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Cadeias Produtivas e Coordenação

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6ºaula
Cadeias Produtivas e 
Coordenação de Cadeias
objetivos de aprendizagem
Ao término desta aula, vocês serão capazes de:
•	 entender os conceitos de cadeias produtivas; 
•	 conhecer sobre coordenação de cadeias produtivas.
Disponível em: https://tiinside.com.br/08/12/2020/pesquisa-agropecuaria-usa-blockchain-para-rastrear-cadeia-da-cana-de-acucar/. 
acesso em: 13 set. 2021.
o conceito de sistema agroindustrial trouxe também a necessidade da visão sistêmica, em que todos os 
elos trabalham de maneira conjunta com o objetivo de obter a eficiência da cadeia produtiva. É relevante o 
papel desempenhado por sistemas agroindustriais, sendo uma importante ferramenta que analisa e avalia a 
importância de cada setor do agronegócio e a interdependência entre eles (DAVIS; GoLDBerG, 1957). É 
preciso haver uma coordenação da cadeia, pois todos os elos precisam estar relacionados, e se ocorrer um 
problema em algum elo, toda a cadeia será afetada.
Bons estudos!
30Economia e gestão do Agronegócio
seções de estudo
1- cadeias produtivas 
2- A coordenação de cadeias produtivas do agronegócio
1- cadeias produtivas
As cadeias produtivas são compostas por segmentos de 
atividades (agentes econômicos) e podem ser conceituadas 
como a sucessão de etapas realizadas por agentes econômicos 
na transformação da matéria-prima básica do produto final 
até a sua distribuição. Portanto, o foco das cadeias produtivas 
está direcionado ao produto final, enquanto o foco do 
agronegócio está na matéria-prima, por exemplo: bovinos, 
soja, milho (STeIN; MALINSK; SILVA; 2020).
 Determinado agente econômico participa de várias 
cadeias produtivas, mesmo com as particularidades de cada 
uma, esse é o caso das empresas de fertilizantes, que fazem 
parte das cadeias de café, laranja e trigo. Desse modo, os 
agentes constituem um conjunto de relações comerciais e 
financeiras, formando um fluxo de troca entre fornecedores e 
clientes que são compostas por, no mínimo, quatro mercados 
diferentes, que apresentam características distintas, como 
demostrado na figura a seguir.
Figura 1 - representação da cadeia produtiva
Fonte: Stein, Malinsk e Silva (2020, p. 30).
No que se refere às relações estabelecidas entre os 
agentes, elas são divididas em três segmentos que permitem 
valorizar os meios de produção, assegurando, assim, as 
articulações das operações. os segmentos são caracterizados 
das seguintes formas:
•	 Comercialização: empresas que viabilizam o 
consumo e o comércio dos produtos finais, como 
restaurantes, supermercados e atacados e estão em 
contato com o cliente final da cadeia produtiva;
•	 Industrialização: empresas responsáveis pela 
produção e pela transformação de matérias-primas 
em produtos finais destinados ao consumidor;
•	 Produção de matérias-primas: empresas e 
produtores rurais que fornecem as matérias-primas 
iniciais para que outras empresas avancem no 
processo de produção de um produto final (STEIN; 
MALINSK; SILVA, 2020).
A definição de cadeia possibilita visualizar a cadeia 
produtiva integralmente, identificando as fragilidades e 
as potencialidades nos elos, além de reconhecer os elos 
dinâmicos em adição à compreensão dos mercados, que 
trazem movimento às transações e elevam ao máximo a 
eficácia político-administrativa através do consenso a respeito 
dos agentes envolvidos.
A cadeia produtiva pode ser uma ferramenta de divisão 
setorial do sistema produtivo, possibilitando a formulação 
e a análise de políticas públicas e privadas, com a finalidade 
de identificar os elos fracos e estimulá-los através de política 
adequada, além da promoção das análises de estratégias 
de firmas, aumentando a competitividade das cadeias 
agroindustriais através da descrição técnica-econômica 
das operações de produção da matéria-prima em produto 
(STeIN; MALINSK; SILVA, 2020).
A cadeia produtiva pode ser classificada como completa 
quando é constituída por todos os seus componentes, 
conforme observamos na Figura 1 (fornecedores de insumos, 
sistemas produtivos, agroindústria, comercialização atacadista 
e varejista e consumidores finais). É classificada como cadeia 
produtiva incompleta, quando falta um ou mais de seus 
componentes; e como integrada, quando o produto final de 
uma cadeia é o insumo de outra cadeia, a exemplo disso são 
as cadeias integradas de milho e frango ou de milho e suínos. 
As cadeias ainda podem ser classificadas pelo ciclo de vida do 
produto, com a seguinte classificação: 
•	 Fase de introdução do produto: domínio 
tecnológico; 
•	 Fase de difusão: pelo processo de produção; 
•	 Fase de maturidade: pelas relações comerciais e 
dos mercados (STeIN; MALINSK; SILVA, 2020).
Todas essas relações comerciais dependem dos 
interesses de seus agentes, sendo que as relações podem ser: 
de cooperação de caráter vertical, quando relacionam cliente 
e fornecedor; de cooperação técnica, ocorrendo nas fases 
iniciais, quando o conhecimento ainda não está totalmente 
codificado e os mercados estão crescendo; ou na fase de 
maturidade, na qual os mercados estabilizam e a cooperação 
passa a ter caráter horizontal, ou seja, entre empresas do 
mesmo segmento (por exemplo, consórcios de exportação e 
feiras). A relação também pode ser de competição e ocorre 
em todos os elos da cadeia, sendo relacionada à redução de 
custos e à produção em escala nas primeiras fases, além de 
estar associada à qualidade e ao valor agregado nos produtos, 
permitindo o acesso aos mercados (STeIN; MALINSK; 
SILVA, 2020).
2- A coordenação de cadeias produtivas 
do agronegócio
As particularidades do setor primário, relacionadas à 
agropecuária, foram se transformando com o passar do 
tempo, no que se refere à presença da agroindústria e à 
prestação de serviços inseridos no ambiente sistêmico, no qual 
a propriedade rural é o componente referencial. A viabilidade 
31
econômica da unidade produtiva representa parte do grande 
conjunto de inter-relações e interdependências produtivas, 
tecnológicas e mercadológicas.
Todas essas (inter) relações se relacionam com fatores 
de produção (terra, capital e trabalho), insumos, tecnologias, 
serviços, equipamentos e máquinas, infraestrutura viária, 
agroindústrias, atacadistas, varejistas, portos, exportadores e 
uma diversidade de agentes. A Figura 2, a seguir, demostra o 
fluxo de produtos e de capital entre os diversos elos da cadeia 
produtiva, com o foco para os ambientes organizacional e 
institucional, nos quais os produtores rurais são os principais 
fornecedores de produtos e deveriam ser os principais 
acumuladores de capital (STeIN; MALINSK; SILVA; 2020).
Figura 2 - cadeia produtiva do agronegócio
Fonte: Stein, Malinsk e Silva (2020, p. 90).
É importante destacar que as organizações integrantes do 
agronegócio apresentam diferentes estruturas de coordenação 
no gerenciamento dos canais de distribuição, definidos 
como arranjos organizacionais, que afetam como os demais 
atores envolvidos interagem nos processos produtivos, 
no desenvolvimento das atividades da cadeia produtiva e 
nas dinâmicas de competências. A qualidade dos produtos 
agropecuários, que era um elemento de diferenciação das 
organizações e da indústria de alimentos, agora é requisito 
obrigatório, em razão da intensificação da competitividade 
nos mercados e em decorrência da globalização da produção 
e da comercialização, além do crescimento da conscientização 
dos clientes e dos consumidores (STeIN; MALINSK; 
SILVA, 2020). 
Atrelado a isso, há também as obrigações legais 
estabelecidas por órgãos governamentais, como a regulação 
de fiscalização que torna a qualidade e a segurança do alimento 
requisitos a serem obrigatoriamente atendidos. Desse modo, 
a competitividade das cadeias produtivas é realçada por sua 
capacidade de executar planos e estratégias de concorrência 
que possibilitem a sua inserção no mercado. Portanto, as 
intervenções tecnológicas e as melhorias organizacionais, 
através da adequada coordenação, são mecanismos 
imprescindíveis para a sua permanênciae melhor inserção no 
mercado (LoNGHI; MeDeIroS, 2003).
Nesse sentido de funcionamento é importante destacar 
que a coordenação de cadeias produtivas tem como centro 
a especificidade da própria cadeia, as influências das 
estruturas de coordenação, a infraestrutura e os serviços que 
estão inseridos nesse contexto (ZYLBerSZTAJN, 2000). 
Conforme exposto na figura a seguir:
Figura 3 - coordenação de cadeia produtiva do 
agronegócio
Fonte: Stein, Malinsk e Silva (2020, p. 92).
 
Nesse aspecto, percebe-se que todos os processos 
de coordenação de uma cadeia produtiva do agronegócio 
necessitam criar incentivos e controles para que se reduzam os 
custos de transação, visando a competitividade dinâmica das 
cadeias agroindustriais, com o intuito de melhor adaptação 
ao ambiente econômico, fato que diretamente se relaciona 
com a eficiência da coordenação. Portanto, a coordenação 
de cadeias de produção possibilita a gestão integrada de um 
agrupamento de redes de organizações interdependentes que 
atuam conjuntamente para agregar valor ao produto final. De 
outro modo, se relaciona com gerenciamento dos fluxos de 
produtos, de informação, de comunicação, financeiro e outros, 
que circulam do setor de insumos ao setor de consumo final e 
vice-versa (STeIN; MALINSK; SILVA, 2020).
A coordenação da cadeia de produção implica que as 
organizações relacionadas com o setor agropecuário definam 
suas estratégias competitivas e funcionais de acordo com suas 
posições (tanto de fornecedores como de consumidores) 
dentro das cadeias produtivas nas quais se inserem. 
Desse modo, as coordenações necessitam atender às 
demandas da qualidade do produto e da gestão da qualidade 
que são de responsabilidade dos agentes de cada cadeia 
agroindustrial, principalmente, as com forte influência do 
mercado. Portanto, a coordenação da qualidade em cadeias 
de produção é um conjunto de atividades planejadas e 
operacionalizadas por um agente coordenador, que visa 
por meta a expansão da gestão e do auxílio no processo de 
assegurar a qualidade dos produtos ao longo da cadeia com 
processos sequenciais de transação (STeIN; MALINSK; 
SILVA, 2020). Observe atentamente a figura a seguir e 
perceba como ocorre o fluxo atividades dentro de uma cadeia 
produtiva.
32Economia e gestão do Agronegócio
minhas anotações
Figura 4 - Cadeia produtiva e fluxo de produtos e de 
informações
Fonte: Stein, Malinsk e Silva (2020, p. 15).
Assim, o compartilhamento de informações contribui 
para melhorar a satisfação dos clientes e para a redução de 
custos e de desperdícios em todas as etapas da cadeia. essas 
práticas de coordenação utilizadas por organizações devem 
estar alinhadas às estratégias competitivas e com as prioridades 
da organização e da cadeia, que exigem a implementação de 
infraestrutura adequada, como, por exemplo: de integração, 
de tecnologia de informação, e o compartilhamento de 
objetivos gerais da cadeia pelos agentes (AIreS BorrÁS; 
ToLeDo, 2007).
Chegamos, assim, ao final da sexta aula. Espera-se que 
vocês tenham compreendido as principais noções 
sobre as cadeias produtivas. De igual modo, espero 
que vocês tenham compreendido as noções gerais de 
coordenação de cadeias produtivas do agronegócio.
Retomando a aula
1 - Cadeias produtivas
Aqui, estudamos aspectos conceituais a respeito da 
abordagem de cadeia. Nesse sentido, vimos que o foco 
das cadeias produtivas está direcionado ao produto final, 
enquanto o foco do agronegócio está na matéria-prima, por 
exemplo, bovinos, soja, milho. 
2 - A coordenação de cadeias produtivas do 
agronegócio
Nesta seção, estudamos a principal contribuição do 
estudo das coordenações de cadeias bem como algumas das 
(inter) relações se relacionam com fatores de produção.
conheça mais a respeito da cadeia produtiva e seus 
respectivos elos. Aproprie-se com mais profundidade do 
assunto assistindo “As cadeias produtivas da agropecuária”. 
Disponível em: https://qrgo.page.link/8rQ5x. Acesso em: 
13 set. 2021.
comercialização e coordenação em cadeias Produtivas 
Agroindustriais. Disponível em: https://www.youtube.
com/watch?v=N_z1WItnopQ. Acesso em: 13 set. 2021.
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