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FISIOPATOLOGIA E DIAGNÓSTICO NUTRICIONAL DA OBESIDADE ● OBESIDADE: doença crônica multifatorial, caracterizada pelo acúmulo excessivo de gordura decorrente de um desequilíbrio no balanço energético; CID-10; é considerada um fator de risco para outras DCNT; ● ETIOLOGIA: genes + ambiente + estilo de vida + fatores emocionais + sedentarismo + sono ● o A carga genética explica a maior parte dos casos de obesidade. A maioria dos casos é consequência de um ambiente obesogênico em um indivíduo predisposto. o Aumento no consumo de alimentos altamente calóricos e diminuição do gasto energético pela atividade física. o Nutrição fetal em casos de gestantes com desnutrição, o organismo do feto se adapta a otimizar energia, então ele tem mais dificuldade para gastar calorias. ● TECIDO ADIPOSO MARROM: Intensa vascularização; produzir calor como forma de adaptação a temperaturas frias; maior quantidade nos bebês. ● TECIDO ADIPOSO BRANCO: armazenamento de energia na forma de tgl; isolante térmico; protege os órgãos abdominais contra choque térmico; secreta leptina TIPOS DE OBESIDADE o GINOIDE (PERA – PERIFERICA): ↑ nos quadris; ↑ risco de artrose ou varizes; o ANDROIDE (MAÇA – CENTRAL): ↑ visceral; ↑inflamação; ↑ risco DCV’s; ↑lipólise e resistência a insulina; ● DETERMINANTES DO DESEQUILÍBRIO ENERGÉTICO: aumento do peso corporal → aumento da ingestão alimentar → diminuição do gasto energético → aumento da capacidade de estocar gordura → diminuição da oxidação de gordura. ● COMPORTAMENTO ALIMENTAR: o FOME: necessidade fisiológica o APETITE: percepção de prazer; envolve paladar e o gosto; o que leva a continuar uma refeição. o SACIAÇÃO: sensação de plenitude gástrica;o que leva a interromper uma refeição. o SACIEDADE: cessa o desejo de comer e adia a refeição seguinte. INGESTÃO ALIMENTAR ● O centro de fome e saciedade estão localizados no hipotálamo. o CENTRO DE SACIEDADE (POMC/CART): Npt anorexígenos: ↓ ingestão alimentar (inibem a fome); o Hormônios envolvidos: CCK (colecistocinina); PYY; GLP-1 (esses hormônios têm baixa produção pós prandial); distensão gástrica*; leptina; a insulina também é um sinalizador de saciedade. o CENTRO DA FOME ou APETITE (AgRP/NPY) : Npt orexígenos: ↑ ingestão alimentar (geram fome); o principal é a grelina Os obesos vão sempre produzir mais grelina. Até 5x mais Tratamento: antidepressivo - aumento da produção de hormônios do prazer, inibindo a relação prazer-comida. COMPLICAÇÕES CLÍNICAS DA OBESIDADE → Em indivíduos obesos, o tecido adiposo eleva a síntese de adipocinas (citocinas); → O adipócito sofre hipertrofia e expande o tecido adiposo, levando a uma baixa perfusão e à hipóxia celular; → O tecido adiposo produz adipocinas anti-inflamatórias, como a interleucina 10 (IL-10) e a adiponectina (AdipoQ), que são capazes de inibir a síntese de adipocinas pró-inflamatórias por linfócitos T e macrófagos. Porém, indivíduos obesos apresentam uma maior secreção de adipocinas pró-inflamatórias (TNF-α, IL-1, IL-6 e IL-8, proteína quimioatraente de monócito-1 (MCP-1), IFNy e menor atividade das anti-inflamatórias (SÃO REDUZIDAS). → Em obesos, ocorre uma resposta do sistema imune, ativada como resposta à inflamação, cujos macrófagos vão aumentando devido a seu recrutamento e exibindo um cenário pró-inflamatório, expressando, assim, citocinas inflamatórias. Esse aumento de macrófagos é devido à inflamação do tecido adiposo que se desloca junto com a obesidade. → Como existe um maior acúmulo de gordura no organismo, existe a hiperplasia e hipertrofia dos adipócitos, só que, a irrigação não aumenta enquanto ocorre esses processos, não vai ter angiogênese nessa região (formação de novos vasos), isso vai gerar a hipóxia (pq vai ser uma demanda muito grande para os mesmos vasos), assim os adipócitos não vão receber suprimentos para se manter então os macrófagos são recrutados e vão exacerbar a resposta inflamatória. → AUMENTA A RESERVA ENERGÉTICA > HIPÓXIA > INFLAMAÇÃO → é um estado de inflamação crônica mas de baixa intensidade (METAINFLAMAÇÃO). ● AVALIAÇÃO NUTRICIONAL: Deve-se avaliar todos os parâmetros, não apenas um isolado. Associa-se vários indicadores para melhorar o diagnóstico nutricional. ● MÉTODOS OBJETIVOS: Avaliação antropométrica; avaliação laboratorial e avaliação dietética. ● MÉTODOS SUBJETIVOS: exame físicos ● ANTROPOMETRIA: massa corporal (peso); estatura; perímetro do pescoço, do quadril e da cintura; ● PC = bom indicador de distribuição de gordura; o HOMENS ≥ 94 - RISCO ELEVADO / ≥102 MUITO ELEVADO (de comorbidades) o MULHERES ≥ 80 RISCO ELEVADO / ≥88 MUITO ELEVADO (de comorbidades) ● IMC: o ≥ 30,0 - 34,9 - OBESIDADE GRAU I o ≥ 35,0 - 39,9 - OBESIDADE GRAU II o ≥ 40,0 - OBESIDADE GRAU III ● PP = marcador de adiposidade central e morbidade (aumento de DCV’S); o HOMENS ≥ 39,5 o MULHERES ≥ 36,5 ● Sobrepeso e obesidade em criança o sobrepeso P85> e IMC ≤P95 o obesidade IMC >P95 o Obesidade pode estar relacionada com mutações no gene da leptina ou, pode estar associada a uma forma de "resistência à leptina”. LEPTINA (anorexígeno) ● diminui o apetite pois inibe a atividade dos npt orexígenos. Sua secreção é estimulada pela insulina e outros peptídeos gástricos (ex. grelina) após a ingestão alimentar; age a longo prazo no controle da fome e da saciedade. o Foi considerado um hormônio determinante para o desenvolvimento da obesidade. o Quanto mais tecido adiposo, mais leptina, menos ingestão alimentar e mais gasto energético. o Produz sensação de saciedade e diminui a ingestão de alimentos, além de aumentar o gasto energético. o Quanto menos tecido adiposo, menos leptina, mais ingestão alimentar e menos gasto energético. o Obesidade pode estar relacionada com mutações no gene da leptina ou, pode estar associada a uma forma de "resistência à leptina”. ADIPONECTINA (anorexígeno) ● Associada ao aumento da biogênese mitocondrial, da oxidação de ácidos gordos no fígado e músculo, da produção de lactato no músculo esquelético e da captação de glucose; e à diminuição da gliconeogênese, dos processos inflamatórios e do stress oxidativo. ● Diminui a ingestão alimentar ● Aumenta o gasto energético[ ● Aumenta a sensibilidade a insulina o ação direta da adiponectina na obesidade atribui-se essencialmente à inibição da via AMPK, resultando na inibição da enzima acetil-CoA carboxilase, que ativaria a síntese de ácidos gordos RESISTINA (orexígeno) ● Tem sido sugerido que a resistina pode estar envolvida na modulação de vias metabólicas associadas a processos inflamatórios, autoimunes, cardiovasculares, de insulino-resistência e diabetes tipo 2. VISFATINA (orexígeno) ● Regulação da homeostasia da glucose com uma ação insulinomimética através da ligação aos receptores da insulina e está envolvida na relação entre a adiposidade intra-abdominal e a síndrome metabólica. GRELINA (orexígeno) ● Possui valores mais elevados durante o jejum e que baixam imediatamente após a ingestão alimentar; produzida principalmente no estômago quando estamos com fome, é conhecido como o hormônio da fome. COLECISTOCIN INA (CKK) (anorexígeno) ● Participa do controle do apetite. Este hormônio é rapidamente liberado em circulação após uma refeição. Uma alimentação rica em lípideos ou proteínas provoca uma libertação de maiores quantidades da proteína.; secretada principalmente pelo ID; ● Atrasa o esvaziamento gástrico PEPTÍDEO YY (PYY) (anorexígeno) ● participa do processo de saciedade, inibindo a ingestão alimentar, a secreção gástrica e a motilidade intestinal; produzido no ID quando o alimento chega. PEPTÍDEO ● A ingestão alimentar é o principal estímulo para a libertação do PP, sendo PANCREÁTICO (PP) (anorexígeno) proporcional às calorias ingeridas e mantendo-se elevado durante cerca de seis horas após a refeição. PEPTÍDEO SEMELHANTE AO GLUCAGON (GLP-1) (anorexígeno) ● Estimula a libertação de insulina em função dos níveis de glicemia. O GLP1 diminuio apetite e as calorias ingeridas; produzido no ID quando o alimento chega. OXINTOMOD ULINA (OMX) (anorexígeno) ● É libertado em circulação após uma refeição na proporção das calorias ingeridas. sua ação consiste na redução da secreção e motilidade gástrica INSULINA ● altos níveis de insulina resulta na diminuição da ingestão de alimentos;
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