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1 FACE – DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS E ATUARIAIS ANÁLISE ECONÔMICO-FINANCEIRA I Prof. Paulo Augusto P. de Britto AN, 1, 2 e 3 2 ASPECTOS FINANCEIROS INTERNOS Empresa como tomadora de duas grandes decisões: aplicação/investimento captação/financiamento 3 RETORNO GERADO PELOS ATIVOS E CUSTO DO PASSIVO Análise comparativa entre retorno que ativos são capazes de produzir e o custo dos recursos alocados para seu financiamento, num dado período. Princípio fundamental para criação de valor RETORNO ≥ EXPECTATIVA MÍNIMA DE GANHO em que a expectativa mínima de ganho indica o custo de oportunidade dos recursos. 4 CUSTO DOS RECURSOS PRÓPRIOS E DE TERCEIROS Recursos de uma empresa podem originar-se de seus proprietários ou de credores Aos credores é paga uma remuneração chamada de juros e demais despesas financeiras – é custo do capital de terceiros. Aos proprietários é pago um retorno pelo investimento de risco, o retorno sobre o capital investido – é o custo dos recursos próprios. 5 Em condições econômicas normais Custo do capital próprio > Custo do capital de terceiros Isso porque o capital de terceiros envolve prazo fixo para pagamento, taxa pré-determinada, garantias e preferência em caso de liquidação. Acionista exige retorno maior por assumir maiores riscos - não há remuneração ou prazo especificado. Há, ainda, o efeito de regras tradicionais de tributação: o lucro é tributado após dedução de despesas financeiras. 6 Economia de IR associada às despesas financeiras: DF = $ 1.000; IR = 34%; Taxa de Juros: 15% DF Líquida = DF (1 – IR) = $ 1.000 (1– 0,34) = $ 660 Economia de IR = $ 340. Taxa de Juros Efetiva = Tx. Juros x (1 – IR) = 15%(1 – 34%) = 9,9% 7 CUSTO DO CAPITAL DE TERCEIROS A CURTO E A LONGO PRAZOS Custo de uma operação de financiamento a longo prazo normalmente supera o de a curto prazo em razão dos maiores riscos assumidos pelo credor. São riscos associados à previsão de condições futuras e de flutuações nas taxas de juros. CUSTO DO CAPITAL DE TERCEIROS E ENDIVIDAMENTO Custo da dívida aumenta quanto maior o nível de endividamento da empresa. Isso porque são mais agentes com direitos concorrentes sobre o resultado e os ativos da empresa. o Para empresas muito endividadas pode ser o caso do custo da dívida marginal superar o custo do capital próprio. o No limite, pode não ser possível a empresa elevar seu endividamento. 8 OBJETIVO DAS EMPRESAS Maximização da riqueza dos acionistas, considerando os riscos. o Empresas são de propriedade de agentes consumidores racionais maximizadores de utilidade e, portanto, devem contribuir para esse objetivo. Lucro x Riqueza: o Riqueza: incorpora, de forma implícita, preocupação com o risco o Lucro: não atribui importância ao risco. Uma empresa pode apurar lucro líquido no exercício, e este resultado ser insuficiente para remunerar o risco do investimento. Nessa situação e empresa destrói valor. 9 ANÁLISE DE BALANÇOS Ênfase à riqueza. 10 OBJETIVOS E CRITÉRIOS DA ANÁLISE DE BALANÇOS Informações sobre posição econômica e financeira o Desempenho econômico-financeiro absoluto o Comparação com o desempenho do setor o Comparação com alternativas de investimento Causas e tendências Atratividade de investir em ações da empresa Atratividade em emprestar dinheiro para a empresa Risco de uma determinada oportunidade de investimento 11 METODOLOGIA DE ANÁLISE Esquema básico proposto: A Empresa e o Mercado – descrição do mercado e da posição da empresa nesse mercado. Relatórios Financeiros –avaliação dos procedimentos contábeis padronizados. Análises Horizontal e Vertical – evolução dos indicadores ao longo do tempo (horizontal) e da participação relativa de cada valor em relação ao total (vertical). Análise de Liquidez – análise da capacidade de pagamento da empresa, suas condições financeiras de cobrir no vencimento todos os seus compromissos passivos assumidos. Revela, ainda, o equilíbrio financeiro e suas necessidades de capital de giro. 12 Análise do Endividamento – avalia a proporção dos recursos próprios e de terceiros mantidos pela empresa, sua dependência financeira por dívidas de curto prazo, a natureza de suas exigibilidades e seu riso financeiro. Análise de Rentabilidade e Lucratividade – avalia o desempenho econômico da empresa, dimensionando retorno sobre os investimentos e a lucratividade das vendas. Análise de Valor – avalia a capacidade da empresa em gerar lucro líquido e valor econômico aos acionistas; mede e avalia a riqueza agregada. Conclusões – resumo da situação econômico-financeira da empresa e suas perspectivas de desempenho.
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