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PATOLOGIAS OBSTÉTRICAS I Hipertensão e Diabetes Curso de Medicina UNIFOR 2014 Prof. Marcelo Gondim Rocha DISTÚRBIOS HIPERTENSIVOS • Cerca de 200.000 mulheres morrem no mundo por esta patologia (Hayman, 2004) • Dentre todas as patologias que se manifestam ou se agravam no decorrer da gravidez, a hipertensão é a mais frequente e aquela que se acompanha de maior morbimortalidade materna e perinatal. Ocorre em 10% das gestações (MS,2006). • No Brasil é a principal causa de morte materna. • Em Fortaleza 26,6% dos óbitos maternos (2009) A – PRÉ-ECLÂMPSIA / ECLÂMPSIA B - HIPERTENSÃO ARTERIAL CRÔNICA C – PRÉ-ECLÂMPSIA/ ECLÂMPSIA SUPERPOSTA A H CRÔNICA D – HIPERTENSÃO GESTACIONAL (SEM PROTEINÚRIA) CLASSIFICAÇÃO FEBRASGO, 2011 • Etiologia desconhecida • Inúmeras teorias etiopatogênicas • Importância: prevenção primária • Aceitabilidade e formulação das teorias: 1. Fatores de risco conhecidos; 2. Manifestação tardia da doença ; 3. Recorrência rara com o mesmo parceiro; 4. Melhora clinica após óbito fetal; 5. Sinais clínicos da doença: HA, proteinúria e edema; 6. Mecanismos de lesões hepáticas e renais; 7. História familiar (influência hereditária). ETIOPATOGENIA Teorias mais recentes: • Teorias da isquemia placentária; • Teoria da disfunção endotelial • Teoria das prostaglandinas • Teorias hormonais • Teorias imunológicas • Teoria genética ETIOPATOGENIA COMBINAÇÃO DE FATORES: Genéticos + Imunológicos + Ambientais Defeito na invasão trofoblástica das arteríolas espiraladas Redução na pressão de perfusão uteroplacentária Isquemia/ hipóxia da placenta Liberação de citocinas pró-inflamatórias Cascata de eventos celulares e moleculares Disfunção endotelial dos vasos com aumento da resistência perifárica ETIOPATOGENIA • A pré-eclâmpsia compromete todos os órgãos maternos, com maior intensidade nos sistemas vascular, hepático, renal e cerebral.Aumento na resistência vascular periférica FISIOPATOLOGIA • Aumento da resistência vascular periférica • Hiper-reatividade a vasoconstrictores • Extensa disfunção endotelial • Vasoespasmo arterial • Ativação dos mecanismos de coagulação • Fatores imunológicos relacionados a Ag do esperma do parceiro FISIOPATOLOGIA • Lesão renal pode ser responsável pelo ↑aumento da excreção protéica e ↓ filtração glomerular e clearense de ácido úrico e hiperucinemia. • Excreção renal de Na+ ↓ = retenção hidrossalina • Retenção de líquidos no fluido intersticial: ↓ fluido intravascular e hemoconcentração • Generalizada: cérebro, fígado e coração • Perfusão placentária diminuida : RCIU e óbito fetal FISIOPATOLOGIA • NULIPARIDADE : Primigesta: 6 a 8X 1ª gravidez normotensa= FATOR PROTETOR Primigesta: 1º contato com Ag fetais: exacerbada reações imunológicas resultante de baixa produção de Ac bloqueadores. PE em multíparas: Hipertensão crônica ou troca de parceiro • HISTÓRIA FAMILIAR: 4X (mães, filhas e netas) • PRÉ-ECLÂMPSIA PRÉVIA FATORES DE RISCO • Gestação associada a aumento da massa trofoblástica: 1. GESTAÇÃO MÚLTIPLA (5X) 2. MOLA HIDATIFORME (10X) : Precoce : <24sem 3. HIDROPSIAS FETAIS 4. TRIPLOIDIAS FETAIS FATORES DE RISCO • OBESIDADE (maior resistência insulínica) • DM (em geral obesas ou hipertensas) • EXTREMOS DA VIDA REPRODUTIVA: controverso • HIPERTENSÃO CRÔNICA (PE SUPERPOSTA) • NOVO PARCEIRO (novos Ag fetais) • Pouca exposição ao esperma e liquido seminal: uso de métodos de barreira e gravidez nas primeiras relações FATORES DE RISCO FORMAS CLÍNICAS Pré-eclampsia • 6-10% das gestantes • Manifestações clínicas no 3ºtrimestre (dça inicia c/ placentação) • Hipertensão, proteinúria e/ou edema • Hipertensão precedida por edema oculto: ↑ brusco de peso • Proteinúria é secundária a hipertensão: lesão glomerular • Precocidade do QC sugere gravidade, hipertensão sub-clínica • Cura definitiva:expulsão da placenta Objetivo do tratamento: 1. Diagnóstico precoce 2. Prevenir evolução para formas graves 3. Alcançar maturidade fetal Fundamental: Qualidade da assistência pré-natal FORMAS CLÍNICAS Pré-eclampsia Leve 1. HIPERTENSÃO PAs ≥140mmHg Pad ≥ 90mmHg 2. PROTEINÚRIA 300 mg/l/24h ou labstix (1+) EDEMA Tem valor apenas o edema generalizado. Ganho ponderal súbito ( 500g/semana) deve ser interpretado como sinal de edema oculto. FORMAS CLÍNICAS Pré-eclampsia Grave: • PAD ≥ 110mmHg (persistindo após repouso de 30 min em DLE). • Proteinúria ≥ 2g/l/24h ou > 2 + no labstix. • Oligúria (diurese < 400ml/24h) • Creatinina sérica > 1,2mg/dl • Manifestações cerebrais e visuais: cefaléia, torpor, obnubilação, • turvação visual, escotomas, diplopia, amaurose. • Edema agudo de pulmão ou cianose. • Dor epigástrica ou em hipocôndrio direito. • Achados característicos de Síndrome HELLP. SÍNDROME HELLP •Hemólise • Esfregaço periférico anormal (esquistocitose, anisocitose, equinocitose). • BT > 1,2 mg% • LDH > 600 U/l • Elevação das enzimas hepáticas: TGO > 70 U/l • Plaquetas <150.000/mm3. FORMAS CLÍNICAS FORMAS CLÍNICAS ECLÂMPSIA • Convulsões tônico-clônicas generalizada e/ou coma • Iminência: cefaléia, alterações visuais, epigastralgia e hiperreflexia • Principal causa de morte materna • Causa da morte: hemorragia cerebral, edema pulmonar, insuficiência renal, hepática ou respiratória (broncoaspiração) • Mortalidade menor nos países desenvolvidos • Incidência maior em negras, adolescentes e > 35 anos. • Eclâmpsia gravídica (+ comum), intraparto, puerperal ou tardia (- freq) • Eclâmpsia puerperal: 24 horas (até 10 dias) DD importante FORMAS CLÍNICAS ECLÂMPSIA • Fisiopatologia da convulsão ainda desconhecida • Edema cerebral, isquemia, hemorragia ou vasoespasmo transitório, encefalopatia hipertensiva ou metabólica podem estar envolvidos • DD em convulsões subentrantes, coma, ou convulsão 48h pós-parto: punção liquórica, EEG, TC, arteriografia cerebral • Punção liquórica: sangue • EEG: hipoatividade cerebral difusa ou focal • TC: hematoma arteriovenoso ou trombose cerebral venosa FORMAS CLÍNICAS ECLÂMPSIA • Convulsões: invasão, contrações tônicas, contrações clônicas e coma* • Após convulsão: FR ↑ (50) Cianose e febre = alta mortalidade (SNC) • Complicações frequentes: bradicardia fetal, DPP • Cegueira em geral reversível (descolamento retina, isquemia ou infarto do lobo occipital) • DD: AVC, Tu ou abscesso, Encefalopatia hipertensiva, Feocromocitoma, Epilepsia, Meningite, Encefalite, etc DIAGNÓSTICO • Controle dos níveis de PA • Vigilância do ganho ponderal • Pesquisa do edema súbito • Avaliação do crescimento fetal • Labstix (1 + ou >) • Biópsia renal (risco na gravidez) RASTREAMENTO • Diminuição ↓ PA N 2º Trimestre • Testes da hipertensão supina (Gant) entre 28-32sem em DLE e decúbito dorsal (↑PAD ≥ 20mmHg). Falso Positivo freqüente. • Doppler das artérias uterinas: permanência da incisura nas duas artérias uterinas após 26 semanas. Inicia com 20 semanas. • Testes laboratoriais (↑ fibronectinas, ↓ excreção urinária de cálcio, ↑ hematócrito ). DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL Características PE pura PE sobreposta Idade jovem >30 anos Paridade I gesta X gesta Inicio Após 32-34s Antes 32-34s PA diastólica <110mmHg >110mmHg Fundoscopia espasmos + alterações orgânicas Creatinina Normal As vezes ↑ ECG Normal As vezes desvio p/Esq DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL Sinais e Sintomas PE leve PE grave PAD <110mmHg >110mmHg Proteinúria 1 a 2+ ≥ 2g/24h ou > 2+ Cefaléia occipital Ausente PRESENTE Aistúrbios visuais Ausente PRESENTE Dorepigástrica Ausente PRESENTE Oligúria (<600ml/24h) Ausente PRESENTE Creatinina sérica Normal Elevada (>0,8mg/dl) Plaquetopenia Ausente PRESENTE (<100.000/mm3) Hiperbilirrubinemia Ausente PRESENTE (>1,2mg/dl) Enzimas hepáticas Normais/↑ mínimo Elevadas (≥ 2X N) RCIU Ausente PRESENTE PROTOCOLOS DE CONDUTA Controvérsias na conduta de PE Leve: • Internação • Dieta • Anti-hipertensivo • Sedativos • Atividade física PROPEDÊUTICA CLÍNICA PE LEVE AVALIAÇÃO MATERNA: • Ht, Hb e Plaquetas • Ácido úrico, uréia e creatinina • Urina tipo I e proteinúria em urina de 24 horas AVALIAÇÃO FETAL: • Ecografia • Dopplervelocimetria • Cardiotocografia • Mobilograma diário CONDUTA PE LEVE AVALIAÇÃO DA VITALIDADE MATERNA E FETAL RESOLUÇÃO DA GRAVIDEZ NO TÊRMO : 40 semanas TIPO DE PARTO: Indicação obstétrica CONDUTA NA PE GRAVE • Diagnóstico cuidadoso e minucioso do estágio da PE grave e da idade gestacional • Conduta conservadora = vigilância ativa às condições clínicas e laboratoriais maternas + manuseio de anti-hipertensivos e/ou anticonvulsivantes + controle da vitalidade fetal • Maturidade: resolve (via vaginal é a recomendada) • Indução requer monitorização fetal intra-parto • Gestação pré-termo : DILEMA : MÃE x CONCEPTO • Conduta conservadora: riscos perinatais e maternos: consenso familiar • INTERNAÇÃO: Universal COMPLICAÇÕES NA PE GRAVE • Crise convulsiva • Crise hipertensiva aguda • HELLP síndrome • Rotura Hepática • Edema agudo pulmonar • Insuficiência Renal Aguda • Coagulopatia intravascular disseminada • Hemorragia cerebral • Descolamento prematuro de placenta CONDUTA CONSERVADORA PRÉ-ECLAMPSIA GRAVE Conduta de exceção quando a IG não permitir a resolução desde que haja controle da HA (PAd ≤ 90mmHg) • Terapia antihipertensiva de manutenção • Avaliação materna e fetal • Resolução da gestação: protocolo inicial • Orientações gerais • Dieta normosódica com até 2g/dia • Repouso em DLE • PA 4/4h • Balanço hídrico rigoroso • Peso diário PROPEDÊUTICA CLÍNICA PE GRAVE AVALIAÇÃO MATERNA: • Hemograma completo e Plaquetas; • Ácido úrico, uréia e creatinina • Bilirrubinas e enzimas hepáticas • LDH • Coagulograma • Urina tipo I e proteinúria em urina de 24 horas AVALIAÇÃO FETAL: • Cardiotocografia diária (IG> 28sem) • Ecografia (PF, grau maturidade placentária, ILA (2 x semana) • Perfil Biofísico Fetal • Dopplervelocimetria das aa uterinas, umbilicais, cerebral média e ducto venoso TRATAMENTO • Corticoterapia : consenso 26-34 semanas :↓ 50% MH • Repouso Físico e Psiquico: DLE ↑ fluxo uteroplacentário • Nutrição: hiperprotéica e hipocalórica • Anti-Hipertensivos • Anti-Convulsivantes • Parto Terapêutico ANTI- HIPERTENSIVO • AGUDO (controle da urgência/emergência) Vasodilatador (Cloridrato de Hidralazina) Bloqueadores de canal de cálcio (nifedipina) CRÔNICO (terapia de manutenção) Alfa-bloqueadores (alfa-metildopa) Beta-bloqueadores (pindolol e labetolol) Bloqueadores de canal de cálcio (nifedipina) ANTI- HIPERTENSIVO • ANTICONVULSIVANTES • Indicações: Profilaxia e tratamento das convulsões • Iminência de eclâmpsia, eclâmpsia e PE grave • Sulfato de Mg: 50% - ampola 10ml • Ataque 6g/ Manutenção 2g/h/ em bomba de infusão. • Manter por 24h após o parto ou após a última convulsão. • Suspender se ausência dos reflexos patelares ou diurese < 30ml/h ou FR < 16ipm). • PARTO TERAPÊUTICO • Interrupção da gravidez independente da presença de T. de Parto • Decisivo: 1. IG e estimativa do peso fetal (fundamental para prognóstico) 2. Sinais e sintomas de piora do QC materno 3. Deterioração nos exames laboratoriais 4. Evidência de vitalidade fetal comprometida • PARTO TERAPÊUTICO Importante: • PE Grave no 2ºT: ↑ morbidade materna e mortalidade perinatal. EUA 60 gestantes com PE Grave com IG < 28semanas: 87% de mortalidade perinatal, 51% de óbito intra-uterino, 22% de DPP e 17% de eclâmpsia e HELLP síndrome. • PE Grave no 3ºT: 28-34semanas: Conduta conservadora em centros terciários de atenção. QUESTÕES ÉTICAS ENVOLVIDAS COM A RESOLUÇÃO DO PARTO EM CONCEPTOS COM PREMATURIDADE EXTREMA • PARTO TERAPÊUTICO INDICAÇOES DE CESÁREA • Urgência materna e/ou fetal (coagulopatia materna, ascite e edema pulmonar, hematoma subcapsular hepático, choque, DPP c/ feto vivo, SFA). • Insuficiência placentária, oligoâmnio e RCIU • Colo uterino imaturo (Bishop < 6) Bloqueio anestésico de escolha : Raqui ou peridural ECLÂMPSIA ESTABILIZAÇÃO DA PACIENTE E MEDIDAS DE SUPORTE • Utilizar cânula de Guedel (queda da língua com obstrução) • O2 5l/min através de catéter nasal. • Evitar trauma materno. • Minimizar risco de aspiração. • Corrigir acidose, hidratar adequadamente a gestante. • Sonda vesical de demora. • ANTICONVULSIVANTES • Sulfato de Mg++ 50% • Convulsão é auto-limitada: Não usar Benzodiazepinico. Depressão Respiratória. • Episódio convulsivo após Sulfato de Mg++ - Repetir dose de ataque e aumentar dose de manutenção. • Se persistir convulsão: inicia-se Fenitoína • Se quadro convulsivo se mantiver: encaminhar para anestesia geral com suporte de UTI no pós-parto. PROGNÓSTICO PERINATAL • Propedêutica fetal (maturidade e vitalidade) ↓ óbito fetal • Assistência neonatal • Óbito fetal x PAD e níveis de proteinúria (Friedman e Neff, 1976) • Mau prognóstico: RCIU + Oligoâmnio (Witlin e cols, 2000) Seqüelas (prognóstico tardio) : índices de prematuridade CONDUTA PÓS-PARTO • Sulfato de Mg 24h pós-parto ou após a última convulsão. • Manter sulfato se paciente se mantiver sintomática. • Hipotensor de manutenção: PAS ≥160 ou PAD ≥110 (48 a 72h) . • Droga de escolha: METILDOPA /CAPTOPRIL (picos) • Rastreamento de complicações hematológicas e hepáticas. • Evitar antiinflamatórios. • Não contra-indicar amamentação. • Planejamento familiar. DIABETES MELLITUS • Síndrome de etiologia múltipla, decorrente da secreção inadequada e/ou diminuição da resposta dos tecidos à insulina (MS, 2006) • Caracteriza-se por hiperglicemia, frequentemente acompanhada de dislipidemia, hipertensão arterial e disfunção do endotélio. • Consequencias decorrentes de lesões micro e macrovasculares: disfunção, dano ou falência : olhos, rins, nervos, cérebro, coração e vasos sanguineos. DIABETE MELLITUS E GRAVIDEZ • Momento oportuno para o rastreamento • Os eventos adversos para mãe e concepto podem ser evitados/atenuados com orientação alimentar e atividade física e às vezes uso de insulina • Responsável por elevados indices de morbimortalidade perinatal, principalmente macrossomia fetal e malformações congênitas • Malformações mais frequentes: DTN e Cardiopatias FISIOPATOLOGIA • Causa exata desconhecida Fatores de risco: • História de diabetes gestacional • DM com parentesco em 1º grau • Baixa estatura (< 1,50 m) • Idade superior a 25 anos • Obesidade ou ganho de peso na gestação • SOP e hiperinsulinismo; • História morte fetal ou neonatal • História de macrossomia • Hipertensão ou pré-eclâmpsia atual • Crescimento fetal excessivo e polidrâmnio CLASSIFICAÇÕES ETIOLÓGICA • Tipo I (10%), Tipo II (90%), D. Gestacional: ESTÁGIOS DA DOENÇA • Os diferentes tipos podem evoluir para estágio avançado: insulina • Alterações na regulação glicêmica (tolerância a GL diminuida ou GL de jejum alterada) podem preceder o diagnóstico QUADRO CLÍNICO • Poliúria • Polidipsia • Polifagia • Perda de peso involuntária • Cansaço/Fraqueza • Aumento de peso • Prurido cutâneo e vulvar • Infecções recorrentes • Complicações crônicas (neuropatia, retinopatia,DCV aterosclerótica) QUADRO CLÍNICO CONSEQUÊNCIAS DA HIPERGLICEMIA: • 1. MÃE – ITU; – Pielonefrite; – Candidíase vaginal; – Lesões vasculares; – Pré-eclâmpsia • 2. FETO: – Macrossomia; – Tocotraumatismo – Hipoglicemia fetal; – Morte fetal intra-útero; – Parto prematuro ( LA) DIAGNÓSTICO • Rastreamento universal: 24-28 sem. • Se Fatores de Risco Rastreamento precoce DIAGNÓSTICO Glicemia de Jejum 1ª Consulta < 85 mg/dl 85-125 mg/dL ≥126 mg/dL FR RASTREAMENTO POSITIVO DIABETES RASTREAMENTO NEGATIVO NÃO SIM TTOG 75 g DIABETES GESTACIONAL DIAGNÓSTICO TTGO 75g: 0h: 92 mg/dl 1h: 180 mg/dl 2h: 153 mg/dl ADA 2011 TRATAMENTO • Monitorização glicêmica • Orientação nutricional • Insulinoterapia • Atividade Física OBS.: Não usar hipoglicemiantes orais TRATAMENTO MONITORIZAÇÃO GLICÊMICA: • Glicemia plasmática ou capilar Obs.: glicosúria não é adequada • Normal: – GJ < 90 mg/dL (entre 70 e 90 mg/dl) – GPP < entre 100 e 120 mg/dL • Retornos: – 2 sem ( até 32ª sem) 1 sem (a partir 32ªsem) TRATAMENTO DIETA: • Ganho de Peso: < 250 g/sem • 30 (35) Kcal/Kg/dia (não obesa) – 40-50% de carboidratos – 15-25% de proteínas – 25-30% de lipídios TRATAMENTO INSULINOTERAPIA: • Glicemia >105 (J) ou > 120 mg/dl (PP) • Dose total diária varia de 0,8 a 2,0 UI/kg • 2 injeções diárias: – Manhã:2/3NPH + 1/3IR – Noite: 1/2NPH + 1/2IR INSULINOTERAPIA: OBS: – 1º trim: Glicose p/ o feto Hipoglicemia materna Dose de insulina (60-70%) – 2º e 3º trim: Horm contra- insulínicos resistência insulina Dose de insulina AVALIAÇÃO FETAL: • Avaliação Clínica – Mobilograma (>7 MF 2 x dia PP) • US obstétrico: 1º ,2º e 3º trimestre • Ecocardiografia fetal: 22-28 sem • Vitalidade fetal: 1. CTG (30s 1x/ 34s 2x/ 36s diário) 2. PBF (60% S para anóxia) 3. Dopplerfluxometria : Insuficiência Placentária MANEJO OBSTÉTRICO Época do Parto: - Paciente compensada, vitalidade fetal preservada- aguardar maturidade fetal (38 a 40 sem) - Casárea ou indução Aleitamento deve ser estimulado MANEJO OBSTÉTRICO INTERNAÇÃO • Glicemias > 200 mg/dl ou < 50 mg/dl • S/ controle adequado com orientação nutricional/ ajuste da insulinoterapia • PARTO: – Indicação Obstétrica – Complicações: Cesárea REAVALIAÇÃO PÓS-PARTO • TTOG (75g): após 6 semanas • Mesmo se reavaliação normal Maior risco de desenvolver DM. (50 A 60% DM2 em 10 anos). • Controle de peso: – Hábitos alimentares saudáveis – Atividade física regular REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS • NEME, B. – Obstetrícia Básica. 3a ed. São Paulo: Sarvier, 2005. • MINISTÉRIO DA SAÚDE – Gestação de Alto Risco: manual técnico. 3a ed. Brasília: Ministério da Saúde, 2000. 164p. • MINISTÉRIO DA SAÚDE/FEBRASGO – Urgências e Emergências Maternas: guia para diagnóstico e conduta em situações de risco de morte materna. Brasília: Ministério da Saúde, 2000. 118p. • MINISTÉRIO DA SAÚDE – Pré-Natal e Puerpério : manual técnico. 3ª ed. Brasília: Ministério da Saúde, 2006. 152p. • FEBRASGO – Diabete e Hipertensão na Gravidez : Manual de Orientação. 1ª ed. São Paulo: FEBRASGO, 2004. 91p.
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