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CETOACIDOSE DIABÉTICA

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Ádila Cristie Matos Martins 	 	 	 	 	 Urgência e Emergência
t
CETOACIDOSE DIABÉTICA 
- A CAD é definida pela tríade:
- Glicemia maior que 250 mg/dL: embora raramente, em pacientes em jejum 
prolongado podem ocorrer euglicemia e até hipoglicemia
- pH arterial < 7,3 (excluídas outras causas de acidose)
- Cetonemia positiva (na indisponibilidade da cetonemia, podemos inferir sua 
presença por cetonúria fortemente positiva)
EPIDEMIOLOGIA 
- Primeiro sintoma em até 17% dos adultos e em até 30% das crianças e dos 
adolescentes portadores de DM1
- Mortalidade de 2-10%
- Principal causa de mortalidade entre crianças e jovens com DM1
- Indivíduos com maior risco: maior HbA1c, maior duração do diabetes, 
adolescentes e sexo feminino
- Prognóstico depende da gravidade do fator precipitante
FATORES DESENCADEANTES 
- Infecções associadas ou não ao tratamento insulínico adequado
- Primo-descompensação
- Outras doenças:  síndrome de Cushing, acromegalia, tireotoxicose, insuficiência 
renal e feocromocitoma
- Em 2-10% dos casos a causa é desconhecida 
QUADRO CLÍNICO 
- Apresentação de inicio agudo
- Mais comum na DM1 do que na DM2
EXAMES COMPLEMENTARES 
- Urina tipo 1, Hemograma e RX de tórax – diagnóstico etiológico
- Eletrocardiograma – avaliação de distúrbios eletrolíticos
DIAGNÓSTICO 
* Moderado a grave: monitorização continua, UTI, glicose e eletrólitos, pH venoso, 
bicarbonato e anion gap devem ser repetidas a cada 2–4 horas

tratamento 
Fluidoterapia 
- Solução salina isotônica (NaCl 0,9%) 500 ml a 1000 ml/ h nas primeiras 2 a 4 horas
- Manutenção com 250 ml/h OU Solução salina 0,45% na mesma vazão
- Objetivo: Glicemia de 200 mg/dl
- Solução continua de Glicose a 5% - permitir a administração continua de insulina
SINTOMAS
- Polidipsia  
- Poliúria  
- Perda de peso  
- Fraqueza
- Náusea/vômito
- Dor abdominal
SINAIS 
- Hipotermia
- Taquicardia 
- Taquipneia 
- Respiração de Kussmaul 
- Hálito cetônico
- Sensorium alterado
- Glicemia
- Uréia
- Creatinina
- Sódio
- Potássio 
- Osmolalidade
- Cetonemia
- Gasometria Arterial
- Cálculo de Ânion gap
- Doenças abdominais 
- Doenças vasculares
- Medicações
- Gestação
- Cirurgia
- Trauma
Ádila Cristie Matos Martins 	 	 	 	 	 Urgência e Emergência
t
Potássio 
- Analisa os níveis séricos de potássio: podem estar normais ou aumentados
Bicarbonato 
- A  administração de rotina de bicarbonato não demonstrou melhorar os resultados 
clínicos, como tempo de resolução, tempo de internação ou mortalidade em 
pacientes com CAD
- Bicarbonato deve ser utilizado em pacientes com acidose e risco de vida, com BIC 
< 6,9:
Administrar 50-100 mmol de bicarbonato de sódio como solução isotônica (em 400 
mL de água) até que o pH seja > 6,9
- INSULINA CORRIGE ACIDOSE! 
Esquema de insulina 
- A administração de insulina regular EV é o tratamento de escolha
- Administração de bolus de 0,1 unidade/kg de peso corporal seguido de infusão 
contínua de insulina a 0,1 u/kg/h até que a glicose no sangue seja de 200 mg/dL
- Redução de dose para 0,05 u/kg/h com a adição de 5% de dextrose – 140 a 200 
mg/dl
- Hipoglicemia: desligar a bomba de insulina por 1 hora
- ATENÇÃO: nunca deixe desligada por > 1 hora em DM1 – cetose!
A resolução da CAD é definida quando:
- Níveis de glicose são inferiores a 250 mg/dl
- pH venoso > 7,30 
- Ânion gap normal
- Bicarbonato sérico ≥18 mEq/L 
Esquema de transição 
- Calcular dose de insulina recebida nas últimas 24 horas 
- Opção: calcular dose recebida nas últimas 6 horas (multiplicar por 4) 
- 2/3 da dose = insulina basal / se NPH: 2/3 pela manhã e 1/3 às 22h
- Insulina prandial – inicialmente demanda de correção pré-refeição
COMPLICAÇÕES 
REFERÊNCIAS 
1.FAYFMAN maya, et al; Management of Hyperglycemic Crises: Diabetic 
ketoacidosis and hyperglycemic hyperosmolar state, 2019 
2.Kitabchi AE, Umpierrez GE, Miles JM, Fisher JN. Hyperglycemic crises 
in adult patients with diabetes. Diabetes Care 2009 
3.Centers for Disease Control and Prevention. Mortality due to 
Hyperglycemic crises http://www.cdc.gov/diabetes/statistics/
complications_national.htm. 11/19/2013 
4.HCFMUSP; Clinica médica, Volume 05, São Paulo, 2009 
5.VALESCO, I. T. - Medicina de emergência: abordagem prática 14a ed.
- Hipoglicemia
- Hipocalemia
- Hiperglicemia secundária à cessação 
precoce de insulinoterapia
- Síndrome da Angústia Respiratória
- Tromboembolismo
- Congestão Pulmonar por sobrecarga 
hídrica
- Dilatação gástrica aguda
- Alcalose metabólica paradoxa
- Edema cerebral (raro)
< 3,3 mEq/L  
NAO FAZER INSULINA 
Repor 20-30 mEQ/H 
até >3,3 mEq/L 
3,3 – 5,2 mEq/L  
Repor 20-30 mEq em cada 
litro de solução infudida 
Dosar a cada 2-4 horas
> 5,2 mEq/L 
Não repor
Monitorar a cada 2 
horas

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