelo número de cruzes que vão de 1 (+) a 4(++++), ou leve, moderada e intensa. Alterações do padrão respiratório: - Utilização da musculatura acessória; - Aumento da frequência respiratória (taquipnéia); - Superficialização do movimento ou aumento da amplitude dos movimentos respiratórios associado ao aumento da frequência respiratória. Avaliação da coloração das mucosas 08 Coloração da mucosa Normalmente a coloração da mucosa é róseo -avermelhada, devido a rica rede de vascularização. - Descoramento das mucosas A mucosa perde a coloração da cor rósea e fica. Faz-se uma avaliação quantitativa classificada pelo número de cruzes que vão de 1 (+) a 4(++++). Mucosas descoradas ou hipocoradas (+) significam uma leve diminuição da cor normal, enquanto mucosas descoradas ou hipocoradas (+ + + +) indicam o desaparecimento da coloração rósea, tornando-se brancas. - Mucosas hipercoradas Significa que há um aumento de hemácias na região observada, causando uma acentuação na coloração normal, que passa a ser vermelha arroxeada. Avaliação da presença de icterícia 09 Icterícia O termo icterícia refere-se à coloração amarelada da pele e membranas mucosas, resultante da deposição de bilirrubina. Detecção da icterícia Deve-se pesquisá-la na coloração da pele, da esclerótica, das palmas das mãos, dos lábios, do palato duro e do freio da língua. Os pacientes sem icterícia são denominados anictéricos. Os pacientes que apresentam icterícia são classificados por cruzes que varia de 1 (+) a 4 (++++), de acordo com a intensidade do quadro. Diagnósticos diferenciais Atenção!! Existem casos em que o paciente apresenta regiões do corpo amareladas que não são icterícia. Casos que não são icterícias: - Na insuficiência renal crônica, a coloração amarelo-palha não acomete mucosas e é mais evidente nas áreas expostas, sendo decorre da retenção de cromogênios urinários ou outros pigmentos amarelos. - No aumento do caroteno, a coloração amarelada é evidente nas regiões plantar, palmar e face e não acomete escleras, conjuntivas ou outras mucosas. - Pessoas negras ou idosos podem apresentar escleróticas hiperpigmentadas na região que fica exposta com a abertura dos olhos. Assim sendo, deve-se atentar a análise da região não exposta para realizar o diagnóstico diferencial. Avaliação da presença de cianose 10 Cianose A cianose é caracterizada pela coloração azulada da pele, leitos ungueais e membranas mucosas. Resulta de um aumento na quantidade de hemoglobina reduzida, portanto, não ligada ao oxigênio. Os pacientes que apresentam cianose são classificados por cruzes que varia de 1 (+) a 4 (++++), de acordo com a intensidade do quadro. A cianose é usualmente diferenciada em central e periférica. Cianose generalizada, acometendo inclusive os lábios e as mucosas bucal e da língua, é característica de cianose central. Na cianose periférica, dependendo da causa, o leito ungueal, as pontas dos dedos e o lobo da orelha estão acometidos, poupando, no entanto, as mucosas. Para saber mais sobre cianose acesse o link: https://docs.google.com/document/d/1vJVut8BY9lMppfrMx8_2U7Elq rCjyEffnRQ4jjAGRaA/edit https://docs.google.com/document/d/1vJVut8BY9lMppfrMx8_2U7ElqrCjyEffnRQ4jjAGRaA/edit https://docs.google.com/document/d/1vJVut8BY9lMppfrMx8_2U7ElqrCjyEffnRQ4jjAGRaA/edit Avaliação da perfusão periférica 11 Perfusão periférica Deve-se avaliar o tempo de enchimento capilar, realizando uma pressão na base da unha do paciente, de modo que a coloração passe de rosada para pálida. Retirando-se a pressão a coloração rosada deve retomar num tempo inferior a dois segundos. Palpação dos pulsos periféricos 12 Palpação dos pulsos periféricos A palpação dos pulsos periféricos tem por finalidade analisar comparativamente artérias homólogas no que se refere à presença ou ausência de pulso e à amplitude da onda pulsátil, além da avaliação do estado da parede vascular. Deve-se analizar os seguintes pulsos: Pulsos temporais Pulsos carotídio Pulsos braquiais Palpada ao nível da Sente-se a artéria carótida Palpada na direção do sulco fossa temporoparietal ao comprimir a região onde estão medial do músculo bicipital. os músculos pré-vertebrais Palpação dos pulsos periféricos Pulsos radiais Pulsos femorais Pulsos poplíteos Palpados no lado ventro- Palpados entre a espinha ilíaca Palpados na fossa poplíteo radial do punho ântero-superior e a sínfise púbica Palpação dos pulsos periféricos Pulsos pediosos Pulsos tibiais posteriores Palpados entre músculo extensor Logo atrás do maléolo medial longo do hálux e extensor longo dos dedos. Palpação dos pulsos periféricos Importante! Nunca se deve palpar as artérias carótidas simultaneamente, pois podemosprecipitar uma diminuição do fluxo sanguíneo cerebral ou causar eventualmente hipotensão e bradicardia por uma manobra vasovagal. Inspeção e palpação dos gânglios periféricos 13 Exame dos linfonodos O exame físico geral inclui a investigação sistemática dos linfonodos superficiais e se faz por meio da inspeção e palpação. Semiotécnica Inspeção Deve ser feita sempre com boa iluminação, abrangendo homogeneamente a região examinada, que deve estar despida. O lado contralateral deve ser sempre comparado. Palpação - Realizada com as polpas digitais e face ventral dos dedos médio, indicador e polegar. - Para palpar os linfonodos da região cervical é importante inclinar levemente a cabeça para o lado que se deseja examinar, relaxando os músculos do pescoço. Características semiológica Locallização O reconhecimento do linfonodo alterado permite ao médico deduzir as áreas drenadas ou órgãos afetados. Tamanho Normalmente, os linfonodos variam de 0,5 a 2,5 cm de diâmetro. Coalescência Junção de dois ou mais linfonodos. É determinada por processo inflamatório ou neoplásico da cápsula do linfonodo acometido. Consistência Normalmente o linfonodo apresenta consitência fibroelática. Quando endurecido, indica processos neoplásicos ou inflamatórios com fibrose. Se a consistência estiver mole e/ou com flutuação, indica processo inflamatório e/ou infeccioso com formação purulenta. Mobilidade Em condições normais, o linfonodo apresenta-se móvel. Em caso de comprometimento capsular com as estruturas adjacentes, os linfonodos estarão aderidos aos planos profundos. Características semiológica Sensibilidade Dolorosos: Em caso de adenopatias infecciosas bacterianas aguda. Pouco dolorosos: nos processos infecciosos crônicos. Indolores: nas infecções virais e nos processos parasitários. Nos linfonodos metastáticos são indolores e apresentam consistência pétrea. Alteração da pele Observar a presença de sinais flogísticos (edema, calor, rubor e dor), e de fistulização, Em condições normais, os linfonodos são individualizados, móveis, indolores, e têm consistência borrachosa. Linfonodos palpáveis podem ser normais em adultos. Linfonodos cervicais ● Para examinar os linfonodos da cadeia jugular apreendendo -se o músculo esternocleidomastóideo entre o polegar e os dedos indicador e médio de uma das mãos. ● Para o exame dos grupos ganglionares do nível V, com a mão esquerda segura -se a cabeça do paciente, em ligeira rotação, utilizando -se as polpas digitais da mão direita executando- se movimentos circulares. ● A palpação dos linfonodos das cadeias bucal, parotídea, pré auricular, retroauricular e occipital deve ser feita por compressão bidigital, utilizando a polpa dos dedos indicador e médio, executando -se movimentos giratórios. Linfonodos axilares, retropeitorais e epitrocleanos ● Para palpação desses linfonodos o paciente deve se colocar à frente do paciente. ● A fossa axilar será examinada em posição de garra. Deve- se executar deslizamento suave com a pele contra o gradil costal da região axilar e infra axilar, na região anterior, medial e posterior da fossa axilar. ● A palpação dos linfonodos retropeitorais é realizada, com a mão em pinça em toda a face posterior acessível do músculo grande peitoral. ● O membro superior do paciente deve estar em flexão, segurando o antebraço com a mão heteróloga. Com a mão contrária, em posição de “pinça” realizando a compressão. Linfonodos inguinais ● Para palpação desses linfonodos o paciente deve estar deitado e com a região examinada despida. ● Os dedos do examinador em extensão, deslizando suavemente, em movimentos circulares ou lineares. Linfonodos poplíteos ● Paciente deve estar em decúbito ventral com a perna semifletida. ● São raramente palpáveis. ● O examinador mantém os dedos estendidos ou em garra. Avaliação da pele e fâneros 13 Avaliação da pele Serão sistematicamente investigados os seguintes elementos: ◗ Coloração ◗ Continuidade ou integridade ◗ Umidade ◗ Textura ◗ Espessura ◗ Temperatura ◗ Elasticidade e mobilidade ◗ Turgor ◗ Sensibilidade ◗ Lesões elementares Avaliação da pele Alterações da coloração da pele: ➔ Palidez → Significa atenuação ou desaparecimento da cor rósea da pele. ➔ Vermelhidão ou eritrose → Significa exagero da coloração rósea da pele e indica aumento da quantidade de sangue na rede vascular cutânea. ➔ Cianose → Significa cor azulada da pele e das mucosas. ➔ Icterícia → Consiste na coloração amarelada da pele, mucosas visíveis e esclerótica. ➔ Albinismo → É a coloração branco leitosa da pele em decorrência de uma síntese defeituosa da melanina. Avaliação da pele Continuidade ou integridade ➔ A perda de continuidade ou integridade da pele ocorre na erosão ou exulceração, na ulceração, na fissura ou rágade. Umidade ➔ Por meio da sensação tátil, pode se avaliar a umidade da pele com razoável precisão. A pele pode estar seca, com umidade normal ou sudorenta. Textura ➔ A textura da pele é avaliada deslizando- se as polpas digitais sobre a superfície cutânea, sendo possível avaliar a pele como normal, fina, áspera ou enrugada. Avaliação da pele Temperatura ➔ Avaliar se a temperatura está normal, elevada ou diminuída. Elasticidade e mobilidade ➔ Elasticidade é a propriedade de o tegumento cutâneo se estender quando tracionado; mobilidade refere se à sua capacidade de se movimentar sobre os planos profundos subjacentes. Turgor ➔ Avalia -se o turgor, pinçando com o polegar e o indicador uma prega de pele que engloba tecido celular subcutâneo. O turgor diminuído é a sensação de pele murcha e uma prega que se desfaz lentamente → Indica desidratação. Avaliação da pele Sensibilidade ➔ Pode ser analisado a sensibilidade tátil, térmica ou dolorosa. Lesões elementares ➔ São modificações do tegumento cutâneo determinadas por processos inflamatórios, degenerativos, circulatórios, neoplásicos, distúrbios do metabolismo ou por defeito de formação Avaliação dos fâneros ➔ Os fâneros compreendem cabelo, pelos e unhas. Cabelo O cabelo deve ser analisado quanto às seguintes características: ◗ Tipo de implantação ◗ Distribuição ◗ Quantidade ◗ Coloração ◗ Outras características (brilho, espessura, consistência). Avaliação dos fâneros ➔ Os fâneros compreendem cabelo, pelos e unhas. Pelos O principal achado clínico é a hipertricose e o hirsutismo: ◗ Hipertricose: consiste no aumento exagerado de pelos terminais, sexuais e bissexuais ou não sexuais, em relação ao indivíduo. Pode ser congênita ou adquirida, difusa ou localizada ◗ Hirsutismo: é o aumento exagerado de pelos sexuais masculinos, na mulher. Pode ser constitucional, idiopático e androgênico. Avaliação dos fâneros ➔ Os fâneros compreendem cabelo, pelos e unhas. Unhas As seguintes características devem ser analisadas: ◗ Forma ou configuração ◗ Tipo de implantação ◗ Espessura ◗ Superfície ◗ Consistência ◗ Brilho ◗ Coloração Escrita sistematizada da ectoscopia Ectoscopia Estado geral regular, lúcido e orientado no tempo e no espaço, calmo, emagrecido, eupneico, desidratado (1+/4+). Fácies atípica. Ictérico (3+/4+), acianótico, hipocorado (2+/4+) e com boa perfusão periférica. Pulso carotídeo cheio e rítmico; pulsos braquiais, temporais e radiais cheios, simétricos e rítmicos; não foi possível verificar os pulsos pediosos e tibiais posteriores devido ao edema; palpação dos pulsos femorais e poplíteos foram prejudicados. Linfonodos auriculares anteriores, retroauriculares, occipitais, cervicais anteriores e posteriores, amigdalianos, submandibulares, submentonianos, supraclaviculares não palpáveis e indolores; Palpação dos linfonodos axilares e inguinais foram prejudicados. Pele e fâneros normais. BENSEÑOR, Isabela M.; ATTA, Jose Antonio; MARTINS, Mílton de Arruda. Semiologia clinica. [S.l: s.n.], 2002. PORTO, C.C. Semiologia Médica. 8ª ed. Rio de Janeiro.Guanabara, 2017. Referências Questões Paciente é internado com queixa de cefaléia, rouquidão, dor e dormência nas mãos. Ao realizar o exame físico geral percebe-se que as arcadas supraorbitárias do paciente são salientes. Proeminência da maçã do rosto, maxila desenvolvida além de nariz, lábios e orelhas grandes e olhos pequenos são percebidos. Como você descreveria essa fácies? Fácies acromegálica Quais características semiológicas um linfonodo palpável que não indica malignidade deve apresentar? - Individualizados - Móveis - Indolores - Consistência fibroelástica - Sem presença de sinais flogístico - Medir de 0,5 cm a 2,5 cm de diâmetro Paciente com insuficiência cardíaca apresenta edema de membros inferiores. Como caracterizar o edema a seguir na descrição da ectoscopia? Para descrever o edema, analisa-se: - Localização - Consistência - Elasticidade - Temperatura - Sensibilidade da pele Presença de edema bilateral localizado no terço inferior dos membros inferiores com consistência mole, Inelástico, frio, indolor, sem presença de sinais flogísticos e cacifo positivo.
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