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Aula 09 - Direito Processual Penal - Curso Estágio Ministério Público Estadual

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AULA 09 – DIREITO PROCESSUAL PENAL
Mi
	
	CURSO: Ministério Público Estadual
Estagiando Direito
@estagiando_direito_
2
Considerações iniciais
Vamos continuar o nosso curso, hoje vamos para os Sujeitos Processuais. Devido a sua grande relevância para o processo como um todo vem caindo em várias questões, principalmente a parte referente aos impedimentos e suspeição. É de extrema importância a leitura dos artigos referentes as todo o capitulo dos sujeitos processuais e do MP, pois são MUITAS questões caem de forma idêntica a lei seca. Por fim, deixamos alguns comentários de doutrinas para facilitar a compreensão do conteúdo e aprofundar ainda mais o nosso conhecimento.. Qualquer dúvida, elogio, reclamação pode nos enviar no direct do nosso Instagram, será um grande prazer em conversar com vocês.
Sujeitos do processo 
Como a própria nomenclatura sugere, sujeitos são todas as pessoas que participam do processo, de forma direta ou indireta, intervindo na prática de atos processuais. Sinteticamente, para que o processo penal possa acontecer, faz-se necessário que o acusador/autor (Ministério Público ou querelante) incite uma prestação jurisdicional mediante oferecimento de uma inicial acusatória, que será deduzida contra alguém, que é o acusado/réu, incumbindo ao magistrado a aplicação do direito objetivo de acordo com as provas produzidas ao longo da instrução do caso concreto.
Podem ser classificados entre sujeitos principais e sujeitos secundários. 
· Sujeitos principais (ou essenciais): são aqueles sem os quais o processo não se desenvolve. Somente com suas presenças se torna possível uma relação jurídica processual regularmente instaurada. São eles: o juiz, o acusador – Ministério Público ou querelante, e o acusado. 
· Sujeitos secundários (acessórios ou colaterais): são aqueles que não são imprescindíveis para que haja validade da relação processual, mas que podem intervir no processo com o fito de deduzir uma pretensão determinada. São eles: assistente de acusação e terceiros interessados.
Juiz 
Considerando ser pressuposto do processo penal a existência de um conflito de interesses ou uma pretensão resistida, necessário o surgimento da figura do juiz, que será responsável por resolver a ‘lide’, trazendo um resultado justo ao processo.
· Capacidade para ser juiz: todas as pessoas físicas têm capacidade para ser juiz, desde que preenchidos certos requisitos, os quais estão dispostos na própria Constituição Federal.
· a) capacidade genérica de exercício: é aquela que deriva de nomeação oriunda do Poder Executivo e ulterior posse no exercício do cargo, os quais são precedidos de concurso de provas e títulos, com a participação da Ordem dos Advogados do Brasil, obedecendo-se, nas nomeações, à ordem de classificação; 
· b) capacidade especial de exercício: dizem respeito à competência e à imparcialidade da autoridade jurisdicional, subdividindo-se em objetiva e subjetiva. Capacidade especial objetiva diz respeito à competência, ao passo que a subjetiva refere-se à ausência de causas de impedimento, suspeição e incompatibilidade que impeçam o juiz de exercer jurisdição em determinado feito.
· Funções do juiz no processo penal: certamente, um dos principais objetivos do processo penal é a aplicação correta do direito penal material ao caso concreto, o que se opera quando o juiz profere a sentença penal, seja ela condenatória ou absolutória.
Art. 251. Ao juiz incumbirá prover à regularidade do processo e manter a ordem no curso dos respectivos atos, podendo, para tal fim, requisitar a força pública.
Garantias e vedações dos juízes:
Art. 95, CF. Os juízes gozam das seguintes garantias: 
I - vitaliciedade, que, no primeiro grau, só será adquirida após dois anos de exercício, dependendo a perda do cargo, nesse período, de deliberação do tribunal a que o juiz estiver vinculado, e, nos demais casos, de sentença judicial transitada em julgado; 
II - inamovibilidade, salvo por motivo de interesse público, na forma do art. 93, VIII; 
III - irredutibilidade de subsídio, ressalvado o disposto nos arts. 37, X e XI, 39, § 4º, 150, II, 153, III, e 153, § 2º, I.
Imparcialidade do juiz
Da imparcialidade decorre a necessidade de se estudar as causas de impedimento, suspeição e incompatibilidade do juiz.
· Impedimento: As causas de impedimento do juiz estão previstas, taxativamente, nos artigos 252 e 253 do Código de Processo Penal e, como bem pontua Renato Brasileiro, traduzem-se em circunstâncias objetivas relativas a fatos internos ao processo:
Art. 252. O juiz não poderá exercer jurisdição no processo em que: 
I - tiver funcionado seu cônjuge ou parente, consangüíneo ou afim, em linha reta ou colateral até o terceiro grau, inclusive, como defensor ou advogado, órgão do Ministério Público, autoridade policial, auxiliar da justiça ou perito; 
II - ele próprio houver desempenhado qualquer dessas funções ou servido como testemunha; 
III - tiver funcionado como juiz de outra instância, pronunciando-se, de fato ou de direito, sobre a questão; 
IV - ele próprio ou seu cônjuge ou parente, consangüíneo ou afim em linha reta ou colateral até o terceiro grau, inclusive, for parte ou diretamente interessado no feito.
Art. 253. Nos juízos coletivos, não poderão servir no mesmo processo os juízes que forem entre si parentes, consangüíneos ou afins, em linha reta ou colateral até o terceiro grau, inclusive.
· Suspeição: são as causas de suspeição dizem respeito à incapacidade subjetiva do juiz, ante a existência de um vínculo com alguma das partes, que mitigue ou afaste integralmente a sua imparcialidade:
Art. 254. O juiz dar-se-á por suspeito, e, se não o fizer, poderá ser recusado por qualquer das partes: 
I - se for amigo íntimo ou inimigo capital de qualquer deles; 
II - se ele, seu cônjuge, ascendente ou descendente, estiver respondendo a processo por fato análogo, sobre cujo caráter criminoso haja controvérsia; 
III - se ele, seu cônjuge, ou parente, consangüíneo, ou afim, até o terceiro grau, inclusive, sustentar demanda ou responder a processo que tenha de ser julgado por qualquer das partes; 
IV - se tiver aconselhado qualquer das partes; 
V - se for credor ou devedor, tutor ou curador, de qualquer das partes; 
Vl - se for sócio, acionista ou administrador de sociedade interessada no processo. 
Art. 255. O impedimento ou suspeição decorrente de parentesco por afinidade cessará pela dissolução do casamento que Ihe tiver dado causa, salvo sobrevindo descendentes; mas, ainda que dissolvido o casamento sem descendentes, não funcionará como juiz o sogro, o padrasto, o cunhado, o genro ou enteado de quem for parte no processo. 
Art. 256. A suspeição não poderá ser declarada nem reconhecida, quando a parte injuriar o juiz ou de propósito der motivo para criá-la.
· Incompatibilidade: O artigo 112 do Código de Processo Penal assim estabelece: 
Art. 112. O juiz, o órgão do Ministério Público, os serventuários ou funcionários de justiça e os peritos ou intérpretes abster-se-ão de servir no processo, quando houver incompatibilidade ou impedimento legal, que declararão nos autos. Se não se der a abstenção, a incompatibilidade ou impedimento poderá ser arguido pelas partes, seguindo-se o processo estabelecido para a exceção de suspeição.
	IMPEDIMENTO
	SUSPEIÇÃO
	Rol taxativo
	Rol exemplificativo
	Ditado por razoes ou vínculos objetivos
	Vínculos subjetivos
	Presunção absoluta de parcialidade
	Presunção relativa
	Causa de nulidade absoluta 
	Causa de nulidade relativa
Partes 
As partes são comumente classificadas (de acordo com o sentido) entre material e formal.
· Partes em sentido material são as pessoas que atuam no processo de forma parcial, isto é, procuram defender unicamente os seus interesses. Tal situação se evidencia nas ações penais privadas, onde se tem a figura do querelante, no polo ativo da demanda judicial, e do querelado, no polo passivo, tendo aquele interesse material na resolução do processo, eis que almeja a condenação deste. 
· Partes no sentido formal, também entendidocomo processual, são aquelas que se encontram nos polos ativo e passivo da relação processual e devem atuar perante o juiz, respeitando-se o contraditório. Em tal sentido, consideram-se partes o Ministério Público (até mesmo enquanto fiscal da lei) ou o querelante, o acusado e o assistente da acusação.
Ministério Público
Nestor Távora aprenta a seguinte doutrina sobre o Órgão: “O Ministério Público tem modelos de atuação peculiares no processo penal. É ele o titular da ação penal pública, nos termos do art. 129, I, da Constituição do Brasil. Porém, essa atribuição não o impede de, mesmo como parte, agir como fiscal da lei (custos legis). É que a própria Constituição Federal de 1988 definiu o Parquet como “instituição permanente, essencial à função jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe a defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e individuais indisponíveis” (art. 127, caput). Daí que o Ministério Público, no âmbito da ação penal condenatória, não está obrigado a oferecer denúncia ou a pedir a condenação do acusado, quando não existam elementos legais para tanto. Ao lado dessa ilação, está o princípio da independência funcional, disposto no § 1º, do art. 127, da Constituição”.
Vejamos os principais tópicos referente ao Parquet previsto no capitulo próprio da Constituição.
Art. 127. O Ministério Público é instituição permanente, essencial à função jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe a defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e individuais indisponíveis. 
§ 1º São princípios institucionais do Ministério Público A UNIDADE, A INDIVISIBILIDADE E A INDEPENDÊNCIA FUNCIONAL.
§ 2º Ao Ministério Público é assegurada autonomia funcional e administrativa, podendo, observado o disposto no art. 169, propor ao Poder Legislativo a criação e extinção de seus cargos e serviços auxiliares, provendo-os por concurso público de provas ou de provas e títulos, a política remuneratória e os planos de carreira; a lei disporá sobre sua organização e funcionamento.         
§ 3º O Ministério Público elaborará sua proposta orçamentária dentro dos limites estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias.
§ 4º Se o Ministério Público não encaminhar a respectiva proposta orçamentária dentro do prazo estabelecido na lei de diretrizes orçamentárias, o Poder Executivo considerará, para fins de consolidação da proposta orçamentária anual, os valores aprovados na lei orçamentária vigente, ajustados de acordo com os limites estipulados na forma do § 3º.         
§ 5º Se a proposta orçamentária de que trata este artigo for encaminhada em desacordo com os limites estipulados na forma do § 3º, o Poder Executivo procederá aos ajustes necessários para fins de consolidação da proposta orçamentária anual.         
§ 6º Durante a execução orçamentária do exercício, não poderá haver a realização de despesas ou a assunção de obrigações que extrapolem os limites estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias, exceto se previamente autorizadas, mediante a abertura de créditos suplementares ou especiais.      
Art. 128. O Ministério Público abrange: 
I - o Ministério Público da União, que compreende:
a) o Ministério Público Federal;
b) o Ministério Público do Trabalho;
c) o Ministério Público Militar;
d) o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios;
II - os Ministérios Públicos dos Estados.
§ 1º O Ministério Público da União tem por chefe o Procurador-Geral da República, nomeado pelo Presidente da República dentre integrantes da carreira, maiores de trinta e cinco anos, após a aprovação de seu nome pela maioria absoluta dos membros do Senado Federal, para mandato de dois anos, permitida a recondução.
§ 2º A destituição do Procurador-Geral da República, por iniciativa do Presidente da República, deverá ser precedida de autorização da maioria absoluta do Senado Federal.
§ 3º Os Ministérios Públicos dos Estados e o do Distrito Federal e Territórios formarão lista tríplice dentre integrantes da carreira, na forma da lei respectiva, para escolha de seu Procurador-Geral, que será nomeado pelo Chefe do Poder Executivo, para mandato de dois anos, permitida uma recondução.
§ 4º Os Procuradores-Gerais nos Estados e no Distrito Federal e Territórios poderão ser destituídos por deliberação da maioria absoluta do Poder Legislativo, na forma da lei complementar respectiva.
§ 5º Leis complementares da União e dos Estados, cuja iniciativa é facultada aos respectivos Procuradores-Gerais, estabelecerão a organização, as atribuições e o estatuto de cada Ministério Público, observadas, relativamente a seus membros: 
I - as seguintes garantias:
a) vitaliciedade, após dois anos de exercício, não podendo perder o cargo senão por sentença judicial transitada em julgado;
b) inamovibilidade, salvo por motivo de interesse público, mediante decisão do órgão colegiado competente do Ministério Público, pelo voto da maioria absoluta de seus membros, assegurada ampla defesa;         
c) irredutibilidade de subsídio, fixado na forma do art. 39, § 4º, e ressalvado o disposto nos arts. 37, X e XI, 150, II, 153, III, 153, § 2º, I;         
II - as seguintes vedações:
a) receber, a qualquer título e sob qualquer pretexto, honorários, percentagens ou custas processuais;
b) exercer a advocacia;
c) participar de sociedade comercial, na forma da lei;
d) exercer, ainda que em disponibilidade, qualquer outra função pública, salvo uma de magistério;
e) exercer atividade político-partidária;         
f) receber, a qualquer título ou pretexto, auxílios ou contribuições de pessoas físicas, entidades públicas ou privadas, ressalvadas as exceções previstas em lei.         
§ 6º Aplica-se aos membros do Ministério Público o disposto no art. 95, parágrafo único,
Art. 129. São funções institucionais do Ministério Público: 
I - promover, privativamente, a ação penal pública, na forma da lei; 
II - zelar pelo efetivo respeito dos Poderes Públicos e dos serviços de relevância pública aos direitos assegurados nesta Constituição, promovendo as medidas necessárias a sua garantia;
III - promover o inquérito civil e a ação civil pública, para a proteção do patrimônio público e social, do meio ambiente e de outros interesses difusos e coletivos; 
IV - promover a ação de inconstitucionalidade ou representação para fins de intervenção da União e dos Estados, nos casos previstos nesta Constituição;
V - defender judicialmente os direitos e interesses das populações indígenas;
VI - expedir notificações nos procedimentos administrativos de sua competência, requisitando informações e documentos para instruí-los, na forma da lei complementar respectiva;
VII - exercer o controle externo da atividade policial, na forma da lei complementar mencionada no artigo anterior;
VIII - requisitar diligências investigatórias e a instauração de inquérito policial, indicados os fundamentos jurídicos de suas manifestações processuais; 
IX - exercer outras funções que lhe forem conferidas, desde que compatíveis com sua finalidade, sendo-lhe vedada a representação judicial e a consultoria jurídica de entidades públicas.
§ 1º A legitimação do Ministério Público para as ações civis previstas neste artigo não impede a de terceiros, nas mesmas hipóteses, segundo o disposto nesta Constituição e na lei.
§ 2º As funções do Ministério Público só podem ser exercidas por integrantes da carreira, que deverão residir na comarca da respectiva lotação, salvo autorização do chefe da instituição.         
§ 3º O ingresso na carreira do Ministério Público far-se-á mediante concurso público de provas e títulos, assegurada a participação da Ordem dos Advogados do Brasil em sua realização, exigindo-se do bacharel em direito, no mínimo, três anos de atividade jurídica e observando-se, nas nomeações, a ordem de classificação.         
(...)         
Considerações finais
Depois dessa longa aula, é necessário realizarmos a leitura de nosso Código de Processo Penal junto com o Capitulo referente ao Ministério Público previsto na Constituição, e se caso tiver a oportunidade,realizar varias questões, principalmente para fixar o extenso conteúdo. Alguns pontos foram propositalmente enfatizados a fim de acertar o máximo de questões. Qualquer dúvida pode entrar em contato conosco no direct ou comentários da plataforma.

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