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RIM • Os rins são órgãos retroperitoneais bilaterais, ou seja, encontram-se fora da cavidade peritoneal, e podem ser encontrados nos quadrantes abdominais superiores à direita e à esquerda. Eles possuem forma de grandes grãos de feijão, possuindo uma convexidade maior e uma concavidade menor. Sua principal função é a de eliminar do organismo o excesso de fluidos, sais e subprodutos do metabolismo proteico. • Uma abordagem microscópica revela entre um e quatro milhões de néfrons no tecido renal, que são compostos de um corpúsculo renal, um túbulo contorcido proximal, as porções finas e espessas da alça de Henle, o túbulo contorcido distal e os ductos coletores. • O rim é um órgão abdominal posterior, podendo ser encontrado iniciando-se ao nível da decima segunda vertebra torácica e terminando ao nível da terceira vertebra lombar. O rim direito está localizado levemente inferior ao esquerdo, devido ao tamanho e à localização do lobo direito do fígado, em comparação ao lobo esquerdo, que é muito menor. • Anatomicamente, sua margem medial é concava e conhecida como hilo. É ali que a artéria renal entra através de cinco diferentes seguimentos, sendo também o local por onde a veia renal deixa o órgão, levemente anterior em relação à artéria. Também a pelve renal deixa o órgão nesse ponto, posterior aos dois vasos. A entrada que leva ao tecido renal interno é conhecida pelo termo seio renal. • Os órgãos adjacentes incluem: ✓ O fígado, o duodeno e o cólon ascendente, localizados anteriores e à direita. ✓ O estomago, o baço, o pâncreas, o jejuno e o cólon descendente, localizados anteriores e á esquerda. ✓ O quadrado lombar pode ser encontrado inferior e posteriormente. ✓ O diafragma, que pode ser visto superior e posteriormente. • Cada rim possui um polo superior e inferior, que são bastantes evidentes, já que a margem convexa externa deixa a margem interna concava apontando medialmente. Assim é possível distinguir imediatamente a diferença o rim esquerdo e direito. • O córtex é a camada externa do rim, enquanto a medula é a área interna do tecido renal, sendo dividida em pirâmides medulares. • Tanto a camada interna quanto a externa contém várias estruturas que constituem os néfrons. • o seio renal é a dilatação inicial do ureter, que é separado em três grandes cálices. • Os cálices se dividem novamente em cálices menores, cada qual envolvendo uma papila renal ou a ponta de uma pirâmide medular. • A fáscia renal e os tecidos adiposos adjacentes. • Existem dois tipos de gordura que podem ser encontradas na periferia dos rins. Elas são conhecidas como gordura pararrenal e gordura perirrenal. • A gordura pararrenal é o tecido adiposo mais lateral que envolve a gordura perirrenal e a fáscia renal. Ela é vista mais frequentemente no aspecto posterior do rim, e atua como uma almofada para o órgão, mantendo-o ainda em sua posição. • A gordura perirrenal está ligada com a gordura que existe no seio renal, e é conectada à mesma no hilo. Ela envolve o rim e a glândula suprarrenal completamente, possuindo basicamente a mesma função da gordura pararrenal. • A fáscia renal é a divisão entre o tecido renal e a gordura perirrenal, e envolve ambos os rins e as glândulas suprarrenais, antes de continuar com a fáscia do diafragma. Da mesma forma que o tecido adiposo adjacente aos rins, ela mantém os órgãos em suas posições. • As veias são posicionadas em frente às artérias renais, e a veia renal esquerda pode ser vista cruzando a aorta, logo posterior à artéria mesentérica superior. • As artérias renais são ramos da aorta abdominal que emergem ao nível da primeira e segunda vertebras lombares. A artéria renal direita é vista cursando posterior à veia cava inferior, e a inserção das artérias renais nos rins ocorre anteriormente à pelve renal. Logo antes da artéria renal principal entrar no tecido renal, ela se divide em quatro artérias segmentares anteriores e uma posterior. • Inervação: o suprimento nervoso dos rins ocorre através do plexo renal, que contém fibras parassimpáticas do nervo vago e fibras simpáticas dos nervos esplênicos torácicos. • Drenagem linfática: a drenagem linfática da área segue as veias e drena para os linfonodos aórticos lombares. URETERES • Após o sangue ser filtrado pelos rins, o material filtrado passa por uma série de reabsorções e exsudação ao longo do comprimento dos túbulos contorcidos. • O líquido resultante passa então aos túbulos coletores, após os quais entra no ducto coletor. • Dos ductos coletores, a urina passa dos cálices para a pelve renal, que marca o início dos ureteres. • Os ureteres são estruturas musculares tubulares, responsáveis cada uma por levar a urina de um rim até a bexiga urinaria para armazenamento e posterior excreção. • O suprimento arterial dos ureteres vem direta e indiretamente da aorta abdominal, ele recebe inervação simpática e parassimpática. • São canais compressíveis com formato da letra S, cada um possuindo 25 cm de comprimento. • Eles são mais largos na pelve renal, e se estreitam progressivamente conforme entram na bexiga urinária e concavidade da pelve verdadeira. • O lúmen de cada ureter é revestido por uma camada mucosa de epitélio transicional, que acomoda o aumento de pressão quando um maior volume de urina deixa o rim. • Isso ajuda a minimizar o risco de ruptura dos ureteres. • Além disso, esses condutos possuem várias pregas internas, criadas por múltiplas camadas de músculo liso ao longo da parede uretral. • De uma perspectiva histológica, existem duas camadas musculares na parede do ureter: uma camada longitudinal e uma circular. • A urina é empurrada pelo ureter através de movimentos peristálticos iniciados nas células marcapasso da pelve renal proximal. • As ondas peristálticas, assim como o exterior esbranquiçado e não pulsátil, ajudam a distinguir os ureteres de vasos sanguíneos in vivo. • Os ureteres deixam os rins posteriormente aos vasos renais. • Ambos os ureteres passam inferiormente sobre a superfície abdominal posteriormente e os vasos gonadais anteriormente. • Conforme o ureter direito cursa em direção à bexiga, ele passa posteriormente ao duodeno, e mais inferiormente é cruzado por ramos dos vasos mesentéricos superiores. • Os ureteres possuem uma extensa rede de anastomose em seu suprimento arterial e drenagem venosa ao longo de seu comprimento. • A extremidade proximal recebe suprimento arterial do ramo uretral da artéria renal. • Contribuições da artéria ovariana (artéria testicular nos homens), bem como um ramo uretral direto da aorta abdominal fornecem suprimento para o segmento médio. • A porção distal recebe seu suprimento de ramos uretrais das artérias vesicais superior e inferior. • Elas são drenadas por veias correspondentes. • Inervação: ✓ O suprimento neuronal dos ureteres vem de ambas as divisões do sistema nervoso autônomo. ✓ Ramos toracolombares de T10-L1 fornecem inervação simpática através do plexo e gânglios renais, além de ramos renais e ureterais superiores do plexo intermesentérico proximalmente, e o ramo uretral médio no plexo intermesentérico no segmento médio. ✓ Na pelve verdadeira o ureter recebe suprimento parassimpático dos nervos esplênicos pélvicos e do plexo hipogástrico inferior. ✓ A inervação pelo sistema nervoso autônomo de ação peristáltica ao longo dos ureteres, já que esta surge das células marcapasso na pelve e nos cálices renais. ✓ Entretanto, as divisões simpática e parassimpática são capazes de aumentar o peristaltismo uretral. • Drenagem linfática: ✓ A drenagem linfática dos ureteres é semelhante à dos rins, a maioria dos linfonodos é nomeado em relação aos segmentos da aorta aos quais eles cursam adjacentes. ✓ Distalmente eles drenam para os linfonodos ilíacos internos e externos. O segmento médio drena para os linfonodos ilíacoscomuns e pré-cavais. ✓ Proximalmente eles drenam para os linfonodos lombares (aórticos laterais e pré- cavais). ✓ Dali o fluido linfático cursa para a cisterna do quilo e para o ducto torácico, antes de retornar para a circulação sistêmica. BEXIGA • Encontra-se inferiormente ao peritônio, assentando no assoalho pélvico. • Nas mulheres, a sua superfície inferior assenta na sínfise púbica e a parede posterior está em contato com a vagina e o útero. • Nos homens, a superfície inferior da bexiga assenta na sínfise púbica e na próstata, posteriormente está o terço distal do reto. • Entre a superfície posterior da bexiga e a superfície anterior do útero existe um recesso peritoneal chamado funcho de saco vesicuoterino. • Nos homens, o recesso peritoneal entre a bexiga e o reto chama-se de saco retovesical. • A bexiga tem quatro superfícies anatômicas: superior, inferior, inferolateral direita e inferolateral esquerda. • É dividida em 4 partes: corpo, colo, fundo e músculo detrusor. • Reflexo de micção: ✓ Permite o ato fisiológico da micção quando a bexiga está cheia. ✓ À medida que a bexiga se enche com urina, a pressão dentro da bexiga aumenta lentamente até que se atinja o ponto máximo. ✓ Isto traduz-se na necessidade de urinar, sentida pela medula espinhal através do plexo hipogástrico inferior. ✓ A medula espinhal envia em seguida sinais através do mesmo plexo que causam a contração do musculo detrusor e o relaxamento do esfíncter interno da uretra. ✓ O córtex cerebral consegue sobrepor-se a este reflexo, controlando voluntariamente o relaxamento do esfíncter externo da uretra. Isso permite que a pessoa possa adiar a micção. URETRA • A uretra é o canal excretor da bexiga, ela transporta a urina da bexiga até o exterior do corpo. • Se estende desde o orifício interno da bexiga até o orifício externo da genitália externa • O trajeto da uretra varia de acordo com o sexo do indivíduo. • A uretra feminina é muito pequena (4 cm) o que é um fator predisponente para contrair infecções do trato urinário. • A uretra masculina é muito mais longa (20 cm) e tem quatro partes: pré-protástica (intramural), prostática, membranosa, esponjosa (peniana). • A uretra abre-se através do orifício externo da uretra na extremidade da glande. • Vasos sanguíneos: ✓ É vascularizada por ramos da artéria ilíaca interna. ✓ Artérias vesicais superior e inferior (no sexo masculino). ✓ São substituídas pelas artérias vaginais no sexo feminino. • Inervação: ✓ Plexo hipogástrico inferior. ✓ Este plexo recebe informações autonómica dos nervos pélvicos esplênicos (parassimpáticas), do tronco simpático e dos nervos sagrados esplênicos (simpática). ✓ A inervação parassimpática da bexiga contrai o músculo detrusor e relaxa o esfíncter interno da uretra. ✓ A inervação simpática relaxa o músculo detrusor e contrai o esfíncter interno da uretra. ✓ Durante a ejaculação dos homens, o esfíncter interno da uretra se fecha, prevenindo assim o refluxo do sêmen para a bexiga. ✓ O plexo vesical inerva tanto a uretra feminina como a masculina, este plexo origina-se do plexo hipogástrico inferior. Inervação adicional é fornecida pelo nervo pudendo para a uretra feminina e pelo plexo prostático para a parte proximal da uretra masculina.
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