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Exame Físico: Ectoscopia - Avaliação Geral do Paciente

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➢ Clara Rosa 
Exame físico: 
Ectoscopia 
Primeira etapa do exame físico realizado para obter dados gerais, 
possibilitando uma visão do paciente como um todo.
Exame geral ou Ectoscopia 
Preliminares para um adequado exame 
físico: local adequado, iluminação correta 
e posição do paciente. Além disso, a 
parte a ser examinada deve estar 
descoberta, sempre se respeitando o 
pudor do paciente.
O paciente deve ser examinado nas posições de decúbito, 
sentada, de pé e andando.
Para conforto do paciente a melhor sequência é: 
1. Examinar o paciente sentado na beira do leito, a menos que 
ele seja incapaz de permanecer nessa posição. 
2. O examinador deve ficar de pé, em frente ao paciente, 
deslocando -se para os dois lados, conforme necessário. 
3. Iniciar o exame com o paciente deitado, caso essa posição 
seja mais confortável para o paciente. 
Semiotécnica 
O exame físico geral inclui: 
➔ Avaliação do estado geral 
➔ Nível de consciência 
➔ Humor 
➔ Estado de nutrição 
➔ Estado de hidratação 
➔ Fácies 
➔ Respiração 
➔ Coloração das mucosas 
➔ Presença de icterícia 
➔ Presença de cianose 
➔ Perfusão periférica 
➔ Palpação do pulsos periféricos 
➔ Inspeção e palpação dos gânglios periféricos 
➔ Avaliação da pele e fâneros
➔ Sinais vitais 
➔ Dados antropométricos 
Avaliação do estado geral 01
Estado geral 
É a impressão inicial que o médico tem do paciente, sendo um quesito 
absolutamente subjetivo. Poderá ser classificado em três categorias: 
1. Estado geral bom: Paciente calmo, postura ativa e fácies atípico, sem 
sinais de doenças graves presentes. 
2. Estado geral regular: Paciente apresenta algumas alterações à 
observação. Sugere alteração da normalidade. 
3. Estado geral ruim: Presente em pacientes que apresentam doenças 
debilitantes e com repercussão à observação clínica. 
Avaliação do nível de 
consciência 02
Nível de consciência 
É a percepção do nível de consciência e do estado mental do paciente. Entre o estado de 
vigília ou plena consciência e o estado comatoso, é possível distinguir diversas fases 
intermediárias em uma graduação cujo principal indicador é o nível de consciência. 
Sempre que houver qualquer grau de alteração do nível de consciência, deve-se observar:
➔Perceptividade
➔Reatividade
➔Deglutição
➔Reflexo
A percepção consciente do 
mundo exterior e de si mesmo 
caracteriza o estado de vígilia. 
➢ Orientado em 
tempo e espaço
Paciente em plena consciência.
➢ Obnubilação Quando a consciência é comprometida de modo pouco intenso, mas seu 
estado de alerta é moderadamente comprometido.
➢ Sonolência Paciente é facilmente despertado, responde mais ou menos 
apropriadamente e volta logo a dormir. 
➢ Confusão mental Perda de atenção, o pensamento não é claro, as respostas são lentas e 
não há percepção normal do ponto de vista temporoespacial, podendo 
surgir alucinações, ilusão e agitação. 
➢ Estupor Alteração de consciência mais pronunciada, mas o paciente ainda for 
despertado por estímulos mais fortes, tiver movimentos espontâneos e 
não abrir os olhos.
➢ Coma Se não há despertar com estimulação forte, e o paciente está sem 
movimentos espontâneos.
Utiliza-se a escala de coma de Glasgow (EG) para se avaliar alterações do nível e consciência: 
Parômetro Resposta observada Escore 
Abertura ocular Abertura espontânea
Estímulos verbais 
Estímulos dolorosos
Ausente
4
3
2
1
Resposta verbal Orientado
Confuso 
Palavras inapropriadas 
Sons ininteligíveis 
Ausente
5
4
3
2
1
Resposta motora Obedece a comandos verbais 
Localiza estímulos 
Reage a dor, mas não localiza 
Flexão anormal 
Extensão anormal 
Ausente
6
5
4
3
2
1
Interpretação: 
3 – coma profundo 
(vegetativo); 
4 – coma profundo; 
7 – coma intermediário; 
11 – coma superficial; 
15 – normalidade. 
Avaliação do humor 03
Humor 
Identificar como o paciente aparenta estar: 
➔Calmo 
➔Agitado 
➔Irritado 
➔Melancólico 
➔Não cooperativo 
➔Ansioso 
Avaliação estado de 
nutrição 04
Estado de nutrição 
A avaliação nutricional é um processo dinâmico, feito por meio de comparações entre os 
dados obtidos no paciente e os padrões de referência, sendo importante a reavaliação 
periódica do estado nutricional no curso da doença.
Na avaliação do estado nutricional, é 
necessário obter informações corretas, a fim 
de se identificar distúrbios e/ ou agravos 
ligados à alimentação e à doença de base. 
 
Sobrepeso e obesidade 
Sobrepeso e obesidade são definidos como o acúmulo excessivo de gordura 
corporal, favorecendo o surgimento de enfermidades como dislipidemias,doenças 
cardiovasculares,diabetes tipo 2 e hipertensão arterial.
Para avaliação de sobrepeso e obesidade, o IMC é um 
indicador prático, contudo, atletas que possuem elevado 
percentual de massa muscular podem ser considerados com 
sobrepeso ou obesos, o que seria um falso- positivo. Para 
indivíduos com esse perfil, o mais adequado seria realizar uma 
análise de composição corporal.
Sobrepeso e obesidade 
A obesidade abdominal está associada a: dislipidemia,diabetes tipo 2, 
resistência insulínica, hipertensãoarterial, infarto agudo do miocárdio. Este tipo 
de obesidade está associado a maior risco de mortalidade.
Classificação da circunferência abdominal 
 Desnutrição 
Há um conjunto de parâmetros para identificar a desnutrição em adultos na prática 
clínica, fazendo- se necessária a presença de dois ou mais dos seguintes elementos: 
◗ Ingestão insuficiente de energia 
◗ Perda de peso 
◗ Perda de gordura subcutânea 
◗ Perda de massa muscular 
◗ Acúmulo de líquido localizado ou generalizado
◗ Capacidade funcional diminuída
A desnutrição aumenta a morbimortalidade 
de pacientes institucionalizados, incluindo 
risco de infecções, úlceras por pressão e 
complicações pós cirúrgicas. 
Avaliação estado de 
hidratação 05
Hidratação 
O estado de hidratação do paciente é avaliado observando-se: 
◗ Alteração abrupta do peso 
◗ Alterações da pele quanto à umidade, à elasticidade e ao turgor 
◗ Alterações das mucosas quanto à umidade 
◗ Alterações oculares 
◗ Estado geral 
◗ Fontanelas (em crianças).
Em idosos a avaliação do estado de hidratação torna-se 
complicada, uma vez que a boca seca e a diminuição do turgor 
da pele são característicos do processo de envelhecimento. 
Nessa faixa etária os sinais de desidratação são: fraqueza 
muscular, confusão mental, dificuldade da fala, prostração e 
retração do globo ocular. 
 
O paciente que apresenta um grau 
de hidratação adequado é descrito 
como hidratado. 
Desidratação 
A desidratação caracterizando -se pelos seguintes elementos: 
◗ Sede 
◗ Diminuição abrupta do peso 
◗ Pele seca, com elasticidade e turgor diminuídos 
◗ Mucosas secas 
◗ Olhos afundados (enoftalmia) e hipotônicos 
◗ Estado geral comprometido 
◗ Excitação psíquica ou abatimento 
◗ Oligúria 
◗ Fontanelas deprimidas no caso de crianças. 
Na descrição da ectoscopia, quando o 
paciente for descrito como desidratado, 
tem-se que graduar a desidratação por 
meio de cruzes, de 1 (+) até 4 (++++).
Fácies 06
 Fácies 
É o conjunto de dados exibidos na face do paciente. É a resultante dos traços 
anatômicos mais a expressão fisionômica. Sendo analisada, também, pela 
expressão do olhar, pelos movimentos das asas do nariz e pela posição da boca. 
Fácies atípica 
Face sem aparente alterações sindrômicas. 
Fácies hipocrática
Falta de gordura facial, pele escurecida, boca 
entreaberta, lábios afilados,olhos fundos, 
parados e inexpressivos. Esse tipo de fácies 
indica doença grave.
Fácies renal
Observa-se um edema que predomina ao 
redor dos olhos. Completa o quadro a 
palidez cutânea. É observada nas doenças 
dos rins.
Fácies leonina
As alterações que a compõem são 
produzidas pelas lesões do mal de Hansen. A 
pele é espessa e sede de grande número de 
lepromas. Os supercílios caem, o nariz se 
espessa e se alarga. Os lábios tornam -se 
mais grossos.. As bochechas e o mento se 
deformam pelo aparecimento de nódulos.
Fáciesadenoidiana
O nariz apresenta-se pequeno e afilado e a 
boca sempre entreaberta. Aparece nos 
indivíduos portadores de hipertrofia das 
adenoides.
Fácies parkinsoniana
Caracteriza- se por ser inexpressiva, com 
rigidez facial. É observada na síndrome ou na 
doença de Parkinson 
Fácies basedowiana
Caracteriza-se por nos olhos salientes 
(exoftalmia) e brilhantes, destacando -se 
sobremaneira no rosto magro. A presença de 
um bócio também é característico dessa 
fácies. Indica hipertireoidismo
Fácies mixedematosa
Rosto arredondado, nariz e lábios grossos, 
pele seca, espessada e com acentuação de 
seus sulcos. As pálpebras tornam -se 
infiltradas e enrugadas. Os supercílios são 
escassos e os cabelos secos e sem brilho. 
Uma expressão fisionômica indicativa de 
desânimo. Indica hipotireoidismo.
Fácies acromegálica 
Caracterizada pela saliência das arcadas 
supraorbitárias, proeminência das maçãs do 
rosto e maior desenvolvimento do maxilar 
inferior, além do aumento do tamanho do 
nariz, lábios e orelhas. 
Fácies cushingoide
Chama a atenção o arredondamento do 
rosto, com atenuação dos traços faciais. 
Deve ser assinalado o aparecimento de acne. 
É observada nos casos de síndrome de 
Cushing.
Fácies mongolóide
A fenda palpebral é uma prega cutânea 
(epicanto) que torna os olhos oblíquos, bem 
distantes um do outro. Nota- se um rosto 
redondo e boca quase sempre entreaberta. 
É observado na síndrome de Down. 
Fácies de depressão
O paciente apresenta- se cabisbaixo, os 
olhos com pouco brilho e fixos em um ponto 
distante. O sulco nasolabial se acentua, e o 
canto da boca se rebaixa. O conjunto 
fisionômico denota indiferença e tristeza. É 
observada na síndrome de depressão.
Fácies pseudobulbar
Tem como principal característica súbitas 
crises de choro ou riso, involuntárias, mas 
conscientes, que levam o paciente a tentar 
contê- las, dando um aspecto espasmódico 
à fácies. Aparece geralmente na paralisia 
pseudobulbar.
Fácies de da paralisia 
facial periférica
Chama a atenção a assimetria da face, com 
impossibilidade de fechar as pálpebras, 
repuxamento da boca para o lado são e 
apagamento do sulco nasolabial.
Fácies miastênica 
Caracterizada por ptose palpebral bilateral 
que obriga o paciente a franzir a testa e 
levantar a cabeça. Ocorre na miastenia gravis 
e em outras miopatias.
Fácies etílica
Os olhos avermelhados e certa ruborização 
da face chamam atenção. O hálito etílico, a 
voz pastosa e um sorriso meio indefinido 
completam a fácies etílica 
Fácies esclerodérmica
A característica fundamental é a quase 
completa imobilidade facial.
Avaliação do padrão 
respiratório 07
Padrão respiratório 
O paciente está eupneico quando não apresenta nenhuma alteração do padrão 
respiratório. 
Quando alguma alteração está presente, o paciente está dispneico. A intensidade da 
dispnéia é classificada pelo número de cruzes que vão de 1 (+) a 4(++++), ou leve, moderada 
e intensa. 
Alterações do padrão respiratório: 
- Utilização da musculatura acessória; 
- Aumento da frequência respiratória (taquipnéia); 
- Superficialização do movimento ou aumento da amplitude dos movimentos 
respiratórios associado ao aumento da frequência respiratória. 
 
Avaliação da coloração das 
mucosas 08
Coloração da mucosa 
Normalmente a coloração da mucosa é róseo -avermelhada, devido a rica rede de 
vascularização. 
- Descoramento das mucosas 
A mucosa perde a coloração da cor rósea e fica. 
Faz-se uma avaliação quantitativa classificada pelo número de cruzes que vão de 1 (+) a 
4(++++). Mucosas descoradas ou hipocoradas (+) significam uma leve diminuição da cor 
normal, enquanto mucosas descoradas ou hipocoradas (+ + + +) indicam o 
desaparecimento da coloração rósea, tornando-se brancas. 
- Mucosas hipercoradas 
Significa que há um aumento de hemácias na região observada, causando uma acentuação 
na coloração normal, que passa a ser vermelha arroxeada. 
 
Avaliação da presença de 
icterícia 09 
Icterícia 
O termo icterícia refere-se à coloração amarelada da pele e membranas mucosas, 
resultante da deposição de bilirrubina. 
Detecção da icterícia 
Deve-se pesquisá-la na coloração da pele, da esclerótica, das palmas das mãos, dos 
lábios, do palato duro e do freio da língua. 
 
Os pacientes sem icterícia são denominados anictéricos. Os 
pacientes que apresentam icterícia são classificados por 
cruzes que varia de 1 (+) a 4 (++++), de acordo com a 
intensidade do quadro. 
Diagnósticos diferenciais 
Atenção!! 
Existem casos em que o paciente apresenta regiões do corpo amareladas que não são 
icterícia. 
Casos que não são icterícias: 
- Na insuficiência renal crônica, a coloração amarelo-palha não acomete mucosas e é 
mais evidente nas áreas expostas, sendo decorre da retenção de cromogênios 
urinários ou outros pigmentos amarelos. 
- No aumento do caroteno, a coloração amarelada é evidente nas regiões plantar, 
palmar e face e não acomete escleras, conjuntivas ou outras mucosas.
- Pessoas negras ou idosos podem apresentar escleróticas hiperpigmentadas na 
região que fica exposta com a abertura dos olhos. Assim sendo, deve-se atentar a 
análise da região não exposta para realizar o diagnóstico diferencial. 
 
Avaliação da presença de 
cianose 10
Cianose 
A cianose é caracterizada pela coloração azulada da pele, leitos ungueais e membranas 
mucosas. Resulta de um aumento na quantidade de hemoglobina reduzida, portanto, não 
ligada ao oxigênio. 
Os pacientes que apresentam cianose são classificados por cruzes que varia de 1 (+) a 4 
(++++), de acordo com a intensidade do quadro.
 
A cianose é usualmente diferenciada em central e periférica. 
Cianose generalizada, acometendo inclusive os lábios e as 
mucosas bucal e da língua, é característica de cianose central. 
Na cianose periférica, dependendo da causa, o leito ungueal, 
as pontas dos dedos e o lobo da orelha estão acometidos, 
poupando, no entanto, as mucosas.
Para saber mais sobre cianose acesse o link: 
https://docs.google.com/document/d/1vJVut8BY9lMppfrMx8_2U7Elq
rCjyEffnRQ4jjAGRaA/edit 
https://docs.google.com/document/d/1vJVut8BY9lMppfrMx8_2U7ElqrCjyEffnRQ4jjAGRaA/edit
https://docs.google.com/document/d/1vJVut8BY9lMppfrMx8_2U7ElqrCjyEffnRQ4jjAGRaA/edit
Avaliação da perfusão 
periférica 11
Perfusão periférica
Deve-se avaliar o tempo de enchimento capilar, realizando uma pressão na base da unha 
do paciente, de modo que a coloração passe de rosada para pálida. Retirando-se a 
pressão a coloração rosada deve retomar num tempo inferior a dois segundos.
 
Palpação dos pulsos 
periféricos 12
Palpação dos pulsos periféricos 
A palpação dos pulsos periféricos tem por finalidade analisar comparativamente artérias 
homólogas no que se refere à presença ou ausência de pulso e à amplitude da onda 
pulsátil, além da avaliação do estado da parede vascular. 
Deve-se analizar os seguintes pulsos: 
 Pulsos temporais Pulsos carotídio Pulsos braquiais 
 Palpada ao nível da Sente-se a artéria carótida Palpada na direção do sulco 
fossa temporoparietal ao comprimir a região onde estão medial do músculo bicipital.
 os músculos pré-vertebrais
 
Palpação dos pulsos periféricos 
 Pulsos radiais Pulsos femorais Pulsos poplíteos 
Palpados no lado ventro- Palpados entre a espinha ilíaca Palpados na fossa poplíteo
 radial do punho ântero-superior e a sínfise púbica
 
Palpação dos pulsos periféricos 
 
 Pulsos pediosos Pulsos tibiais posteriores 
 Palpados entre músculo extensor Logo atrás do maléolo medial
 longo do hálux e extensor longo 
 dos dedos.
 
Palpação dos pulsos periféricos 
 
Importante!
Nunca se deve palpar as artérias carótidas 
simultaneamente, pois podemosprecipitar uma 
diminuição do fluxo sanguíneo cerebral ou causar 
eventualmente hipotensão e bradicardia por uma 
manobra vasovagal. 
Inspeção e palpação dos 
gânglios periféricos 13
Exame dos linfonodos 
O exame físico geral inclui a investigação sistemática dos linfonodos superficiais e se faz 
por meio da inspeção e palpação. 
Semiotécnica 
 
Inspeção
Deve ser feita sempre com boa iluminação, abrangendo homogeneamente a região 
examinada, que deve estar despida. O lado contralateral deve ser sempre comparado.
Palpação 
- Realizada com as polpas digitais e face ventral dos dedos médio, indicador e polegar.
- Para palpar os linfonodos da região cervical é importante inclinar levemente a 
cabeça para o lado que se deseja examinar, relaxando os músculos do pescoço.
Características semiológica 
 
Locallização
O reconhecimento do linfonodo alterado 
permite ao médico deduzir as áreas 
drenadas ou órgãos afetados.
Tamanho
Normalmente, os linfonodos variam de 0,5 
a 2,5 cm de diâmetro.
Coalescência
Junção de dois ou mais linfonodos. É 
determinada por processo inflamatório ou 
neoplásico da cápsula do linfonodo 
acometido. 
 
Consistência 
Normalmente o linfonodo apresenta 
consitência fibroelática. Quando endurecido, 
indica processos neoplásicos ou inflamatórios 
com fibrose. Se a consistência estiver mole 
e/ou com flutuação, indica processo 
inflamatório e/ou infeccioso com formação 
purulenta. 
Mobilidade 
Em condições normais, o linfonodo 
apresenta-se móvel. Em caso de 
comprometimento capsular com as estruturas 
adjacentes, os linfonodos estarão aderidos aos 
planos profundos.
 
Características semiológica 
 
Sensibilidade 
Dolorosos: Em caso de adenopatias 
infecciosas bacterianas aguda.
Pouco dolorosos: nos processos 
infecciosos crônicos. 
Indolores: nas infecções virais e nos 
processos parasitários. Nos linfonodos 
metastáticos são indolores e apresentam 
consistência pétrea. 
Alteração da pele
Observar a presença de sinais flogísticos 
(edema, calor, rubor e dor), e de 
fistulização,
 
 
Em condições normais, os linfonodos são 
individualizados, móveis, indolores, e têm 
consistência borrachosa. Linfonodos 
palpáveis podem ser normais em adultos. 
Linfonodos cervicais 
 
● Para examinar os linfonodos da cadeia jugular 
apreendendo -se o músculo esternocleidomastóideo 
entre o polegar e os dedos indicador e médio de 
uma das mãos.
● Para o exame dos grupos ganglionares do nível V, 
com a mão esquerda segura -se a cabeça do 
paciente, em ligeira rotação, utilizando -se as polpas 
digitais da mão direita executando- se movimentos 
circulares.
● A palpação dos linfonodos das cadeias bucal, 
parotídea, pré auricular, retroauricular e occipital 
deve ser feita por compressão bidigital, utilizando a 
polpa dos dedos indicador e médio, executando -se 
movimentos giratórios.
Linfonodos axilares, retropeitorais e epitrocleanos
 
● Para palpação desses linfonodos o paciente deve se colocar à frente do paciente. 
● A fossa axilar será examinada em posição de garra. Deve- se executar deslizamento suave com a 
pele contra o gradil costal da região axilar e infra axilar, na região anterior, medial e posterior da 
fossa axilar.
● A palpação dos linfonodos retropeitorais é realizada, com a mão em pinça em toda a face 
posterior acessível do músculo grande peitoral.
● O membro superior do paciente deve estar em flexão, segurando o antebraço com a mão 
heteróloga. Com a mão contrária, em posição de “pinça” realizando a compressão. 
Linfonodos inguinais 
 
● Para palpação desses linfonodos o paciente deve estar deitado e com a região examinada 
despida.
● Os dedos do examinador em extensão, deslizando suavemente, em movimentos circulares 
ou lineares. 
Linfonodos poplíteos
 
● Paciente deve estar em decúbito ventral com a perna semifletida. 
● São raramente palpáveis. 
● O examinador mantém os dedos estendidos ou em garra.
Avaliação da pele e fâneros 13
Avaliação da pele 
Serão sistematicamente investigados os seguintes elementos: 
◗ Coloração 
◗ Continuidade ou integridade 
◗ Umidade 
◗ Textura 
◗ Espessura 
◗ Temperatura 
◗ Elasticidade e mobilidade 
◗ Turgor 
◗ Sensibilidade 
◗ Lesões elementares
Avaliação da pele 
Alterações da coloração da pele: 
➔ Palidez → Significa atenuação ou desaparecimento da cor rósea da pele.
➔ Vermelhidão ou eritrose → Significa exagero da coloração rósea da pele e indica 
aumento da quantidade de sangue na rede vascular cutânea.
➔ Cianose → Significa cor azulada da pele e das mucosas.
➔ Icterícia → Consiste na coloração amarelada da pele, mucosas visíveis e 
esclerótica.
➔ Albinismo → É a coloração branco leitosa da pele em decorrência de uma 
síntese defeituosa da melanina.
Avaliação da pele 
Continuidade ou integridade
➔ A perda de continuidade ou integridade da pele ocorre na erosão ou 
exulceração, na ulceração, na fissura ou rágade.
Umidade
➔ Por meio da sensação tátil, pode se avaliar a umidade da pele com razoável 
precisão. A pele pode estar seca, com umidade normal ou sudorenta. 
Textura 
➔ A textura da pele é avaliada deslizando- se as polpas digitais sobre a superfície 
cutânea, sendo possível avaliar a pele como normal, fina, áspera ou enrugada. 
Avaliação da pele 
Temperatura
➔ Avaliar se a temperatura está normal, elevada ou diminuída. 
Elasticidade e mobilidade
➔ Elasticidade é a propriedade de o tegumento cutâneo se estender quando 
tracionado; mobilidade refere se à sua capacidade de se movimentar sobre os 
planos profundos subjacentes.
Turgor
➔ Avalia -se o turgor, pinçando com o polegar e o indicador uma prega de pele que 
engloba tecido celular subcutâneo. O turgor diminuído é a sensação de pele 
murcha e uma prega que se desfaz lentamente → Indica desidratação. 
Avaliação da pele 
Sensibilidade 
➔ Pode ser analisado a sensibilidade tátil, térmica ou dolorosa. 
Lesões elementares
➔ São modificações do tegumento cutâneo determinadas por processos 
inflamatórios, degenerativos, circulatórios, neoplásicos, distúrbios do 
metabolismo ou por defeito de formação
Avaliação dos fâneros 
➔ Os fâneros compreendem cabelo, pelos e unhas. 
Cabelo
O cabelo deve ser analisado quanto às seguintes características: 
◗ Tipo de implantação 
◗ Distribuição 
◗ Quantidade 
◗ Coloração 
◗ Outras características (brilho, espessura, consistência). 
Avaliação dos fâneros 
➔ Os fâneros compreendem cabelo, pelos e unhas. 
Pelos
O principal achado clínico é a hipertricose e o hirsutismo: 
◗ Hipertricose: consiste no aumento exagerado de pelos terminais, sexuais e 
bissexuais ou não sexuais, em relação ao indivíduo. Pode ser congênita ou adquirida, 
difusa ou localizada 
◗ Hirsutismo: é o aumento exagerado de pelos sexuais masculinos, na mulher. Pode 
ser constitucional, idiopático e androgênico.
Avaliação dos fâneros 
➔ Os fâneros compreendem cabelo, pelos e unhas. 
Unhas
As seguintes características devem ser analisadas: 
◗ Forma ou configuração 
◗ Tipo de implantação 
◗ Espessura 
◗ Superfície 
◗ Consistência
 ◗ Brilho 
◗ Coloração
Escrita sistematizada da 
ectoscopia 
Ectoscopia 
Estado geral regular, lúcido e orientado no tempo e no espaço, calmo, emagrecido, eupneico, 
desidratado (1+/4+). Fácies atípica. Ictérico (3+/4+), acianótico, hipocorado (2+/4+) e com boa 
perfusão periférica. Pulso carotídeo cheio e rítmico; pulsos braquiais, temporais e radiais cheios, 
simétricos e rítmicos; não foi possível verificar os pulsos pediosos e tibiais posteriores devido ao 
edema; palpação dos pulsos femorais e poplíteos foram prejudicados. Linfonodos auriculares 
anteriores, retroauriculares, occipitais, cervicais anteriores e posteriores, amigdalianos, 
submandibulares, submentonianos, supraclaviculares não palpáveis e indolores; Palpação dos 
linfonodos axilares e inguinais foram prejudicados. Pele e fâneros normais. 
BENSEÑOR, Isabela M.; ATTA, Jose Antonio; MARTINS, 
Mílton de Arruda. Semiologia clinica. [S.l: s.n.], 2002.
PORTO, C.C. Semiologia Médica. 8ª ed. Rio de Janeiro.Guanabara, 2017.
Referências 
Questões 
Paciente é internado com queixa de cefaléia, 
rouquidão, dor e dormência nas mãos. Ao 
realizar o exame físico geral percebe-se que as 
arcadas supraorbitárias do paciente são 
salientes. Proeminência da maçã do rosto, maxila 
desenvolvida além de nariz, lábios e orelhas 
grandes e olhos pequenos são percebidos. Como 
você descreveria essa fácies? 
Fácies acromegálica
Quais características semiológicas um 
linfonodo palpável que não indica malignidade 
deve apresentar? 
- Individualizados
- Móveis 
- Indolores
- Consistência fibroelástica
- Sem presença de sinais flogístico
- Medir de 0,5 cm a 2,5 cm de diâmetro 
Paciente com insuficiência cardíaca apresenta 
edema de membros inferiores. Como 
caracterizar o edema a seguir na descrição da 
ectoscopia? 
Para descrever o edema, analisa-se: 
- Localização 
- Consistência 
- Elasticidade 
- Temperatura 
- Sensibilidade da pele 
Presença de edema bilateral localizado no 
terço inferior dos membros inferiores com 
consistência mole, Inelástico, frio, indolor, 
sem presença de sinais flogísticos e cacifo 
positivo.

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