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A escola pública como projeto civilizador

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A escola pública como projeto civilizador
- A partir da constituição de 1824, houve um crescente apelo para a necessidade de instruir e civilizar o “povo”.
- Frequentar a escola para aprender a ler, escrever e contar, a religião do Estado, os direitos e deveres dos cidadãos se apresentavam, em grande parte dos discursos políticos, como condição incontornável para a edificação de uma nova sociedade.
A lei de 15 de outubro de 1827 criou a escola pública estatal
- O caráter público de um serviço ou instituição define-se por sua manutenção ou gestão pelo poder governamental ou por entidades de direito público.
- A escola primária instituída pela lei de 1827 é pública e estatal, ou seja, sua manutenção e gestão estão a cargo do Estado, que pela constituição de 1824, incumbiu-se de prover a instrução primária e gratuita a todos os cidadãos.
- A primeira lei de instrução pública foi elaborada na Assembleia Geral e promulgada pelo Imperador, estabelecendo:
· A criação de escolas elementares, para ambos os sexos em “todas as cidades, vilas e lugares mais populosos”
· Que os presidentes de províncias indicariam os lugares em que escolas fossem necessárias e estabeleceriam os salários do magistério, que seriam vitalícios.
· As escolas elementares deveriam ser de ensino mútuo, em edifícios próprios e custeados pela Fazenda Pública
· Deveriam haver mestres e mestras, para meninos e meninas, respectivamente, com os mesmos ordenados
· Seriam admitidos por bancas examinadoras, tendo como critérios o saber, a boa conduta e a honestidade
A quem se destinava a escola pública elementar e gratuita do Império, feita para instruir e civilizar?
- A classe senhorial preferia educar seus filhos em casa, com mestres contratados
- A “boa sociedade” formada pelas famílias dos senhores proprietários de terra e escravos, via-se como parte civilizada da sociedade. Seu padrão de cultura e comportamento, era o da Europa católica.
- A escola pública elementar do império era para os pobres, pardos e pretos.
Quais os motivos do fracasso desse processo civilizador?
- A extrema pobreza da população alvo
- A necessidade de trabalho infantil
- A dispersão populacional e das escolas
- As limitações pedagógicas dos mestres
- A escassez de recursos provinciais para a instrução
- Imaginário de inferioridade da população-alvo, supostamente um “grupo de difícil educação”.

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