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Otite Aguda Média 1 � Otite Aguda Média Infecção de desenvolvimento rápido, com sinais e sintomas de inlamação aguda da cavidade média da orelha. é autolimitada e com baixa frequência de complicações e mortalidade. É de importãncia que o diagnóstico seja feito rápido para evitar uso excessivos de antimicrobianos. A história natural da doença tem evolução espontânea em 80% dos casos, e independe da adesão ao tratamento ou do tipo de medicação. É normalmente causada por patógenos bactérianos, mas aprecedida por infecção viral. DEFINIÇÃO A OMA é a presença de líquido preenchendo a cavidade da orelha édia sob pressão, de início abrupto e com sinais de inflamção. Otite Aguda Média 2 EPIDEMIOLOGIA até os 3 anos de idade, 3/4 crianças apresentará um sintoma de OMA, e com 2 anos, 1 em 5 terá OMA recorrente. → A OMA é mais prevalente no lactente e na criança pequena. FATORES DE RISCO → Hospedeiro: OMA < 6 meses de idade; fenda palatina; síndrome de Down; malformações craniofaciais; imunodeficiência; alergias.; doença do refluxo gastroesofágico; → Ambientais: meses frios; creches e berçáros; exposição ao tabagismo passivo; mamadeiras Aleitamento é um fator de proteção PATOGÊNESE Tuba auditiva (TA) da crinaça: mais curta, alongada, flácida, que favorece a progressão de MO da faringe para a orelha média. ➡ A TA ventila a orelha média. Durante o repouso, encontra-se fechada. Sua luz é virtual e abre-se de forma intermitente pela contração do músculo tensor do véu palatino durante a deglutição ou o bocejo. Ao nascimento, o RN tem altos níveis de IgG materno. Os anticorpos vão sendo susbstituidos gradualmente aos 5-6 meses. Qual é o processo patogênico comum da OMA? Otite Aguda Média 3 Geralmente é desencadeada por uma infecção, IVAS + disfunção da TA + disfunção imunológica. Acredita-se que essa infecção cause uma obstrução da TA, o que prejudica a ventilação da orelha média. Isso faz com que se crie u uma pressão negativa favorecendo a secreção dfe muco, que se acumula na cavidade. A estase do muco favorece a proliferação de algumas bactérias da nasofaringe. O acúmulo de muco, gera o edemaciamento da MT, otalgia intensa, e até autodrenagem É comum a OMA ser precedida por IVAS ou um “resfriado comum”. A infecção viral pode criar uma disfunção nos microorganismos da nasofaringe, facilitando a progressão de bactérias patogênicas para orelha média. As IVAS causam uma disfunção na pressão dos líquidos da orelha média. Os vírus agiriam como copatógenos, predispondo à infecção bacteriana. ➡ A infecção viral inicia o desenvolvimento da OMA, pavimentando o caminho em direção a uma OMA bacteriana, aumentando a presença de otopatógenos bacterianos na nasofaringe. MICROBIOLOGIA � A OMA ocorre mais frequentemente como consequência de uma IVAS que causa inflamação/disfunção da TA, à pressão negativa da orelha média e ao movimento de secreções, contendo os vírus causadores da IVAS e as bactérias patogênicas, para a cavidade da orelha média. Qual é o Padrão ouro para detrerminar a etiologia bacteriana da OMA? Cultura do líquido da orelha média por timpanocentese, otorreia espontânea ou drenagem. Otite Aguda Média 4 Quais são os principais patógenos na OMA? Streptococcus pneumoniae 31%R Haemophilus influenzae não tipável 56% Moraxella catarrhalis 17% <5% Streptococcus pyogenes do grupo A Algums vírus já foram encontrados no líquido como o VSR - Vírus Sincicial aRespiratório e o rinovírus, mas não se sabe ao cero o papel deles (se são só patogênicos ou só facilitam a infecção bacteriana). � A maioria dos patógenos da orelha média deriva da nasofaringe, porém nem todos os patógenos da nasofaringe são otopatógenos. OBS: Os achados clínicos isolados não permitem diferenciar qual é o agente etiológico, porém, em casos de infecção por pneumococco, é mais comum ter febre, otalgia e abaulamento da membrana timpânica. os casos por H. influenzae, é mais comum sr bilaterale mais grave, além de uma conjuntivite purulenta. SINAIS E SINTOMAS Otite Aguda Média 5 → otorreia - define o diagnóstico e a bilateralidade é um fator de gravidade. → otalgia → não se deve confundi-la com a otalgia da otite externa das crianças que estão expostas a água de piscinas. Essa otalgia cursa sem febre, sem história pregressa de IVAS e com relação causa/efeito: a orelha da criança esteve em contato com água de mar ou piscinas, situação mais sazonal, ocorrendo, em geral, no verão. → IVAS prévia. → choro excessivo → febre → alterações de comportamento e do padrão do sono → irritabilidade → diminuição do apetite → diarreia. → MT hiperemiada (fase inicial) ou opaca (mais evoluído, podendo chegar até a perfuração) → abaulamento da MT → redução da motilidade A idade da criança (< 24 meses), a gravidade dos sintomas, a presença de otorreia aguda e a bilateralidade direcionam o tratamento da OMA de maneira mais incisiva. DIAGNÓSTICO Academia Americana de Pediatria (AAP): Para o diagnóstico de OMA: história de início agudo de sinais e sintomas, presença de efusão na orelha média + sinais e sintomas de inflamação da orelha média. Realizar a pneumo- otoscopia. Efusão: opacidade da MT, mobilização reduzida. Inflamação: abaulamento: otalgia; eritema intenso. Otite Aguda Média 6 Na foto 1 e 2: otite aguda média com efusão. Otite Aguda Média 7 → Deve ser sempre confirmada com otoscopia. → otoscópico adequado, lâmpadas adequadas, especulos de tamanho adequado, limpeza e remoção do cerume. → sinais de alteração visíveis na otoscopia: mudanças de translucidez, forma, cor, vascularização e integridade. ABAULAMENTO, tem sensibiliade de 67% e especificidade de 97%. TRATAMENTO Melhora espontânea em 80% dos casos, sem antibióticos nem complicações. Manter em acompanhamento e caso não haja melhora dentro de 48-72 hrs, entrar com o antibiótico. Otite Aguda Média 8 → Tratar a dor com analgésicos, independente da administração de antibiótiocos. Qual é a indicação para a Antibioticoterapia? OMA bilateral ou unilateral; 6 meses de idade ou mais COM sinais e sintomas graves (febre >39°, ou persistência por mais de 48 horas. OMA Bilateral < 24 meses SEM sinais e sintomas de gravidade ou com otorreia aguda. Doença grave alto risco de complicações - como malformações craniofaciais. Após a falha do tratamento expectante. Amoxicilina - Fármaco de escolha segundo a AAP. Indicada para crianças: 1. que não usaram amox nos últimos 30 dias; 2. que não estaõ com conjuntivite purulenta 3. que não foram alérgicas - nesse caso optar por clindamicina oiu macrolídeo. Caso tenha algum desses empecílios, optar por uma cobertura adicional de clavulanato, cefuroxima ou cefitriaxone) Doses: 2-5 anos + OMA moderada: 10 dias; < 6 anos + OMA leve: 5-7 dias. Outros fármacos, como corticosteroides, anti-histamínicos, descongestionantes e anti-inflamatórios não hormonais, não têm Otite Aguda Média 9 sustentação científica, pois não há estudos confiáveis do tipo randomizado controlado que atestem sua eficácia. PREVENÇÃO Vacinação: vacinas pneumocócicas conjugadas; reduzir chupetas, estimular aleitamento, reduzir a exposição à fumaça do tabaco.
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