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Pesquisa e Prática em Educação IV
Aula 09
Pesquisa Qualitativa em Educação
Tema da Apresentação
NOME DA AULA – AULA1
NOME DA DISCIPLINA
Conteúdo Programático desta aula
CHIZZOTTI, Antonio. A pesquisa qualitativa em ciências humanas e sociais: evolução e desafios. Revista Portuguesa de Educação.
Estudos quantitativos em Educação de Bernadette A. Gatti
Tema da Apresentação
NOME DA AULA – AULA1
NOME DA DISCIPLINA
CHIZZOTTI, Antonio. A pesquisa qualitativa em ciências humanas e sociais: evolução e desafios. Revista Portuguesa de Educação.
Introdução:
recobre hoje um campo transdisciplinar na área de ciências humanas e sociais;
multiparadigmas de análise: positivismo, fenomenologia, hermenêutica, marxismo, teoria crítica e construtivismo;
adoção de multimétodos de investigação para o estudo de um fenômeno (objeto);
diferentes tradições de pesquisa e diversos autores se autodenominam de qualitativos;
opõem-se, de modo geral, à quantitativa (ciências naturais);
Tema da Apresentação
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muitos pesquisadores ligados a pesquisa convencional (quantitativa) vem demonstrando interesses pela pesquisa qualitativa;
territórios amplamente explorados pela pesquisa convencional, como pesquisas de opinião, de atitudes, de tendências eleitorais socorrem-se mais e mais da pesquisa qualitativa;
Tema da Apresentação
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abriga uma modulação semântica e atrai uma combinação de tendências que a fundamentam (fenomenológica, construtivista, crítica, etnometodológica, interpretacionista, feminista, pós-modernista);
podem ser designadas pelo tipo de pesquisa: etnográfica, participante, pesquisa-ação, história de vida e etc.
Tema da Apresentação
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associado ao romantismo e ao idealismo, e às querelas metodológicas do final do século XIX, reivindicando uma metodologia autônoma (neokantismo);
finalidade: estabelecer as fases evolutivas pregressas da sociedade europeia ocidental, contraposta a outros povos colonizados ou culturas primitivas; 
Cinco marcos que sintetizam as transformações e as contribuições novas que ampliaram o campo e o significado da pesquisa qualitativa
PRIMEIRO MARCO:
Tema da Apresentação
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outros estudos descreveram as precárias condições de vida dos trabalhadores urbanos e rurais, na era da industrialização, resultando nas descrições das mazelas de vidas ignoradas ou exploradas e preconizavam urgentes ações saneadoras das adversidades reveladas;
outros estudos (inspirados no evolucionismo de Darwin e Spencer) desejam identificar as fases evolutivas que trazem o passado ao momento presente;
 PRIMEIRO MARCO:
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Comte inspira a adoção de um método “comparativo” para o estudo da diversidade de sociedades e culturas, que demonstre a cadeia evolutiva diacrônica (três estados: civilizados, bárbaros e primitivos) dos seres humanos que progridem de estágios primitivos até o mundo civilizado e explique o estado sincrônico desigual da vida intelectual e moral dos povos.
 PRIMEIRO MARCO:
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ocupa a primeira metade do século XX;
o nacionalismo favorecia a recuperação do local sobre o universal, dos costumes, práticas populares e do folclore como vestígios de tempos vividos, como objetos de relevâncias científicas;
 SEGUNDO MARCO:
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impulsionadas pelos estudos sócio-culturais, a antropologia constitui-se em uma disciplina distinta da história e procura estabelecer meios de estudar como vivem os seres humanos;
o historicismo alemão traz os debates em torno da fundamentação das “ciências do espírito” e o desenvolvimento de uma metodologia das ciências histórico-sociais abriram novas perspectivas analíticas para a investigação dos fatos humanos e sociais;
 SEGUNDO MARCO:
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a história, a antropologia, a sociologia, a educação consolidam-se como novos campos de investigação científica;
profissionalização da pesquisa;
método e pesquisa etnográfica (busca fundamentar a descrição científica das observações sobre a vida do “outro”, procurando enquadrar seu relato nos critérios científicos de validade, confiabilidade e objetividade);
a Escola de Chicago criou um método interpretativo realista a partir das narrativas orais de história de vida cotidiana de pessoas comuns.
SEGUNDO MARCO:
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demarcado entre o após II Guerra até os nos 70 – fase áurea da pesquisa qualitativa e se consolida como um modelo de pesquisa;
novas teorias (oriundas da Escola de Chicago) como o interacionismo simbólico dão suporte à etonometodologia, as teorias da construção da realidade social e à dramaturgia;
TERCEIRO MARCO:
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novas concepções e práticas derivadas da fenomenologia, da hermenêutica, do marxismo e das teorias críticas neomarxistas trazem novos problemas de estudos sobre: culturas diferentes, grupos e subgrupos e introduzem novos aportes teóricos e metodológicos sobre a significação, na pesquisa, do sujeito nas suas interações com outros e com a sociedade;
 TERCEIRO MARCO:
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NOME DA DISCIPLINA
Revigora o debate qualitativo versus quantitativo: contestação do modelo único de pesquisa;
crítica à hegemonia dos pressupostos experimentais, ao absolutismo da mensuração e à cristalização das pesquisas sociais em um modelo determinista, causal e hipotético dedutivo;
críticas aos pressupostos ontológicos, epistemológicos e metodológicos do modelo convencional e;
TERCEIRO MARCO:
Tema da Apresentação
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NOME DA DISCIPLINA
reconhecimento do sujeito, dos valores dos significados e intenções da pesquisa, afirmando a interdependência entre teoria e prática, a importância da invenção criadora, do contexto dos dados e da inclusão da voz dos atores sociais;
por outro lado: a pesquisa qualitativa, ainda atada ao positivismo, empenha-se em dar fundamentação rigorosa e formalizar os métodos científicos qualitativos, recorrendo a algum expediente quantitativo;
 TERCEIRO MARCO:
Tema da Apresentação
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NOME DA DISCIPLINA
os pesquisadores qualitativos: contestam a neutralidade científica do discurso positivista e afirmam a vinculação da investigação com os problemas ético-políticos e sociais, declaram-se comprometidos com a prática, a emancipação humana e a transformação social;
a pesquisa científica expande-se graças aos recursos crescentes dos fundos públicos e se torna um programa político dos países desenvolvidos, principalmente diante da competição produzida, no período da Guerra Fria e a luta pela supremacia científica mundial (Estados Unidos e União Soviética);
criação de institutos e centros de pesquisas reunindo os pesquisadores em torno dos programas de pesquisa, área de conhecimento ou temas específicos, gerando um incremento grande da pesquisa científica. 
Tema da Apresentação
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NOME DA DISCIPLINA
confluência de tendências, disciplinas científicas, processos analíticos, métodos e estratégias aportam à pesquisa qualitativa criando um campo amplo de debates, sobre o estatuto da pesquisa;
o estruturalismo, o pós-estruturalismo, o pós-modernismo introduzem críticas à autoridade privilegiada de teorias, certezas, paradigmas, narrativas e métodos de pesquisa e à pretensões de descrições do “outro”;
a fenomenologia,
o marxismo, o positivismo, o construtivismo buscam novos referenciais diante das questões abertas pela crítica, a ética, o estatuto da verdade, o feminismo, o terceiro mundo e as multidões salientes;
QUARTO MARCO - Década de 70 e 80 (séc. XX):
Tema da Apresentação
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NOME DA DISCIPLINA
as pesquisas tendem ao estudo de questões delimitadas, locais, apreendendo os sujeitos no ambiente natural em que vivem, nas suas interações interpessoais e sociais:
há uma fusão transdisciplinar nas ciências humanas e sociais;
os textos científicos socorrem-se de diferentes gêneros literários para expor os significados extraídos de documentos, práticas, símbolos, contos, relatos de campo, experiência pessoal, casos etc., ou buscam analogia do mundo social com o teatro, o drama, o jogo, a dança gerando uma mixagem de estilística textual.
QUARTO MARCO - Década de 70 e 80 (séc. XX):
Tema da Apresentação
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Década de 90: demarcada pelo desaparecimento do único sistema concorrencial ao capitalismo liberal (comunismo soviético), abrindo caminho para a globalização planetária do capitalismo e ascensão dos programas políticos neoliberais;
de um lado, ressurge a confiança nas teses da “sociedade do conhecimento” e o “fim das ideologias” e no poder apaziguante do consumo capitalista, fortalecido pelas novas tecnologias; de outro, aguça-se o vigor analítico das teorias críticas, denunciando as desigualdades subjacentes e essa ilusão igualitária;
QUARTO MARCO - Década de 70 e 80 (séc. XX):
Tema da Apresentação
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NOME DA DISCIPLINA
o pesquisador está marcado pela realidade social, toda observação está possuída de uma teoria, o texto não escapa a uma posição no contexto político e a objetividade está delimitada pelo comprometimento do sujeito com sua realidade circundante;
QUARTO MARCO - Década de 70 e 80 (séc. XX):
Tema da Apresentação
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NOME DA DISCIPLINA
as pesquisas absorvem as temáticas do pós-modernismo para objetar à racionalidade tecno-instrumental, que comanda a pesquisa convencional, a fim de revelar a originalidade criadora da investigação ou recorrem às sensibilidades para analisar as possibilidades estéticas dos estilos discursivos ou textuais da pesquisa; ou recorrem ao pós-modernismo, como crítica política às relações de poder e dominação, que subjazem às relações de classe, gênero, raça, etnicidade, colonialismo e culturas, para desmistificar a neutralidade e apresentar os múltiplos focos de coerção e poder que uma investigação acurada descobre.
QUARTO MARCO - Década de 70 e 80 (séc. XX):
Tema da Apresentação
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NOME DA DISCIPLINA
na pesquisa educacional brasileira poucos estudos empregam metodologias quantitativas;
há mais de duas décadas que na formação de educadores não se contemplam estudos disciplinares sobre esses métodos;
há problemas educacionais que necessitam ser qualificados através de dados quantitativos;
dificuldade de leitura crítica, consciente, dos trabalhos que utilizam o método quantitativo e geram na área educacional dois comportamentos típicos: ou se acredita plenamente em qualquer dado citado ou se rejeita qualquer dado traduzido em número por razões ideológicas reificadas, anteriormente;
Estudos quantitativos em Educação de Bernadette A. Gatti
Tema da Apresentação
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NOME DA DISCIPLINA
No emprego dos métodos quantitativos precisamos considerar dois aspectos: 
a) que os números, frequências, medidas, têm algumas propriedades que delimitam as operações que se podem fazer com eles, e que deixam claro seu alcance; 
b) as boas análises dependem de boas perguntas que o pesquisador venha a fazer, ou seja, da qualidade teórica e da perspectiva epistêmica na abordagem do problema, as quais guiam as análises e as interpretações. (p. 13)
Estudos quantitativos em Educação de Bernadette A. Gatti
Tema da Apresentação
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NOME DA DISCIPLINA
O uso de dados quantitativos na pesquisa educacional no Brasil nunca teve uma tradição sólida ou uma utilização mais ampla. Isto dificulta o uso desses instrumentos analíticos e a construção de uma perspectiva consistente;
dificulta a leitura crítica e contextuada quando dados quantitativos são trazidos à discussão, seja nos âmbitos acadêmicos, sejam em âmbito público. (p. 14)
SEM TRADIÇÃO SÓLIDA
Tema da Apresentação
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os métodos quantitativos de análise são recursos para o pesquisador, o qual deve lidar com eles em seu contexto de reflexão e, não, submeter-se cegamente a eles, entendendo que o tratamento desses dados por meio de indicadores, testes de inferência, etc. oferecem indícios sobre as questões tratadas, não verdades; que fazem aflorar semelhanças, proximidades ou plausibilidades, não certezas;
Abordagem quantitativa: significado e condições
Tema da Apresentação
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há diversas formas de se obter quantificações, dependendo da natureza do objeto, dos objetivos do investigador e do instrumento de coleta. Três tipos de dados: categóricos, ordenados e métricos; (p. 14)
cada tipo de dado implica tipos diferentes de tratamento estatístico possíveis;
o que se procura ao criar uma tradução numérica ou categoria dos fatos, eventos, fenômenos, é que esta tradução tenha algum grau de validade racional, teórica, no confronto com a dinâmica observável dos fenômenos. (p. 15)
Abordagem quantitativa: significado e condições
Tema da Apresentação
NOME DA AULA – AULA1
NOME DA DISCIPLINA
Da página 15 até a 26 a autora faz considerações sobre pesquisas quantitativas em educação no Brasil, destacando trabalhos desenvolvidos sobre os seguintes temas: analfabetismo, percurso escolar e fracasso escolar; fluxo escolar/análise de cortes: outra metodologia; a questão do letramento; políticas de educação básica; financiamento da educação/municipalização; fatores sociais e educação; os jovens e a educação; avaliação educacional; temas variados/estudos amostrais menores.
Abordagem quantitativa: significado e condições
Tema da Apresentação
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NOME DA DISCIPLINA
as análises quantitativas trazem subsídios concretos para a compreensão de fenômenos educacionais indo além dos casuísmos e contribuindo para a produção/enfrentamento de políticas educacionais, para planejamento, administração/gestão da educação, podendo ainda orientar ações pedagógicas de cunho mais geral ou específicos. Permitem desmistificar representações, preconceitos, sobre fenômenos educacionais, construídos a partir do senso comum do cotidiano, ou do marketing;
C O N C L U S Ã O
Tema da Apresentação
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melhoria da qualidade das perspectivas quantitativas;
é inegável que sem dados de natureza quantitativa muitas questões sociais/educacionais não poderiam ser dimensionadas, equacionadas e compreendidas;
os processos necessários à quantificação podem levar a mistificação do fenômeno, pelo que não se pode deixar de ter domínio sobre estes condicionantes e leva-los em conta;
C O N C L U S Ã O
Tema da Apresentação
NOME DA AULA – AULA1
NOME DA DISCIPLINA
não se pode deixar de trabalhar com apoio de sólido referencial teórico transcendendo a essas moldagens, permitindo a visão clara dos limites desses estudos; quanto aos diferentes registros de escolarização, Ferrari (2002, p. 44) comenta que: “a área de educação poderia dar mais atenção às potencialidades, aos limites e aos métodos relacionados com o uso de dados originados de fontes como os censos, as PNADs e os registros escolares. Temo que, com o argumento de livrar-se do quantitativismo e dos problemas relacionados com a utilização das estatísticas educacionais, tenham-se acabado por jogar fora a criança junto com a água do banho. Se assim foi, talvez se possa ainda recuperá-la”. 
C O N C L U S Ã O
Tema da Apresentação

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