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Assistência de enfermagem ao adulto e idoso com Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica DPOC Doenças do aparelho respiratório constituem a quarta causa de óbitos, depois de IAM, câncer e doenças cerebrovasculares. AGENTES NOCISOS (fumaça de cigarro, poluentes, agentes ocupacionais) Fatores genéticos Infecções respiratórias Outros A DPOC é uma limitação do fluxo de ar das vias aéreas, por uma resposta inflamatória à toxinas inalatórias. Apresenta repercussões sistêmicas, é previnível e tratável. É parcialmente reversível e geralmente progressiva. A limitação do fluxo aéreo pulmonar é causada por uma associação entre doenças de pequenos brônquios (bronquite crônica obstrutiva) e destruição do pulmão (enfisema). Os casos graves levam a perda ponderal da função pulmonar. A DPOC envolve: Bronquite Obstrutiva Crônica e Enfisema Pulmonar A bronquite crônica: É definida clinicamente com a presença de tosse e expectoração na maioria dos dias, por no mínimo três meses/ano, por dois anos consecutivos. Obstrução das vias respiratórias: Definida como tosse obstrutiva e expectoração com duração total de pelo menos três meses em dois anos consecutivos. Torna-se crônica em função do tempo e da obstrução das vias respiratórias. A enfisema pulmonar: É definida anatomicamente como o aumento dos espaços aéreos distais ao bronquíolo terminal, com destruição das paredes dos alvéolos Destruição do parênquima pulmonar (pulmão) acarretando na perda da função elástica dos alvéolos, também aumenta a tendência de colapso. Ocorre hiperinsuflação pulmonar, limitação do fluxo aéreo e aprisionamento do ar. Os espaços aéreos dilatam-se e formam bolhas e vesículas. Fatores de risco Tabagismo: responsável por 80-90% dos casos Poluição (fumaça, querosene...) Exposição ocupacional a poeira e produtos químicos Infecções respiratórias recorrentes e desnutrição na infância Deficiência genética (menos de 1% dos casos) Sinais e sintomas Cianose Problemas cardíacos Aumento do diâmetro torácico Tosse produtiva em pacientes tabagistas Dispnéia progressiva e persistente Cefaleia matinal Diagnóstico Anamnese + exame físico + exame de imagem = sinais e sintomas respiratórios Anamnese Perguntas: Você tem tosse, catarro pela manhã? Você fuma? Trabalha com o que? Tem chiado no peito a noite ou quando pratica exercício físico? Você se cansa facilmente é mais que pessoas da sua idade? Tem mais de 40 anos? Exame físico AUSCULTA Diminuição dos murmúrios vesiculares; Sibilos; Roncos difusos; Crepitações; Murmúrios vesiculares inaudíveis; Espirometria Teste de função pulmonar em que se enche os pulmões de ar com o máximo que puder e sopra com força no espirômetro. Espirômetro: mede o ar que a pessoa consegue soprar e a velocidade que o mesmo sai dos pulmões. Tratamento O objetivo do tratamento é terapêutico e Aliviar os sintomas; Melhorar a qualidade de vida; Prevenir progressão da doença; Melhorar a tolerância a exercícios; Prevenir e tratar complicações; Reduzir a mortalidade; Usar broncodilatadores (ex: salbutamol) corticoides (ex: beclometasona) Tratamento farmacológico Betagonistas de curta duração: FENOTEROL e SALBUTAMOL Etagonistas de longa duração: FORMOTEROL, SALMETEROL, INDACATEROL e OLODATEROL Anticolinérgicos de curta duração: BROMETO DE IPRATRÓPIO (atrovent) Anticolinérgicos de longa duração: GLICOPIRRÓNIO, TIOTRÓPIO, UMECLIDINIO Corticoide sistêmico: PREDNISOLONA, PREDNISONA e HIDROCORTISONA. Diagnóstico de enfermagem 1)Padrão respiratório ineficaz Fatores relacionados: à deformidade da parede torácica e alterações pulmonares Evidenciado por: dispneia aos esforços, tosse, expectoração mucoide, hemoptise, estertores no lobo superior e dor torácica Meta: Melhorar o padrão respiratório; diminuir a presença de secreções brônquicas em 48 horas 2)mobilidade física prejudicada 3)intolerância à atividade Cuidados de enfermagem Aspiração das vias aéreas; Assistência ventilatória; Controle de vias aéreas; Estimulo à tosse; Monitorização respiratória; Manter cabeceira da cama elevada a 45o; Estimular o paciente a realizar respiração diafragmática e tosse efetiva; Manter oximetria de pulso; Explicar que não é permitido fumar ou avaliar a necessidade de racionar o tabaco (fumantes passivos e ativos); Avaliar a exposição às toxinas; hidratar adequadamente o paciente.
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